terça-feira, 16 de março de 2021

Em memória de tempos em que o concelho caminhava determinado em direcção ao futuro...

"Se a situação pandémica o permitir, a partir de 15 de Junho, a cidade volta a receber o “Figueira Fun Park”, conjunto de estruturas de diversão que engloba o regresso da “roda gigante” que tanto êxito teve o ano passado. Ontem na reunião de Câmara, foi aprovada a minuta do protocolo a celebrar entre a autarquia e a Associação de Profissionais Itinerantes Certificados (APIC), com a vice-presidente a salientar que, «se for possível», no Natal virá também uma pista de gelo e a garantir que a vinda destes dois equipamentos, com preços «muito elevados», rondando os 50 mil euros cada, só é possível porque «são os outros carroceis que pagam»."

O azar da Figueira: os milhões vindos da Europa disponíveis para estas absurdas obras avulso perpetradas por um poder autárquico menor...

Via Diáio as Beiras.
"A União Europeia aprovou candidaturas apresentadas pelo município no valor de mais de 60 milhões de euros, de 1988 a 2021, segundo os gráficos apresentados, ontem, na reunião de câmara, pelo presidente da autarquia, Carlos Monteiro. 
O total é a soma dos projetos candidatados nos mandatos autárquicos do PSD (1998 - 2009) e do PS (2009 - 2021). Durante os três mandatos do PSD (um de Santana Lopes e dois de Duarte Silva), Bruxelas aprovou projetos de cerca de 22,5 milhões de euros. Já com os socialistas no poder local (João Ataíde até abril de 2019 e Carlos Monteiro no poder desde então), foram validadas obras de 40 milhões de euros. 
Entre 2018 e 2021, com um valor próximo dos 20 milhões de euros, foi a fase em que Bruxelas mais dinheiro destinou ao concelho, seguindo-se o período de 1998 a 2001, com perto de 17 milhões de euros. De 2010 a 2013, foram aprovadas candidaturas de nove milhões e de 2014 a 2017 outros 11 milhões. Foi entre 2002 e 2005 que a Figueira da Foz apresentou menos candidaturas, num total de dois milhões de euros.

Por programas de financiamento, foi o Portugal 2020 (ainda ativo) quem mais contribuiu, ao aprovar mais de 30 milhões de euros. O Quadro Comunitário de Apoio III (2000 - 2006), por seu lado, deu luz verde a projetos de 18 milhões, enquanto o Quadro de Referência Estratégico Nacional (2007 - 2013) ficou-se pelos 14 milhões. A taxa de cofinanciamento da União Europeia oscilou entre os 60 e os 85 por cento (de 2000 a 2021), cabendo à autarquia garantir a diferença."


As perguntas que se impõem.
 
Eram estas as grandes obras públicas que os executivos de Santana Lopes, Duarte Silva, João Ataíde e Carlos Monteiro deveriam ter lançado, onde foram gastos milhões (da Europa, mas também de nós todos)?
Era esta a obra com a qual os responsáveis pretendiam gerar riqueza e criar postos de trabalho para desenvolver a economia local? 
Não teriam havido outras e melhores prioridades?
Fica um desejo para o futuro próximo - que os figueirense daqui a meia dúzia de meses podem concretizar com o seu voto: que a bem de um concelho necessitado de autarcas inteligentes e competentes se passe a planear o desenvolvimento do concelho de outra maneira.
Existem outras prioridades... 

Para quando o recenseamento eleitoral actualizado a sério?

Esta notícia, publicada ontem no Diário de Coimbra, fez-me recordar aquilo que toda a gente sabe: os cadernos eleitorais andam empolados há muitos anos.
Para quando a clarificação dos cadernos eleitorais para termos uma ideia correcta e mais precisa do valor da abstenção?

segunda-feira, 15 de março de 2021

Na reunião de Câmara de hoje foi aprovada a minuta do protocolo a celebrar entre o município da Figueira da Foz e a Associação de Profissionais Itinerantes Certificados com vista à mais uma edição do evento conhecido como «Figueira Fun Parque»...

Cabedelo...

Estou a chegar àquela idade em que, à nossa volta se começa a sentir, ainda mais, a pressão para, finalmente, sermos como a esmagodora maioria.

Vendo bem, porém, não me sinto assim tão diferente: tive uma filha;  e uma casa; agora, tenho uma garagem, 3 bicicletas e um carro.

Estou naquela idade de aceitar a finitude com serenidade. Já não tenho idade para pedir muito.
Aliás, a vida para mim nunca foi acumular

Prefiro a solidão e a aceitação fácil. 
Gosto de sentir que não sou vencedor. 
Não vivo - nunca vivi - uma vida «comprada» segundo a opinião que domina a sociedade. 
Nunca o fiz; nunca o farei. Chegou o que me venderam na adolescência.

Se há qualidade que tenho, quiçá em demasia, é a de não me vender. Por nada.

Há apenas meia dúzia de coisas realmente importantes na minha vida. Umas de natureza familiar, que me abstenho de divulgar. Outras, de gosto: os livros, a  musica, a paz e o amor.
 
São-nos concedidas algumas dezenas de anos, que temos que aproveitar: para mim, gosto de apreciar a beleza simples da vida. 

Até Dezembro do ano passado, era  sentar-me na melhor esplanada da Figueira.
Agora, resta-me um bom livro de poemas e a música...
E as caminhadas, como a desta manhã, ao longo do molhe sul.

Gosto de ir ao Cabedelo, mesmo agora revoltado e revolvido pelas obras.
Desapareceu a praceta Mário Silva e aquela que era a melhor esplanada da Figueira e que tinha a mais linda vista sobre o mar. 

Depois disto, não deixará jamais de me espantar a necessidade que os políticos têm de "obrar"...

É salgado, umas vezes, outras amargo, andar por aqui, agora.
Gritar fazia falta, fazia sentido e era importante, mas continuo a preferir outras formas de usar o aparelho fonador.

Por isso, fica o silêncio para poder ouvir o rumorejar das ondas a beijar o molhe.  
Garanto: continua a ser bom...

O Cabedelo, no decorrer desta semana, é o tema proposto pelo jornal Diário as Beiras, aos cronistas residentes.
Como é óbvio, vou estar atento.
Fica a crónica publicada pelo João Vaz, o habitual cronista das segundas-feiras.

Pedro Agostinho Cruz: "... com o desconfinamento vou acabar com os desenhos."

Que pena!... Logo agora que estavas a "sair do armário"...

Borda do Campo precisa de melhor acesso à Internet

Imagem via Diário as Beiras

As deficiências de cobertura da rede de internet, sobretudo em localidades mais distantes da sede do concelho, não são de hoje nem de ontem, e continuam a 
"dificultar a vida de quem está em teletrabalho e no ensino a distância".
O presidente da autarquia figueirense, Carlos Monteiro, na edição de hoje do DIÁRIO S BEIRAS afirma "que já diligenciou junto da Altice para incluir aquelas povoações na empreitada."  
O presidente da Junta do Paião, Paulo Pinto, por seu lado, afirmou: “Tenho contactado elementos da administração, e tenho pressionado. Por muita pressão que façamos, não temos garantia de quando será feito”
Entretanto, os moradores da antiga freguesia da Borda do Campo vêm-se em palpos de aranha ler esta notícia na versão digital do DIÁRIO AS BEIRAS ou este apontamento, aqui, no Outra Margem.

"FIGUEIRA DA FOZ, UM LUGAR MÁGICO"

«A Figueira está muito morta. Só funciona com sol. Sem sol não funciona». 
 «Temos tudo. Temos pano para mangas. Muitas terras por aí não têm, mas inventam e fazem. Nós aqui com tanto para explorar e não fazem».
Uma reportagem TVI. Para ver clicar aqui.

domingo, 14 de março de 2021

CRISTINA TORRES (1891 – 1975), uma grande Mulher figueirense

Na Figueira, há Mulheres assim: fortes, talentosas, corajosas resistentes e próximas dos outros e da vida.
Porque o dia da Mulher passou recentemente, apetece-me neste domingo recordar uma Mulher figueirense antifascista e da resistência.
Conheci Cristina Torres na primeira manifestação em liberdade, a 26 de Abril de 74, a que diz diz respeito a fotografia. Depois, ouvi o Zé Martins falar muto dela.

«Arriscou ser ostracizada por um país em que as mulheres não podiam viajar sem a autorização dos maridos e em que os divórcios não eram permitidos. 
Foi uma mulher que marcou e influenciou muita gente. 
Em 24 de Novembro de 1986 foi inaugurada, na Figueira da Foz uma escola secundária, que veio chamar-se «Escola Secundária e de 3º CEB de Cristina Torres»
Para a maioria dos actuais residentes na Figueira da Foz, Cristina Torres é nome de Escola; para a maioria da população portuguesa será uma “ilustre” desconhecida. 
Nascida na Figueira da Foz a 21 de Março de 1891, Cristina Torres dos Santos desde cedo teve contacto com os ideais republicanos que então germinavam em Portugal. A sua infância foi vivida com os avós, e na mesma cidade, onde frequentou a Escola Primária. Aos treze anos viu-se obrigada a abandonar os estudos e a iniciar uma actividade, a de costureira, enquanto frequentava os cursos nocturnos da Escola Industrial. 
Desde jovem manifestou gosto pela leitura e foi colaboradora dos jornais “A República”, “Voz da Justiça”, “Redenção” e “A Evolução”, servindo-se por vezes do pseudónimo de Maria República. 
Aos vinte e um anos foi para Coimbra, pois pretendia continuar a estudar. 
Por diversas vezes o Ministério da Instrução procedeu a alterações da legislação, o que afectou Cristina Torres que ia vendo adiada a sua entrada na Universidade. Mesmo assim completou o curso dos Liceus, a Escola Normal Primária e o Curso de Histórico-Geográficas. 
Cristina Torres, paralelamente ao seu papel de estudante, de costureira em casa de colegas, de trabalhadora na Imprensa da Universidade, dava ainda aulas de instrução primária a operários, em horário pós-laboral e arranjava tempo para manter intensa actividade política, colaborando nos jornais “Resistência”, “Briosa“ e “Revolta”
Entretanto, em 1914, casou com Albano Duque, outro democrata figueirense, tendo ambos vivido épocas de privações. Entre 1915 e 1922 foi professora das Escolas Móveis - instituídas na 1ª República como meio de combate ao analfabetismo - em Coimbra e Moinho da Mata, mas mantendo a necessidade de continuar a costurar, pois devido à discriminação dos sexos existente, não conseguia colocação como professora do Ensino Secundário. Em 1922 veio dar aulas para a Figueira da Foz e, dois anos mais tarde, foi nomeada professora efectiva da Escola Industrial de Bernardino Machado, leccionando Português, Francês, Inglês e Geografia. No entanto em 1932, devido à sua intensa actividade politica foi mandada prestar serviço na Escola Industrial e Comercial de Bartolomeu dos Mártires, em Braga. Em 1949 a perseguição politica que lhe era movida atingiu o auge com a instauração de um processo de suspensão que a colocou numa situação de inactividade. Regressada à Figueira da Foz, as lições particulares passaram a constituir o seu modo de vida. 
Em 9 de Fevereiro de 1974, apesar de ainda se viver sujeito à censura e à repressão, realizou-se na Figueira da Foz uma Homenagem Nacional a Cristina Torres e a José Rafael Sampaio, outro democrata. 
A homenageada esteve presente. 
Pouco faltava para ver chegar e viver o dia 25 de Abril de 1974 e usar da liberdade de expressão sem entraves. Foi com determinação que compareceu na primeira manifestação em liberdade, a 26 de Abril de 74. 
Recordo palavras de António Augusto Menano, em Fevereiro de 2018.»
"Acabou num quarto do Hospital da Misericórdia, para onde a minha mulher e eu a transportámos, depois de a encontrarmos, caída no chão, ensanguentada, em sua casa. 
Passou os últimos tempos quase esquecida. 
Apenas o já falecido Mário Moniz Santos a visitava. 
Morreu, e o seu estatuto de democrata, que serviu a alguns como estandarte, tornou-se mais visível. 
Mas não esqueço os muitos dias em que ia até ao pé dela (era o gerente da hospital e, por razões profissionais, estava lá diariamente) e a encontrei triste e só." 
Cristina Torres faleceu em 1 de Abril de 1975.

Obrigado aos figueirenses que escolheram, por maioria absoluta, este execuitvo municipal. Contudo, há sempre esperança...

Fica uma imagem, de hoje, do outrora Jardim Municpal.
Lembro-me: durante décadas, volta e meia deambulei por este espaço,  revisitando árvores que se me tornaram familiares desde os 10 anos, quando em 1964 vim estudar para a Bernardino Machado.  
Ao olhar para esta fotografia da IMC pergunto-me: onde estão as árvores que se me tornaram familiares durante, pelo menos, 55 anos?
Isto, além de atentado paisagístico ambiental e de uma calamidade, é um infortúnio político...

O anúncio de um aeroporto, de um barco eléctrico, de uma ponte, ou um muro pintado também serve...

Via PÚBLICO

 

Depois da Aliança que venha lá o rum, vodka, gin garden, conhaque, brandy, martini, aguardente de medronho, tequila...

Como sabem, Pedro Santana Lopes, depois de sair do PSD, fundou um novo partido a que chamou Aliança.
Não vingou, mas continua a ser uma boa aguardente. 
Na política há Santana. E, só depois existem os outros...
Depois de Rui Rio ter confirmado Pedro Machado como candidato autárquico do PSD à Câmara da Figueira da Foz, a vida de Santana Lopes e dos 149 que o apoiam, a meu ver complicou-se.
Mas, há sempre soluções. Santana já disse que não precisa de ir às urnas novamente, mas está em reflexão. Resistirá a regressar ao combate político?
Por exemplo, tentará formar um novo partido para concorrer à Figueira ou às 284 autarquias em que é desejado em Portugal e nas regiões autónomas?
Santana Lopes, segundo os seus apointes,  «tem um efeito suprapartidário e facilmente arrasta uma candidatura para uma vitória folgada».
Dada a complicação que o PS e o PSD arranjaram aos independentes, toca a recolher assinaturas para constituir um novo partido. 
Como a minha assinatura é desnecessária, o meu contributo fica aqui, em jeito de sugestão: rum, vodka, gin garden, conhaque, brandy, martini, aguardente de medronho, tequila, são tudo nomes para dar ao novo partido.
Se as coisas desta vez também não correrem bem, sempre sobra um saboroso cocktail...

sábado, 13 de março de 2021

Misssão cumprida: na gestão do presente, há coisas definidoras do nosso futuro colectivo...

Via Luís Pena


Neste confinamento acima das nossas possilbilidades, também surgem oportunidades...


Esta pandemia está a dar cabo de muita coisa. 
Nomeadamente, de muitos e bons restaurantes.
O mesmo, porém,  não se está a passar com as churrasqueiras. 
Veja-se as filas que se formam nesses locais ao sábado...
Para quem vive em apartamentos, em casa não dá muito jeito assar frangos, umas suculentas costoletas ou umas belas entremeadas.

Curiosidades marginais : Porto Comercial e Zona Industrial e os erros estratégicos de localização (5)

 Va Diário as Beiras

Em cinco dias desaparecem duas vidas dedicadas à música portuguesa

Acabou o Trio Odemira.

"O músico Júlio Costa morreu ontem, aos 85 anos, cinco dias depois do seu irmão Carlos. Desaparecem assim, num curto espaço de tempo, os elementos fundadores de um dos mais longevos e sem dúvida profícuos grupos da história da música portuguesa".
O Trio Odemira contava mais de 60 anos de carreira, formou-se em 1958, e protagonizou êxitos como "Ana Maria" e "Anel de Noivado", tendo sido o primeiro a gravar em disco temas populares alentejanos, à exceção dos grupos corais, segundo a Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX, que dá como exemplo o single "Rio Mira", de 1958. 
Fiquem com uma antiga e belíssima versão de “Menino de Oiro”, gravada por um ainda jovem Trio Odemira.
 

Na Figueira, o que resta aos cada vez mais nervosos santanistas? Ensaiar a fuga para o lado?..

Imagem via Nascer do Sol

"Na conversa com Rui Rio", apurou o Nascer do SOL, "o líder do PSD terá justificado a recusa em apoiar Santana Lopes para a Figueira da Foz, porque as estruturas locais, distrital de Coimbra e concelhia da Figueira da Foz, pretendiam Pedro Machado (e não Santana) como candidato. 
O líder social-democrata ainda propôs que Santana Lopes fosse candidato em Sintra. O também antigo primeiro-ministro declinou. E existiam motivos. Santana Lopes sempre disse a Rio e à sua direcção que se equacionasse uma candidatura autárquica teria de ser como independente, com o apoio incondicional do partido Aliança (que fundou, mas do qual já se desfiliou) e que se existissem guerras locais no concelho sobre nomes estaria fora da contenda
Em Sintra, o nome melhor colocado é o de Marco Almeida, mas a concelhia optou pelo professor António Pinto Pereira. E Santana não quereria entrar numa guerra interna partidária
Na Figueira da Foz, a concelhia fez saber logo em fevereiro que não desejava Santana Lopes, mas 149 militantes do PSD da Figueira da Foz (uma parte representativa de militantes ativos) discorda. E quer mesmo Santana como candidato. 
Na carta, enviada a Rui Rio na quinta-feira passada, e a que o Nascer do SOL teve acesso, pode ler-se que Santana Lopes «tem um efeito suprapartidário e facilmente arrasta a candidatura para uma vitória folgada». Para estes militantes, Santana Lopes «é a pessoa certa para o município».  
Rio foi alertado para as «consequências desastrosas» de se ter duas candidaturas, a de Pedro Machado e de Santana Lopes. 
Rio não interferiu. Santana já disse que não precisa de ir às urnas novamente, mas está em reflexão. Resistirá a regressar ao combate político na Figueira da Foz?" 

Ontem, Rio anunciou 51 novos nomes para as autárquicas e confirmou Pedro Machado como candidato na Figueira da Foz.
"Santana Lopes sempre disse a Rio e à sua direcção que se equacionasse uma candidatura autárquica teria de ser como independente, com o apoio incondicional do partido Aliança (que fundou, mas do qual já se desfiliou) e que se existissem guerras locais no concelho sobre nomes estaria fora da contenda."
Presumo que isto tanto valeu para Sintra, como vale para a Figueira. 
Portanto, para mim, que há muito constatei que o mais longe que Santana vê como político é meter e (se possível) manter os compadres no poleiro o que para um candidato à câmara da Figueira da Foz, considero sintomático e redutor, tanto se me dá como se me deu...
Já agora, porque vem a talhe de foice como soe dizer-se, em Junho houve eleições para a concelhia do PSD/FIGUEIRA. Já nessa altura o candidato vencedor foi claro na sua preferência do candidato autárquico para Outubro de 2021: