quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Portugal não passa de uma Aldeia...

"Marido da Ministra das Finanças ameaça jornalista"
   
"«Tu não sabes quem eu sou. Metes a minha mulher ao barulho e podes ter a certeza que vais parar ao hospital.» O SMS foi enviado às 13h08 do dia 23 de Setembro, para o telemóvel de Filipe Alves, jornalista do 'Diário Económico' (DE). O emissor era António Albuquerque, marido da ministra de Estado e das Finanças, Maria Luís Albuquerque, também jornalista e ex-editor executivo daquele jornal. «Acabou, vou apresentar queixa contra ti na PSP», respondeu Filipe Alves depois de uma troca de mensagens violenta, acrescentando que se lhe acontecesse alguma coisa, ser-lhe-iam pedidas explicações. Dois minutos mais tarde, Albuquerque reforçou o que tinha dito, sempre através de mensagens móveis: «Agora fiquei preocupado… estás avisado se metes a minha mulher ao barulho nesta história… vais parar a um hospital.» Ainda havia de escrever: “Tira a minha mulher da equação ou vou-te aos cornos.” Esta semana, na terça-feira, dia 11, depois de se esgotar um período dado a Albuquerque para pedir desculpa, deu entrada no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), uma queixa por injúrias e ameaças contra o marido da ministra. António Albuquerque assume à SÁBADO que escreveu os SMS, justificando ter uma questão pessoal com o antigo colega e com o director do jornal, António Costa: «Desculpas nunca pedirei!», diz. «Não peço desculpa a supostos jornalistas, que não o são, e que se movem para defender interesses económicos». A SÁBADO pediu uma reacção ao gabinete da ministra, mas não obteve resposta até ao fecho da edição. «O assunto agora está nas mão da Justiça, por isso não vou comentar», afirmou à SÁBADO Filipe Alves, o jornalista que apresentou a queixa."

“Uns cabrões fdp”
 A troca de mensagens tinha começado no dia anterior, a 22 de Setembro, uma segunda-feira, em que Filipe Alves escreveu um artigo de opinião com o título "O que acontece se o Novo Banco for vendido com prejuízo?" Argumentava que seriam os contribuintes a pagar o resgate do BES, uma possibilidade que a própria ministra viria mais tarde a colocar. António Albuquerque enviou uma primeira mensagem a atacar o autor do artigo, mas Filipe Alves não identificou o número, respondendo com mensagens irónicas e os primeiros insultos. No dia seguinte, ao perceber que aquele era o novo telefone do marido da mulher mais poderosa do País, comunicou-lhe por SMS que daria conhecimento à direcção do jornal. Foi o que originou a escalada de tom. «Estou cheio de medo. Reafirmo, tu e o teu director são uns cabrões fdp», respondeu António Albuquerque. «Posso citar em on?», replicou Filipe Alves, provocando mais insultos de Albuquerque: «Vai para o cara... cabrão» e «já te disse vai para o cara... seu merdas». O jornalista ainda invocou que sempre deu «a opinião de forma honesta e sem querer prejudicar A, B ou C.» Albuquerque insistiu: «A tua memória é muito fraca… queres que te envie um dossier com as tuas notícias a começar pela Perella. Sim tu tens um dossier». «Respeito todos os jornalistas do DE, mas não estes dois», diz Albuquerque. Vários elementos da redacção do DE, porém, dizem à SÁBADO que, quando estava no jornal, tirava satisfações junto dos colegas em relação às notícias sobre Maria Luís, nem sempre com os melhores modos. Os problemas remontam a 2011. Quando chegou a secretária de Estado do Tesouro, antes de ser ministra, António Albuquerque foi despromovido de editor-executivo – onde tinha acesso a tudo o que o jornal estava a investigar – para editor dos projectos especiais. Mas, segundo Albuquerque, mantinha a obrigação de “transmitir notícias”. Havia de negociar uma indemnização e sair do jornal para a EDP, em Abril de 2013, de onde viria a despedir-se quando a notícia da sua contratação foi pública. Hoje é correspondente da Soico, o maior grupo de comunicação social moçambicano.

Via Revista Sábado

Atenção figueirenses, hoje há manifestação...

Dirigentes, seccionistas, atletas e familiares da Naval vão concentrar-se hoje, pelas 18 horas, frente à Câmara...

Actualização:
A manifestação de navalistas junto à Câmara Municipal da Figueira da Foz acabou por ser desconvocada, pois «a autarquia terá mostrado abertura para analisar a contra-proposta do Futebol de Formação da Naval no que respeita à distribuição de tempos de utilização do campo sintético no complexo do Estádio Municipal Bento Pessoa.»

A propósito das reuniões à porta fechada na Câmara da Figueira... (II)

Ontem nesta postagem, demos conta do seguinte comentário do jornalista José Luís de Sousa no facebook: "ninguém - fora os jornalistas - se queixa...".
Como dissemos ontem não é bem assim. 
Como a verdade é para ser reposta, cliquem - além de aqui  - 
também aqui, que foi de onde saquei a crónica que podem ler...
Já somos, pelo menos, dois que se queixaram...
Já agora, os senhores jornalistas figueirenses já se interrogaram sobre o seguinte: no tempo em que podiam fazer a cobertura de todas as reuniões camarárias na Figueira, faziam o seu trabalho com objectividade e competência, sobre o que de realmente importante para os munícipes ocorria nas  sessões camarárias, ou limitavam-se a fazer crítica cinematográfica a protagonismos de actores experientes e traquejados em filmes de ficção?..
Em política nem só os factos contam. O contexto em que eles se desenvolvem, empresta-lhes muitas vezes significados diversos. 
Eu não previ, em devido tempo, que a “coisa” ainda daria muito que falar e escrever?.. 
Para ler melhor a crónica da imagem do lado direito, basta clicar na imagem.

A «estória» do tirano de Siracusa e a espada suspensa sobre o amigo invejoso e bajulador...


A crónica de hoje do eng. Daniel Santos no jornal AS BEIRAS - A espada de Dâmocles - é uma «estória» interessante... 
Conta-se que Dionísio, tirano de Siracusa, que vivia num luxuoso palácio, com o poder todo e servos às ordens para tudo, tinha um amigo invejoso e bajulador. 
O rei, cansado de o ouvir, propôs-lhe que o substituísse por um dia. 
E Dâmocles viu-se com uma coroa de ouro na cabeça - e, cercado de honras, de luxo e de prazeres, julgou-se o homem mais feliz do mundo. 
Sentado à mesa, onde se servia um banquete lauto, com vinhos raros, perfumes e música, inebriado, levantou os olhos. 
E o que viu? 
Uma enorme espada flamejante, afiada e pontiaguda, presa ao tecto apenas por um fio, que pendia sobre a sua cabeça. 
Aterrado, todo o entusiasmo se esvaiu e o rosto empalideceu. Era essa espada pendente que Dionísio via todos os dias, na ameaça constante de algo ou alguém cortar o fio. 
Contada que está a  «estória», como informação complementar à crónica do eng. Daniel Santos, fica o resultado da participação da Figueira da Foz, que concorreu com o programa de reabilitação urbana e a remodelação do mercado municipal (tendo sido seleccionado o primeiro), ao prémio Município do Ano – Portugal 2014, promovido pela Universidade do Minho. 
A final realizou-se  em Guimarães e a cidade do Fundão venceu a nível regional. O prémio nacional foi para Lisboa, que concorreu com requalificação da Mouraria.

É só prolongar a crise

"Ricos temos poucos”, disse ontem, com enorme desplante, a ministra das Finanças, por isso a classe média será a mais sacrificada!..
A ministra está a falar de um País onde nos últimos 3 anos se tem vindo a agravar um dos maiores flagelos da humanidade, que é o flagelo da desigualdade na distribuição da riqueza.
Segundo o DE de 15 de outubro passado, “Portugal cria 10 777 novos milionários por ano”.
Quase 30% dos milionários portugueses surgiram nos últimos dois anos. 60% de toda a riqueza está concentrada nos 10% mais ricos.
O DE esclarece que, para além dos 10777 milionários criados este ano (pessoas com uma riqueza superior a 1 milhão de dólares), Portugal criou mais 10395 em 2013.  
Quer isto dizer que, em apenas dois anos, este governo criou 30% do total de milionários portugueses. E pensar que há por aí uns energúmenos a dizer que este governo lançou o país na pobreza!
Não sou jornalista, mas sou curioso.
Por isso fui tentar perceber como foi possível, num país em crise, criar 21 mil milionários em dois anos (em 2009 havia “apenas” 11 mil milionários, o que significa que em cinco anos o número de milionários  aumentou quase sete vezes - são actualmente cerca de 75 mil. )
Tanto quanto pude apurar, desde a II Guerra Mundial  que não se registava um tão elevado número de milionários feitos à pressa. Mas, nessa altura, havia uma explicação: o volfrâmio crescia como cogumelos debaixo do chão e alemães e ingleses disputavam-no a peso de ouro. Uma tonelada de volfrâmio valia 6000 libras no mercado aberto e muito mais no mercado negro. Nesses anos loucos a febre era tal, que se alguém encontrasse um calhau de volfrâmio na soleira da porta, logo começava a cavar os alicerces ou planeava mesmo, deitar a casa abaixo.
Não é brincadeira, não! Por causa do volfrâmio, destruíram-se igrejas e mortos foram desalojados de cemitérios- relata a imprensa da época.
Nos anos 80 e 90 do século passado também nasceram bastantes milionários em Portugal, graças às verbas provenientes da UE. Nesses anos, muita gente transformou verbas do FSE ( destinadas à formação)em jeeps e carros de alta cilindrada, e verbas para agricultura fizeram florescer belas mansões com piscina, mas nada comparável ao enriquecimento proporcionado pelo volfrâmio. 
As verbas europeias “secaram” e por estes anos de crise não foi descoberto - que se saiba - nenhum produto capaz de rivalizar com o volfrâmio, pelo que a razão do enriquecimento de tanta gente, em tão pouco tempo, deve ter alguma explicação pouco perceptível ao comum dos mortais. 
Agora  há o Euromilhões, mas o número de milionários portugueses “criados” por essa via é tão ínfimo, que se perde na estatística. A distribuição é um negócio de milhões, mas apenas acessível a meia dúzia de portugueses.  E quanto aos banqueiros, também não há por aí Salgados e Jardins Gonçalves a dar com um pau. Além disso, ser banqueiro é uma profissão de risco. Que o diga o Oliveira e Costa, coitado, que andou anos a trabalhar num banco e agora está na miséria!
Por outro lado, se o DE escreve “criação” de milionários, isso significa que eles são produzidos em série num qualquer lugar. Não sendo nos supermercados, nos bancos, nem na Santa Casa, há-de ser em algum local mais recatado, não visível a olho nu pelo comum dos mortais.
Disse-me alguém habitualmente bem informado sobre estas coisas, que os principais viveiros se encontram em S. Bento e em Bruxelas.  Não acredito. Esses viveiros poderão ser responsáveis pela criação de algumas centenas de milionários, mas estamos a falar de milhares! 21 mil em apenas dois anos- relembro.
Eu não tenho nada contra os milionários mas,  saber que eles não nascem nas maternidades por desígnio da Natureza,  sendo  criados em viveiros artificiais cuja localização desconheço, chateia-me, pá. Fico com a ideia que também eu podia ser milionário e só não sou, porque me estão a esconder informação!
Se vivemos em democracia todos devíamos ter direito a saber como se cria um milionário”E não me venham lá com essa treta de que é o trabalho que nos torna ricos  e outras histórias da carochinha, como a globalização, porque já sou crescido e não acredito em contos de fadas.
Certo, certo, é que a crise multiplicou exponencialmente o número de milionários em Portugal, pelo que não percebo a razão de todos quererem acabar com ela. Afinal, os números não mentem: a crise é uma oportunidade! Ora, se assim é, o melhor é prolongá-la durante mais uns anos, para  dar a possibilidade a todos os portugueses de se tornarem milionários.  
Pelas minhas contas, à media 10 mil por ano, em 2114 todos os portugueses se terão tornado milionários. Não vos parece uma boa notícia? É só esperarem mais um bocadinho, que a vossa vez vai chegar!

Grande O´Neill...

A alegria de ser eleito 
a alegria de ser notado 
a alegria de ser perfeito 
a alegria de ser devorado 

Alexandre O'Neill, in «Coração Acordeão».

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Caso está relacionado com surto de Vila Franca de Xira, avança fonte do Hospital Distrital da Figueira da Foz

Doente com legionella internado na Figueira da Foz 
-  Via Correio da Manhã

A propósito das reuniões à porta fechada na Câmara da Figueira...

"ninguém - fora os jornalistas - se queixa...", escreveu num comentário no facebook  o jornalista José Luís de Sousa.
Não é bem assim. 
Como a verdade é para ser reposta, cliquem aqui para conferir...

Fica a pergunta

O Senhor Presidente da República, Sua Excelência o Prof. Aníbal Cavaco Silva, apesar de se mostrar incomodado com o que andaram a fazer os gestores e accionistas da PT, já chamou a Belém um tal de Zainal Bava que Sua Excelência condecorou no passado 10 de Junho, alegadamente pelas excepcionais qualidades de  gestor e de serviços prestados ao país? 

Cuidado com a desatenção e dificuldades de memória ...

O PS – o de Seguro e, agora, o de Costa - tem “batido” no Governo, por causa do aumento dos impostos, mas aumenta os impostos em autarquias que dirige – atente-se no IMI que é cobrado na Figueira pela Câmara socialista e o aumento dos custos com a saúde com a criação do estacionamento pago no Hospital da Gala, e as taxas e taxinhas para 2015 pela Câmara socialista em Lisboa!..
O Governo, por sua vez, está a “bater” em António Costa por aumentar impostos, depois de ter aumentado quase até ao infinito os impostos durante os últimos três anos.
Será que estamos num país esquizofrénico e não há alternância – já nem falo em alternativa - a este estado de coisas?

Aguardam-se explicações do Ministério da Justiça (e da Ministra)!..

X&Q1226


Na Figueira o Orçamento para 2015 (e as Grandes Opções do Plano para o triénio 2015-2018) foi aprovado numa reunião à porta fechada – vedada ao público e à comunicação social. A Coligação Somos Figueira abandonou a reunião no momento da votação.

Na última reunião de Câmara, vedada à presença do público e da comunicação social, a coligação Somos Figueira pediu ao presidente da Câmara que retirasse da agenda a discussão e votação do Orçamento para 2015 e das Grandes Opções do Plano para o triénio 2015-2018. 
Segundo nota da coligação, o vereador João Armando Gonçalves «lamentou profundamente que, pela primeira vez na história da democracia figueirense, os documentos mais importantes para a gestão municipal fossem discutidos numa reunião vedada à presença de munícipes». 
Perante «a intransigência do presidente da Câmara, que rejeitou a solicitação da coligação, os vereadores da oposição decidiram não participar na votação domesmo»Contudo, «porque entenderam ser a melhor maneira de servir o interesse dos munícipes, os vereadores da coligação comunicaram ao executivo a sua avaliação dos documentos, apontando críticas específicas relativamente a algumas rubricas e colocando questões decorrentes da leitura que fizeram do Orçamento e das Grandes Opções do Plano».
O orçamento da empresa Figueira Parques para 2015, segundo a vereadora Anabela Tabaçó, apresentava «erros grosseiros, contas mal feitas, má formatação, ausência de paginação e do parecer do Revisor do Oficial de Contas, entre outros. Os erros grosseiros apontados pela vereadora da coligação fizeram o presidente da Câmara retirar o documento da agenda».
O documento vai ser de novo apresentado e votado na próxima reunião de Câmara, após ser revisto.

Já segundo nota à comunicação social enviada pelo gabinete da presidência, o orçamento para o ano de 2015, no valor global de 41,2 M€, "é um orçamento de grande realismo – um orçamento verdadeiramente equilibrado e com Potencial para execução a 100%".
Segundo a mesma nota, "o Município da Figueira da Foz encontra-se a executar um Plano de Saneamento Financeiro que se encontra em cabal cumprimento com a redução paulatina de endividamento de médio/longo prazo [início de 2014 – cerca de 42,3 M€; fim de 2014 – cerca de 36,3 M€; fim de 2015 – 31,9 M€]".
O orçamento agora aprovado "prevê um aumento das receitas correntes e uma diminuição das despesas correntes (incluindo redução das despesas com pessoal)."  

Mais pormenores aqui.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Cavaco pergunta:

“O que é que andaram a fazer os accionistas e gestores” da PT?

"Contratos da Misericórdia de Lisboa na área da Saúde levantam suspeitas e originam inquérito interno"

 - Via jornal Público

Ranking da Transparência das autarquias: Figueira da Foz cai do 1.° lugar para a 11ª. posição!.. Deixaram de ir aos treinos?... (II)

Na crónica acima, ficamos com a opinião  de Miguel Almeida, vereador da oposição, sobre os rankings de 2013 e 2014. 

Contudo, como a plebe merece mais, ficamos também  a saber “que a Figueira não desceu muito, em termos de pontuação. Os outros municípios  é que melhoraram bastante”.
Acabei de citar a vereadora Ana Carvalho em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS publicadas hoje. A autarca explicou ainda que a queda do município no ranking deve-se ao facto de não ser sido introduzida tanta informação no site como no ano passado, por se encontrar em construção a nova página da autarquia, que ficou disponível na semana passada.
Aliás, segundo a vereadora Ana Carvalho, “o novo site está bastante melhor”comparando-o com o anterior. E tem novos conteúdos que podem contribuir para o aumento da transparência na gestão da autarquia, como, por exemplo, o currículo e os salários dos membros do executivo camarário...
disponibilização do site em telemóveis e tablets e a tradução em vários idiomas serão os passos seguintes, adiantou ainda a vereadora.

É este o retrato da transparência democrática num dos concelhos deste país.
Quem conhece a Figueira e os figueirenses, percebe porque é que isto é assim, mas resigna-se - se calhar, como dizia o outro, não pode ser de outra maneira... 
Por mim, podem limpar as mãos à parede...dos rankings...

Na Figueira, há gente que continua a não se deslumbrar com as luzes do Paquete encalhado no GALANTE, apesar de a versão oficial do regime o considerar um "projecto sustentável"...

A reforma...

A prioridade continua a ser o défice. 
Continua a não haver vida para além do défice. 
Todavia, o Estado continua a debater-se com enormes problemas financeiros.
Continua a haver derrapagem da despesa pública. 
As receitas dos impostos, principalmente de quem trabalha, aumentaram. Continuam a ser necessários os sacrifícios, porque estas coisas da economia apenas fazem efeito a médio prazo...
Em 2002, já lá vão 12 anos, com o PSD então no governo, foi este o discurso que deu origem a uma subida da taxa do IVA de 17 % para 19 %. 
Na altura, disseram-nos que seria temporário e logo que a economia começasse a acelerar o seu crescimento, a taxa seria reposta ao valor anterior. 
A medida, criticada na altura pelo PS, e pelo próprio governador do Banco de Portugal, resultou numa diminuição do consumo privado e inerente crescimento da economia a taxas negativas no ano de 2003.
Em 2005, com o mesmíssimo discurso com que se justificou a subida de 2002, a taxa do IVA passou de 19 % para 21 %.
Em 2002, disseram-nos que seria temporário, em 2005 disseram-nos que duraria no máximo até 2008, mas com a garantia de que assim que a economia começasse e a apresentar um crescimento robusto, a taxa seria reposta em 19 %.
Em 2014 é o que sabemos: o IVA está nos 23%...
O problema, dizem-nos, é a despesa pública. E medidas concretas para descer a despesa pública não existem, dizem-nos...
Esperar do PS, do PSD e do CDS, claro, que reformem o Estado, é algo como acreditar que, como dizem na Aldeia, uma doença má se cura sozinha.
E há medidas tão fáceis e tão simples...
Para reformar o Estado, bastaria que o PSD, o PS e o CDS, claro, se dispusessem a expurgar a administração pública, local, regional e nacional, dos milhares de boys e girls que lá colocaram ao longo de 40 anos. 

Da necessidade de um relvado sintético na Cova-Gala (II)

Na presente temporada futebolística, em seniores, a equipa do Cova-Gala, disputa a prova máxima da AFC, a Divisão de Honra. Dos Clubes participantes, apenas o Grupo Desportivo Cova-Gala, disputa a prova rainha da AFC num campo de terra batida. Todos os outros Clubes, têm relvados naturais e sintéticos.
Ontem, o Cova-Gala jogou em casa com o Carapinheirense e o pelado estava nas condições que a foto sacada daqui mostra.
Sobre este assunto, relembro um texto que publiquei no Outra Margem em 4 de janeiro de 2010.
Passo a citar.

A implantação de um relvado sintético, na Cova-Gala, é, cada vez mais, uma questão pertinente, e uma necessidade a curto prazo.
Sabemos a situação financeira da Câmara Municipal da Figueira da Foz. Mas, também conhecemos as deficientes condições que a juventude da Cova-Gala tem ao seu dispor para a tão necessária prática desportiva.
Não existe um Pavilhão coberto; não existe uma piscina. Existe um sintético na Praia da Cova, herança da gestão de Santana Lopes, só que tal localização, no Inverno, torna a sua utilização praticamente inviável. Resta o campo de futebol do G.D.C.G., um pelado daqueles que já não se usam, principalmente no futebol de formação, área em que o Cova-Gala, desde a sua fundação, sempre dedicou especial atenção e carinho e tem um património e pergaminhos consideráveis, tendo mesmo um título de campeão distrital em Infantis, no ano de 2007.
Passadas as eleições para os diversos órgãos autárquicos figueirenses, e eleitos que estão os novos representantes do povo, temos a certeza que os actuais responsáveis pela autarquia figueirense, depois de terem o conhecimento real das carências em infra estruturas para a prática do desporto em todo o concelho, não no imediato, mas a curto prazo, tomarão as medidas que se impõem para proporcionar à juventude figueirense, citadina e das diversas freguesias, as condições mínimas, que proporcionem uma saudável prática desportiva.
No futebol de 11, nos escalões de formação, todos o sabemos, a Cova-Gala constitui um autêntico alfobre de jogadores.
Pelo que, gerações e gerações de carolas já trabalharam nesta Terra, creio que seria da mais elementar justiça, que o próximo sintético a ser implantado no nosso concelho contemplasse a Cova-Gala, pois, isso, representaria a concretização de um sonho adiado já há tempo demais.
Sabemos que o orçamento da Câmara da Figueira, para o ano de 2010, já foi discutido e aprovado. Somos realistas. Portanto, lançamos um desafio exequível ao Presidente João Ataíde e ao vereador do pelouro: que tal, conseguirem em 4 anos, aquilo que o PSD não conseguiu em 12?...