domingo, 23 de maio de 2021

Eufemismo figueirense

A Figueira tem tido vários azares. Tínhamos o Cabedelo de “mar sossegado e azul”, alternativa à marginal figueirense “vaidosa e barulhenta”Deram cabo dele. E como somos particularmente criativos na arte da sinonímia, chamam ao desastre ambiental que lá estão a implantar a “trouxe-mouxe”, “regeneração”Poderiam chamar  “destruição”, ”demolição”, “reestruturação”, “reformulação” ou, se quiserem, “refundação”, mas nunca “regeneração”Por uma razão muito simples: regenerar é dar vida. O que estão a fazer ao Cabedelo é matá-lo.

No fundo, no  fundo, cá pela Figueira, somos é especialmente férteis nos meandros do eufemismo...

INVESTIGAÇÃO: AMEAÇA EXTREMISTA NO PSD

Figuras de peso do PSD quebram o silêncio e acusam a direção de legitimar o Chega. Rio proibiu coligações autárquicas, mas não vai ostracizar a direita radical populista nem inviabilizar pactos pós-eleitorais. O acordo dos Açores, a escolha da candidata Suzana Garcia e a presença de Rio e Ventura na convenção do MEL dividem o partido. O PSD está a deixar entrar o extremismo pela porta dos fundos?
Quando era presidente da Câmara do Porto, Rui Rio tinha um par de frases em alemão nos seus dois telemóveis. “Pensa sempre primeiro” era uma. “Aprende sempre qualquer coisa” era outra. A forma como o líder social-democrata está a gerir a estratégia do partido em relação ao Chega leva os mais críticos a pensar que talvez tenha esquecido ambas.
AMEAÇA EXTREMISTA NO PSD: UMA INVESTIGAÇÃO DA REVISTA VISÃO.







"Enquanto houver ventos e mares"...

Enquanto por cá andamos, temos de continuar. 
O caminho faz-se caminhando. Isto não passa de uma banalidade que todos dizemos. 
Um dia todos teremos um fim. Mas, isso só acontecerá quando formos esquecidos. Quando isso acontecer, aí sim será o nosso fim. 
Todos temos a insignificância que uma formiga tem aos pés de uma criança.

sábado, 22 de maio de 2021

A entrevista à Revista Foz...

A edição de Maio da Revista Foz, entre outros temas, traz uma entrevista realizada à pessoa que publica este blogue há mais de 15 anos e que é considerado, não sei porquê, o mais controverso blogger da Figueira da Foz.
Fica o agradecimento ao Fernando Rodrigues, que assina a peça (a meu ver, teve o mérito de apanhar "o espírito da coisa") e à Andreia Gouveia, que fez as fotos (apesar de todo o seu talento, "não existem milagres, a não ser para quem é crente, os feitos pela Nossa Senhora de Fátima...").


 

Há coisas que não se podem guardar....

Por exemplo, o tempo para se tomarem determinadas decisões, se não se usa, passa...

Da série, enquanto não tenho coisas importantes para apresentar... (2)

Não coloco link, porque em devido tempo fui bloqueado pelo actual presidente da câmara municipal da Figueira da Foz. A imagem, como é óbvio, foi enviada por leitor amigo deste espaço. Dado que, por enquanto, não tenho coisas importantes para apresentar, como a Figueira é terra de escritores importantes no panorama nacional, deixo a notícia de que "está a ser escrito um livro a várias mãos". 


Da série, enquanto não tenho coisas importantes para apresentar...

 Via Jornal Público

Ao que isto chegou!..

 Via Diário as Beiras

Estes maus exemplos, dados por protagonistas dum pequeno poder, existem porque as lideranças por muitas concelhias e distritais dos vários partidos de poder, vivem e alimentam-se destes pequenos poderes. É assim que existem os sindicatos internos de voto que elegem os líderes políticos concelhios e distritais.  
É por causa destes aparelhos partidários concelhios e distritais, que a política é vista como uma actividade menor, decadente ou folclórica. É por isso que o sentido de serviço público está desacreditado e é visto como um mero "tacho". É por isso que as campanhas eleitorais de hoje são uma inutilidade: raramente acrescentam uma ideia. É por isso que a política, nomeadamente, a autárquica está como está: infelizmente desprestigiada e desacreditada.

Ser de esquerda

Na década de 60 e princípio da década de 70 do século passado, anos em que vivi a minha adolescência e a minha juventude, era a direita tacanha e provinciana que estava no poder em Portugal, que proibia e limitava.
Nunca me esqueci: sou de esquerda porque continuo a ser de oposição a isso mesmoPorque continuo a não querer viver numa sociedade que imponha, proíba, policie as palavras e pretenda encolher o pensamento, continuo a ser de esquerdaContinuo a saber de que lado não quero estar.

Multa a Ricardo Salgado em vias de prescrever

Via Expresso Economia

"Há três meses que um dos vários processos de contraordenação a Ricardo Salgado pelo Banco de Portugal está encalhado no Tribunal da Relação de Lisboa. Mesmo que seja libertado em breve, há uma grande probabilidade de o antigo presidente do Banco Espírito Santo poder escapar ao pagamento de uma coima de €290 mil graças a procedimentos judiciais apresentados pelo ex-braço-direito, Amílcar Morais Pires, igualmente visado. O processo prescreve daqui a um mês, a 27 de junho, e, mesmo que se acrescente o tempo extra devido ao confinamento, teria de ser feita uma corrida contra o tempo para que tudo se resolvesse no prazo, e mesmo assim seria quase impossível fazê-lo. Esta é uma das cinco coimas que o supervisor da banca aplicou aos dirigentes do antigo BES, três delas ainda a correr nos tribunais."

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Esta parte da crónica "a escarpa do Moreira" faz lembrar alguma coisa que tivesse acontecido no concelho na última década?..

«Não há duplos julgamentos para um político e ninguém viverá com uma vitória nas urnas se perder na justiça. Qualquer titular de um cargo político que seja condenado em tribunal por actos relacionados com o exercício das suas funções deve abdicar do seu cargo, independentemente da decisão acarretar ou não perda de mandato. Mais ainda. Após uma primeira condenação, não deve arrastar eventuais recursos em tribunal para dentro da esfera política. A sua defesa, legítima, manda a ética, deverá fazer-se fora da política, evitando todo o tipo de contaminações. Tão simples quanto isso. Tão simples como a presunção da inocência.»

Para ler a crónica na totalidade, clicar aqui.

Isto só vídeo: "estes grandes devedores são o retrato da economia portuguesa dos últimos 20 anos"...

Os "grandes devedores" como nunca os imaginou
Vejam este vídeo. Mas, vejam até ao fim...
A audição parlamentar ao dono da Ongoing, Nuno Vasconcellos, terminou antes do tempo, devido à falta de respostas por parte de um dos maiores devedores do BES. Na RTP, Mariana Mortágua lembrou que ele fazia parte "da nova geração dos negócios que ia dominar a política e a economia portuguesa”.

CIM-RC VAI HOMENAGEAR MEMÓRIA DE JOÃO ATAÍDE

 Via Diário as Beiras

Extraordinário: confesso-me surpreendido...

EXTRAORDINÁRIO! COMO É QUE UM POLÍTICO CANDIDATO À CÂMARA DA FIGUEIRA DA FOZ, NAS AUTÁRQUICAS DE 2021, CONSEGUIU RESISTIR À TENTAÇÃO DE FAZER CAMPANHA APROVEITANDO A EXPOSIÇÃO PÚBLICA DE UM CARGO QUE DESEMPENHA?
A FIGUEIRA NÃO FOI ESQUECIDA: FOI RESPEITADA! 
E era tão fácil ter acontecido o contrário: bastaria Pedro Machado ter acrescentado as palavras Figueira da Foz, quando disse que "o rali de Portugal é uma marca da Lousã, Góis, Arganil, Mortágua, Coimbra”.
Toda a gente sabe que a Figueira da Foz tem uma ligação histórica profunda com o Rali de Portugal. Todos nos recordamos da classificativa cronometrada na Serra da Boa Viagem.
Não me recordo é de nenhum político que fosse capaz de ter a postura ética e a seriedade política que Pedro Machado teve neste caso.
Para quem está atento, a diferença passa pelos pormenores...

Autárquicas 2021 na Figueira: uma campanha autárquica pode ser encenada como um espectáculo, mas temos o muro da realidade à frente...

Nas autárquicas de 2021, Santana Lopes apareceu na Figueira igual a si próprio: um antigo actor do populismo da "velha direita".
Contudo: será que esta é, em 2021, a imagem que melhor se vende ao eleitorado?
A política continua a ser um espectáculo. Contudo, os actores mudaram... 
Mesmo na Figueira, onde, como habitualmente, em anos de eleições, existe descontentamento nas bases partidárias. 
Os lugares são poucos e a sua distribuição depende da elite conjuntural que comanda os destinos e os desígnios partidários em anos eleitorais. 
Os militantes, dos partidos do chamado "arco do poder", na realidade, não participam na vida interna desses partidos. A democracia partidária interna sempre não passou de uma miragem.  
Porque é que, em 2021, deveria ser diferente?
O PSD, também na Figueira, sempre viveu à volta de um aparelho partidário fechado. É assim em 2021, como foi assim nos últimos 40 anos.
Mudar isto por dentro, está mais do que provado, é uma impossibilidade.
Portanto: para quem gosta de política activa, a não ser que lhe baste a publicação de um blogue, não lhe resta senão a opção de sair para formar um novo partido ou ir a eleições por um Movimento... 
Só que isso é mais difícil e mais exigente.
Eu sei a que me refiro, pois tive essa experiência em 1985.
Santana Lopes, em 2021, melhor do que ninguém, sabe do que falo.

Autárquicas 2021 na Figueira: ponto da situação em 21 de Maio (2)

 Via Figueira Tv

Autárquicas 2021 na Figueira: ponto da situação em 21 de Maio

 Via Revista Sábado