"Vinte anos perdidos", uma crónica de Daniel Santos publicada no DIÁRIO AS BEIRAS.
"A tentativa de atribuir aos municípios competências para cuja materialização não se encontram instrumentalmente preparados, pode deixar de lado interesses intermunicipais ou supramunicipais e promete riscos de promiscuidade regional. A chamada “solução Relvas”, a partir da qual foram criadas as Comunidades Intermunicipais e as Áreas Metropolitanas, apenas beneficiou estas.
As Comunidades Intermunicipais são apenas locais onde os respetivos Presidentes de Câmara se juntam para tratar de assuntos dos seus concelhos, deixando sem suporte os projetos verdadeiramente regionais.
Por cá parece que nada acontece, ou seja, acontecem grandes promessas como o já falecido Aeroporto Inter-nacional de Coimbra ou a continuada expetativa de que o Metro Mondego entre finalmente nos carris, com um projeto verdadeiramente regional, dirigindo-se progressivamente para região e que sirva não apenas Coimbra, Lousã e Miranda. Recorde-se que enquanto o presidente da Câmara de Coimbra, também presidente da ANMP, defendia até há pouco o tal aeroporto em Coimbra (já tem um estudo que o alivia, ufa!..), o presidente da Câmara da Figueira, também presidente da CIM, estava do lado do Aeroporto de Monte Real! Tudo isto sem estudos profundos, sem números, sem suporte, apenas por demagogia política. E sem legitimidade territorial. O que dizem os outros municípios?
A Figueira da Foz perdeu cerca de 3% da população entre 2011 e 2015 e, dizem os estudos do PDM, arrisca-se a reduzir até 2030 a sua população aos números de 1950!"
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