sexta-feira, 3 de maio de 2024

1º. de Maio de 1974: o dia (e mês) em que a realidade se despediu da inocência

Uma semana depois do 25 de Abril de 1974, aconteceu o primeiro 1º. de Maio em Liberdade. Foi a maior manifestação de sempre no nosso país! No dia 27 de abril 1974 tinha sido decretado o 1.º de Maio como feriado nacional. É considerada a primeira conquista legal após a revolução. Em Lisboa, a Alameda Afonso Henriques foi ponto de encontro e o comício ocorreu depois no Estádio, onde muitos milhares de pessoas se juntaram nesse dia sob o lema “Paz, Pão e Liberdade!”.

...fica a impressão de que foi o último dia em que realidade e inocência andaram a par, despedindo-se depois; em que a alegria, a espontaneidade das expressões e dos rostos dos que por ali desfilavam, trocando vivas e abraços mesmo entre desconhecidos, daria lugar nos dias seguintes a poses mais calculadas, a conflitos de interesses, ao esgrimir de ideologias, à criação de trincheiras onde presumíveis aliados se acantonariam para mais sérias batalhas. Isto porque a concórdia aparente naquele respirar colectivo, naquela ânsia de união voluntária e puramente livre, já trazia no seu interior as sementes de uma inevitável discórdia."

quinta-feira, 2 de maio de 2024

Prometeram tudo...

Imagem: Jornal Público
Texto: daqui
«Prometeram tudo a todos em campanha eleitoral - polícias, professores, médicos, militares, enfermeiros, função pública, pensionistas e reformados - sabendo de antemão que não podiam cumprir. Com a cumplicidade dos media e dos paineleiros, comentadeiros e especialistas vários, apimentaram a coisa com alarmismo social - caos na saúde, caos na educação, insegurança nas ruas, o diabo a quatro - desaparecido dos telejornais como por artes mágicas logo no dia a seguir ao das eleições. Mentiram com quantos dentes têm na boca. Enganaram uns quantos papalvos e ganharam as eleições, à rasquinha mas ganharam. Agora começa a construção da narrativa que lhes vai permitir não cumprir um avo de tudo o que prometerem, com excepção da redução do IRC para as grandes empresas, para onde um dia hão-de regressar como CEOs, administradores, conselheiros, terminado o consulado no governo da Nação. Que isto se repita sucessivamente, com êxito, diz muito da nossa baixa qualidade política enquanto povo e da nossa fraca exigência cívica, 50 anos que são passados sobre o 25 de Abril.»

"... superespecial do WRC Vodafone Rally de Portugal realiza-se no dia 9 deste mês na Figueira"

 Via Diário as Beiras 

Acervo de Otelo chega ao Arquivo Ephemera

 “É de uma importância enorme”

Porque é que o Governo parece não ter a coragem para afirmar a sua vontade sem rodeios e sem justificações?..

Um saneamento político disfarçado de interesse público na Santa Casa
Para ler melhor clicar na imagem
 

Quem "gosta muito de governar" escolheu... (II)

Da sériejá se sabe quem vai desfraldar a bandeira da União Europeia em Marte: D Sebastião II

Via Revista Visão

Bugalho I 

«Entusiasmado com a sua primeira intervenção pública enquanto cabeça de lista pela Aliança Democrática (AD) às eleições europeias, Sebastião Bugalho, com a habitual humildade, disse acreditar que a primeira bandeira em Marte terá as 12 estrelas da União Europeia e não as “sete quinas” da bandeira portuguesa. Como são cinco, e não sete, as quinas da bandeira, simbolizando os cinco reis mouros que D. Afonso Henriques bateu na Batalha de Ourique, há quem tema que, ao acrescentar mais duas, o candidato tenha dado um pretexto ao Presidente da República para colocar na sua lista de reparações pelo passado de Portugal mais dois reis, vítimas da violência lusitana.»

Bugalho II 

«De Marte, o cabeça de lista da AD fez uma alusão, ainda que sob a forma de citação sem a correspondente identificação do autor, à Lua. A certa altura, no mesmo discurso, declarou: “Mas nós escolhemos fazer estas coisas não por serem fáceis mas por serem difíceis.” Uma frase do antigo Presidente norte-americano John F. Kennedy, dita a 12 de setembro de 1962, a propósito do desafio que era aterrar na Lua. Por cá, Sebastião Bugalho ainda nem chegou a Bruxelas, mas, como se percebe, já pensa noutros voos.»

Contrato-programa para edição deste ano foi assinado na Casa do Paço

 Diário as Beiras

Dia Internacional do Bombeiro dia 4 de Maio na Figueira da Foz

 

Contas da Câmara foram aprovadas na Assembleia Municipal

 Diário as Beiras

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Este país não é para velhos


"
Manuel Cavaco já fez tudo no cinema, no teatro, a fazer vozes em dobragens, na televisão.

Foi ator principal e secundário, vilão e bonzinho, sedutor e boémio, pobre e rico.

Trabalhou com o meu realizador português preferido, o Fernando Lopes. Também com o António Pedro Vasconcelos ou o José Fonseca e Costa"...

Mas...

"Já não há papéis para velhos.

Um dia, talvez brevemente, deixará também de haver papéis para mim.
Eu sei isso."

Desconstrução de mitos no 1º de Maio

"O 1º de Maio é uma boa ocasião para recordar que, nas últimas décadas, os salários em Portugal não têm acompanhado a produtividade, como o Paulo Coimbra tem sublinhado. Ouvimos frequentemente dizer que "é preciso criar riqueza para depois distribuir", mas o que tem aumentado é a desigualdade na distribuição funcional do rendimento."

Vicente Ferreira

Viva o 1º. de Maio

Foi há 50 anos. 
Naquele já longínquo 1º de Maio de 1974, pela primeira vez, celebrei O DIA DO TRABALHADOR, em Liberdade. 
Tinha 20 anos de idade. Na verdura e ingenuidade dos meus 20 anos, acreditei na Liberdade recentemente conquista, na Democracia e nos Portugueses.  
O 1.º de Maio de 1974, levou milhões de portugueses às ruas. 
Celebravam a Liberdade e a possibilidade de uma mudança económica e social que, afinal, continua por concretizar... 
Esses milhões de portugueses foram os verdadeiros protagonistas do primeiro 1.º de Maio, depois do 25 de Abril! 
Passaram 50 anos. Portugal entrou numa nova fase da sua já longa existência de nove séculos enquanto Estado independente e reconhecido como tal. 
Em Abril de 1974, um golpe militar desencadeado por um setor mais activo e consciente de umas Forças Armadas, física e moralmente exaustas com 13 anos de uma Guerra Colonial sem fim à vista, que não fosse o da derrota face aos movimentos de libertação das colónias africanas, derrubou uma longa ditadura de 48 anos e devolveu ao País a liberdade e uma esperança no futuro. 
Muito se tem dito, escrito, filmado e narrado, sobre essa que é a data capital da segunda metade do século XX português (as da primeira metade correspondem à Implantação da República, ao 5 de outubro de 1910, e ao golpe do 28 de Maio de 1926, que impôs a ditadura). 
50 anos depois avançámos muito. Porém, os portugueses foram-se deixando levar por oportunistas que, recorrendo à mentira sistemática, tomaram o poder para destruir as conquistas de Abril. 
No ar, pairam fantasmas ameaçadores de um saudosista regresso ao passado. 
Espero que os portugueses, hoje, consigam vir para rua gritar, sem qualquer problema: viva a Liberdade, viva a Democracia, viva o 25 de Abril, viva o 1º. de Maio!
De recuo em recuo já chegámos aqui, de novo: ao rico tudo é permitido. Não há direitos para o pobre. O Estado esmaga o oprimido. O crime do rico, a lei o cobre!..

O movimento cívico O Peão Primeiro quer ruas mais seguras

 VIA DIÁRIO AS BEIRAS

terça-feira, 30 de abril de 2024

Oitos anos, sempre são oito anos: há muita fominha no laranjal...


50 anos depois do 25 de Abril de 1974, a direita, continua a fazer saneamentos políticos. 
O Governo tem esperança de vida curta e os boys/girls são mais que muito(a)s.

Miguel Estves Cardoso: "ainda bem que o Presidente da República — e Marcelo Rebelo de Sousa — se sentem mais à vontade para falar"...

 Via Jornal Público

Porque estava em Portugal Dominique de Roux na véspera do 25 de Abril de 1974, suspeito de associação à secreta francesa e ligações fortes a Spínola?

Manuel S. Fonseca, hoje no Correio da Manhã
O documentário de Jacinto Godinho é este.

Museu do arroz deverá ser instalado na Quinta do Foja

«O presidente da Câmara da Figueira da Foz avançou ontem, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, que a Quinta do Foja poderá vir a recebeu o futuro museu do arroz. “Ainda está pendente de outra decisão. A Quintado Foja é a hipótese provável [para a instalação do equipamento]”, avançou Santana Lopes. 
Entretanto, decorrem conversações entre o Município da Figueira da Foz e a administração daquela sociedade agrícola. A Quinta do Foja, é uma extensa propriedade agrícola que se estende pelos concelhos da Figueira da Foz e Montemor-o-Velho, tem instalações em Santana, na freguesia figueirense de Ferreira-a-Nova, vizinha de Maiorca. Quando, no início do mandato autárquico, começou a falar da instalação de um museu do arroz no concelho, Santana Lopes apontou como possíveis localizações Maiorca ou Alqueidão, duas freguesias ligadas à produção de arroz carolino. Além do espaço museológico, Santana Lopes pretende ainda criar um centro de estudos e valorização relacionado com o arroz carolino do Baixo Mondego. Este equipamento deverá ser instalado em Maiorca. O concelho da Figueira da Foz produz mais de metade do arroz carolino cultivado no Baixo Mondego. A produção local deste alimento, além dos campos do Mondego, abrange, também, o Vale do Rio Pranto.»

Estado do tempo e alteração da data e do recinto afetaram Mercado do Duque

 via Diário as Beiras