sábado, 5 de abril de 2008

Infantis - Taça de encerramento

COVA-GALA / ÁGUIAS. Resultado e fotos AQUI.

Camões existe?

Foto Pedro Cruz
O PSD defendeu no Parlamento, que a democracia portuguesa "está em agonia".
Na oportunidade, acusou o PS de ter instalado uma cultura de medo na sociedade portuguesa e de ter restringido o exercício dos direitos fundamentais.
O Governo, por sua vez, respondeu através do ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, que quem está "em agonia" não é a democracia mas sim "a actual liderança bicéfala do PSD".
Enfim, conversa da treta.
Penso que, todos nós, em algum momento das nossas vidas, já tivemos o desconforto de pensar que chegámos tarde de mais a algum lugar.
Porém, tirando o caso de nos esquecermos de registar o totoloto num sábado de jack-pot, nunca sabemos bem a que chegámos demasiado tarde.
Se, ter a sensação de chegar atrasado a algo, não é agradável, ter o sentimento que se chegou demasiado cedo, não é confortável.
2009, ano de todas as eleições, poderia ser o tempo certo para a mudança.
Só que, aposto, o País vai continuar anestesiado.
Portugal, é um país absolutamente circular. A História vai repetir-se. A mesma água vai voltar a passar debaixo da mesma ponte.
Este “país à beira mar plantado” é composto de permanência.
Somos um Portugal alcatifado, bebedor de vinho, amante de futebol, devoto de fátima e cantador de fado.
Em 2009, para desgraça da maioria de nós, Camões continuará a não existir.

Drama em Lavos

“O corpo da mulher estava carbonizado, suspeitando-se de que o autor do crime, o marido, tenha usado um produto combustível para atear as chamas. O cadáver do homem foi encontrado caído no hall de entrada da habitação, com um cabo eléctrico à volta do pescoço, presumindo-se que se tenha pendurado na escada de acesso ao primeiro andar da casa.
O caso está agora a ser investigado pela Directoria de Coimbra da Polícia Judiciária, que deslocou para o local uma equipa da Brigada de Homicídios.”

aF11


sexta-feira, 4 de abril de 2008

Mar devolveu corpo do espanhol desaparecido no mar da Figueira

Imagem sacada daqui
O corpo do espanhol de 43 anos de idade, que se encontrava desaparecido há quatro dias, foi descoberto ontem junto às praias de São Pedro de Moel.
Segundo informação do capitão do Porto da Figueira da Foz, Malaquias Domingues, o cadáver, sem qualquer roupa, foi retirado da água depois de ter sido detectado na zona de rebentação pelas 16h00. O homem, que trabalhava para um sub-empreiteiro espanhol na Vidreira do Mondego, desapareceu no domingo passado junto à Praia do Relógio, na Figueira da Foz, pelas 9h00.

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Uma época da lampreia para esquecer



Este ano, a escassez e o preço deixaram os pescadores desalentados.

A pesca já conheceu melhores dias”, é o que já se sabia aqui na Cova-Gala.

O trabalho de reportagem da jornalista Bela Coutinho, hoje publicado no Diário de Coimbra, que pode ser lido aqui, confirma-o.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Será que o homem tem saído de casa?..




... ou andará, simplesmente, a precisar de mudar de óculos:


“ao fim de um ano de saídas do ensino superior”, não existe “ninguém desempregado”.

Dilema ...

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Jorge Coelho é o futuro presidente executivo da Mota-Engil


... Porventura, "a pensar nos concursos públicos vindouros"?...
Será que já nem se tenta disfarçar!..
Entretanto, "o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, vai substitui Jorge Coelho no programa «Quadratura do Círculo» da SIC Notícias. A informação foi confirmada pelo gabinete de comunicação da estação.
Esta alteração surge na sequência da saída de Coelho, que vai presidir à construtora Mota-Engil".

Claro que, o director-geral adjunto da SIC Notícias, Ricardo Costa, irmão de António Costa, nada teve a ver com o asssunto.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Figueira, terra perigosa para jornalistas






Este, não foi o único...
Há mais quem seja "suavemente avisado".
Assim, será possível "jogar" limpo? ...
Liberdade. Liberdade ....

Se fosse em Cuba, caía o Carmo e a Trindade ...
Aí este neoliberalismo retrógado ...

Quase 34 anos depois do 25 de Abril de 1974!



(O 25 de Abril foi um acontecimento incómodo. Ele vem encontrar-nos em perfeita sintonia com a rotina instalada, gerada por anos de vivências impostas, de pressões interiorizadas, de frustrações fomentadas, de vidas vigiadas, de negação da cidadania, de silêncios, de prisões. O regime era proibitivo, castigador, ameaçador, violento, desumano, castrador. Por isso, apenas nos era permitido estar de acordo. Daí, a incomodidade de um acontecimento que nos despertou para uma outra realidade emergente, para uma realidade por fazer, para uma realidade a exigir o nosso compromisso com uma participação activa e reflexiva na construção de um outro País, que havia sido suspenso há muitos anos. A Revolução dos Cravos foi, neste sentido, um gesto histórico incómodo pelo “desassossego provocado”. Fomos chamados à discussão, às análises críticas, à participação activa e esclarecida, à militância política ou ideológica, à opção, à adesão ou à rejeição, ao combate, à mobilização em torno de um projecto nascente. E isto incomoda, porque nos força à reflexão e à vigilância permanentes, porque nos exige um olhar atento e descobridor de intenções e caminhos. Teria sido “mais gratificante”, “mais confortável”, a permanência na submissão e no silêncio, talvez. Teria sido mais cómodo o nosso pensamento ter continuado a sua ausência, a sua aposentação compulsiva e “consentida”. Sartre exprimia-se deste modo: “O quietismo é a atitude das pessoas que dizem: os outros podem fazer aquilo que eu posso fazer”).

Maestros em 2009?..

A coisa, de facto, está mal encarada!..
Mas... onde está a alternativa?


Quem avisa amigo é: sabemos, hoje, o que valem Menezes/Santana/Paulo Portas.
Não sabemos, o que podem valer, no futuro, Menezes/Santana/Paulo Portas

UMA QUESTÃO DE HONRA


Baptista-Bastos
escritor e jornalista

“O episódio ocorrido entre António Borges e o ministro Manuel Pinho, em que aquele acusa este de perseguição, digamos económica, por delito, digamos de opinião, constitui um modo mais larvar, mas igualmente insuportável, dos desamparos e das incongruências deste Governo. Adianto, porém, que este pecado capital não é pertença exclusiva do Executivo Sócrates. Os imperativos da moral não são, infelizmente, virtudes que beneficiem a verdade, porque a "verdade" política está ausente do entendimento normal. E a história da II República, saída do 25 de Abril, não representa, propriamente, um modelo de santidade.

A perseguição, por motivos políticos, é prescrita com a recusa do outro, em favor de uma outra "verdade". E alguns preopinantes, dados à indignação momentânea, esqueceram-se, com inaudita destreza, de quando perseguiram ou foram cúmplices de perseguições. Excluir, anular, omitir são sinónimos de sanear. No tempo do fascismo, poetas e prosadores como Sophia de Mello Breyner Andresen, Urbano Tavares Rodrigues, Alexandre Cabral, Alexandre Pinheiro Torres, Manuel da Fonseca, Augusto Abelaira, outros, muitos mais outros, foram riscados pela Censura, e nenhum jornal podia imprimir os seus nomes, sob risco de pesadas sanções. O processo, agora, não é institucional: obedece a birras, a antagonismos ideológicos, a ajustes de contas, à coacção de lóbis - até sexuais. As coisas não vão bem e a irresponsabilidade favorece a propagação de um subdesenvolvimento moral e a degradação da solidariedade. A Imprensa acompanha, zelosamente, as regressões democráticas, e associa-se, na generalidade, à fragilização do sentido ético que a devia sustentar. Conheço casos alarmantes de supressões de nomes de escritores, actores, pintores, arquitectos, em jornais cujos directores posam de impolutos democratas. Um deles, poeta menor, articulista sem perigo, sofre de complexos rancores que tocam a degradação do civismo mais elementar.

A aceleração do tempo parece ter acelerado a ruína da consciência sobre o vivido. Se a afirmação de António Borges é verdadeira, os desmentidos de Manuel Pinho são gravíssimas avarias de carácter. É-me extremamente penoso pôr em causa as evidências aceitas como tal. Porém, há manifestas contradições e embaraços mal cerzidos na defesa de Pinho. Depois, nem o manto diáfano da fantasia cobre, totalmente, a crueza da verdade. Os antecedentes provocam preocupações naqueles que exigem de quem os governa o carácter translúcido das decisões tomadas.

De qualquer modo, a acusação de António Borges parece surgir um pouco fora de tempo - ou, acaso, obedece a uma estratégia de poder. Quanto a Manuel Pinho, escarmentado na praça pública, só lhe resta reabilitar a honra amolgada.”

X&Q322