sábado, 31 de março de 2018

Mensagem de Páscoa aos inimigos

Lido há uns dias.
Nuno Artur Silva: "Tenho os inimigos certos. Que mais posso desejar?"

Sendo a boa pessoa, que os que me conhecem bem sabem que eu sou, não sendo, portanto, como o galego que não tinha inimigos, porque lhes havia feito a folha a todos, como é óbvio, tenho os meus «inimigos de estimação»
Confesso que me apraz tê-los. São tudo aquilo que eu tento evitar ser: matreiro, politicamente desonesto, pobre de carácter e de convicções, um convencido e estúpido que pensa ser mais esperto que todos os outros, um malandro que acha que trabalha imenso, um caluniador anónimo e vendilhão de tudo e de porra nenhuma, oportunista e aproveitador. 
Gosto deles, dos meus inimigos, porque todos os dias me lembram  o que tento evitar ser. 
Que feliz que eu sou em ter inimigos!..
Ter inimigos, acontece a quem se esforça por ser íntegro e honesto. 
No fundo, a inveja e o ódio de que sou alvo, é o preço que pago, com todo o gosto (como diz uma amiga minha, prazer é outra coisa...), porque eles sabem que somos melhores pessoas, do que alguma vez eles serão. 
Gosto muito de ter inimigos.
Sobretudo, gosto muito dos meus inimigos.
Uma boa e Santa Páscoa para vocês também.

Deixa-me rir...

Já não tenho idade para perder tempo a comentar assuntos sérios. 
Ainda para mais, numa cidade como a Figueira!...
Contudo, uma mistura de juventude de espírito, irreverência, tempo livre e o gosto pela escrita, deixa-me com a presunção de que tenho algo para escrever.

Não ando por aqui para enganar ninguém. 
Raramente escrevo sobre temas importantes e entusiasmantes, como, por exemplo, o futebol.
Tenho o mau hábito de escrever sobre temas suscitados pela actualidade, mas enfadonhos, como, por exemplo, o que se passa com a gestão de uma cidade, como a Figueira, e um País, como Portugal.
Ainda por cima, sem com isso acrescentar algo de relevante ao que é dito por outros comentadores - mais sábios e mais espertos...

A meu ver, porém, o DNA deste OUTRA MARGEM tem a ver com a sua falta de objectivos e interesses. 
Este blogue existe, porque é um gajo como eu que o publica. 
E porquê? Simplesmente, porque posso e quero. Quando deixar de poder, penso que não terei problema...
Este espaço não representa nada, nem sequer algo que tenha a ver com o exercício da minha liberdade, de algum direito especial, ou para ter o reconhecimento de alguém. É, apenas, o assumir da manifestação de uma vontade: a minha. 
Que, apesar deste espaço estar quase a perfazer quase 12 anos de publicação diária, nem sequer, por vezes, é uma vontade por aí além... 
Páscoa Feliz para todos.

quinta-feira, 29 de março de 2018

No país do faz de conta...

Podemos brincar de várias maneiras...
O que não podemos, e muito menos devemos, é viver no faz de conta... 
Será um engano, meramente temporário.
Pagá-lo-emos com língua de palmo...
"Tribunal substituiu multa aplicada à Celtejo por repreensão escrita"...

Que ber(i)a!..

Uma passagem de Beria, uma crónica de José Fernando Correia, publicada no jornal AS BEIRAS.
"Uma nota final que empresta certa «actualidade» à acção de Beria. 

Ele terá sido, também, responsável pela organização de um laboratório especializado na produção de venenos, especialmente elaborados para a eliminação de «indesejáveis»…"

Em tempo.
Fumar era ber(i)a.

Deixei de fumar...
Beber era ber(i)a.

Continuei a beber...
Sexo  era ber(i)a...
Deixei de ler.

Prós e Contras, o humor de Joana Marques e as vacinas...

Em Portugal, "temos liberdade de expressão, mas temos de pensar todos da mesma forma"
Pelo menos, todos temos de levar vacinas...
Fátima Campos Ferreira, esteve ao seu nível: "sempre muito interventiva"...  E "forte nos ditados populares e nos comentários espirituosos".

"FINDAGRIM renovada"?..

A Feira Industrial, Comercial e Agrícola de Maiorca (FINDAGRIM), este ano, realiza-se de 8 a 12 de agosto, com novidades e o objectivo de sempre, que é levar dezenas de milhares de pessoas àquela vila do concelho da Figueira da Foz, tendo como tema o arroz carolino do Baixo Mondego. 
O programa foi apresentado, ontem, tendo como "palco", a Quinta do Foja, um dos mais representativos espaços agrícolas da região: em mais de 900 hectares de terreno, em 500 cultiva-se o arroz.

0 anfitrião, foi o presidente da Junta de Maiorca, Rui Ferreira.
Ficou a saber-se que a edição deste ano da FINDAGRIM, a primeira de Rui Ferreira, terá várias novidades, começando pelo logotipo, cujo grafismo lhe confere “mais visibilidade e reconhecimento”.
Para chegar à zona dos espectáculos, o público terá de passar pelos corredores onde se encontram os stands, que deverão ser 200. Este ano, não haverá festa no parque do Lago, onde se instalava a tenda de música eletrónica. Assim, os djs passam a tocar no recinto da feira, a seguir aos espetáculos. 

O orçamento, para a edição deste ano é de 100 mil euros, menos 30 mil do que no ano passado
Contudo, quem manda na programação, continua a  contratar selectivamente o elenco.
Vejamos: os espectáculos são diários, tendo um artista nacional, folclore, filarmónicas, dança e fado, envolvendo as coletividades locais. Ana Malhoa abre o cartaz, seguindo-se, Quim Barreiros (dia 9), Toy (dia 10), Amor Electro (dia 11) e Os Red (dia 12). 

A entrada custa quatro euros, mas no último dia, domingo, não se paga, em nome da festa popular e do tradicional desfile de carroças antigas. 
É um “cartaz que vai chamar milhares e milhares de pessoas”, disso não tem dúvidas Rui Ferreira. 
Dado que é o arroz carolino do Baixo Mondego, que inaugura a primeira edição temática da FINDAGRIM, a organização conferiu o estatuto de convidados especiais às freguesias do Paião e Alqueidão. No entanto, Rui Ferreira ressalvou que espera contar com a participação de todas as freguesias do concelho. 
“É um privilégio estar na origem” duma feira, que se realiza “na freguesia-mãe do Baixo Mondego”, disse o presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde.

A ignorância, em democracia, a pior forma de governo, à excepção de todas as outras já experimentadas, na Figueira, é uma qualidade...

Homeopata cura pinheiro (ou como autarca da Figueira da Foz esbanja dinheiro público em patetices)

A homeopatetice atinge um novo nível, de acordo com o Diário As Beiras: 

Uma homeopata e uma bióloga propõem tratar as palmeiras doentes da cidade da Figueira da Foz e combater a lagarta-do-pinheiro com produtos homeopáticos.

“A homeopatia pode ser utilizada em qualquer ser vivo”. Quem o afirma é a homeopata Emília Cardoso, brasileira, com residência na Figueira da Foz. Aquele tipo de terapia, de resto, está a ser utilizado numa quinta de vinho, no Douro, através de um composto elaborado pela homeopata, com a colaboração da filha, Patrícia Saldanha, licenciada em biologia.

Entretanto, Patrícia Saldanha propôs à Câmara da Figueira da Foz a mesma solução para as palmeiras doentes da cidade, afectadas pela praga do escaravelho-vermelho, e para os pinheiros infestados pela lagarta-do-pinheiro.

A autarquia já adjudicou o tratamento para as palmeiras e está a injetar um produto nos pinheiros. Entretanto, a bióloga vai ser recebida pelo vereador Carlos Tenreiro. “Se pudermos utilizar produtores amigos do ambiente, melhor”, defendeu o autarca ao DIÁRIO AS BEIRAS.

Claro que se forem várias toneladas de remédio homeopático, lançadas de um avião Canadair no Verão, pode ser que ajude a "tratar" os incêndios, uma vez que as mezinhas homeopáticas são só água e açúcar. Infelizmente a vontade de rir perde-se quando pensamos que um autarca está a esbanjar dinheiro público nesta patetice.

quarta-feira, 28 de março de 2018

"Autarquia da Figueira da Foz e o ISCAC assinam protocolo de cooperação"....

 Sentem alguma coisa ao verem esta foto?
"A Câmara da Figueira da Foz e o Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra (ISCAC) assinaram ontem, no salão nobre dos paços do concelho, um protocolo de cooperação.
O protocolo inspirou-se na parceria entre a autarquia e o ISCAC para a Escola do Mar, que está a ser instalada na Casa dos Pescadores de Buarcos.
Manuel Castelo-Branco, presidente daquela instituição de ensino de Coimbra, frisou o que vem dizendo: “A Escola do Mar, hoje, é verdadeiramente do Instituto Politécnico de Coimbra” e de “todas as suas escolas”.
João Ataíde, presidente da câmara, por seu turno, sublinhou: “Estamos a dar passos curtos, mas esperamos que sejam passos consolidados”.
Foi ainda assinado um protocolo que contempla a oferta de 10 bolsas de estudo para residentes no concelho, pelo município, para o curso de especialização, gestão, eficiência e rentabilidade no turismo, lazer e desportos náuticos, que o ISCAC vai ministrar na Figueira da Foz."

Via As Beiras

Autarquia figueirense vai concentrar serviços técnicos na Várzea de Tavarede

A obra, sujeita ainda a visto do Tribunal de Contas,  custa 2,5 milhões e é «desejada há muito», conforme recordou o Presidente da Autarquia, João Ataíde. «Vai concentrar muitos dos serviços municipais que, agora, com perda de eficácia e consequente desperdício de recursos, se encontram dispersos pelo Concelho».
Coube à arquitecta Liliana Nogueira apresentar o projecto que, ao longo do próximo ano, fará surgir, na zona da Várzea, no espaço compreendido entre a Escola Secundária com 3.º CEB Cristina Torres e o Quartel dos Bombeiros Municipais, um conjunto de quatro edifícios (um dos quais o pavilhão multiusos actualmente instalado no Parque de Estacionamento da Avenida de Espanha), destinados a acolher as oficinas de reparações e manutenção de equipamentos e máquinas (actualmente na Zona Industrial da Figueira da Foz), serviços de aprovisionamento e serviços de ambiente, depósitos de material de construção civil, logística e equipamentos diversos.
«O novo complexo estará dotado de comodidades como cantina, instalações sanitárias e posto médico, que serão partilhadas por, pelo menos, os mais de cem trabalhadores municipais afectos a estes serviços. É uma obra de 2,5M€ que é bom serviço público, porque é boa gestão de recursos e combate o desperdício gerado pela dispersão de serviços», defendeu o Presidente da Autarquia.
«É um valor integralmente suportado pela Autarquia, que se justifica pelo aumento de eficiência e eficácia dos serviços, pela diminuição de custos diários sucessivos que a dispersão, actualmente, acarreta, e porque contempla também a criação de um Centro de Recolha Animal preparado para a nova legislação de acolhimento e esterilização de animais abandonados, e de um Horto Municipal capaz de dar respostas às necessidades da Figueira da Foz, que incluirá uma horta pedagógica», concluiu, na cerimónia, João Ataíde.


Via Notícias de Coimbra

A democracia (o 25 de Abril de 1974) trouxe a recolha do lixo à Aldeia... Vamos ver quanto tempo vai decorrer até os contentores e ecopontos subterrâneos chegarem a esta outra margem...

"Está em curso a empreitada para a instalação de oito ilhas de contentores e ecopontos subterrâneos na cidade, no valor de 250 mil euros. A instalação ficará concluída antes da época balnear. O Bairro Novo, Buarcos, Tamargueira e a zona do Mercado Municipal Engenheiro Silva, junto ao Jardim Municipal da Figueira da Foz, foram as zonas escolhidas pela autarquia.
“A nossa preocupação é reduzir o impacto visual que os equipamentos [à superfície] têm e, por outro lado, valorizar a cidade e os espaços onde os novos equipamentos vão ser instalados”, declarou ao DIÁRIO AS BEIRAS o vereador do Ambiente, Carlos Monteiro. Os novos recipientes são mais discretos, enquadram-se melhor no meio urbano e facilitam o depósito dos resíduos." J.A., via AS BEIRAS

terça-feira, 27 de março de 2018

Asqueroso. Miserável...

Não há dinheiro para nada. 
Nem para a saúde, nem para a educação, nem para a cultura, nem para as polícias e o controlo de fronteiras, nem para pensões e reformas, nem sequer para pagar aviões-bombeiros no Verão e o pré aos militares que tomam conta dos paióis nos quartéis. 
Não há dinheiro para nada, qual foi a parte que não perceberam?

"Ajudas à banca já custaram 17 mil milhões a contribuintes"...

E a vida que não dava a lota em frente a estação da CP?... Mas, o peixe cheirava a "pé descalço"!.. Mandaram-na para esta outra margem. Obrigado figueirinhas!

"Bem perto do centro histórico e de comércio por excelência, localizava-se outro pólo de grande dimensão e de trocas. Era a cidade portuária, da qual resultava a geração de fluxos de entradas e saídas de mercadorias, de agentes e operadores económicos e de gentes. Era o sítio onde eram escoados os stocks resultantes da dinâmica industrial da cidade. A sua razão de ser, a sua existência enquanto porto de rio, estava na origem da procura das empresas, na escolha de uma localização onde encontrassem as necessárias condições para o desenvolvimento das suas actividades, para a criação de emprego e para a criação de riqueza.

Associado ao porto, a estadia curta de quem está permanente mente de partida, criava um movimento próprio nos restaurantes, a procura nos hotéis e compras no comércio local, gerando mais uma vez a dinâmica necessária que justificava uma zona de comércio. Era uma verdadeira economia circular.

Sonhava assim uma cidade moderna e atractiva, uma cidade que gerava os seus próprios fluxos económicos justificando assim a localização de pessoas e a existência de serviços e instituições. Era uma cidade governada de forma coerente, que harmonizava o seu crescimento com a sua vocação, governada por quem conhecia a sua história legitimando-se assim a projectar o seu futuro. Era a cidade aberta, de indústria e de serviços, mas também de turismo…e esse … fica para a semana."

O Sonho – crónicas da cidade (continuação), por Isabel Maranha Cardoso, via jornal AS BEIRAS.

Quando a entrevista custa a arrancar, a malta do Entre os Ventos e as Marés, até canta!..

Ontem, foi dia de gravação de mais um programa Entre Os Ventos e as Marés.
Cova Gala é uma Terra com gente, com história e com memória, como deixou registado, para todo o sempre, o único Homem que realizou verdadeira pesquisa histórica sobre as origens da Cova e Gala, o Capitão João Pereira Mano.
Tempos houve, por volta de 1750/1770, em que pescadores naturais de Ílhavo, desceram a costa portuguesa à procura de peixe e água potável que lhes permitisse a sobrevivência. 
Sediaram-se na cova de uma duna, um local a que passaram a chamar de Cova. 
A Gala, é uma povoação mais recente, nasceu cerca de 40 anos depois, quando alguns dos pescadores se deslocaram para nascente e ergueram pequenas barracas ribeirinhas, na margem do braço sul do rio Mondego, para recolha de redes e apetrechos de pesca. 
Apesar do passado de cerca de 260 anos destas duas povoações, a Freguesia de S. Pedro é recente, foi criada em 4 de outubro de 1985. 
Adelaide Sofia, nossa entrevistada da emissão que vai para o ar na próxima quinta-feira, pelas 22 horas, nasceu a  11 de fevereiro 1985, no HDFF, na Gala, então Freguesia de Lavos. 
Portanto, tem mais 8 meses de idade do que a freguesia de S. Pedro. 
É uma mulher linda e uma bela “artista”, “fadista” e “cantadeira”.
É, também, política: faz parte da bancada do PS na Assembleia Municipal da Figueira da Foz.
O Olímpio fez gazeta (a idade não perdoa...) e a despesa da emissão ficou a meu cargo e do To Zé Carraco... Talvez, por isso, a coisa não estava fácil... Faltava o charme do "zé barbeiro"!..
Para descontrair e aquecer as vozes, aconteceu a brincadeira. O resultado pode ser visto clicando aqui.
Depois, a entrevista arrancou e fluiu. O resultado vai para o ar na próxima quinta-feira, na antena da Foz do Mondego Rádio.
Não percam...

O que é que quer senhor deputado municipal: o Sunset é uma ilusão, mas para a maioria dos figueirenses é uma ilusão boa...

De acordo com a PORDATA, no concelho da Figueira da Foz o total da população residente em 1960 era de 57.631 indivíduos, 15.028 dos quais tinham entre 0 e 14 anos ( 26%), 37.354 entre os 15 e os 64 ( 65%) e 5.249 tinham mais de 65 anos  ( 9%). 
Em 2011, o total da população do concelho era de 62.125 indivíduos (em 2001 era de 62.601…), mas o mais notável é a inversão do peso relativo das faixas etárias ( 13% entre 0 e 14 anos, 64% entre 15 e 64 e 23% com mais de 65 ).
“Fenómeno extremamente difícil de reverter, uma vez que este envelhecimento, ao longo de sucessivas décadas, é provocado por um aumento de pessoas nas idades mais avançadas em resultado de muito melhores condições de vida, mas também por via da quebra dos nascimentos em resultado… do desenvolvimento económico global”, constatarão os mesmos e/ou outros, todos, no entanto, sempre muito diligentes em resolver os problemas cruzando os braços, apontando para o “Plano Estratégico” e… à espera que o Sunset traga muita gente, durante 3 ou 4 dias; pelo menos acham que, afi nal, “… está cada vez mais gente (jovem) na Figueira!...” 

Números, uma crónica de Teotónio Cavaco, hoje publicada no jornal AS BEIRAS.

Silêncio mudo...

Via AS BEIRAS
«Todas as propostas apresentadas pela maioria socialista da Câmara da Figueira da Foz para atribuição de medalhas de mérito a diversos munícipes foram aprovadas por unanimidade, excepto uma: o vereador do PSD Ricardo Silva votou contra a distinção de António Tavares, escritor e antigo vereador do PS, com a medalha de mérito cultural em prata dourada. 
“Não se trata de uma mera apreciação dos méritos literários, mas da personalidade, ou seja, é um político que mal ou bem marcou a política na Figueira da Foz, nos últimos 20 anos, pautando essa actividade com actuação estratégica e tática, que, no nosso entender, foi bastante negativa, não só pelos obstáculos injustificados e suspeições infundadas que criou enquanto oposição, e pela completa decepção e contradição enquanto vereador e vice-presidente da câmara municipal no poder pelo PS”, justifica o autarca da oposição, na declaração de voto. 
No programa semanal “Câmara oculta” da Foz do Mondego Rádio, onde integra um painel de comentadores com Isabel João Brites e Tiago Castelo Branco, Teotónio Cavaco, líder do PSD na Assembleia Municipal, defendeu que ele teria votado a favor da distinção do escritor figueirense. No entanto, o comentador salvaguardou que a decisão do vereador do seu partido deve ter um contexto político, lembrando que, quando esteve na oposição, António Tavares protagonizou momentos políticos que terão atingido o autarca do PSD que votou contra e o executivo camarário a que pertencia. 
De facto, pelo menos uma iniciativa política de António Tavares atingiu Ricardo Silva, quando o antigo autarca socialista sustentou que o social-democrata não tinha aptidões para ser assessor de ambiente do entretanto falecido presidente da Câmara Duarte Silva. 
E acabou por não desempenhar o cargo. Na política, a vingança é um prato que se serve frio? 
“Vingança é sentimento de extremistas. As pessoas de bem analisam os factos e produzem opinião, mesmo que não seja a que agrada a alguns”, disse Ricardo Silva ao jornal AS BEIRAS
António Tavares, por seu turno, optou por não prestar declarações.» 
J.A.

Nota de rodapé.
Fiquemos, então, com o silêncio do Doutor António Tavares. 
Este silêncio merece respeito, pois vem na esteira do isolamento e do abandono a que foi votado pelos seus pares socialistas. 
Acredito que, neste momento, o Doutor Tavares continue a querer paz para a sua alma. 
Por isso, este silêncio, além de mudo, também pode ser desejado!..

Bom domingo

Na ponta do fósforo

"O país parece expectante, como se o  futuro estivesse na ponta do fósforo que vai acender o próximo incêndio.

Mobilizar os povos para eliminar as causas dos fogos florestais é uma tarefa importante levada a cabo por este governo. Nenhum outro o fez.

Menosprezar este esforço, como faz a oposição e alguma comunicação social, é incentivar os incendiários.

No entanto, dramatizar o resultado da luta contra os fogos florestais, fazendo depender os governos desse resultado, como disse o presidente da república, é também um incentivo aos incendiários e dá uma ajuda á oposição que utiliza os fogos como arma política.

Do presidente da república espera-se lealdade, boa fé, respeito  pelos outros órgãos de soberania e pela constituição. Foi este o seu juramento."

D.Sebastião, o Desejado, morreu em Alcácer Quibir

ACIDENTES DE PERCURSO

"Rui Rio não confia na justiça nem na comunicação social. Esse sentimento é inteiramente justificado. Se virmos bem, os principais problemas do seu início de mandato – os negócios de Salvador Malheiro, as contabilidades de Elina Fraga, os delírios curriculares de Barreiras Duarte – foram apresentados ao País pela acção conjunta do Ministério Público e da comunicação social. Se, por mera hipótese, estas duas entidades maléficas não existissem, ou existissem em part-time e com um açaime na boca, Portugal seria um país mais respirável. 
Espero que o dr. Rio, como ministro adjunto do dr. Costa, faça alguma coisa sobre estas matérias."

sábado, 24 de março de 2018

Nem sempre as mães são as culpadas de os filhos da puta serem filhos da puta...

"Bancos contra proposta do PS. Recusam aplicar taxas negativas no crédito à habitação".

A APB considera "intrinsecamente incompatível com a natureza de um contrato de crédito" a aplicação de juros negativos. 
Alerta que proposta do PS e Bloco poderia ter custos irreversíveis para o sector.
Vamos lá ver porque é que os bancos teriam que pagar juros negativos - porque a maior parte dos contratos diz "a Euribor mais [tantos] pontos percentuais"; como neste momento a Euribor é negativa, em muitos desses contratos a Euribor + qualquer coisa continua negativa.

E o que é a Euribor? 
É a taxa média pelo qual os bancos emprestam dinheiro uns aos outros.
Isto é: neste momento os bancos da zona euro estão a emprestar dinheiro uns aos outros a uma taxa média de -0,272 (empréstimos a 6 meses, taxa às 23:48 do dia 22/03/2018)
Ou seja, os bancos, que para os empréstimos para compra de casa, dizem que juros negativos são "intrinsecamente incompatíveis com a natureza de um contrato de crédito", concedem crédito uns aos outros a juros negativos!..

Mais uma bonita demonstração de convivência democrática...

Para ler melhor, clicar na imagem
Tal como quem se mete com o PS leva, quem se mete com a Figueira Parques sujeita-se...
“A reação da Figueira Parques à minha intervenção pública denota uma componente persecutória em relação à minha pessoa. A minha intervenção foi pública e foi feita enquanto vereador, de forma abstrata”.
Carlos Tenreiro, na edição de hoje do jornal AS BEIRAS.

Meu caro João Vaz:

Oxalá valha a pena o esforço...
A ironia atinge apenas a inteligência. 
Inútil, pois, desperdiçá-la com os que estão longe do seu alcance. Contra estes ainda não se conseguiu inventar nenhuma arma. 
A burrice é invencível.
De qualquer maneira, é com todo o gosto que transcrevo a tua  crónica "Primavera Silenciosa", hoje publicada no jornal AS BEIRAS

"Uma advertência inicial.
O seguinte texto é tão irónico quanto sério.
Exmos. Srs. presidente de junta, caros técnicos, vereadores e presidente da câmara municipal, a utilização de herbicidas para queimar as ervas daninhas nas valetas do concelho é uma atitude de grande coragem. Mostra que os senhores não se deixam intimidar pelo “politicamente correto” dos “verdes”.
Mas, alguém acredita que os herbicidas libertam venenos que fazem mal à saúde?
Isso é conversa fiada de gente que nunca tem que tomar decisões, só sabem criticar.
As valetas devem ser pulverizadas com herbicidas, para fi car assim castanhas, avermelhadas, todas queimadas, e para que as ervas não se vejam.
Os herbicidas causam cancro? Mas alguém provou essa relação? E por acaso os responsáveis públicos são tolos e não sabem o que estão a fazer? Há até biólogos, engenheiros e doutores no executivo camarário. Então eles iriam usar substâncias que envenenam o solo e matam as “joaninhas”? Biodiversidade? Mas, que é isso? Aqueles herbicidas são seguros, certifi cados por “outros cientistas”, usados há décadas. Queimam tudo, até o lixo (plásticos, latas) vai desaparecer, permitindo que a água da chuva passe. E é uma quantidade tão pequenina, umas centenas de litros de agro-tóxicos usados no concelho, o que é isso comparado com o que é usado na agricultura?
“Peanuts”.
E mais um cancro da mama ou da próstata, que diferença é que faz, temos que morrer todos de alguma coisa, não é verdade?"

Entre os Ventos e as Marés

A entrevista a Adriana Mendes.
Para ouvir clicar aqui.

Contas da maçonaria sob suspeita

"Maçons da Grande Loja Legal de Portugal acusam o grão-mestre de usar indevidamente o dinheiro da instituição. Contestam a compra de um palácio por 3 milhões e acusam Júlio Meirinhos de ser "ditatorial" em relação as finanças e de atuar como se a "associação fosse sua". O caso está nos tribunais maçónicos mas também chegou aos tribunais comuns."

Via Visão

O destino, por vezes, está ao virar da esquina. Contudo, o que o destino não faz é visitas ao domicílio. É preciso correr atrás dele...


O vereador Ricardo Silva, em nota de imprensa, tornou público que é candidato à liderança da Concelhia da Figueira da Foz do PSD, nas eleições que se deverão realizar em Maio ou Junho p.f..
A sua candidatura tem,  como “objectivo primordial, unir o partido para unir todos os figueirenses no propósito de reganhar o caminho do desenvolvimento”.
Até ontem parecia haver vários putativos candidatos. Porém,  Ricardo Silva deu o passo em frente ao ser o primeiro a apresentar a candidatura à sucessão de Manuel Domingues.
“Nos últimos anos, a Figueira da Foz perdeu influência política, económica e respeito no contexto regional”, afirma Ricardo Pinto em nota de imprensa. E acrescenta: “tendo constatado que a actual liderança do PSD/Figueira entendeu não se recandidatar, e atendendo aos diversos apelos de autarcas, ex-autarcas, militantes e simpatizantes, decidi aceitar encabeçar uma candidatura à Concelhia”.
Está nos objectivos de Ricardo Silva, um  “PSD renovado e rejuvenescido", para "conseguir alcançar a vitória” nas eleições autárquicas de 2021.
Ricardo Silva tem 41 anos e é director comercial e gestor de obras. Actualmente, é vereador PSD (em substituição da deputada Ana Oliveira). Entre 2002 e 2005, foi vereador executivo no primeiro mandato do presidente Duarte Silva.
Filiou-se no PSD aos 16 anos, partido que abandonaria, entre 2008 e 2011. Apoiou a primeira candidatura do actual presidente da Câmara da Figueira da Foz, o independente João Ataíde, como candidato do PS. Ricardo Silva voltou a filar-se no PSD em Coimbra, tendo, entretanto, transferido a sua ficha de militante para a Figueira da Foz, concelho de onde é natural e reside.
“Regressei ao partido a pedido de figuras regionais e nacionais do PSD.  Quando saí, saíram vários militantes”, diz ao jornal AS BEIRAS, na edição de hoje. 
Acerca do apoio a João Ataíde, em 2009,  declarou: “de acordo com a estratégia do partido, traçada entre 2006 e 2007, João Ataíde deveria ter sido o candidato do PSD, em 2009. Se se tivesse candidatado pelo PSD, hoje, o concelho estaria melhor”.
Garante  querer “fazer regressar todos os militantes expulsos e aqueles que saíram pelo seu próprio pé, em 2009”.
O já assumido candidato à Concelhia do PSD/Figueira, Ricardo Silva,  convidou Manuel Domingues para encabeçar a lista à assembleia. Segundo ele, Teotónio Cavaco (líder do PSD na Assembleia Municipal) “poderá fazer parte” da lista à Concelhia.

Porque está de chuva, fiquem com música...


E ainda bem que hoje está de chuva, pois a profissão de Guarda Chuva estava a precarizar-se de mais...

Marcelo sobre a pobreza:

"Temos de ser capazes de fazer chegar à sociedade portuguesa a seguinte mensagem: ninguém é feliz ou pode ser feliz fingindo que não existe pobreza ao seu lado. 
Ou, dito de outra forma: é uma vergonha nacional sermos, em 2017, e agora já em 2018, das sociedades mais desiguais e com tão elevado risco de pobreza na Europa.
Eu tenho vergonha"...

quinta-feira, 22 de março de 2018

Tavares, o mal amado (II)

Pena foi, que nos oito anos como vereador da situação tivesse sido mais um.. 
Sabe-se que, em política, o risco pode matar. Mas, seguramente, também emancipa... 
Assim, não valeu a pena o esforço...
Saiu de cena como o mal amado...

Em Maio de 2016, desesperado, António Tavares apelou aos que gostam dos jogos de poder que o esquecessem.
«Deixem-me em paz. Não quero saber de nada»
A desilusão era de tal monta, que nem garantia se iria continuar como militante... 

Recorde-se que Tavares é militante do PS, desde junho de 2013. 
Filiou-se porque «sentia alguma injustiça da parte de alguns militantes do PS, partido para que trabalhava há muitos...», justificou na altura o vereador.
Atento, não deixou de reconhecer que o presidente da câmara da Figueira da Foz, «tem cintura para jogos de poder, lida bem com eles e gosta deles»

Sublinhe-se que nas últimas eleições para o segundo mandato do actual presidente da câmara, António Tavares foi imposto por Ataíde para vice-presidente. 
Nos «jogos de poder» que aconteceram no processo de elaboração da lista do PS, para as autárquicas de 2013, António Tavares foi um nome muito contestado.
O anterior vice-presidente, Carlos Monteiro, manteve o 2º. lugar e João Portugal ocupou o 4º. lugar, que era de Tavares, que foi em 5º. lugar.

O tempo acaba por devorar tudo... 
Todos somos impotentes perante ele. 
Ignora-nos sobranceiramente, porque sabe que sempre será o vencedor final. 
Glória aos vencidos...  Que somos todos nós, figueirenses! 

"Surf dá milhões às cidades costeiras"... E, também aqui a Figueira a vê-los passar...

"Portugal e algumas das suas cidades já estão a capitalizar o facto de terem das melhores ondas da Europa, ainda para mais associadas a um clima ameno e a um património cultural e gastronómico riquíssimo. Um dos melhores exemplos é a Nazaré que, graças a um recorde mundial, mais que quadruplicou o número de visitantes em sete anos e, em três anos, gerou um impacto económico de dez milhões de euros. Agora, é tempo de uma estratégia nacional integrada.

Estamos em meados de março. Nas últimas semanas, duas tempestades varreram a costa portuguesa. Esteve frio, choveu e o vento foi violento. Apesar disso, os hotéis de Espinho estão todos cheios para o Espinho Surf Destination, que arranca neste fim de semana. Estamos em meados de março e há dezenas de pessoas dentro do mar de Matosinhos. A culpa é do surf, um desporto em clara expansão que tem atraído muitos turistas e vale milhões para as cidades com betão e mar.

O fenómeno não tem passado despercebido às autarquias costeiras, que têm procurado cavalgar a onda deste desporto aquático que conquista cada vez mais praticantes em Portugal e no Mundo. Olhando para os casos de Matosinhos, Espinho, Nazaré, Peniche ou Ericeira (Mafra), a estratégia de promoção está a resultar."

Texto sacado ao Jornal de Notícias, via José Lucas dos Santos

E o presidente, João Ataíde, disse que a oposição podia aceder à informação consultando os processos no urbanismo!

Legenda da foto: nu discreto feminino. As minhas amigas que me perdoem, mas este é um blogue aberto, mas sem esconder a sua matriz... Vá, lá, não façam essa cara feia, que a foto é bem bonita!..
Quem, como eu, teve a pachorra de acompanhar, via internet, a última reunião de Câmara, teve bastos momentos de puro divertimento.
Um deles, foi quando a oposição quis saber «a data em que deram entrada os pedidos de licenciamento dos dois hipermercados, um junto ao AKI, na zona da Várzea, e outro junto à PSP, cujos processos estão pendentes na autarquia." 
«Houve redução do corredor verde na revisão do PDM (Plano Diretor Municipal), nessas zonas. Portanto, se não tivessem aberto estas áreas de construção, de certeza que estas unidades não se podiam implementar», afirmou Carlos Tenreiro, vereador do PSD. 
A vereadora Ana Carvalho, porém, chutou para canto: «os corredores verdes foram definidos em função das zonas de cheia e linhas de água. Não houve outro interesse. Ao condicionarmos um terreno como parque verde sem nenhum argumento ambiental é complicado porque os proprietários ficam condicionados. Não podemos exigir jardins em terrenos privados. É natural que em algum sítio coincida com procura de um privado, como também acontece ao contrário e houve sítios em que houve reclamações de proprietários que deixaram de ter capacidade construtiva», disse a senhora veeradora Ana Carvalho.
E, disse mais: «chegou a realçar que reduziram o solo urbanizável no concelho em «47%»
Miguel Babo, da oposição, discordou da senhora veradora do urbanismo, defendendo que não deve ser apenas tido em conta as linhas de água. 
«Estas zonas verdes estiveram aqui até hoje, é uma zona clássica e, de uma forma geral, não concordo com a argumentação de retirar porque se reclama. A especulação imobiliária pode vir e estas superfícies fazem pressão e faz parte da nossa função chamar a atenção sobre isso. A nossa crítica é que esta alteração do PDM possibilitou esta proliferação. Mas, se efetivamente estivesse combinado isso antes da revisão do PDM, isso sim era grave», sublinhou Miguel Babo. 
Este assunto, aliás, levou mesmo a um momento crispado entre o vereador Carlos Tenreiro, que insistiu em saber a data dos pedidos de licenciamento, e o presidente, João Ataíde, que disse que a oposição podia aceder a essa informação consultando os processos no urbanismo. 
«Isto não é a minha vida, para ter esse tempo», disse CarlosTenreiro. 
«E a minha não é ser seu escriturário», retorquiu João Ataíde. 
«Ficam desconfortados com a pergunta. Ninguém pode dizer nada, parece que são uns vidrinhos…», respondeu Carlos Tenreiro. 
«O senhor é que já está a antecipar resultados» ripostou Ataíde.
A pergunta que interessava, porém, "a data em que deram entrada os pedidos de licenciamento dos dois hipermercados, um junto ao AKI, na zona da Várzea, e outro junto à PSP, cujos processos estão pendentes na autarquia",  essa, lamentavelmente, ficou, atá ao momento,  sem resposta.
Contudo, o presidente, João Ataíde, disse que a oposição podia aceder à informação consultando os processos no urbanismo... 
Claro que sim, mau seria se houvesse algo a esconder.
Para mim, está tudo claríssimo... 

quarta-feira, 21 de março de 2018

A propósito de cínicos...

Figueira da Foz, 3 de julho de 2007, quando António Tavares, era oposição.
Câmara "chumba" Modelo/Continente na Freguesia de Buarcos
A autarquia da Figueira da Foz aprovou hoje, por unanimidade, a rejeição de um pedido de instalação de uma grande superfície comercial do grupo Sonae na zona do Montalto, Freguesia de Buarcos. 
A questão foi suscitada por um pedido de viabilidade, oriundo da Direcção Regional de Economia (DRE) do Centro, que a autarquia rejeitou, alegando que os terrenos em causa - na encosta sul da Serra da Boa Viagem - se situam em zona de Reserva Ecológica Nacional (REN).
"A DRE pediu opinião e a Câmara indeferiu por se situar em zona de REN" disse aos jornalistas o presidente da autarquia, Duarte Silva (PSD).
O documento visava a autorização de instalação de uma grande superfície da marca Modelo/Continente.
Já Paulo Pereira Coelho, o vereador social-democrata que desde o início do mandato se tem assumido como uma voz crítica sobre diversas opções da maioria, defendeu que a edilidade "tem de dizer claramente se precisamos de mais um equipamento deste género".
"Se não, está terminada a questão. Se sim não pode ser o privado a vir impor a localização" argumentou, acrescentando que o local "não se coaduna" com uma grande superfície comercial.
Já a oposição socialista, pela voz do vereador António Tavares, afirmou que a localização constante do pedido da DRE "não faz sentido".

António Tavares, o político mais cínico que conheci, caricaturado por Fernando Campos


Dez anos mais tarde, no dia 17.01.2017 houve a reunião de Câmara em que foi analisado e aprovado por unanimidade o pedido da Sonae Retail Park- pedido de informação prévia - aprovação condicionada de uma superficie comercial...
Se isto não é cinismo, o cínico sou eu por ter esta maneira desagradável de dizer umas verdades. 
Dez anos depois, no dia 17.01.2017, quando houve a reunião de Câmara em que foi analisado e aprovado por unanimidade o pedido da Sonae Retail Park- pedido de informação prévia - aprovação condicionada de uma superfície comercial, António Tavares já estava na situação!...

A realidade...

Ricardo Silva, vereador PSD,  na última reunião de câmara, deixou a ideia que “talvez a falta de motivação” e “inoperância” do presidente da Junta da Marinha das Ondas, Manuel Rodrigues Nada (PS), em relação à defesa do posto médico daquela freguesia “se deva ao facto do Município da Figueira da Foz ter procedido à contratação da sua filha”. 
O argumento do autarca da oposição caiu mal no executivo camarário socialista, que saiu em defesa de Rodrigues Nada. “Esta insinuação é torpe. Isto não tem pés nem cabeça. Esta é uma insinuação grave”, argumentou o presidente da câmara, João Ataíde. O vice-presidente da autarquia, Carlos Monteiro, por seu lado, afiançou que “o ataque não foi ao presidente da Marinha das Ondas, foi ao júri”. 
Por sua vez, Rodrigues Nada,  em declarações ao jornal AS BEIRAS, disse que “Ricardo Silva não percebe nada disto, anda completamente à nora e à procura de protagonismo político”.
Esta, não foi a primeira vez que os socialdemocratas, que neste caso sabem do que falam, se pronunciaram sobre contratações de familiares de autarcas socialistas. 
Numa sessão da Assembleia Municipal, Tiago Cadima aludiu à contratação da filha do presidente daquele órgão autárquico, José Duarte, para secretariar a vereação da maioria, e do sobrinho de João Ataíde, um arquicteto que saíu da Universidade especializado no património edificado do Cabo Mondego...

O que vêm os figueirenses? 
O que querem ver? 
Esta selecção fazêmo-la todos os dias sem darmos por isso. É-nos natural e é uma defesa nossa. 
Fazêmo-lo automaticamente. Conseguimos até distorcer a realidade para vermos o que queremos ver... 
Todavia isso não muda a realidade!
E a realide é que a filha do Nada foi contratada pela Câmara, a filha do José Duarte também e o sobrinho do Ataíde, idem, idem, aspas, aspas...
O resto, deixo à imaginação dos leitores...

15 anos depois!..

"O que é que resta, em que estado é que está o mundo, qual a qualidade da democracia, os progressos ao nível dos direitos humanos e no respeito pelas diferenças, 15 anos depois da teoria da direita radical do efeito dominó que ia espalhar a democracia por todo o médio oriente e que justificava a invasão de Estados soberanos para derrubar regimes ditatoriais?"

Texto daqui. Fotos daqui.

Político António Tavares, foi medalhado pela Câmara com um voto contra...


«Nem grande escritor, nem filósofo, nem cientista, mas um desses homens que, embora sem génio criador, souberam perceber qual a orientação dos ventos.» 
Augusto Abelaira, O Bosque Harmonioso (1982)
 
Assiti, ontem, via internet, à reunião de câmara. 
Dei conta, que englobada numa proposta de atribuição de uma catrefa de medalhas, foi atribuída ao senhor Dr. António Tavares, a medalha de mérito cultural.

Já muita coisa foi dita sobre António Tavares, o político mais cínico que conheci.
Muito, certamente, estará por contar.
Não faltarão alguns elogios. E também críticas... 

A história figueirinhas vai-se escrevendo assim. Como todas, esta também não é uma ciência imediata, contrariamente ao imediatismo que as sociedades modernas exigem.
Nem imediata, nem mediata. 

Na política figueirense, Tavares foi o homem errado num tempo que, para ele foi certo.
Na oposição, Tavares nunca se escondeu e afirmou-se como político.
Lutou e defendeu opções. Fez escolhas difíceis e assumiu-as. Escolheu lutar contra o centrão.
Quando chegou ao poder foi igual aos que criticou. 

Foi subserviente, hipócrita, oportunista e beneficiou por ter passado pela política.
Não serviu. Serviu-se.


Foram as escolhas dos políticos locais que definiram o concelho pouco democrático  que somos hoje.
As pessoas têm medo.
Tavares, nem sequer foi intransigente no mínimo: na defesa da democracia

Nos jornais, criticava quem defendia as reuniões à porta fechada. Mas, quando podia decidir com o seu voto, decidiu a favor do dono disto tudo.
Na Câmara da Figueira, depois do seu abandono, continua o circo...  Mas, agora não existem "feras"!.. 

Lembram-se do livro “Figueira da Foz - erros do passado, soluções para o futuro", da autoria dos antigos Vereadores do PS António Tavares e João Vaz?
Nas 177 páginas, os leitores deparam-se com muita informação e dados indicadores pertinentes, relativamente ao então estado do concelho.
Assim, António Tavares e João Vaz, abordaram temas como as Finanças Municipais, alertaram para o agravamento da situação financeira, Desenvolvimento Económico, Ordenamento do Território e Urbanismo, Funções Sociais, Obras e Acessibilidades, Ambiente e Qualidade de Vida, Sector Empresarial Municipal, sem esquecer a Ética, Transparência e Democraticidade.
Para quem se interessa pela politica autárquica, encontrou neste livro abundante informação, que lhe permitiu pensar e reflectir sobre o estado do concelho da Figueira da Foz. 

Lembro, ainda, que durante a sua cruzada de 4 anos na oposição, foi um crítico feroz da gestão do presidente Duarte Silva/PSD. 
Portanto, quem é que se pode admirar com o voto contra do vereador Ricardo Silva?

O que virá a seguir? 
Político António Tavares? 
Não: adeus. Até nunca mais.

Na mouche...

Ontem, no decorrer da reunião de câmara ficou a saber-se que a Figueira Parques não está a fazer cobranças coercivas porque, por um lado, as mesmas implicam avultados investimentos e, por outro lado, em alguns casos, quando estão em causa baixos valores, como, por exemplo, cinco euros, não se justificam.
“Não cobram porque não têm condições legais para o fazer”, afirmou Carlos Tenreiro, vereador PSD e advogado.
“O que nos apercebemos é que só os incautos pagam estacionamento, porque a empresa funciona de forma ilegal, porque, se estivesse legal, cumpriam-se os princípios, entre eles a cobrança coerciva”, acrescentou Carlos Tenreiro, vereador PSD e advogado.