segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Primeiro dia em que se paga estacionamento no Hospital Distrital da Figueira da Foz, na Gala

À primeira vista, esta foto  obtida há poucos minutos, poderia induzir-nos no erro de estarmos em pleno verão, dada a quantidade de carros estacionados no parque exterior ao Hospital da Figueira, que no verão serve como apoio para estacionamento aos utilizadores da praia.
Hoje, contudo, como sabemos,  está um dia desagradável, ventoso, escuro, a ameaçar chuva. Um dia de outono carregado... 
Então, estarão a interrogar-se os leitores: “a que se deve tal quantidade de viaturas estacionadas naquele local, num dia destes”?..
Fácil de responder: hoje, é o primeiro dia em que se paga estacionamento no parque que serve o Hospital Distrital da Figueira da Foz.
As pessoas podem apanhar frio, vento, chuva, areia na cara, mas, sempre poupam os trocos do estacionamento...
Isto, vai sendo possível, enquanto os senhores da Câmara, via Figueira Parques, não vêm este parque de estacionamento como mais um fonte de criação de riqueza municipal!..
Se querem saber, em boa verdade, na Figueira já me admiro com muita pouca coisa.

Actualização:
Comentário oportuno e genial do meu Amigo Eng. António Guimarães, na minha postagem no Facebook
Agora o argumento foi de que os banhistas ocupavam os lugares dos utentes do hospital. No verão o argumento será de que os utentes do hospital ocupam os lugares dos banhistas, indispensáveis à economia da Figueira. Assim, passarão a pagar os utentes do hospital e os banhistas. Dinheiro em caixa, plim!

A banalização da fome

Em 2010 o Arnaldo Antunes, um professor de profissão que vinha aqui desabafar do seu quotidiano profissional, escreveu um artigo intitulado A Fome nas Escolas onde narrava o seu encontro com uma mãe com 2 litros de leite e meia dúzia de batatas para dar aos dois filhos.

Neste ano da graça de 2013 a Carla Romualdo veio denunciar outras fomes que descobriu num Hospital público e central:
era frequente as visitas comerem as refeições destinadas aos doentes. Sentavam-se ao lado dos pais, avós, irmãos, maridos ou mulheres e iam debicando do seu prato, ou ficando com a parte de leão.
A fome é a fome e é a fome, não há fomes mais fomes do que outras...
O  que foi escândalo em 2010 banalizou-se em 2013. A fome anda por aí, divertindo-se nas ruas, escalando as sopas dos pobres, descendo aos hospitais e às escolas, fazendo a alegria de tanta católica que finalmente tem pobrezinhos em abundância para a sua esmolinha dar.  

Via Aventar

Esta nossa barra (V)

Hoje de manhã, ao fazer o meu percurso pela beira mar da freguesia de S. Pedro, ao deparar com estas redes que pertenceram ao "Jesus dos Navegantes", dadas à costa alguns dias depois do naufrágio ocorrido à saída desta nossa barra, onde se perderam quatro vidas, lembrei-me disto que havia escrito há poucos dias neste blogue. 
Quantas pessoas é preciso morrer ainda para que tal aconteça?.."

Antes da divulgação da nota de imprensa

No seguimento do post anterior, e propositadamente antes da divulgação da nota da imprensa que há-de dar conta do que se passou na reunião camarária de hoje, acrescento o seguinte.
A Câmara Municipal da Figueira da Foz vai ser  ultrapassada  pelos acontecimentos, eventualmente sem o perceber.
O que não vai ser positivo.
Se devido à falta de seriedade de uma parte significativa da comunicação social figueirense a Câmara tivesse  de mudar para uma estratégia de defesa, obrigando-a  a fechar-se para conseguir alguma tranquilidade, isso poderia ser tido em conta. Mas, não me parece que tal tenha acontecido alguma vez.
Os tempos, hoje, passados 40 anos sobre o 25 de Abril de 1974, são e estão diferentes.
As coisas mudaram  e em certo sentido para melhor.
As pessoas – pelo menos aquela minoria que ainda se vai interessando por estas coisas – habituaram-se  até a aproveitar essa grande ferramenta que é a internet para acompanharem as reuniões camarárias. Maus hábitos democráticos, pelos vistos...
Apesar da eficiência com que conseguiu terminar o primeiro mandato, João Ataíde não pode alhear-se da realidade dos tempos que passam.
A realidade, em breve, vai provar-lhe isso mesmo.

Na Figueira, a primeira reunião camarária à porta fechada, depois do 25 de Abril de 1974, realiza-se hoje...

foto sacada daqui
Hoje,  é um dia que vai ficar na história da democracia da nossa cidade: realiza-se a primeira reunião da Câmara da Figueira da Foz à porta fechada desde o 25 de Abril de 1974.
Tal, registe-se, fica a dever-se à maioria absoluta de João Ataíde obtida nas autárquicas do passado dia 29 de setembro.
As forças políticas com assento na assembleia municipal, mas sem representação na vereação camarária, por unanimidade, em declarações hoje publicadas no jornal AS BEIRAS, estão contra  a decisão da maioria absoluta de Ataíde e dos seus vereadores.
António Baião, dirigente local do PCP e candidato que ficou a cerca de 40 votos de ter sido eleito vereador:
“Sendo a decisão apenas justificada com os dossiês reservados, não concordo nem compreendo, porque todas as matérias devem ser do conhecimento dos munícipes. Portanto, não compreendo a necessidade de se realizarem reuniões de câmara à porta fechada.”
João Paulo Tomé, deputado municipal do Bloco de Esquerda:
“Não concordo. As reuniões de câmara até deviam ser mais públicas do que são.
Até parece que as pessoas (os decisores) têm coisas para esconder… Pondo-me na posição de quem tem a responsabilidade de governar o concelho da Figueira da Foz, governaria à frente de toda a gente, para não haver dúvidas e em nome da transparência.”
Vânia Isabel Batista, deputada municipal do CDS/PP, eleita na lista da coligação “Somos Figueira”.
"Não concordo com a decisão.
Respeito-a, porque é legal e o executivo tem maioria absoluta, que lhe foi dada pelos figueirenses nas eleições autárquicas.
No entanto, não consigo descortinar a necessidade de fechar as reuniões ao público. Este tipo de decisões afasta cada vez mais os eleitos dos eleitores."
Mesmo no seio da maioria socialista,  a medida gerou alguns incómodos.  Sabe-se que  até no executivo, dois vereadores e também militantes do PS  - Carlos Monteiro e António Tavares – revelaram  discordância, no recato dos bastidores da vereação socialista, tendo, no entanto, votado a favor da proposta do presidente Ataíde na reunião de câmara do passado dia 24 de outubro -  que é aliás a sua única tomada de posição pública conhecida.
Também na oposição camarária, logo na primeira reunião, deu para notar algumas divergências...
Miguel Almeida, foi o único a votar  contra. João Armando Gonçalves e Azenha Gomes, optaram pela abstenção. Anabela Tabaçó, esteve ausente.
E pronto.
Hoje,  vai ficar consumada a vontade de João Ataíde: fechar a primeira das duas reuniões de câmara mensais ao público e aos jornalistas.
Se a medida vai ter  caráter experimental, ou vai vigorar no decorrer de todo o actual mandato, é o que veremos nos próximos capítulos.
Entretanto, aos poucos que ainda se interessam pelo que se passa na sua cidade, resta aguardar pela divulgação da prometida  nota de imprensa,  sobre a primeira reunião camarária fechada da história da democracia figueirense pós 25 de Abril de 1974.
Para memória futura: tal fica a dever-se a uma maioria absoluta do Partido Socialista.
Terá o dr. Mário Soares, o Patriarca do PS, e um apoiante interventivo na eleição desta maioria absoluta alcançada por João Ataíde, conhecimento do facto?
Será com decisões destas que se vai conseguir reforçar a participação dos figueirenses na vida colectiva da sua cidade?
As pessoas, como sabemos, cada vez comparecem em menor número aos actos eleitorais. 
E se  os políticos sempre pensassem nisso - principalmente, fora das campanhas eleitorais!..

domingo, 3 de novembro de 2013

Amor...

A presidente da câmara de Tomar, Anabela Freitas, PS, nomeou o companheiro, Luís da Silva Ferreira, PS, para chefe de gabinete de apoio à presidência. 
Se isto não é amor, por onde anda o amor?

A Figueira profunda

De 4 em 4 anos temos campanha eleitoral autárquica.
Pouco tempo depois, pelo que tenho observado nos últimos 10 dias,  já deu para constatar que a campanha eleitoral para as autárquicas, de setembro passado, aqui na nossa cidade, foi,  provavelmente,  o momento colectivo em que a comunidade de destino comum, que somos, ficou mais à mostra nos últimos tempos.
Entretanto, para o bem e para o mal, já deu para ver um pouco de tudo.
E -  o que é mais preocupante, se pensarmos em termos do nosso futuro colectivo - sobretudo,  muito de nada.

Celebração do Dia Nacional do Mar vai realizar-se na Praia de Mira (16 de novembro) e em Lisboa ( 19 de Novembro)

para ler melhor clicar na imagem 

Bom domingo

sábado, 2 de novembro de 2013

Na Figueira, a democracia está saudável e recomenda-se...

No passado dia 24 de Outubro, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Dr. João Ataíde, um independente eleito numa lista do PS, tornou público e foi aprovado pelos vereadores da maioria, que os jornalistas e o público só podem estar presentes na segunda reunião de câmara do mês.
Passados 9 dias ficam, para memória futura, as reacções tornadas públicas das principais forças partidárias na Figueira, numa matéria que considero fundamental para a qualidade da democracia na nossa cidade.
PS  - “as acusações de autoritarismo ou absolutismo, por uma reunião de câmara por mês ser fechada ao público, não passam de meras acusações «baratas» para tentar manchar o arranque de um mandato autárquico claramente legitimado pelos figueirenses”.
PSD – “a Câmara não deve nem pode viver fechada em si mesma e a possibilidade das reuniões de Câmara poderem ser descortinadas pelos figueirenses era um reforço entre a ligação de eleitos e eleitores. Desde que vivemos em democracia é a primeira vez que tal acontece.”
CDS – que eu tenha conhecimento, nada a registar.
CDU – que eu tenha conhecimento, nada a registar.
BE – que eu tenha conhecimento, nada a registar.
MRPP – que eu tenha conhecimento, nada a registar.

A partir de janeiro Governo sorteia carros para quem pedir factura

A “lotaria de facturas”  arranca em janeiro.
Para já, vai sortear automóveis.
O sorteio será semanal e destina-se a incentivar os consumidores a pedirem facturas com o seu número de contribuinte.
Para ficar habilitado tem que pedir para incluir o número de identificação fiscal no “recibo”.
Será que foi esta a fórmula encontrada por esta administração do País para dar corpo ao suposto milagre económico em 2014?..
Uma vez que estamos a falar de um casino, que vai abranger todo o território continental e ilhas adjacentes (incluindo certamente as Selvagens e as Desertas...), idealizado para "salvar" o circo em que está transformado o nosso País, com os palhaços pobres a serem cada vez mais, "tá-se" mesmo a ver que, em 2014, vamos ter "uma festança do caralho".

"Transparência"

João Vaz, consultor de ambiente e sustentabilidade, hoje na sua crónica semanal no jornal AS BEIRAS.
“Raramente, nos últimos dez anos, apareceu o nome da Figueira da Foz associado a “boas notícias” nas primeiras páginas de jornais nacionais.
Esta 5.ª feira, o jornal Público noticiava que a “Figueira da Foz é a mais bem posicionada segundo índice que avalia os conteúdos publicados nos sites das 308 câmaras”.
Nos domínios do “urbanismo”, “contratação pública” sabemos que a Figueira melhorou substancialmente.”

Em tempo.
Certamente vagamente relacionado com o que está acima...
Na primeira reunião de Câmara do executivo municipal, actualmente em funções, foi aprovada a distribuição de pelouros pelos vereadores a tempo inteiro.
O “Urbanismo” foi retirado a António Tavares. 
Ana Carvalho, tanto quanto se sabe, inexperiente em funções autárquicas, ficou com este importantíssimo pelouro.
É por este Pelouro que passa o incentivo  e apoio na implementação e na concretização das políticas municipais, actividades e deliberações, definidas no âmbito das Grandes Opções do Plano, para as áreas do planeamento e gestão urbanística no concelho da Figueira da Foz.

Ontem de manhã na Nazaré

Ontem, estive na Nazaré. Na água estiveram Garrett McNamara, Andrew Cotton, Eric Rebiére, entre outros.Tirei a foto acima. O Pedro Agostinho Cruz, a ver o mesmo que eu, tirou estas. Profissional é profissional.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

É só o que consigo escrever...

Vejam. Basta clicar aqui  e  aqui.

Garanto: se um dia tiver um cão vou dar-lhe o nome de Doutor e passeá-lo pela zona do Hospital da Gala...

Vai ser giro, chamá-lo aos gritos no largo da praia do Hospital.
- “Ó Doutor não vás pra aí” -  entenda-se: para o parque a pagar do Hospital  Distrital da Figueira da Foz -  agora, a partir de segunda-feira...
- “Não cagues aí , Doutor… Ó Doutor não faças isso, Doutor...  Não vás por aí, Doutor …. Oh valha-me deus, Doutor... Tu é que fizeste a merda e agora eu é que vou ter que apanhar com ela,  Doutor!..
- “O Doutor não tem emenda, anda muito mal comportado, Doutor... Não mije no pneu do automóvel, Doutor... O estacionamento já é tão caro, Doutor”!..
Ainda vou arranjar um cão e dar-lhe o nome de Doutor...
Um mundo de estórias espera por mim, quando eu tiver um cão chamado Doutor, e o levar até à Praia do Hospital.

Esta nossa barra (IV)

foto Pedro Agostinho Cruz
As comemorações do Dia do Porto da Figueira da Foz começaram na quarta-feira passada, no dia em que se celebraram 47 anos após a inauguração das obras exteriores, com a construção de dois molhes.
A iniciativa decorreu no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz.
Entretanto, o molhe norte foi prolongado recentemente.
Este ano, já morreram 6 pessoas na barra da Figueira da Foz.
Os pescadores, em janeiro passado, alertaram para a realidade desta nossa barra...
Os responsáveis – os que projectaram e mandaram executar a obra do prolongamento do molhe norte, apesar dos avisos que foram feitos – continuam alheios à realidade.
Num país a sério, já teria sido mandado abrir um inquérito para apurar o que se passa, na realidade, com a barra da Figueira da Foz...
Alguém tem conhecimento que tenha acontecido tal coisa?..
Quantas pessoas é preciso morrer ainda para que tal aconteça?..
O importante,  é que o primeiro semestre de 2013, para o Porto da Figueira, afirmou-se como o melhor semestre de sempre do cais comercial, relativamente à quantidade de mercadorias movimentadas, ultrapassando a barreira de um milhão de toneladas.
Para o presidente da Administração do Porto da Figueira da Foz (APFF), José Luís Cacho   o porto está “a atingir os objectivos que tinham sido projectados para o seu crescimento”. Vamos continuar a trabalhar para conseguirmos atingir os dois milhões de toneladas”.
Pelo caminho, vão ficando as pessoas que vão morrendo nos acidentes marítimos à entrada da barra. Mas, isso, é só um pormenor que preocupa alguns patetas como eu. O importante são os números das toneladas.

aF213


Em transe...

"Apanhei um Taxi. O Taxista estava a ler um livro. Perguntei-lhe o que lia. Era o novo livro do Sócrates! Haja confiança no mundo."
Carlos Zorrinho

Como hoje é dia 1 de novembro...



Tributo a José Carlos Ary dos Santos