quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

À memória do Capitão Álvaro Abreu da Silva recentemente falecido...

FALECEU O CAPITÃO FIGUEIRENSE ÁLVARO ABREU DA SILVA, UM DOS ÚLTIMOS CAPITÃES PORTUGUESES DA PESCA LONGÍNQUA DO BACALHAU À LINHA; PIONEIRO DA TRANSFORMAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DESUMANAS DOS PESCADORES PORTUGUESES DESSA PESCA; E ASSOCIADO HONORÁRIO DO CENTRO DE ESTUDOS DO MAR (CEMAR)
Diário de Coimbra de 18.1.2018

O Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque (CEMAR) cumpre aqui a obrigação de anunciar a triste notícia do falecimento do seu Associado Honorário, e figura significativa da História Marítima portuguesa e da Foz do Mondego, o Capitão figueirense Álvaro Abreu da Silva, que nos anos 60 do século XX foi um dos últimos capitães portugueses da pesca longínqua do bacalhau à linha, e teve o mérito de ter sido pioneiro da transformação das condições de trabalho desumanas dos pescadores portugueses desse tipo específico de pesca.
Álvaro Abreu da Silva nasceu em 1933 na praia da Vieira de Leiria, numa família numerosa e proprietária de uma das "Artes" (pesca de cerco e alar para terra) da pesca local. Completou os estudos liceais na Figueira da Foz, onde desde a adolescência começou a praticar vela e a participar em regatas.
Fez a sua formação em Lisboa na Escola Náutica, e aí terminou o curso de Pilotagem em Julho de 1957. Logo no mês seguinte realizou o seu sonho de embarcar, como piloto, para o mar alto. Depois de experimentada a pesca de arrasto lateral, onde chegou a fazer duas viagens num só ano (desde logo em onze meses no mar), passou em 1960 para a pesca longínqua do bacalhau à linha, nos mares da Terra Nova e da Gronelândia (no navio "Senhora do Mar", do Porto), e ficou chocado com a vida duríssima dos homens dos dóris. Desiludido com essa experiência, voltou nesse mesmo ano à pesca de arrasto, como imediato, nos litorais africanos do Cabo Branco e da Mauritânia. Aí, em 1961, desempenhou pela primeira vez funções de Capitão.
Comandou, portanto, então, em 1961, um navio de pesca português nos mesmos litorais africanos que haviam sido os litorais reconhecidos pelos Portugueses quinhentos e vinte anos antes (no século XV, em 1441), exactamente ao mesmo tempo em que em Portugal (nesse mesmo ano de 1961) estavam a acabar de ser orquestradas e oficiadas as grandes Comemorações oficiais desses tais "Descobrimentos Portugueses" (os ditos "Descobrimentos Henriquinos" [sic], no Cabo Branco e na Mauritânia…), por ordem dos dirigentes políticos portugueses do regime desse tempo (1960-1961): uns Exos. Srs. chamados Prof. Doutor Oliveira Salazar (Universidade de Coimbra), Alm. Américo de Deus Rodrigues Thomaz, etc., em pomposos cortejos litúrgicos e em anedóticos rituais que foram trombeteados em Sagres (!), Tomar, Viseu, Lisboa, etc..
Quer isso dizer que, nesses mesmos anos de 1960-1961 (que, para alguns, foram anos de celebrações bizantinas, e para outros foram anos de trabalho regular), aconteceu a situação espantosa e impressionante de que quem efectivamente estava a navegar e a comandar um navio português nos litorais inóspitos e desérticos do Saara, no Cabo Branco e na Mauritânia — os litorais cuja navegação oceânica havia sido iniciada na década de 40 do século XV pelos navegadores Nuno Tristão, Gomes Pires, Álvaro Fernandes e outros, nas navegações portuguesas ordenadas nessa década de 40 em que o Regente de Portugal foi o Infante Dom Pedro, Duque de Coimbra e Senhor de Montemor-o-Velho, Buarcos (Foz do Mondego), Mira, Aveiro, Ílhavo, etc. — continuou a não ser ninguém proveniente de Sagres, ou de Viseu... e foi sim um jovem Capitão português que, por acaso, era proveniente da Beira Litoral… da Foz do Mondego…
E esse trabalho foi feito ao mesmo tempo que o Doutor Salazar (UC) e o Alm. Américo Thomaz, em terra, celebraram as anedóticas mentiras políticas da "Escola de Sagres", etc., etc..
A História, ainda que paradoxal, é sempre exemplar, para quem for capaz de a escutar.
No ano seguinte, de 1962, Álvaro Abreu da Silva teve que voltar à pesca à linha, como imediato, num navio de Lisboa. Em 1965, foi pela primeira vez, como imediato, no navio "José Alberto", da Figueira da Foz. Mas dois anos depois (em 1967), nesse mesmo navio de quatro mastros "José Alberto" (o mais célebre dos navios figueirenses), e então já como Capitão, foi Álvaro Abreu da Silva que comandou a viagem à Terra Nova e à Gronelândia no decorrer da qual veio a ser filmado pela National Geographic Society o filme documentário "The Lonely Dorymen" [Os Solitários Homens dos Dóris] (1968), o melhor filme desse tipo sobre a pesca longínqua do bacalhau à linha (a pesca que os Portugueses, anacronicamente, em pleno século XX, continuavam a praticar, em condições absolutamente desumanas, com um homem sozinho em cada dóri, no Árctico, usando tecnologias pouco mais do que medievais).
Se este capitão figueirense não tivesse aceitado (na verdade, querido aceitar) essa equipa de reportagem a bordo do seu navio — precisamente para levar ao mundo a revelação do que era aquela incrível realidade… —, esse documento, único e irrepetivel, em plena década de 60 do século XX, não teria ficado, para sempre, à disposição do olhar dos vindouros. Assim, ficou.

Em 1972, considerando cada vez mais difícil de justificar tanto sofrimento e sacrifício dos homens dos dóris (sozinhos durante tantas horas a bordo de botes tão pequenos em pleno Mar Árctico), Álvaro Abreu da Silva teve um papel decisivo na grande e inédita revolução então operada: conseguiu convencer o armador a um plano de renovação da modalidade de pesca, que deixou de usar botes e linhas e passou a usar redes de emalhar (sem que os pescadores tivessem que sair do navio, que passou a ser aquecido interiormente, com as redes de emalhar largadas e recolhidas pelo próprio navio, e o trabalho dos homens realizado por turnos).
Álvaro Abreu da Silva considerou essa transformação das condições de trabalho como uma sua grande realização, e disso sempre se orgulhou. Em 1985 fez a sua última viagem, e reformou-se. Teve a felicidade de nunca ter perdido um só homem das suas tripulações, ao longo de toda a sua vida profissional (e com isso também sempre se alegrou).
Em 1998, na companhia do historiador autodidacta local Manuel Luís Pata, e de outros, foi o Capitão Álvaro Abreu da Silva que fez ouvir a sua voz em defesa da tentativa (que, no entanto, veio a revelar-se inglória…) de a Figueira da Foz conseguir salvar da sucata o seu último navio da pesca longínqua do bacalhau (o navio, chamado "Sottomaior", que, depois, veio a chamar-se "José Cação"). O próprio Álvaro Abreu da Silva havia comandado esse navio, no passado; e o tipo de embarcação de que se tratava, e as transformações pioneiras por que havia passado, serviriam exemplaremente para o fim museológico que se pretenderia. Mas, infelizmente, a salvaguarda desse último exemplar de Património Cultural Marítimo figueirense, e a paralela criação, logo então, do Museu do Mar (que nesta cidade da Foz do Mondego já era ansiada desde há tantas décadas), não foram então possíveis.
O navio foi para a sucata, e o Museu do Mar ainda hoje continua sem ter sido criado.
Não há dúvida de que, quando esse Museu for criado (e ele vai ter que ser criado, mais cedo ou mais tarde), a memória de Álvaro Abreu da Silva vai ter que ser lá evocada (tal como as memórias de João Pereira Mano, ou de Manuel Luís Pata).
O Centro de Estudos do Mar, em Março de 2008, por decisão da sua assembleia geral realizada na Praia de Mira, passou a ter como os seus dois primeiros Associados Honorários os dois Capitães portugueses do século XX que tão bem representavam as gerações de homens do mar que, secularmente, saíram para o mundo pela Foz do Mondego: o Capitão João Pereira Mano, capitão da Marinha Mercante, e autor principal da História Marítima figueirense (cujos livros foram todos publicados pela nossa associação científica) e o Capitão Álvaro Abreu da Silva, capitão da Marinha de Pesca, nascido na Praia da Vieira, e figueirense por adopção.
Nessa ocasião, em 2008, foi organizada uma Homenagem a Álvaro Abreu da Silva e a Manuel Luís Pata, na Praia de Mira, pelo Centro de Estudos do Mar e a Câmara Municipal de Mira, e foi publicada a tradução portuguesa, pelo CEMAR, do texto do filme "The Lonely Dorymen" [Os Solitários Homens dos Dóris] (USA, NGS, 1968).
Actualmente está em curso o projecto, dinamizado pelo CEMAR, no sentido de se tentar editar uma edição digitalizada desse filme de 1968 protagonizado por este Capitão figueirense, a sua tripulação, e o seu navio.

Texto: Centro de Estudos do Mar - CEMAR

Na Figueira é o que sabemos...

DAQUI
Gosto de associações de ideias e mal vi esta notícia imaginei-me a olhar da margem norte do Mondego para sul e ao fundo perceber o Cabedelo ameaçador. No entanto, não chegou para perturbar o momento... 
Por cá é o que sabemos: TROIADELO... 
"Continuo a pensar nos trabalhadores  que vão ser mandados para o desemprego. E que, por via disso, alguns, os mais idosos,  que já trabalham no Cabedelo há 30 anos, vão passar o resto da vida que lhes resta na angústia de perderem a reforma ou de a verem drasticamente diminuída. Continuo a pensar nos mais jovens, que vão deixar o seu país em busca de trabalho no estrangeiro ou, se ficarem por cá,  vão ficar na expectativa de arranjar um emprego que os fará mergulhar para sempre na espiral da precariedade, da insegurança e da exploração. 
Continuo a pensar no sofrimento  destas pessoas. Que têm nome. É o Raul, o Robalo, a Graça, a Albertina, a Sónia, o Miranda, a Celestina e a Denise. Isto, no Parque de Campismo. Na Cantina Bar, é o Tiago, a Helena, o Luís, o Carlos, a Rosalina, a Cristela e a Ana.
Isto, nesta altura. No Verão, são mais alguns." 

Deixem as cabras trabalhar!...




Via Provas de Contacto

Erosão Costeira e Defesa da Costa no Concelho de Ovar

"DERIVA LITORAL - O impacto da erosão costeira em Portugal"

Orla costeira reconstruída. Em Vila Nova de Gaia...

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Em democracia, dar uma maioria política absoluta, é a maior maravilha da demonstração da imbecibilidade humana...

Via AS BEIRAS
Pelos vistos, S. Pedro é olhada como a "vila" paraíso dos imbecis: o sítio onde por mais imbecil que alguém seja, sempre haverá um imbecil maior para achar que esse alguém não o é.
Portanto, nós  cá por S. Pedro, todos bem!
Durante alguns anos - e até bem recentemente - , alguns andavam  preocupadíssimos, por exemplo, com a erosão costeira
Hoje, pelos vistos, já ninguém se preocupa com isso (até ao próximo alarme, claro está!). 
Isto só demonstra a transitoriedade de tudo. 
Poucos temas subsistem à passagem do Tempo. 
Hoje, que está um radioso dia de sol, encolhemos os ombros, esquecidos da preocupação que então tivemos.
O  Senhor presidente Ataíde tem razão: alguma (a maioria que votou) "da população de São Pedro está com ele".
Mas, não tem a razão toda: "alguma, também está contra ele". Da que votou e da que não esteve para se chatear...
E, ainda, há aqueles que, em S. Pedro, já perceberam o óbvio há muitos anos.
Os eleitores votam em sonhos!
Os eleitores - e a "vila" de S. Pedro não é excepção -, quando vão votar, são mais seduzidos por sonhos do que por mensagens baseadas em promessas  ou em obra feita...
Continue a sonhar, senhor presidente, pois está no bom caminho rumo ao TROIADELO.

Absolutamente notável, a meu ver, esta prestação...

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Morreu Madalena Iglésias


A cantora Madalena Iglésias, que venceu o Festival da Canção em 1966 com a música "Ele e Ela", morreu hoje aos 78 anos numa clínica em Barcelona, Espanha, disse à Lusa uma fonte familiar.
Mais pormenores aqui.

Acreditar, é uma forma de optimismo...

Quem tem acompanhado com alguma atenção a política na Figueira, no pós 25 de Abril, tem verificado a degradação interna dos partidos do arco do poder: PS e PSD.
Fomos andando, governados pelo PS, depois pelo PSD, até que chegámos à maioria absoluta, de dimensões raras, de João Ataíde.
A situação actual ficou a dever-se a políticas de gestão do concelho acertadas, ao progresso, à transparência e à eficácia na gestão da coisa pública? 
A meu ver, não, longe disso.
João Ataíde cedo percebeu como os valores mudaram, numa terra a viver um ciclo de dificuldades económicas, sociais e culturais, sem comunicação social crítica e com partidos da esquerda que se recusaram a renovar-se.

Na Figueira da Foz não há debate político, há o diz-se diz-se, há a conversa de café, há o comentário anónimo e há o mercado do voto. 
Os votos compram-se. Numa cidade, onde cerca de metade dos votantes se abstém,  os eleitores que dependem da mãozinha camarária são suficientes para, acrescentando à base eleitoral do PS, conseguir uma maioria absoluta. 
Temos, por exemplo,  os fornecedores por adjudicação directa, que sabem que beneficiam de uma preferência que tem o seu preço,  os jovens subsidiados,  os funcionários da câmara, os empresários locais que vivem da generosidade camarária, os jornais que dependem de anúncios camarários, os activistas associativos que não podem desagradar aos donos disto tudo, pois a sua agremiação é subsídio-dependente...
Depois, ainda temos a pouca vergonha de políticos locais que não hesitaram em trair os seus para se venderem a troco de mordomias, para eles próprios ou para os seus familiares. A somar temos o medo. Como cereja em cima do bolo,  ainda temos os esquemas manhosos para limitar a participação dos cidadãos nas sessões da Câmara Municipal.

Quem manda no PS, na Figueira, neste momento tem tudo na mão e utiliza-o em seu benefício próprio e da sua entourage: existe medo generalizado, um eleitorado dependente da generosidade municipal, um jornalismo genericamente obediente, empresas que vivem de adjudicações arbitrárias e sem concurso. 
Se querem saber o que significa asfixia democrática não deixem de visitar a cidade da Figueira da Foz no ano da graça de 2018, quase 44 anos depois do 25 de Abril de 1974.

Quanto ao futuro - do PS,da Figueira e dos Figueirenses - não se preocupem.
Continuemos a ter  uma visão do futuro esperançosa, embora tenhamos muito poucos motivos para isso. 
Mas, comos somos optimistas por natureza, vamos continuar a esperar melhores dias. Depois, também não existe, estatisticamente falando, razão consistente e racional, para jogarmos no euromilhões e  continuamos  a jogar. 
Há que continuar a apostar então  num futuro melhor para a Figueira...
O euromilhões também só sai a quem joga...

Quem nos defende?

Aveiro 2 - Figueira 1
A sul da barra de Aveiro vão ser depositados 2 Mm3 para "mitigação do déficit sedimentar com vista a atenuar o processo erosivo"
Para o sul da barra da Figueira apenas está previsto 1Mm3
Uma vez que a força do mar nesta frente atlântica é equivalente, porque é que só temos direito a METADE do que está previsto em Aveiro? 
Se o relatório do GTL prevê para o primeiro shot de areias um volume de 9,9 Mm3, porque vão transferir DEZ VEZES menos? 
Nota de rodapé.
Litoral XXI - Governança e Plano de Acção.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Atenção presidente Ataíde: é preciso pressionar para não se esquecerem da zona a sul do estuário do Mondego...

Foto Márcia Cruz
Governo prevê investir, nos próximos dez anos, cerca de 900 milhões de euros em obras de manutenção e requalificação da costa portuguesa, para minimizar os efeitos das alterações climáticas, anunciou esta segunda-feira o ministro do Ambiente.

"É um investimento que se prevê necessário, em obras que vão ser feitas, algumas em pedra, afastadas, mas paralelas à costa para reduzir bastante aquilo que é a força que o mar tem", disse à agência Lusa o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, à margem da inauguração das obras de requalificação do litoral em Vila Nova de Milfontes, no concelho de Odemira.

De acordo com o ministro, as obras para a manutenção do litoral português, "são uma tarefa ciclópica, devido ao facto de a costa portuguesa ser o território em toda a Europa que está mais sujeito às consequências que hoje se fazem sentir das alterações climáticas, por causa do avanço do mar".

"Está visto e demonstrado que as obras que artificializam a costa, resolvem pontualmente o problema, mas provocam outro problema, normalmente a Sul na costa portuguesa, a sotamar (para onde vai o mar)", recordou o ministro, acrescentando que "esse fator faz com que as intervenções tenham de ser constantes".

Segundo o governante, "as obras previstas para a próxima década, vão incidir na manutenção de esporões existentes, enchimento de praias, recuperação de dunas, com a concentração de milhares de metros cubos de areia", ressalvando, contudo, que "esse trabalho não será eterno, porque essa areia será, certamente, levada pela natureza".

O ministro acrescentou que associadas às obras afastadas da costa, serão associadas as obras de requalificação de espaços atrás das dunas, "porque se pretende que as pessoas continuem a usufruir destes territórios".

"São obras, desde Caminha até Vila Real de Santo António, obras sobretudo de proteção, feitas com técnicas naturais", destacou.

Segundo João Pedro Matos Fernandes, existem obras prioritárias em frente a Ovar, sobretudo em Furadouro, Esmoriz e Cortegaça: "É uma intervenção de grande dimensão, talvez no sítio onde o litoral português mais sofre com o fenómeno de erosão".

"Um dos "shot's" (massa de areia de grandes dimensões concentrada em determinado ponto) muito grandes que temos de fazer é na praia da Vagueira", no distrito de Aveiro, sublinhou o ministro, acrescentando que "este é um dos bons exemplos de obras de grande dimensão que têm de ser feitas, sem mexer no litoral que conhecemos, mas garantir que se vai manter no futuro", concluiu.

João Pedro Matos Fernandes inaugurou esta segunda-feira as obras de proteção e de requalificação do litoral em Vila Nova de Milfontes (Odemira), no valor de 4,9 milhões de euros.

O investimento, feito no âmbito da sociedade Polis Litoral Sudoeste, inclui as empreitadas de valorização e qualificação da Praia do Malhão e de reforço do cordão dunar e alimentação artificial das praias da Franquia e das Furnas, através de transposição de sedimentos da foz do rio Mira, que totalizaram 2,5 milhões de euros.

Via EXPRESSO

"...ao contrário do que aconteceu noutros invernos de fortes tempestades marítimas, a Costa de Lavos e a Leirosa, este ano, (ainda) não estão a sofrer do mesmo mal de que padece a Praia da Cova"

Via AS BEIRAS

Nestas coisas, nada como ser pragmático...

Imagem sacada daqui
Aliás: "também não está mal."

A democracia partidária, em especial a do bloco central...

Em Ovar, segundo O Observador, foi assim: "o diretor de campanha de Rui Rio, Salvador Malheiro — que é presidente da câmara de Ovar — e os «caciques» do PSD daquele concelho usaram uma carrinha para transportar dezenas de militantes para as mesas de voto durante as diretas de sábado. O presidente da concelhia de Ovar do CDS, Fernando Camelo de Almeida, denunciou que a carrinha em questão pertence a uma associação que recebe “subsídio” da autarquia e que a mesma viatura foi usada na campanha para as autárquicas, pela candidatura social-democrata."
O voto é a arma do povo?

domingo, 14 de janeiro de 2018

Já passou 2017, ano de eleições autárquicas, sempre aquele tempo de esperança acrescida...

2048, uma crónica de João Vaz, consultor de ambiente, no jornal AS BEIRAS.

«Após dezenas de anos de molhes, quebra mares e obras de engenharia pesada, as praias de areia desapareceram entre a Figueira e o Osso da Baleia. Contra todos os pareceres técnicos, os políticos aprovaram intervenções desastrosas na costa. Desde o enroncamento do 5º molhe, decidido em 2018, foram construídos mais dez paredões e molhes, sempre mais a sul, contrariando o que diz a técnica e a observação do mar. Aproveitando a construção de mais enroncamentos, decidiu-se continuar a estrada, logo atrás da duna, entre a Cova e a Leirosa. Surgiram então mais casas e infraestruturas, impedindo que a duna se movimentasse. Claro que a estrada com a subida do nível médio do mar, e com ondas mais energéticas, sucumbiu. Desapareceu. Então foi necessário construir uma muralha de betão com quatro metros de altura para proteger as casas. Este muro estendeu-se progressivamente, desde a frente do hospital até a sul das celuloses. A “nova muralha de defesa do Atlântico”, uma edificação colossal. Apesar da “morte da paisagem”, a população apoiou o muro, pensando que este as protegia da força do mar. Inclusivamente discutiu-se se o muro seria dedicado a José Elísio ou a um dos outros políticos que lhe sucedeu. Nos anos 90 do século XX vários técnicos previram o descalabro causado pelas obras de engenharia pesada e alertaram para o “fim da costa e das praias” nesta zona do país. Ninguém lhes deu ouvidos. Os políticos desde então insistiram em perpetuar o erro, colocando cada vez mais “betão e pedras ao longo da costa”.» 

Santana, depois de ontem...

"Continuo a ser Pedro Santana Lopes e assumo tudo o que fiz".
Santana, o candidato derrotado assegurou que não vai desistir do combate político...
O problema é que o pessoal do PSD  não gosta de Bach nem sabe tocar piano...
"Chopin? Não, eu é mais música romântica, sempre"... 
Expulso o não-romântico Chopin, abram-se, então, alas ao ultra-romântico Bach!
Um tão importante vulto da musicologia nacional não merecia uma desfeita destas!...

Nota de rodapé.
O pianista português Filipe Raposo ouviu a entrevista e explicou ao Observador o nome da peça: além de “estar mal dito em alemão”, também “não existe”
Na verdade, a designação é: Das Wohltemperierte Klavier. Trata-se de um conjunto de 24 peças, “12 prelúdios e 12 fugas, escrito com um objectivo pedagógico”.
“Cada uma dessas peças é escrita numa determinada tonalidade, perfazendo as doze tonalidades”, destaca Filipe Raposo. Profissionalmente, a colecção é interpretada por pianistas experientes, mas o primeiro prelúdio — em dó maior — é “excecionalmente mais fácil”, pelo que é utilizado no ensino do piano em fases iniciais.


Na Figueira, há apenas duas maneiras de obter sucesso: pelos próprios hábitos ou pela incompetência alheia...

Segundo o jornal AS Beiras, José Elísio, antigo vereador do PS, do PSD e ex-presidente da Junta de Lavos, chamou "mentirosa e incompetente" à actual autarca, Lucília Cunha. 
Em causa está uma dívida reclamada pela ADSE àquela autarquia do sul da Figueira da Foz. Ao jornal José Elísio respondeu assim: “ela está a mentir, é uma incompetente e não sabe o que está a fazer”. Dito isto, acrescentou: “na próxima assembleia de freguesia, vamos esclarecer isso, olho no olho”.
José Elísio defendeu, por outro lado, que, “ainda que isso fosse verdade, ela não tinha de vir com isso para a rua”. E aduziu que “a lei faculta o direito às juntas de deixar dívidas”, mas, afirmou, aquilo que Lucília Cunha encontrou em outubro de 2017 foram “16 mil euros para receber, dos quais já recebeu mais de sete mil, mas tem de trabalhar mais para receber o resto, mas isso ela não quer fazer”.
“Não respondo a provocações”, respondeu Lucília Cunha, exortando o anterior executivo a provar que pagou os cerca de 7200 euros reclamados pelo subsistema de saúde para funcionários públicos. 
José Elísio afirmou, contudo, que aquele montante foi pago, mas à entidade errada.
Pelo que li, tirei a conclusão que errar é humano. 
E, colocar a culpa em alguém, então, nem se fala.

Rio derrota Santana

A partir de um hotel em Lisboa, Pedro Santana Lopes assumiu mais uma derrota eleitoral no partido...
Pedro Santana Lopes não teve a segunda oportunidade.
Na Figueira, porém, venceu Santana Lopes.
No entanto, registe-se que houve mais de 50% de abstenção. Dos  406 militantes em condições de votar, apenas 193 exerceram esse direito.