quinta-feira, 22 de outubro de 2020

IDEALMENTE ELEIÇÕES


«
Não acompanho quem publicamente se solidarizou com executivo, como se tratasse de um mero erro procedimental ou de errado aconselhamento jurídico. Também acho muito questionável politicamente que um novo executivo seja legitimado, apesar de legalmente possível, se entre os novos elementos do executivo da junta estão titulares que concordaram com as práticas que deram à perda do mandato, como parece ser o caso. Na minha opinião, idealmente, deveríamos ir a votos, eleger uma nova assembleia de freguesia e formar um novo executivo. 

... com eleições intercalares ou não, há algo que não vamos esquecer. Todos os que concordam ou minimizaram os factos que levaram à perda de mandato dos membros do executivo de Quiaios serão confrontados com essa posição durante as próximas eleições e deverão esclarecê-la devidamente ao povo.»

 Via Diário as Beiras

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Ponto da situação na Figueira...

 ... sem saber para onde vamos, mas a ter de ir...

... uns, ao que disseram, podem ir de tuk-tuk. Outros de teleférico. Eu ainda prefiro o camelo, uma ideia, que a ter sido aproveitada, em devido tempo, teria resolvido o problema do areal da Figueira e o ridículo contemporâneo... 

ESCUSADO

«Aquilo a que assistimos hoje em Quiaios não é um IMpasse, é antes um IMbróglio. Evitável, se não estivéssemos perante um exercício de teimosia, de obstinação, perante o que está visto não pode ser resolvido pela sucessiva convocação de Assembleias Extraordinárias, dado o posicionamento da oposição, legítimo e absolutamente compreensível, sobre a questão em análise. 
Esta teimosia aparece como suporte da vontade de uma pessoa que não quer ver o assunto resolvido de outro modo, vá-se lá saber porquê, acrescentarei com ironia! Fazer de conta que o que aconteceu atrás e levou a esta situação não importa, é outro exercício: de cegueira e de novo de obstinação incompreensível. A solidariedade é uma coisa linda, admirável, e não me canso de a ela apelar. Mas cautela. Nem tudo merece que sejamos solidários com… e o que deu origem a esta desagradável situação não é de somenos importância. Considerar de modo diferente é pôr em causa os Tribunais e a Justiça. Há erros judiciários, há, mas este não foi certamente o caso, filtrado por duas instâncias distintas e independentes. A amizade é outra coisa linda, também ela admirável. Mas cautela. 
Ela não pode cegar, obliterar o entendimento, sob pena de distorcer a realidade das coisas, exactamente o que aqui aconteceu. Agora é perguntado que solução seria proposta para ultrapassar o “constrangimento” autárquico em Quiaios, já que impasse não é, conforme acima referi. Dou de barato que aconteça mais uma sessão extraordinária de Assembleia de Freguesia, face à tal teimosia e obstinação demonstradas. Uma perda de tempo e de energia, já que o desfecho está à vista. 
Não querem avançar para eleições antecipadas com o argumento de que se estaria em presença de duas eleições muito próximas. As Autárquicas 2021 acontecerão em Outubro. E pergunto: E daí? Qual é o problema? Por minha parte, nenhum. A população tem todo o direito de escolher os seus representantes para este ano que falta. Não quero pensar que haja aqui adeptos da “suspensão da democracia”. “Funcionar” em gestão corrente? Se é isso que querem será. Mas era bem escusado!»

«EM BREVE»...

... mais uma, via Diário de Coimbra.

Não adianta escrever. Bastam as imagens



Já que estamos em timing de homenagens, recordo uma pessoa que continua a fazer muita falta à Figueira


José Martins
Para os Amigos, simplesmente o Zé.

Purista do verbo e do enredo no dissertar da pena, concebia o jornalismo como uma arte e uma missão nobre. 
“Também a lança pode ser uma pena/também a pena pode ser chicote!”
 
Andarilho e contador de histórias vividas, passou em palavras escritas pelo Notícias da Figueira, Diário de Coimbra, Diário Popular, Jornal de Notícias, Diário de Lisboa, República, Opinião, Vértice, Mar Alto (de que foi cofundador), Barca Nova (de que foi fundador e Director) e Linha do Oeste. 

No associativismo passou pelo Ginásio Clube Figueirense e Sociedade Boa União Alhadense. 

Lutador contra o regime deposto pelo 25 de Abril de 1974, teve ficha na PIDE. Foi membro da Comissão Nacional do 3º. Congresso da Oposição Democrática que se realizou em 1969 em Aveiro. Chegou a ser preso pela polícia política. 

Com a sua morte, a Figueira perdeu uma parte do seu rosto. 
Não a visível, mas a essencial. 
Era crítico e exigente. 
Mas, ao mesmo tempo, bom, tolerante e solidário. 

Quase 20 anos depois da sua morte, quem manda na Figueira, a cidade que amou toda a vida, continua a ignorá-lo.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Temos de nos definir de uma vez por todas...

É isso que os figueirenses querem? 

Uma cidade a viver de passeios de tuk-tuk ou de teleférico na praia?

Imagem via Diário as Beiras

A birra

Teotónio Cavaco, via jornal Diário as Beiras

«De facto, o princípio da confiança na boa gestão da coisa pública foi aqui comprovadamente violado, o que, numa época de afastamento rápido e progressivo das pessoas em relação à Política e de facilidade de aceitação de discursos menos sustentados, seja de que quadrantes forem, contribui para sentimentos que já possibilitaram ascensões do tipo providencialista, com as consequências infelizmente conhecidas. 
Ora, se o princípio da separação de poderes visa, pela sua fragmentação e necessária independência, uma melhor governação (que só pode sublimar-se através da satisfação das necessidades de quem elege, através do voto), neste caso só através da consulta popular se poderá voltar a perspetivar futuro para a freguesia de Quiaios.»

Edifício "O Trabalho": a atormentar Carlos Monteiro desde 2009?..

Via Diário de Coimbra

Comerciantes da baixa, Cabo Mondego, cemitério de Moinhos da Gândara, canil e "Patrão Moisés Macatrão"...


 Via Diário as Beiras

Timing das homenagens...

Via Diário as Beiras

A complicação que é mudar uma lâmpada dum equipamento fundamental na Figueira...

Juro que li isto na edição de hoje do Diário as Beiras:

"... durante o fim de semana, fundiu-se a lâmpada vermelha de sinalização marítima do molhe norte. A PM tomou conta da ocorrência, que comunicou à APFF, a fim desta proceder à substituição do sinal luminoso. Ao que foi possível apurar, a administração portuária ficou de substituir a lâmpada durante o dia de ontem. 
Mantendo a rota noticiosa na Figueira da Foz, devido ao mau tempo, em terra e no mar, desde ontem, a partir das 17H00, que a barra está condicionada. Enquanto o grau de condicionamento se mantiver, por causa da tempestade “Bárbara”, apenas será permitida a navegação a embarcações com mais de 11 metros de comprimento."

Mais 13 casos na Figueira


 Via Diário as Beiras

Mesmo em tempo de pandemia, na Figueira é sempre carnaval...


 Montagem feita a partir de imagens sacadas à edição de hoje do Diário as Beiras.

Pelo concelho das ironias trágicas: tuk-tuk eléctricos e teleféricos e uma lagoa artificial de água natural no areal da praia...

A realidade, no país e no nosso concelho, é a que sabemos: o desafio colocado pela pandemia é enorme.

Ninguém, no país e no concelho, está preparado para o enfrentar. Não se fez o que deveria ser feito ao longo dos últimos meses e que era essencial: reforçar com meios humanos e técnicos o SNS. No país do faz de conta o entretenimento é a intenção de obrigatoriedade de instalação de telemóveis, mais inútil que útil. 

No país (e no concelho) real há pessoas a morrer por falta de assistência, não só ao covid-19, mas também por degradação do seu estado de saúde, sem os adequados diagnósticos. Há pessoas em dificuldade porque já o estava ou passou a estar com os impactos da crise pandémica. Há pessoas a precisar de respostas em vez de mais do mesmo ou de entretenimentos.

Ninguém está interessado em discutir a realidade. Ninguém se interessa pela insuficiência, a impreparação e o esgotamento das respostas de saúde no terreno. 

Por exemplo: para tomar uma vacina os velhos como eu, têm de ir para uma fila, com o céu como teto, todos os dias, a partir das 8 e meia da manhã, sujeitos às condições de tempo como as que estão hoje, quando era simples e fácil os serviços calendarizarem os dias e as horas para evitar ajuntamentos e facilitar a vida dos utentes e dos profissionais de saúde.

Na Figueira, neste momento, dizem (enquanto esperamos pelo resultado do sistema de transposição de areias, da praia da Figueira para as praias da margem sul do Mondego, o famoso bypass) que podemos vir a ter tuk-tuk eléctricos e teleféricos e uma lagoa artificial de água natural no areal da praia. 

Já agora: já tivemos palmeiras no oásis, porque não utilizar camelos no cada vez mais extenso areal?

Não consideram que tudo isto é demasiada demagogia e escassa  capacidade de concretização no terreno?

Ao menos, cumpram uma ironia antiga, que já é trágica: acabem de uma vez por todas as obras da Rua dos Combatentes.

Imagem via Diário as Beiras

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Primeira fase de vacinação contra a gripe iniciou-se nos centros de saúde esta segunda-feira, dia 19 de Outubro de 2020: da propaganda à realidade...

PROPAGANDA

"O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, apresentou, em conferência de imprensa de actualização dos dados da pandemia de Covid-19 em Portugal, a campanha «Vacine-se por si, vacine-se por todos».

No dia em que começou a primeira fase de vacinação contra a gripe, pela primeira vez em setembro para minimizar a circulação simultânea do vírus da gripe sazonal e do SARS-CoV-2, o governante destacou esta campanha, que une as ordens dos Enfermeiros, Farmacêuticos e Médicos ao Ministério da Saúde, em «prol do sucesso desta campanha vacinal», agradecendo aos três bastonários pelo empenho demonstrado. 

Com o mote «Vacine-se por si, vacine-se por todos», esta campanha tem como objetivo chegar de «forma muito particular aos profissionais de saúde, cuja necessidade de proteção é este ano ainda mais necessária, mas também aos idosos, às grávidas aos doentes crónicos e a todos os que devem ser protegidos na primeira e na segunda fase da vacinação», que começa a 19 de outubro.

António Lacerda Sales destacou, ainda, que «além da vacinação nos centros de saúde este ano, cerca de 10% das vacinas reservadas à população com mais de 65 anos poderão ser administradas em 2.000 farmácias de todo o país graças também a um esforço e empenho» da Associação Nacional de Farmácias e da Associação de Farmácias de Portugal, «em regime de complementaridade ao Serviço Nacional de Saúde».

Esta primeira fase da campanha de vacinação é constituída por 335 mil doses de vacinas, que se destinam aos profissionais de saúde que prestam serviços ao público, grávidas e idosos residentes em lares.

O Secretário de Estado lembrou que Portugal vai ter dois milhões de vacinas, que chegarão em tranches, e que «as pessoas não serão vacinadas todas de uma vez, é um processo organizativo dos cuidados de saúde primários que decorrerá com serenidade até ao final do ano»."


REALIDADE
Logo de manhã, porque entendo que devem ser evitados ajuntamentos de pessoas nos centros de saúde, tentei ligar ao posto da Cova e Gala. O objectivo era simples: tentar marcar uma data e hora para me ser injectada a vacina. Chguei às 11 da manhã e, como o telefone estava sempre ocupado, desisti e dirigi-me ao poso médico.

Deparei-me com uma fila de pessoas de idade avançada, algumas com dificuldades motoras, no exterior à mercê das condições atmosféricas que o dia de hoje nos está a proporcionar.

Permaneci dentro do carro largos minutos à espera que a fila diminuísse. Quando estavam apenas duas pessoas avancei em direcção do edifício  do centro de saúde. Devo ter estado mais de 25 minutos no exterior, à espera que fossem atendidas as duas senhoras que estavam à minha frente.

Quando chegou a minha vez, ao ser atendido pela funcionária administrativa, que veio até à entrada do edifício, disse ao que ia: pretendia, dado que não consegui via telefone, que me fosse marcada a data e a hora para tomar a vacina. Considerando que não são aconselháveis ajuntamentos de pessoas, era assim que pensava que as coisas funcionariam...

Que ingénuo que eu sou!..

Disse-me, com toda a amabilidade deste mundo e arredores a funcionária: "tem de vir amanhã, a partir das 8 e meia, pois hoje já terminou o números de doses da vacina que podiam ser aplicadas".

Ingénuo como sou, ainda tentei argumentar: "minha senhora, não é possível marcar um dia e uma hora. Assim evitavam-se ajuntamentos de pessoas como recomenda o Governo?..".

A resposta deixou-me sem argumentos: "isso não está previsto: tem de vir amanhã a partir das 8 e 30 a ver se consegue ser atendido".

Os médicos do posto médico estão fechados nos gabinetes há largos meses. Os funcionários estão protegidos dentro do gabinete. Os enfermeiros idem... 

Os utentes, têm de ficar  cá fora, ao sol, ao vento ou à chuva, ainda por cima sem terem a certeza se serão atendidos...

Algo está a falhar em tudo isto... E, como tenta dizer o "nosso" primeiro, não são os utentes dos centros de saúde que são relaxados.

Eu, seguramente, em questões de saúde não sou "relaxado" senhor primeiro-ministro.

Roubo na lota da Figueira

Via Diário as Beiras
 

Depois de um problema legal resolvido pelos tribunais, temos um problema político em Quiaios...

Via Diário as Beiras