terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Maduro e o acordo verde...

Governo a sonhar com a “descentralização”... 
Municípios com os Fundos...

Público

Blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá... ou um caso clínico?..

Foi apresentado ontem, na reunião de câmara, como a imagem ao lado disso dá testemunho, o projecto para o reordenamento do areal urbano da Figueira da Foz e Buarcos, apresentado pelo arquitecto Ricardo Vieira de Melo, vencedor do concurso de ideias para esta zona de praia, lançado pela autarquia em 2011.
Este é, segundo sublinhou o presidente João Ataíde, um ponto de partida para a municipalização desta zona tutelada por várias entidades. 
Saliente-se que o projecto vencedor do concurso implicava um investimento de 110 milhões de euros, entre investimentos púbicos e privados. Entretanto, foram introduzidas várias alterações e o orçamento não foi actualizado. 
Será que estamos a retornar aos saudosos tempos de Aguiar de Carvalho e de Santana Lopes, dos objectivos grandiosos de um magnífico aeroporto, de um moderníssimo comboio TGV em monocarril a ligar Figueira a Fátima ou de um grandioso estádio para o europeu de futebol de 2004?.. 
Será que continua a ser uma aspiração dos figueirenses, certamente bem conhecida da vereação absoluta da edilidade figueirense, o retomar dos velhos tempos de "sonhos" de Aguiar de Carvalho e de Santana Lopes?.. 
Já agora: que é feito do projecto socialista da ponte pedonal a ligar o Cabedelo à Figueira?..

Em tempo.
Só para terem noção do que seria um investimento de 110 milhões de euros para a Câmara da Figueira da Foz, deixo-vos o link de acesso ao orçamento camarário para 2015.

Orçamento Participativo: ainda há muito caminho para andar na Figueira...

Foi aprovada ontem, por unanimidade, na reunião do executivo da Câmara Municipal da Figueira da Foz, a preparação de procedimentos, proposta pela coligação Somos Figueira, para a concretização de um Orçamento Participativo em 2016.
Contudo, um orçamento participativo requer tempo, para se definirem as regras. “Sobretudo, o primeiro”, como, segundo o jornal AS BEIRAS, afirmou Miguel Almeida, líder da força política proponente, pelo que as regras e o montante a atribuir ao orçamento participativo só durante o próximo ano ficarão definidas .  
Recorde-se, que a maioria socialista não cumpriu a promessa que fez em 2009 e que foi renovada em 2013. Por sua vez, coligação Somos Figueira também incluiu esta proposta no programa eleitoral das eleições autárquicas de outubro do ano passado.
“Não avançou antes por graves situações financeiras. Foi de todo inviável avançar com qualquer proposta de orçamento participativo”, justificou o presidente da câmara, João Ataíde.
Todavia,  como sublinhou o presidente João Ataíde, “sendo um propósito, não podemos deixar de acompanhar. Mas , a forma como ele vai ser desenvolvido, já poderá revelar diferenças de opinião”.
Vamos aguardar pelo próximo ano, para ver se, na prática - como disse Miguel Almeida - “estamos  em condições para avançar com o orçamento participativo”...

Isto não vai acabar bem.

"Que um juiz mantenha em prisão preventiva um antigo primeiro-ministro é lá com ele, antes de ser connosco.
Mas que o mesmo juiz impeça o antigo primeiro-ministro de ser entrevistado por um jornal é connosco, antes de ser com ele.
Não quero morar num país em que os que nos governarem possam ser humilhados por um tribunal.
Está na altura de apelar às pessoas decentes que acreditam na liberdade e na justiça para que esqueçam o homem e se lembrem dos valores.
Nem o ódio a Sócrates, nem os crimes, por provar, que ele possa ter cometido justificam qualquer coisa."

Maldita memória...

Ora aí está  "o regador rosa, para quem já sentia saudades"... 
Maldita memória, que arranja sempre maneira de se pôr ao fresco quando é precisa. 
Há quase quinze anos, quando o pesadelo destes "não pode ser" começou, um Governo, por sinal do tal partido que apenas fica vagamente de esquerda quando está na oposição, também quis vender a TAP, então à Swissair, e a venda chegou a ser aprovada em Conselho de Ministros. 
O senhor engravatado que nesse longínquo ano 2000 nos disse o mesmo "não pode ser" que hoje nos diz Maria Luís Albuquerque foi António Guterres. 
O que a realidade nos veio dizer depois foi que a TAP teria desaparecido se o negócio não tivesse abortado. 
O comprador, a Swissair, entretanto desapareceu. Faliu. 
Se ainda temos transportadora aérea devemo-lo aos trabalhadores da TAP. 
Foi a sua luta que fez o Governo de Guterres recuar.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A independência dos comentadores...

Não há finais felizes: qualquer final, por si só, já é infeliz...

João Semedo
“Com António Costa, a política do PS é um jogo de sombras”...

Maioria PSD/CDS recusa medidas de apoio à sobrevivência da "Arte-Xávega"

foto de Pedro Agostinho Cruz
Deputados do PSD e do CDS-PP chumbaram no passado dia 12 do corrente, na Assembleia da República, o Projecto de Resolução apresentado pelo Partido Socialista, que recomendava ao Governo que desse cumprimento às orientações do Relatório de Caracterização da Pesca com Arte-Xávega.
O que está agora em causa é a possibilidade de ser ou não, de uma vez por todas, remediada a lenta agonia e o progressivo desaparecimento da "Pesca de Cerco e Alar para Terra" ("Arte-Xávega"), e a possibilidade de ser ou não evitado o fim das suas elegantíssimas embarcações em forma de "meia-lua" ("o mais belo barco do mundo" segundo Alfredo Pinheiro Marques, "a embarcação mais interessante da Europa", segundo Fernando Alonso Romero, o extraordinário e fascinante "Barco-do-Mar", ou "Barco-da-Arte", usado desde há séculos nos litorais portugueses do Extremo Ocidente Peninsular e que, ainda hoje, ostenta a sua orgulhosa proa desde Espinho até à Praia da Vieira), e a possibilidade de ser ou não evitado o fim das comunidades dos homens, mulheres e famílias que fazem dessa "Arte" secular uma realidade viva e identitária de Portugal.   
A Deputada Rosa Maria Albernaz manifestou-se «incrédula com o chumbo do Projecto de Resolução apresentado pelo Partido Socialista, que recomendava ao Governo o cumprimento das orientações constantes do Relatório de Caracterização da Pesca com Arte-Xávega, da responsabilidade da Comissão de Acompanhamento da Pesca com Arte Xávega», iniciativa de que foi a primeira subscritora.   
Rosa Maria Albernaz reagiu com surpresa à «alteração de posição da maioria PSD/CDS-PP, que deita por terra o consenso que existia no Parlamento em torno da Arte-Xávega».   
«Os Deputados do PSD e do CDS-PP esquecem que o Relatório de Caracterização da Pesca com Arte-Xávega foi elaborado pela Comissão de Acompanhamento da Pesca com Arte Xávega, onde tiveram assento inúmeras personalidades e instituições com relevante conhecimento desta realidade, nomeadamente autarcas eleitos por estes dois partidos», refere a Deputada socialista eleita por Aveiro, para quem «seria expectável que, tanto tempo volvido, o Governo tivesse avançado já com o cumprimento de algumas orientações, em torno das principais dificuldades da actividade».   
«O que importava, agora, era dar cumprimento às orientações e recomendações referidas no Relatório, como seja no que diz respeito à comercialização de exemplares abaixo do tamanho mínimo legal, ao estabelecimento de um regime de excepção relativamente à contabilização das capturas efectuadas para a quota, ou, mesmo, quanto às restrições de operação das embarcações afetas a esta arte de pesca, nomeadamente quanto às suas dimensões e à sua motorização (por razões de segurança)», dá conta Rosa Maria Albernaz, para quem «o chumbo do Projecto de Resolução apresentado pelo Partido Socialista significa duas coisas: a desvalorização do trabalho da Comissão e a vontade de não dar sequência àquelas orientações».   
«A atitude da maioria deita por terra o grande consenso em torno desta arte de pesca, e todo o património entretanto alcançado, nomeadamente a Resolução da Assembleia da República n.º 93/2013, de 7 de junho, que veio recomendar ao Governo medidas de valorização da Arte-Xávega e alterações regulamentares, de modo a permitir a venda do produto do primeiro lance em que predominem espécimes que não tenham o tamanho mínimo legalmente exigido, na qual se concretizaram oito medidas concretas, que contaram com o apoio unânime de todos os Grupos Parlamentares», explica a socialista.   Rosa Maria Albernaz, que tem sido uma das mais activas parlamentares em defesa desta arte imemorial, transmitiu a sua «tristeza, por ver que a Maioria não quis considerar as especificidades da Arte-Xávega, concretamente a envolvente económica e social, e o valor cultural, identitário e turístico, e demonstra não estar empenhada em garantir a continuidade desta actividade tradicional».  

Miguel Adão



A Câmara da Figueira da Foz, que por ser a terceira segunda-feira do mês vai reunir hoje a partir das 15 horas, com audição do público, vai votar a atribuição da medalha de mérito desportivo ao figueirense Miguel Adão. 
Este atleta, um produto da formação da Associação de Bodyboard Foz do Mondego, é campeão nacional, europeu e nacional de bodyboard.

Marcelo...

O homem – apesar da voz com catarro – continua, como sempre foi, o melhor treinador de bancada do PSD... 
Dito isto, a meu ver, não hápelo menos não conheço, na história das relações públicas partidárias, melhor e mais eficaz porta voz de um partido político que este génio da comunicação. 
Apesar da voz com catarro...
Por isso, continuo a achar que merecem ser ouvidas com atenção – também no PSD – as marcelices do Marcelo...
Eu, sempre que posso, apesar da voz com catarro, costumo ouvir.
Com muita atenção...

ACTUALIZAÇÃO: 
Ricciardi contra-ataca: Marcelo tem mágoa por já não passar férias na casa de Salgado no Brasil.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Setembro de 2010, quando Mário Soares tinha 85 anos de idade...


Fui só eu que reparei, ou Mário Soares, na altura, há pouco mais de 4 anos, elogiou alegremente Cavaco Silva? 
São muitos anos, nesta vida. 
E a estar atento a vidas destas...

Portugal é, sobretudo, isto...


Neste momento, pelo menos,  SICN, RTP/Informação, TVI24, BOLATV, Porto Canal e CMTV estão com directos sobre o FC do Porto- Benfica que se realiza às 20 horas. 
Registe-se, pois é um retrato de Portugal. 
Até parece que o nosso futuro depende do resultado deste jogo de futebol!..

"Por que razão é que, acedendo como nunca a uma possibilidade de falar universal, com as “redes sociais” garantindo um tecido de vozes como nunca se ouviu, se diz tão pouco?"

"O deserto cresce. Infeliz aquele que crê no deserto.” 
(Nietzsche)
Em tempo.
José Pacheco Pereira escreve aqui um texto interessante — coisa rara no nosso panorama da chamada “cultura intelectual”...

Porque hoje é domingo, um momento de pausa para reflectir...

"Rua dos Tropeções, mais tarde Rua do Quebra-Costas (hoje rua 31 de Julho) esta a rua onde, por ironia toponímica, nasceu Manuel Fernandes Tomás, numa casa entretanto arrasada e que espreitava para a praça que hoje ostenta a sua figura de bronze em expressivo gesto".  

"Não enlevava os ouvidos, nem arrastava os ânimos com as torrentes da eloquência. Persuadia ou desarreigava! A frase quase nua e correcta, toda luz e força, partia directo ao alvo e feria-o no centro. Revelando todo o pensamento detestava as ampliações retóricas e os artifícios supérfluos. Não ornava a verdade: dizia-a". (Rebelo da Silva)  

A Figueira é o berço do Patriarca da Liberdade e uma Terra aberta e disponível para a democracia.
243 anos depois do seu nascimento, como entender que tivesse sido imposto por um executivo camarário PS, com maioria absoluta, tendo como presidente de Câmara o Dr. João Ataíde, reuniões camarárias realizadas à porta fechada?.. 

À sombra dos privilégios ...


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Sondagens, estudos de opinião e comentadores ...

"PS sobe apesar de Sócrates". 
Em Portugal, ao longo dos anos, têm existido para quem acredita na democracia participativa, pelo menos, dois grandes adversários a vencer em eleições: o triunfalismo (sugestionado pelas "sondagens", "comentadores" e outros "estudos de opinião". Os portugueses não podem esquecer que os votos não estão nem nas "sondagens", nem nos "estudos de opinião" e, muito menos, nos "comentadores"Votar, é uma escolha dos portugueses.e a abstenção (ir votar, isto é, combater a abstenção, significa ultrapassar o apatia de que "já está tudo decidido" e que "não vale a pena")
Claro que vale a pena votar. 
Nada, mesmo neste País, está decidido para sempre. 
Tudo vai sendo decidido em cada dia que passa.
E tudo depende de nós.

No Natal, o meu estado de espírito costuma ser como o do peru: passar tormentos (por se ter transformado num ritual que, duvido, a maioria dos católicos perceba...)