domingo, 16 de novembro de 2014

Uma lição para Passos Coelho

"Sem dispor de qualquer informação que não seja rigorosamente a que tem vindo a público, considero que Miguel Macedo tomou a decisão correcta. Por muito que seja completamente alheio aos factos em investigação, as suspeitas que existem sobre pessoas que lhe são próximas constituiriam sempre um factor de fragilização da sua posição como ministro. É bom registar que se recuperam padrões de conduta política que sobrepõem o interesse do país e a respeitabilidade das instituições ao interesses pessoais, às agendas de grupo e às solidariedades de percurso. Se de facto Miguel Macedo não tem qualquer responsabilidade no caso dos "Vistos Gold", acaba de dar uma lição de conduta politicamente responsável. Mas, ao contrário do que já vi dito, esta não se dirige a Nuno Crato, nem a Paula Teixeira da Cunha. A lição vai direitinha para Passos Coelho que não soube, em casos como o de Miguel Relvas, colocar a credibilidade das instituições acima dos seus vínculos pessoais."

Daqui

Num sector à beira do fundo, a promessa de Poiares Maduro!

Gastronomia portuguesa vai ter dia nacional, prometeu Poiares Maduro no encerramento do “Dia das Confrarias” que decorreu no Casino: «dentro de poucos dias», será apresentado na Assembleia da República o projecto de resolução para a criação do Dia Nacional da Gastronomia Portuguesa.
E que tal pensar em baixar o iva para a restauração?..

Espólio do dr. Joaquim Namorado está desde o final do passado mês de outubro no Museu do Neo- Realismo em Vila Franca de Xira

Depois de ter estado, desde janeiro de 1987, na Biblioteca Municipal da Figueira da Foz, o espólio do dr. Joaquim Namorado (cerca de 600 livros, entre obras de Joaquim Namorado e primeiras edições) rumou, em finais do passado mês de outubro, a um local onde vai ser tratado com a dignidade que merece: o Museu do Neo Realismo, em Vila Franca de Xira.
Neste espaço, no dia 6 de dezembro, vai ter lugar a inauguração de uma exposição sobre Joaquim Namorado. Além dos livros que viajaram da Figueira para Vila Franca de Xira, vão estar patentes dois quadros pintados pelo dr. Joaquim Namorado de que mostramos imagem abaixo.
Teresa Namorado, sua filha,  a comer um gelado
Um homem a andar de bicicleta. Este quadro, faz parte de uma trilogia.


Não sei bem de que é feita uma memória.
É comovente como os portugueses gostam sempre tanto das pessoas que morrem.
Quando morrem, claro.
Nesse instante e nas 48 horas que se seguem, amam-nas profundamente, admiram-nas incondicionalmente, choram-nas sentidamente e enumeram, com orgulho, as vezes em que respiraram o mesmo ar.
A morte de uns é, muitas vezes, a grande oportunidade para a vaidade de outros. A hipocrisia comove-me até às entranhas.
Se bem me lembro, a Câmara da Figueira, por unanimidade,  atribuiu, há mais de 3 décadas, a  uma praça da nossa cidade o nome de Joaquim Namorado. Tal, porém, continua por acontecer na realidade... Na Figueira, continua a não haver na toponímia local qualquer referência a Joaquim Namorado!
Joaquim Namorado, um resistente à ditadura de Salazar e um «homem são, frontal e generoso», para além de prolixo autor, continua a ser assim (mal) tratado por esta profunda tristeza democrática em que a Figueira vive...
Esta Figueira é tão injusta e tão vil...

Em tempo (daqui):
"Maria José Montperrin, já depois de Abril, veio a sua casa entrevistá-lo para o "Expresso", jornal famoso da nossa democracia da era atómica. 
Quando entrou na sala e foi mandada  sentar, mostrou estranheza pelo contraste entre os quadros, gravuras, pratos pintados e várias cerâmicas (Júlio Pomar, Resende, Mário Dionísio, Querubim Lapa, Cipriano Dourado, Rogério Ribeiro, Lima de Freitas, Vespeira...) e os sofás em napa, mas logo recebeu a explicação: 
- "Cá em é assim, provas de afectos de muitos e bons amigos, mas coiros só de visita".

BES e o «apuramento da verdade»

(...)
Excertos de um texto de Pedro Santos Guerreiro – "A missão parlamentar de inquérito" – publicado no 1º caderno do Expresso de 15/11/2014.
Via Entre as brumas da memória.

À noite no Mondego

foto Carlos Fidalgo

sábado, 15 de novembro de 2014

Até onde vai a falta de vergonha na cara?

Luís Marques Mendes - lembrei-me deste nojento, porque estou a vê-lo, neste momento, na Sic em directo de Moçambique - garante que nunca desempenhou funções de gerência, à semelhança de Miguel Macedo, na empresa de consultoria e gestão que conta entre os sócios Ana Luísa Figueiredo, filha do presidente do Instituto dos Registos e Notariados (IRN), António Figueiredo, detido na passada quinta-feira no âmbito da investigação desencadeada por suspeitas de crime na atribuição de vistos gold. 
Segundo o ex-presidente do PSD, a sociedade JMF Business, com sede em Lisboa, "na prática não tem actividade", admitindo contudo que "pode não ter sido formalmente extinta". "Eu e o Miguel Macedo nunca tivemos funções de gerência", afirmou ao Económico.
É preciso ter lata. 
A questão que um jornalista digno desse nome lhe faria - e não largaria o osso até obter uma resposta - seria: 
«Nesse caso, para que existe e serve a empresa?» 

Eles sabem ao que vão...

"Estrelas da advocacia defendem altos quadros do Estado suspeitos de corrupção nos vistos gold".
- Via jornal Público

O percurso das veredas da sabedoria que dão poder e estabilidade...

para ler melhor clicar na imagem

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Apagada e vil tristeza...

daqui

Esquisitos, nós?...

"O que interessa é o projecto, não a origem do dinheiro" 
 - Sérgio Monteiro, secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações.

Em tempo.
1. "Já não recordo se quem teve ideia tão parola era Futre ou Portas. Que era Paulo tenho a certeza. Bom, pouco interessa. O que hoje importa recordar é o que dizia esse tal Paulo, que era abrir aqui a porta da loja aos chineses e os aviões charter fariam fila para aterrar na portela a abarrotar deles com os bolsos a rebentar de graveto, que investiriam em Portugal, que criariam emprego, que isto e que aquilo, que a ideia posta em prática seria a nossa galinha dos ovos de ouro. Não conheço ninguém nem ninguém que conheça alguém que alguma vez tenha visto a cor desse dinheiro. O mesmo para os empregos que se criariam, também nunca ninguém os viu. Há tempos saíram umas notícias sobre uns mafiosos, não nos bastavam os que já para aí andavam à solta, que aproveitaram a ideia desse Paulo para se instalarem, e às respectivas lavandarias de dinheiro sujo, neste cantinho do viveiro de corruptos em que se está a transformar a Europa. Já se sabe, estas notícias nascem e morrem e a culpa é toda nossa, vamo-nos habituando a que nada nunca tenha consequências para ninguém. O Paulo lá se aguentou, os vistos gold também. Não sabemos quantos mafiosos depois, o certo é que o tema hoje voltou às notícias, novamente com corrupção, branqueamento de capitais e peculato e desta vez com uma equipa de futebol completa de detidos, onze magníficos, quase todos eles homens e mulheres de confiança dos nossos ilustres governantes, escolhidos entre muitos para ocuparem alguns dos mais altos cargos na hierarquia da nossa Administração Pública pelos ministros da tutela respectiva  e também escolhidos pela prendada galinha para lhes pôr uns ovinhos no bolso." Via O país do Burro.

2. As farpas queirosianas, laçadas em 1871, continuam certeiras, o país continua a viver numa sonolência enfastiada.

A velhice do dr. Cavaco

Crónica de VASCO PULIDO VALENTE, no Público.

Hoje, é dia de exaltação...

Ontem, pela primeira vez – há sempre uma primeira vez – estive atento ao programa Quadratura do Círculo, na SICN.
Estive especialmente atento ao candidato a primeiro ministro e comentador António Costa, que esteve presente, como habitualmente, com Pacheco Pereira e Lobo Xavier.
António Costa disse algumas coisas. Nomeadamente, classificou as detenções, no âmbito da investigação aos vistos Gold, como graves e preocupantes. O candidato do PS a primeiro-ministro sublinhou, porém, “que embora possam vir a ser feitas alterações, é preciso não confundir a atribuição dos chamados vistos dourados com eventuais ilegalidades que tenham sido praticadas.” 
Não ouvi, porém, fazer promessas exequíveis e que não ficam mal a um político, que diz querer romper com o passado.
Por exemplo, algo como isto: "quando formos Governo, quando for primeiro-ministro, vamos acabar, vou acabar de imediato com a lavagem de dinheiro e a falta de transparência, como a compra de livre-trânsito europeu de honorabilidade que é a venda da nacionalidade através dos vistos dourados, com reflexos ridículos na criação de emprego"

Em tempo.
"Há uma crise dos portugueses consigo próprios. 
Têm vergonha de ser portugueses. 
A única coisa que os exalta é o futebol." - Gonçalo Ribeiro Telles

«Coração, Cabeça e Estômago»


Dia 22 de novembro, pelas 13h30, no Restaurante “O Teimoso”, irá celebrar-se o conceito de tertúlia, alargada à gastronomia, num almoço que terá como mote a recriação da ementa de uma das tertúlias do Grupo Coração, Cabeça e Estômago - tertúlia gastronómica e cultural figueirense, fundada em 1936 por António Augusto Esteves, mais conhecido pelo pseudónimo literário Carlos Sombrio - onde irão conviver, de mãos dadas, a cultura e a gastronomia local, numa festa alargada à comunidade.

Pago | Inscrições limitadas, sujeitas a inscrição prévia, presencialmente ao balcão da Biblioteca Municipal, até 20 de novembro. 

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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Números do desemprego

Só no ano passado emigraram 110 mil portugueses... só no ano passado.

Gold

O director nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Manuel Jarmela Palos, foi hoje detido pela Polícia Judiciária no âmbito de uma investigação relacionada com a atribuição de Vistos Dourados, por suspeita de corrupção. 
Foi também detido o presidente do Instituto de Registos e Notariado, António Figueiredo.

Desigualdades (...no longo prazo, os rendimentos do capital são superiores, não só aos do trabalho, mas também aos do próprio crescimento económico - o que significa que a dinâmica do capitalismo se revela criadora de desigualdades que não é de todo capaz de corrigir, o que, na situação da economia globalizada dos nossos dias, exige que se pense muito a sério em soluções também globais...)

Crónica publicada no jornal AS BEIRAS

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A legionella e a lei da selva

"A austeridade caiu forte sobre os particulares, mas apenas ao de leve sobre as empresas. 
Nos últimos três anos, enquanto se "flexibilizavam" os direitos dos trabalhadores para os despedir, a legislação e a fiscalização das empresas afrouxou, deixando os empresários à rédea solta. 
E o que fazem os patrões portugueses, quando lhes tiram as peias? 
À semelhança do governo, "cortam nas gorduras": Despedem trabalhadores, cortam nos salários, cortam na segurança de clientes e trabalhadores e nem lhes passa pela cabeça preocuparem-se com o ambiente. Um habitat privilegiado para o desenvolvimento da legionella que conseguiu para o governo de Passos Coelho mais um feito de que se pode orgulhar: o actual surto desta bactéria já é o terceiro maior de sempre
Perante este cenário, a resposta do governo foi criar a "fiscalidade verde" para nos obrigar a pagar 10 cêntimos por cada saco de plástico..."

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