sexta-feira, 31 de março de 2023

Os três deputados do PSD eleitos pelo círculo de Coimbra questionam o Governo sobre a isenção de portagens para os utentes que circulem na auto-estrada durante os períodos de corte de trânsito da Ponte Edgar Cardoso, na Figueira da Foz


«...as obras na Ponte da Figueira da Foz tiveram início há alguns meses e, durante a última semana, a travessia já esteve encerrada duas noites, entre as 20h30 e as 6h30, obrigando quem tinha necessidade de atravessar o Mondego a circular pelas A14 e A17, por as alternativas à auto-estrada serem manifestamente insuficientes. 
“Aos utentes empurrados pelas obras para auto.estrada foi exigido o pagamento de portagem na A17"

31.03.1974 - últimas palavras para Marcelo Caetano

Via Entre as brumas da memória

"Quinze dias antes tinha falhado o golpe das Caldas, três semanas mais tarde terminaria a ditadura. No dia 31 de Março de 1974, teve lugar um Sporting – Benfica que viria a ficar célebre e não só porque os visitantes venceram por 3-5.

Num texto publicado em 1978, MC comenta: «Quando o alto-falante anunciou que eu me achava no camarote principal, a assistência calculada em 80.000 espectadores como que movida por uma mola oculta, levantou-se a tributar-me quente e demorada ovação que a TV transmitiu a todo o Pais. Isso foi interpretado como repúdio por aventuras militares.»

E é verdade – confirmo eu que lá estava. Houve vaias e muitas, sim, mas não na bancada onde eu me encontrava. À minha volta, só o grupo de amigos em que me integrava e, umas filas mais abaixo, Vasco Pulido Valente e Filomena Mónica, assistíamos, perplexos, ao entusiasmo generalizado.

Guardo a memória fotográfica desse momento e tive-o bem presente, no Largo do Carmo, no dia 25 de Abril. Estou certa de que muitos daqueles que nesse dia me rodeavam também tinham estado no estádio de Alvalade. Que tinham então aplaudido Caetano e que bateram palmas quando saiu do Carmo num blindado. As multidões gostam de vencedores, não de vencidos."
 

Como votariam os portugueses se tivessem de ir às urnas?


PS e PSD têm exatamente a mesma percentagem de intenções de voto - 30% -, sendo que os socialistas, em relação ao estudo anterior de dezembro de 2022, registam uma queda de 7 pontos nas intenções, ao contrário do PSD que sobe um ponto. 
Segue-se o Chega, com 13%, uma subida de 4 pontos percentuais, estatisticamente significativa. Mais atrás surge, sem alterações face a dezembro, a CDU (5%) e o BE (5%, mas desceu dois pontos), a Iniciativa Liberal (4%, sobe dois pontos), o PAN (2%, desce um ponto), o CDS-PP (2%) e o Livre (1%).
Contas feitas, se o PSD se coligasse com o Chega chegaria à maioria. Cenário que não seria possível se se juntasse à IL. À esquerda, se houvesse uma tentativa de recuperar a geringonça, não seria bem sucedida. Juntos PS, BE e PCP não vão além de 40%.

Políticos de outro nível precisam-se na Figueira...

Foto daqui
Santana Lopes, goste-se, ou deteste-se, é competente no que faz. 

Em 2021, ao vir para o deserto político figueirense fazer uma difícil travessia, mais do que encontrar um poleiro mediático, que faz sempre jeito, sabia que viria confrontar-se com vários problemas herdados do passado recente. 

Um dos quais, a herança de suceder àquele antecessor no cargo de Presidente de Câmara. O cargo de Presidente de Câmara, exige trabalho, criatividade, dedicação, rasgo, contenção, poder de encaixe, responsabilidade, carácter, conhecimento, concentração e firmeza na assunção e no propósito. 

Habituado a ser apontado candidato a tudo, até a Presidente da República em 2026 (mal seria era se não tivesse nenhuma candidatura à vista...), Santana sabe que não pode falhar na Figueira. Santana sabe, também, que um presidente de câmara competente, tal como aconteceu com Jorge Sampaio, encaixa no imaginário dos eleitores para PR, no seu caso, em especial da direita portuguesa e, quiçá, um pouco mais aquém e mais além.

Porém, a vida política local é demasiado fraquinha para treinar um político para ser um futuro candidato a PR. Tanto na situação, como na oposição, é tudo muito atípico, acanhado e ridículo. Na Figueira, a política não é feita por políticos nos fóruns normais, mas nas redes socias, por comentadores instrumentalizados por alguns políticos que andam en passant há 20 anos. Não sendo grande frequentador desses meandros, de vez em quando, por puro divertimento, vou até lá ler um ou outro comentário.

O objectivo é sempre o mesmo: despejar amargura sobre Santana Lopes, aproveitando qualquer "facto político", como foi recentemente o caso do encerramento da ponte Edgar Cardoso, assunto que qualquer um sabe ter a ver com o Governo central, embora se reconheça que as medidas para atenuar os efeitos das obras devem ser “um trabalho colectivo entre todos”

Confesso que me ando a divertir imenso, sobretudo, com a ausência de lucidez de alguns comentários, própria de fanáticos a discutir futebol na tasca, o que pode perturbar pessoas fáceis de ser acometidas por emoções fortes. 

Calunia-se, difama-se, injuria-se, ataca-se a reputação moral. Vale tudo: o que importa é denegrir, causar o maior dano moral e pessoal sobre o alvo a atingir.

A tribo, voluntariamente, alimenta a calúnia por automatismo antropológico.

Quem foge à cartilha e pensa diferente é diabolizado. A inveja, a cobiça e o medo são alimento para os caluniadores e os seus seguidores. Juntando a soberba, a vaidade, a megalomania e a falta de juizinho, temos o caldo perfeito.

Para treinar devidamente um futuro candidato a PR a Figueira precisa mesmo é de políticos locais no activo com outro nível. 

Estamos tramados...

quinta-feira, 30 de março de 2023

Um texto a merecer leitura atenta

 

                         Para continuar a ler clicar aqui.

Lutas salariais desavergonhadas

«O Governo anunciou um novo conjunto de medidas de apoio "às famílias mais vulneráveis e às empresas". No que se refere às famílias (vergonhosamente já temos um milhão e setenta mil famílias com direito a esse "excecional" apoio de um euro por dia), são pequeníssimas "esmolas", algumas delas apenas promessas incertas. Sendo uma resposta insuficiente e tardia, ela só existe porque há um crescendo da luta social. Todavia, a necessidade do aumento dos salários continua ausente dos discursos ministeriais e, sem esse aumento, nos setores privado e público, não se resolvem as carências com que os portugueses se debatem. 
... constatando este percurso e ao observar a desfaçatez dos argumentos de banqueiros, de grupos empresariais e do Governo, afirmou que, "contra esta desvergonha, os trabalhadores só têm um caminho a seguir: desenvolverem lutas salariais desavergonhadas". Este tem de ser o caminho. O alojamento, a restauração, os serviços de limpeza e de segurança (e até parte da agricultura), pelas suas caraterísticas limitadoras do crescimento da produtividade, dificilmente incrementarão a melhoria dos salários. O Governo coloca sistemáticos condicionalismos orçamentais, as "contas certas", a justificar a contínua perda salarial dos trabalhadores da Administração Pública. As atuais dinâmicas de emigração e de imigração são causa e efeito de baixos salários.»

Morreu José Duarte, o Homem que me ensinou a gostar de jazz

Esta quinta-feira morreu José Duarte, critico e promotor do jazz em Portugal. 
Tinha 84 anos. Realizava o conhecido "5 minutos de jazz", na Antena 1 e deixa um intenso legado e vazio nesta área musical.
"Cinco Minutos de Jazz" é o programa diário – de segunda a sexta – mais antigo da Rádio portuguesa.
A primeira emissão foi em 21 de Fevereiro 1966.
Desde 1993 na Antena 1, tem como objectivo divulgar música jazz de todos os estilos e de todos os anos.
Jazz de New Orleans, swing dos anos 30, bebop dos anos 40, hard bop dos anos 50, estilos que coabitam até com o free jazz.
Querem saber mais sobre uma vida e carreira dedicada à música? Cliquem aqui.
Para mim , foi quem me ensinou a gostar de jazz.
Obrigado José Duarte.

Barbárie

Agustina Bessa-Luís, escritora portuguesa (1922-2019):
“A competição é só civilizadora enquanto estímulo; como pretexto de abater a concorrência é uma contribuição para a barbárie.”

Duas perguntas simples

"O que é que vai na cabeça de um gajo que atravessa o Mediterrâneo numa embarcação manhosa, à mercê das redes mafiosas de tráfico de humanos, que se vê  viúvo na Grécia num incêndio num campo de refugiados, sozinho em Portugal, pai de três menores num país estrangeiro, para fazer uma merda destas?


André Ventura tem pai, tem mãe, tem avós, tios, primos, família, não nasceu de geração espontânea, acaso a algum jornalista já lhe passou pela cabeça ir saber o que é que a família pensa, o que é que falhou na educação para sair, e vou ponderar bem os termos, um monte de merda desta envergadura?"

Prognósticos só no fim: “o que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira”

A história é velha e é muito conhecida. Contudo, continua actual. Em 1987, o então presidente do Vitória de Guimarães, Pimenta Machado, face a uma notícia do "JN" sobre a saída de René Simões, que na altura seria "em primeira mão", decidiu fazer marcha atrás e só despediu o treinador uma semana depois. 

Nessa altura tornou-se célebre a sua frase: “o que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira”. A frase, nunca perdeu a actualidade. Hoje pode continuar a ser usada quase todos os dias. Além do desporto, também na política.

Vejamos, via Delito de Opinião, o que disse Fernando Medina (há quem lhe chame ministro), sobre a taxa zero de IVA em alguns bens essenciais.

segunda-feira, 27 de março de 2023

No mínimo, isto é preocupante...

"De acordo com os últimos Censos (2021), a Região Centro é aquela que apresenta o índice de envelhecimento mais elevado do Continente, existindo actualmente dois seniores por cada jovem. A esperança média de vida à nascença é mais elevada do que no resto do país - cada indivíduo nascido na região pode esperar viver cerca de 82 anos, mais dois do que a média europeia -, mas a taxa de natalidade e o índice de fecundidade da região estão abaixo da média nacional (e sabemos que, mesmo essa, nos coloca na cauda da europa). Cada mulher da região, com idades entre os 15 e os 49 anos, tem em média 1,2 filhos ( muito abaixo do nível mínimo de renovação da população que é de 2,1)."

Esta segunda-feira é Dia Mundial do Teatro

«Em 1962 celebrou-se pela primeira vez o Dia Mundial do Teatro pelo Instituto Internacional do Teatro. Seis décadas depois, a data continua a ser comemorada, anualmente, a 27 de Março.»

Apesar das dificuldades financeiras e da suspensão da produção, a Seiva Trupe faz questão de assinalar a data.
"Convoca-se um Teatro Vivo" é o nome do programa que a Seiva Trupe realiza para assinalar o Dia Mundial do Teatro. Apesar das dificuldades financeiras e de só ter verbas para manter a Seiva Trupe aberta até ao final de abril, a companhia faz questão de assinalar a data.
O director da Seiva Trupe - Teatro Vivo explica que apesar do momento difícil que vivem, o programa tem entrada livre. Jorge Castro Guedes sublinha que esta data é duplamente importante. "Primeiro, porque esta é também a data do primeiro aniversário da inauguração da Sala Estúdio Perpétuo, que culmina um prazo de 9 anos em que a Seiva Trupe esteve sem sala. Neste dia 27, vamos fazer uma performance chamada "Convoca se um teatro vivo", poesia, música e uma homenagem ao António Reis, um dos fundadores da Seiva Trupe. Vai ainda ser apresentado o novo sítio da internet da companhia."
 "A Seiva Trupe tem uma gestão extremamente cautelosa e tinha uma reserva para três, quatro meses. Além disso foi cortada toda a atividade e, portanto, eu estou a falar da manutenção mínima da sala e de uma estrutura de três pessoas neste momento. A situação é sustentável até ao final de abril no máximo dos máximos, a partir daí só teremos a possibilidade de pagar as instalações, mas acredito na resolução do problema. Não era o dia do teatro que com que sonhava... mas é um momento de alegria, de festa e em que esperamos a solidariedade das pessoas."
Ouça, clicando aqui, na íntegra, a conversa da TSF com Jorge Castro Guedes, director da Seiva Trupe.

Instalações da GNR podem vir a receber o Campus da Universidade de Coimbra

A inauguração do campus da Universidade de Coimbra (UC), na Figueira da Foz, ocorreu em dezembro do ano passado, na Quinta das Olaias.  Como era sabido, o imóvel municipal da Quinta das Olaisa, não tem dimensão para desenvolver a actividade pretendida, que, dentro de uma década, deverá incluir todos os graus académicos. A reitoria UC procura instalações que possibilitem o crescimento ambicionado. O presidente da câmara, Santana Lopes, que está empenhado no mesmo objectivo, disse ao DIÁRIO AS BEIRAS que «uma das soluções poderá passar pela parte do Centro de Formação da GNR onde funcionou o posto de vacinação covid-19.»
“Em termos de tempo e dinheiro, estou à procura da melhor solução”, garantiu o autarca. “A câmara tem a responsabilidade de abrir portas e tentar procurar soluções e apresentá-las à UC, [que] tem também uma responsabilidade grande, até na apresentação de candidaturas a financiamento”, disse ainda Santana Lopes.
O autarca está a desenvolver contactos nesse sentido.
“Quero explorar as hipóteses todas e saber qual é a melhor para acertar com a UC a responsabilidade de cada parte na construção de novas e futuras instalações do campus”, adiantou Santana Lopes ao DIÁRIO AS BEIRAS“[O Centro de Formação da GNR] seria muito bom, porque as estruturas estão feitas, mas temos de ver as condicionantes que há”, disse ainda Santana Lopes.

sábado, 25 de março de 2023

Marinha das Ondas comemora 95 anos como freguesia


A Marinha das Ondas, localizada no concelho da Figueira da Foz, está a comemorar o 95.º aniversário como freguesia.
A autarquia local vai promover amanhã, dia 26, uma série de iniciativas para assinalar a data. 
Durante a manhã, vai ser realizada uma missa em honra dos fregueses falecidos. Segue-se o depósito de uma coroa de flores no cemitério. O almoço deste ano realiza-se no centro cívico do Sampaio, em vez de ser na colectividade da Marinha das Ondas, como no ano passado, já que a Junta assumiu que o evento seria realizado em colectividades diferentes a cada ano. Às 16h00 ocorre a sessão solene na Junta de Freguesia, durante a qual alguns atletas locais serão homenageados pelas suas conquistas em desportos diversos como remo, motocross e futebol.

Jacques, o bonecreiro de famosos.

Carlos Matos Gomes

"Os ingleses têm um provérbio que julgo apropriado ao que está a acontecer a Jacques Rodrigues, um dia é da caça, o outro é do cão. O dono do grupo Impala, que edita as revistas Maria (classes baixas baixas) e Nova Gente (classes de pretendentes a ascensão) fartou-se de ter dias de caça e caça grossa. Deu o nome à empresa de Impala - uma grande  peça de caça e avisou que ia impor a sua lei, a da selva! 


Agora, que as chamadas autoridades bateram à porta do Jacques parece que aconteceu o mesmo que a um tal Nuno herdeiro da sociedade de sabões e que só tinha de seu uma moto de água, e o mesmo ao comendador Joe da Madeira, que possuía uma garagem. Os tipos do buraco do Banif, vá lá, ainda têm umas casitas jeitosas no Vale da Coelha ao lado do venerável Cavaco Silva! 

Jacques é, por isso, mais um figurão na galeria de prestigiadores que fazem desaparecer dinheiro e empresas enquanto ninguém dá pelo milagre. É um ícone da nossa civilização: não é um marginal. Quem se pavoneou pelas Marias e Novas Gentes são pessoas com quem nos cruzamos, alguns que até elegemos. Jacques Rodrigues envernizou a classe media portuguesa e transformou os bacharéis em lentes da Universidade. Ele substituiu o antigo guarda-roupa Paiva. Um atabalhoado jovem recem licenciado membro de uma concelhia de trás do sol chegava a lisboa sem saber distinguir o Conde Redondo do Intendente e o Jacques apontava-o ao Casino Estoril com um smoking e o cabelo oleado!

Jacques veio de Angola e atirou-se à reconstrução da vida sem olhar a meios - é mesmo assim, não há piedade nem princípios quando se trata de sobreviver e responder a ofensas, Jacques explorou o mais velho e garantido elixir do êxito: dirigiu-se aos instintos básicos, o sexo, a vaidade, a ambição.  Embrulhou este cocktail em papel celofane num saco para classes baixas e noutro para quem já vai ao cabeleireiro. A Maria e Nova Gente. Chamou ao papel de celofane - glamour - contratou uns escribas  e uns fotógrafos, uns e umas pretenciosas que nao tinham onde jantar para umas sessões de exibição, comprou umas reportagens com as "celebridades decadentes da Europa" e expôs com destaque as atividade sexuais de uma maltosa que já andava nesta vida de cama e coca há muito, mas sem o destaque que dá dinheiro. O realizador moçambicano e brasileiro Ruy Guerra, que realizou o filme Portugal SA, com guião meu, reduzia este tipo de enredos de forma triangula: quem trepa com quem. A trepa com B, B trepa com C, C quer trepar com A, mas  B arma escândalo com com um fadista que chegou à noite para animar a festa e engatou a filha do marquês que recebe a malta,   

Jacques Rodrigues foi durante muitos anos simultaneamente o "patrão" dos famosos que trabalhavam para a casa e também o seu  expositor. Pode ser considerado um galerista.   Pelo meio deixou calotes, recebeu empréstimos, porventura  até terá encaixado subsídios europeus de projetos de futuro, como a influência do Botox na fuga à identidade e na oralidade. Como vencer na vida sem  mexer uma palha - uma contribuição  para a política zero carbono.   Como tirar o odor corporal dos fatos alugados. Entretanto comprou ou construiu vivendas e casas de luxo, automóveis, joias, tudo sem que os bancos tenham tido uma dúvida, nem as finanças, nas as câmaras onde o Jacques se instalou. 

Enfim: é desta Nova Gente que somos feitos. Para alguns tipos que sacristiam estes novos sacerdotes, caso do "Ajax" do novo regime, o Ventura, esta é a sua gente. Execráveis são os que recebem o rendimento mínimo.  O Jacques Rodrigues somos nós. Compramos os seus produtos, como compramos hoje os produtos SIC, CM, TVI.  A  queda do castelo de cartas construído por Jacques Rodrigues deve-se aos novos modelos e meios de comunicação: hoje um "famoso" não necessita de um mexeriqueiro que leve uma notícia e que tire uma foto de um nu. Os proprios famosos se encarregam de expor as suas cenas de cana, os seus corpos nas retretes, a transcricão dos seus diálogos com os parceiros, as denuncias do roubos que fazem quando saem de casa. À velha Nova Gente (replicas mais ou menos conseguidas da Hola) chamou-se imprensa del córazon. Nunca foi verdade, o corázon era a carteira do otário ou a alegria do mundo das mulheres, situada mais abaixo. Foram tempos que desapareceram.

Hoje a Nova Gente masturba-se em direto nas redes sociais diante de um telemóvel 5 G ou de um IPad! Nem o Jacques aguentou tamanha concorrência! Comparado com o que as redes publicam a Nova Gente era uma revista de escuteiros."

sexta-feira, 24 de março de 2023

Carlos Monteiro, Mafalda Azenha e Nuno Gonçalves renuciaram ao lugar de vereadores

Na reunião de hoje, o executivo municipal da Figueira da Foz tomou conhecimento da renúncia dos vereadores socialistas Carlos Monteiro, ex-presidente da Câmara e candidato derrotado nas últimas eleições autárquicas, Mafalda Azenha e Nuno Gonçalves, que estavam com os mandatos suspensos.

Figueira da Foz vai ter 28,5 milhões para habitação a preços acessíveis

«
O município da Figueira da Foz vai ter 215 fogos habitacionais com rendas acessíveis, no âmbito do acordo assinado quarta-feira entre a Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).
Na sessão de Câmara de hoje, a vereadora Olga Brás, responsável pelo pelouro da habitação, destacou que o concelho vai ter acesso a um investimento de 28,5 milhões de euros (ME), entre fogos novos e reabilitados.
Segundo a autarca, nesse montante está inscrita uma verba de 9,5 milhões de euros para a aquisição de dois prédios devolutos que pertencem ao Ministério da Defesa Nacional, com 24 apartamentos no total.
Aquela verba que sai do pacote global de 250 milhões contratualizado entre a CIM Região de Coimbra e o IHRU para a criação do Parque Público de Habitação a Custos Acessíveis.
A vereadora Olga Brás salientou que o município “está a trabalhar bastante” neste processo, já que as obras têm de estar concluídas até dezembro de 2025.

Do lado da oposição, a vereadora socialista Diana Rodrigues exortou o executivo liderado por Pedro Santana Lopes, eleito pelo movimento Figueira a Primeira, a recuperar “o tempo perdido” na aprovação dos regulamentos que permitem o acesso à habitação a custos acessíveis.»

Ainda não é amanhã que João Portugal é eleito presidente da Federação de Coimbra

A eleição do líder da Federação de Coimbra do PS, marcada para amanhã, dia 25, sábado, foi adiada para data a definir posteriormente.

Segundo o Campeão das Províncias, a decisão é da Comissão Eleitoral da Federação de Coimbra, presidida por Luís Marinho e foi tomada por unanimidade, em face de uma providência cautelar interposta junto do Tribunal Constitucional por Victor Baptista.

Segundo a Comissão Eleitoral da Federação de Coimbra dos socialistas esta tomada de decisão, “decorre da citação que o Tribunal Constitucional faz ao PS que não deve este, mesmo não estando decidida a questão, como é o caso, praticar actos que ponham em causa um qualquer resultado da providência cautelar em curso (art.º 381, n.º 3 do Código do Processo Civil, por força do n.º 2 do art.º 103-e da Lei do Tribunal Constitucional)”.

Embarcação eléctrica para a travessia do Mondego: horário de funcionamento

Horário de funcionamento da embarcação elétrica, já a partir de amanhã, 25 de março, bem como um horário especial de reforço para os dias 27 e 28 do corrente mês.

Com todo o respeito: deixem de confundir valor e gosto

Passaram pessoas na minha vida que confundiram tudo.
Por exemplo, valor com gosto.
Em determinado período, deram-me valor porque gostavam do que escrevia.
Quando deixaram de gostar do que escrevo, passaram a tentar denegrir-me, tentar que o meu nome ficasse comprometido, desacreditado e  malvisto.
Inventaram tudo e mais alguma coisa. 
Não sei se tenho algum valor. Todavia, escrevi sempre o que achei correcto.
Tenho muitos defeitos. Todavia, nunca confundi valor com gosto.
Mesmo que não gostasse da música do Jorge Palma, alguma vez ousaria tirar-lhe o valor?
Não espero que me deem valor. Porém, exijo respeito.

"Eleições intercalares estão previstas na Lei e podem realizar-se quando há motivos que o justifiquem."

"...quem neste momento representa as forças políticas da oposição não foram os eleitos, nem no caso do PS nem no caso do PSD, porque os que foram eleitos renunciaram. Essa é que é essa".

 Via Diário as Beiras

O "perigoso", porque "competente", político Ventura

Mário Rui Pedras, padre de São Nicolau e Santa Maria Madalena, é o orientador espiritual de André Ventura. 
Quando confrontado com o nome do sacerdote na lista de nomes de alegados abusadores ainda no activo, elaborada pela comissão independente,  manifestou-se "chocado""É sabido que o padre Mário Rui Pedras é próximo de mim, casou-me, esteve comigo também quando era estudante universitário. E, portanto, é uma notícia que me choca bastante e que me choca particularmente", reconheceu André Ventura.
Foi assim que o presidente do Chega reagiu esta quinta-feira ao afastamento do padre Mário Rui Pedras pelo Patriarcado de Lisboana sequência das investigações da comissão independente aos abusos sexuais na Igreja. O líder do Chega sublinhou ainda que a notícia do afastamento do seu orientador espiritual pelo Patriarcado de Lisboa por suspeitas de abusos sexuais não muda a sua visão sobre o tema. "A justiça tem de ser aplicada para todos, seja em que circunstância for, seja quem seja", afirmou André Ventura que fez referência a uma "espécie de expressão" no Direito. "A lei é dura, mas é para cumprir, dura lex sed lex. E é assim mesmo que faço na vida política, quando envolve amigos, familiares e todos os outros".
Ventura é perigoso por uma simples e objectiva razão: sabe ser político. Naquilo que faz, e como o faz, é competente. Por isso, é popular. Diz o que as pessoas gostam de ouvir. "Quem não sabe ser caixeiro, que feche a loja."

Mais duas promessas e mais um truque

"...mais duas promessas – aumento função pública e baixa do IVA dos produtos alimentares.

Mais um truque – utilizar uma legislação destinada a intervir em prédios em ruínas."

Allianz Figueira Pro

«Entre sexta-feira e domingo, a praia do Cabedelo, na Figueira da Foz, recebe a elite do surfe nacional numa competição em que já conhecidos os embates das rondas das rondas iniciais.

Os surfistas portugueses querem entrar em grande na 1.ª Divisão do surfe nacional, existindo sempre uma enorme expetativa para a primeira bateria do ano desta competição.
Outro condimento que dá um “tempero” especial ao cardápio da competição é o regresso às competições nacionais de Frederico Morais e do tetracampeão nacional Ruben Gonzalez (2004, 2005, 2006 e 2008) que, atletas que, curiosamente, vão enfrentar-se na ronda inaugural.»
Mais pormenores aqui.

terça-feira, 21 de março de 2023

A auto-referência

"Em pelo menos três áreas a auto-referência cria desconforto. Na ética, na gramática, na lógica.

O auto-insulto, ou o auto-elogio têm estatutos muito diversos da referência aos outros. Podemos ser justos ou injustos ao insultar ou elogiar outra pessoa. Podemos sê-lo igualmente quando o fazemos em relação a nós mesmos. Mas quando alguém diz que é modesto ou diz que é o pior dos homens, há algo de bizarro que nos invade. De uma forma ou de outra, a auto-referência cheira a narcisismo.

Na gramática, pelo menos nas línguas indo-europeias, tão ricas em flexões verbais, o pronome «eu» tem sempre histórias estranhas. Se a própria flexão verbal indica a pessoa e o número (e na voz passiva em muitos casos igualmente o género), para que serve um pronome «eu» no nominativo? A auto-referência cheira a inutilidade.

Na lógica a auto-referência é porta de entrada para os paradoxos. Nem sempre gera paradoxos, e nem todos os paradoxos nascem da auto-referência, mas sempre que entramos no seu terreno sabemos que é savana perigosa. Na lógica cheira a paradoxo.

Narcisismo, inutilidade e paradoxos são sempre os perigos da auto-referência. Mas isto sou eu a dizê-lo. E que sei eu disso?"

Alexandre Brandão da Veiga

Rui Nabeiro, “empresário exemplar” e “exemplo de capacidade empreendedora”?..

Imagem: Jornal de Negócios
Foi hoje a enterrar Rui Nabeiro, empresário admirado no país, homem amado na terra que o viu nascer, chorado e homenageado por quase todos e "um homem ambicioso, de mãos abertas".

Rui Nabeiro, foi o empresário que levou os funcionários de férias nos anos 70: “aquela gente merecia tudo!”

Nos últimos dias foi dita muita coisa sobre Rui Nabeiro. De tudo que li - e foi muita coisa - impressionou-me isto: Rui Nabeiro, “empresário exemplar” e “exemplo de capacidade empreendedora”.

Fiquei completamente baralhado sobre o que é ser um "empresário exemplar" e "exemplo de capacidade empreendora" em Portugal.

Ru Nabeiro, pelo menos que eu saiba, não deslocalizou a morada fiscal da sua empresa para a Holanda, soube lidar com desgraças como a burocracia portuguesa e com a rigidez laboral que impede as empresas, em geral, e por maiora de razões, ainda mais as do interior, de prosperarem. 

Ainda acham que Rui Nabeiro foi um  “empresário exemplar” e “exemplo de capacidade empreendedora”?..