António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
As Janeiras na Cova-Gala
UMA TERRA MUITO BELA,
VIMOS CANTAR AS JANEIRAS, AI,
PARA A NOSSA CAPELA...”
Via blogue Olímpio Fernandes
Dúvidas sobre a reabertura do ramal Pampilhosa-Figueira da Foz preocupam municípios da região centro
"Esta linha tem uma importância estratégica para a região e por isso já pedimos uma reunião com os responsáveis governamentais. Queremos conhecer o calendário previsto para as obras", diz o presidente da Associação de Municípios do Baixo Mondego, Jorge Bento (Condeixa-a-Nova), em declarações ao jornal Público, acrescentando que os concelhos da Mealhada, Figueira da Foz, Montemor-o-Velho, Cantanhede e Coimbra são os mais afectados pelo encerramento da linha.
“Paixão e emoção”, ou falta de formação ?..
Só assim se percebe a opção por Sá Pinto. Só assim se tornou aceitável a colocação de um elemento com um cadastro repleto por conflitos - mas de garra, raça, paixão, lá está - numa posição-chave na gestão do futebol profissional do Sporting.
Ao escolher Sá Pinto, Bettencourt escolheu um caminho muito perigoso. Escolheu o ardor em detrimento da serenidade; o coração em vez do cérebro; o tumulto no lugar da discrição.
Os mais optimistas clamavam que Sá Pinto era agora um homem diferente. Mais maduro, experiente, conciliador. Esqueceram-se que a essência é imutável. Perante uma situação de choque e provocação, Sá Pinto reagiria da forma que o fez: sem noção da responsabilidade.
O agora ex-dirigente leonino não é o único culpado. Liedson merece uma reprimenda das grandes e Bettencourt ganha com todo este escândalo uma lição gratuita. No futebol de hoje, a paixão não pode preencher e manietar o quotidiano de um clube profissional.”
Notas:
1. Como sportinguista, lamento que o Sporting Clube de Portugal seja uma agremiação sem rumo...
2. Ontem, dentro e fora dos relvados, a bola esteve em grande destaque no País.
Em circunstâncias normais, não ligo a escutas que não estejam em processos já públicos.
Não sei o que me deu, mas acabei de ouvir as que ontem deram que falar.
Estou arrependido.
Mais valia continuar a não ligar a escutas que não estejam em processos já públicos.
Fiquei com conhecimentos sobre a arbitragem, os dirigentes desportivos e até alguns jornalistas portugueses, que preferia continuar a ignorar...
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Haiti
Escrevi há dias num post:
“Acostumados a esperar lamúrias e lágrimas fáceis de sobreviventes de algumas tragédias que vão acontecendo por aqui, os repórteres, no terreno, e os editores, no estúdio, não têm, quanto a mim, conseguido ver e passar o essencial: os sintomas de estoicismo nos habitantes de um país onde o pior parece ser uma sina. A cobertura do terramoto, tal como tudo em televisão nos dias de hoje, virou espectáculo sensacionalista.”
Hoje, aconteceu o impensável na cobertura de uma catástrofe daquela dimensão pois, o jornalista não é a notícia.
Vejam o vídeo
O Mercado Engenheiro Silva vai a votos...
“O mercado Engenheiro Silva tem 118 anos de vida… A Associação dos Comerciantes do Mercado Engenheiro Silva é um facto consumado e está legalizada... e pronta para as guerras que eventualmente nos aparecerem pela sua frente... Sábado é o dia D...o Mercado Engenheiro Silva vai a votos... Eu vou Candidatar-me com uma lista de concessionários...porque não sou de desistir facilmente ...e não tenho medo de quem quer que seja...
O meu MERCADO não vai morrer...o NOSSO mercado não vai acabar...a nossa FIGUEIRA não vai perder a sua "Sala de Visitas"...”
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Mais valia ter permanecido calado
Conforme li no Delito de Opinião, "o Presidente da República entendeu explicar que ao condecorar Pedro Santana Lopes, se limitou a "cumprir a regra que sempre foi seguida de atribuir as condecorações depois de terminado o exercício das funções de que foram titulares e quando já não exerc[ia]m quaisquer funções políticas de destaque, como as de deputado ou dirigente partidário". Ou seja, Cavaco Silva só agora poderia condecorar o ex-primeiro-ministro uma vez que até Outubro de 2009 Pedro Santana Lopes exercera o cargo de deputado. Estaria assim explicada a razão do seu aparente atraso, tendo em conta que tomara posse como Presidente da República no já distante ano de 2006.
Há, porém, um problema com a 'regra' informal invocada por Cavaco Silva. Como os links aqui apresentados permitem verificar, José Manuel Durão Barroso foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo em Agosto de 1996 (ver p. 253). Ora, nessa altura, Durão Barroso era deputado à Assembleia da República e presidia à Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros (Nov. de 1995 a Nov. de 1996)."
Bem esteve Santana, que no decorrer da cerimónia se limitou a agradecer a honraria e à saída, apesar de os jornalistas o aguardarem, na Sala das Bicas do Palácio de Belém, nem uma palavra ouviram do antigo primeiro-ministro. O Santana Lopes circunspecto que entrou na residência oficial do Presidente da República foi o mesmo que a abandonou, cerca de 20 minutos e uma condecoração depois.
Está escrito nos astros...
2. Aposta no cavalo do "partido responsável". Mais uma vez, manda o discurso distintivo às urtigas e viabiliza o orçamento, sem dúvida à espera de mais benesses à mesa do dito, depois de aprovado.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Haiti
Morreram sabe-se lá quantos, falam em 100 mil… porque as casas lhes caíram em cima com o tremor de terra. Casas mal feitas, com mais areia que cimento, sem requisitos técnicos para zonas sísmicas.
Noutros locais mais afortunados, o mesmo sismo não teria provocado mais do que um pequeno incómodo. Na Califórnia ou no Japão, sismos de grau 6 ou 7 da escala de Richter já não estragam grande coisa. Cai uma ou outra empena e só os muito azarados levam com um tijolo em cima. Em países pobres, daquela pobreza imensa e endémica, morrem aos milhares.
E, agora, já há dinheiro para ajudar, para dar de comer, para criar infra-estruturas, escolas, hospitais… dinheiro que antes nunca houve. E, por isso, o povo continuou ignorante, passivo, marginal, rebanho ao dispor da ganância dos canídeos selvagens a que costumamos chamar lobos. O subdesenvolvimento é tudo isto.”
Via , um blogue do jornalista Carlos Narciso