sábado, 4 de outubro de 2014

No país do faz de conta...

A coligação não está em perigo por causa de negociatas mal-amanhadas e mal explicadas à roda de submarinos, carros de combate e espingardas metralhadoras; a coligação não está em risco por causa da credibilidade do primeiro-ministro valer menos que uma ponta de cigarro encharcada na borda do passeio por causa de negociatas mal-amanhadas e mal explicadas à roda de uma Tecnoforma e duma 'ongue' inventada para sacar fundos comunitários para o bolso de meia dúzia de espertalhões; a coligação não está em perigo por o Ministério da Educação estar ao Deus-dará e por a vida de milhares de professores e de alunos e de famílias continuar em suspenso ou em marcha à ré; a coligação não está em perigo por a Justiça ter sido suspensa e sofrido o maior retrocesso desde os tempos de D. Maria; não. A coligação está em perigo por causa da ginástica acrobática do vice-pantomineiro a correr atrás do partido perdido dos contribuintes que as eleições são já em 2015 e 2015 e já para o ano e para 'já para o ano' faltam já menos de seis meses.
daqui

Nem sempre foi assim...

... mas, nesta fase da minha vida, o que sinto, escrevo. 
O que penso, escrevo. 
O que respiro, escrevo. 
É esta a minha existência. 
Escrever. 
É esta a minha tortura, a minha alegria, a minha maldição … 
Que mais posso desejar da vida?..

Na Aldeia... (XXVII)

Muitas vezes, ao longo dos anos, também aqui pela Aldeia, os partidos foram desvalorizados nas eleições locais. 
Em 2005, PS, PSD não apresentaram listas partidárias e optaram por dar apoio expresso à LISP. 
Aqui pela Aldeia, cheguei a pensar que esses partidos estavam reduzidos a uma formalidade, sem qualquer relevância prática. 
Porém, eu sabia que não iria ser assim. Aliás, apesar dessa manobra de diversão que aconteceu, ao longo dos últimos 20 anos, a Aldeia foi sendo construída à imagem e semelhança dos partidos. 
Tanto assim foi, que tal como acabámos por permitir que os partidos sejam a desgraça que são, também acabámos por permitir que a Aldeia acabasse por ser a desgraça actual. 
Um partido é uma organização política que pode ter responsabilidades governativas na Aldeia. 
Portanto, o que lá se passa, é matéria de interesse para todos os Aldeões e não só para os militantes, ou simpatizantes. 
Contudo, pouca gente liga aos partidos. 
Bom, mas deixemos os entretantos e vamos aos finalmentes: o Partido Socialista e a lista que vai apresentar nas eleições intercalares na Aldeia e sobre a confusão que para ali vai. 
Como é que querem governar a Aldeia decentemente e conceder-lhe o direito à evolução, progresso e desenvolvimento, se eles próprios, enquanto lista, são a confusão personificada?.. 
O cabeça de lista que desenrascaram, não é o líder – quando muito, é o que estava mais perto do líder. 
Mas candidato a presidente da junta já é. 
Líder é que não é mesmo. 
Mas pronto. 
São estes, muito provavelmente, os futuros governantes da Aldeia. 
Mas duvido que isto preocupe alguém na Aldeia...

Como é bom viver neste cantinho à beira mar plantado!..

Enquanto, na Alemanha, alguns são detidos, em Portugal, onde sabemos a eficácia da justiça, não existem sequer indícios de ilegalidades...

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Coisa nunca vista ....E o ministro não se demite?..

CRIATIVA - Encontro de Criadores da Figueira da Foz, arranca hoje e decorre durante todo o fim de semana


Reparem na "viragem à esquerda do PS de Costa"...

"Francisco Assis sugeriu coligação entre PS e PSD"... 
O eurodeputado defendeu na RTP Informação a formação de um novo Bloco Central - entre o Rato e a São Caetano à Lapa.
A acontecer, tal como o previsto neste blogue em 24 de julho passado, deverá passar mais ou menos por isto...
Penso que toda a gente já percebeu o que vem aí: um acordo entre partidos. 
Rui Rio e António Costa, na linha de partida para preencher a vaga, “defendem um entendimento de regime para o país”
É a lei da oferta e da procura a funcionar. Para mostrarem que se conseguem pôr de acordo, tentam, desde já, fazer estragos nos respectivos partidos... 
Grande começo que, porventura, os deverá levar longe. Cavaco deve andar satisfeito... 
E nós, vamos na onda?.. 
"A questão  básica tem a ver com a confiança". 

Portanto, será que a partir daqui a história vai deixar de ser parcialmente ficcionada?..

"Tecnoforma – com humor"

O humor é algo corrosivo, de fractura ao politicamente correcto, para suscitar o riso.
Se não fosse assim, «depois das explicações do PM sobre o caso Tecnoforma, receber dinheiro por trabalhar quase passava a ser falta de educação e egoísmo. Uma pessoa até se sentia mal por, ao fim do mês, ir receber o ordenado. (...)».

Na Aldeia... (XXVI)

A foto foi sacada daqui
Como fui feliz aqui!..
Esta imagem permanece no meu subconsciente, porque as imagens da juventude, marcantes e determinantes, fixaram afectivamente e para todo o sempre, o lado para onde olho em primeiro lugar, numa conversa sobre a Aldeia. 
É para esse lado que a maior parte dos covagalenses olha.
Porque foi assim que aprendemos a olhar em primeiro lugar e não há amor como o primeiro. 
Principalmente se esse amor, tem razões que a razão desconhece.

Tema "será discutido na próxima reunião da autarquia camarária"...

Como já tinha explicado ontem, o menu serve-se sempre embrulhado em papel bonito. 
O ornamento é conversa da treta para entreter os tansos do costume.
«Preço da água vai subir no litoral para poder descer no interior».

Que pouca vergonha!..

Que azar o meu: no banco, a minha conta, está com tão pouca roupa, que, por vezes, até penso que pode chegar ao striptease!.. 
Tal como o primeiro ministro, não gosto nada destas poucas vergonhas...
Era só o que faltava!..

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Viva o Estoril...

José Couceiro, treinador do Estoril.
«O sonho alimenta a vida»...
Pelo sonho é que vamos. 
E assim aconteceu...
Deu dois secos ao Panathinaikos!..

Anda Ricardo, fala...

 "...Os tipos garantem que há uma parte que teve de ser entregue a alguém em determinado dia“.
Como recorda o Observador:
"O negócio da compra dos dois submarinos pelo Estado português à Man Ferrostaal, em 2004, está a ser investigado há mais de oito anos. Até à data, foram constituídos arguidos no processo os três gestores da Escom, por suspeitas de corrupção ativa, tráfico de influências e branqueamento de capitais. Ainda não se conseguiu descobrir o rasto do dinheiro, apesar de existirem suspeitas de que um total de 1.1 milhões de euros, provenientes da comissão paga à Escom, tenha sido depositado nas contas do CDS-PP, entre 27 e 30 de dezembro de 2004."

O que interessa é o lucro do sector privado... O resto, é a habitual conversa da treta

Resumindo e concluindo a notícia hoje publicada no jornal AS BEIRAS.
Tendo em vista, a futura privatização há que tornar o cozinhado mais apetecível: juntam-se os 19 subsistemas existentes em apenas 5
Colocam-se os consumidores do litoral a pagar o lucro que o privado vai ter de ter com os consumidores do interior. 
Resultado: dinheiro, muito dinheiro em caixa.
Serviço Público é com o Estado, o privado é para ter lucro. 
Serve-se embrulhado em papel bonito.
O ornamento é conversa para entreter os tansos do costume.
«Preço da água vai subir no litoral para poder descer no interior».

A calamidade causada pelas inundações trouxe à tona as diferenças que continuam a ser uma característica da sociedade figueirense...

imagem sacada daqui
A Figueira é uma cidade dividida em duas: uma, o "Bairro Novo", relativamente chique, rica e mais ou menos livre de inundações; outra, descuidada, desertificada, pobre, feia e causticada por inundações constantes - a cidade velha que "fica nas zonas baixas"
São situações como esta que me fazem temer o que aconteceria na Figueira num caso de calamidade total imaginada por José Saramago em «O Ensaio Sobre a Cegueira», para mim, o seu melhor livro. Quem já leu, por certo se recorda. Quem ainda não leu, deve fazê-lo o mais urgente possível. 
Podemos não simpatizar com o Saramago, Homem, mas enquanto escritor tem méritos indiscutíveis. Há três obras dele que me marcaram profundamente: além de «O Ensaio Sobre a Cegueira», também o «Memorial do Convento» e «O Ano da Morte de Ricardo Reis» são livros magníficos que recomendo sempre com entusiasmo.

Na Aldeia... (XXV)

O decepcionante estado da Aldeia e o livro Portugal, Hoje O Medo de Existir, de José Gil...
É uma radiografia impressiva da nossa mentalidade e dos nossos comportamentos enquanto indivíduos e comunidade. Nas palavras do autor: «nada acontece, nada se inscreve na história ou na existência individual, na vida social ou no plano artístico.» 
José Gil aponta o dedo a uma sociedade fechada interiormente, a um país praticamente resignado e impotente em que o espaço público é fechado e sem debate político, onde a crítica «descamba maioritariamente no insulto pessoal ou no elogio sobrevalorizante»...
«Pensamos tão pouco, e de forma rotineira, geral e superficial...»
Também na Aldeia os males são públicos e notórios - desconhecimento das regras básicas de funcionamento da democracia, resignação perante os dissabores, medo de agir e conformismo geral.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Vidas longas, blogues e coronéis...

Há vidas tão bem vividas e prolongadas, que até dão para confeccionar blogues, ter leitores, seguidores e detractores... 
Essa, é a razão simples que o autor deste blogue releva. 
A censura na Figueira continua a existir... 
Nunca deixou de existir, aliás.... 
O que é mudou depois do 25 de Abril de 1974? 
Dantes, a censura, era sobretudo o Exame Prévio - que era feito por uns certos coronéis reformados ... 
Agora, são outros os coronéis - os “coronéis” de um sistema que entretanto se implantou, que exercem a censura em nome de valores com os quais sempre encheram a boca, mas para inglês ver... 
A matéria informativa é seleccionada - e é dessa selecção que depende a credibilidade de um divulgador de notícias, seja jornal, rádio, tv ou agência nacional. 
Como muito bem têm sabido todos os políticos que passaram pelo poder, uma das primárias aplicações desta noção básica, torna-se essencial para a preservação da imagem positiva do poder que está - de passagem, como todo o poder sempre esteve na Figueira... 

Na Aldeia... (XXIV)

Aqui na Aldeia estamos a entrar em tempo de campanha eleitoral. 
São estranhas, extraordinárias e intercalares, mas são eleições, embora as campanhas, na Aldeia, já não sejam o que foram.
No tempo das vacas gordas, as campanhas para as eleições autárquicas, aqui na Aldeia, eram muito mais divertidas e participadas. 
Havia sempre quem disponibilizasse para a festa um porquito no espeto, umas sandes de carne assada, sumos, cerveja e vinho. 
Nesse tempo, era um regalo ser candidato a autarca na Aldeia. 
Nesta coisa de eleições locais, os meus conterrâneos queriam saber era do petisco e dos líquidos.  Foram dias e dias de animação no parque de Merendas...
Assim se construíram e cimentaram na Aldeia óptimas carreiras políticas. 
A Aldeia tinha os melhores fregueses do mundo: contentavam-se com pouco, não faziam exigências e eram generosos no dia das votações... 
Nada disto teria importância se tivesse havido, ao menos, uma feira do livro... 
Mas, para quê?.. 
Os livros só fazem mal às vistas...
Também poderia ter sido inaugurado um «Museu da Aldeia», sério, pedagógico, que servisse precisamente para se conhecer o passado e, isso sim, colocaria a terra no mapa e seria uma excelente maneira de festejar a Liberdade, que nos trouxe a freguesia de São Pedro em 1985. 
Com música pimba, porco no espeto, sumos, cerveja e vinho, acabámos «promovidos» a isto...

O idiota útil, mas com agenda escondida?..


José Pacheco Pereira: "na última semana antes das eleições primárias,
houve um encontro secreto entre o secretário-geral da UGT e o
primeiro-ministro. Segundo diz o oráculo governamental, Passos
Coelho convenceu o secretário-geral da UGT a aceitar o acordo
 sobre o salário mínimo. Tudo quanto é ministro, do primeiro ao último,
incluindo o ministro-viajante Paulo Portas foi lá à concertação social
(que eles desprezam todos os dias, a não ser quando têm a UGT no bolso)
para marcar a grande vitória do governo."
 "Negociado e assinado à socapa pela UGT, na pessoa do secretário-geral Carlos Silva, o homenzinho, crescidinho, do sindicalismo responsável e com "sentido de Estado",  o aumento miserável do salário mínimo nacional em €20 mensais é temporário, só vale até 31 de Dezembro de 2015, acaba depois das eleições legislativas e das fotografias de Carlos Silva, secretário-geral da UGT, ao lado de Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e Pedro Mota Soares. Pior que ser correia de transmissão é ser idiota útil e carregar toda a vida na consciência, se a tiver, o peso da destruição do sindicalismo, da contratação colectiva e da descapitalização da Segurança Social."

A máquina do poder

"O que realmente se passa por dentro das campanhas eleitorais dos três maiores partidos portugueses e ninguém vê? Que truques utilizam? Como enchem os comícios de gente? Como decidem os temas dos discursos consoante as sondagens? Como encenam eventos com militantes que passam por cidadãos independentes? O que, de facto, acontece nos bastidores? As maquilhadoras que andam sempre atrás dos líderes, o champanhe que se abre em centros de idosos, as conversas de charme com os jornalistas que acompanham a caravana eleitoral, a preparação dos diretos para os telejornais ou o polémico dinheiro que serve para pagar as campanhas. Estes são alguns dos temas que nos permitem perceber como funciona A Máquina do Poder." 

Via Esfera dos Livros