Os anos disto vão passando.
Com eles, o desânimo, a infelicidade, a amargura acumulam-se como o papel nas paredes, as fotografias da família, a preto e branco, amarelecidas pelo passar do tempo.
E a malta já não é a mesma - os que não morreram, estão a envelhecer.
Mas o rio da Aldeia continua, imponente, a correr...
Um dias destes, alguém me disse que os blogues na Figueira estão em recessão...
Comentei o óbvio: se eu não fizer um blogue, ninguém o fará por mim.
Historicamente, é admirável o carácter e o temperamento do velho homem do mar da minha Aldeia. Totalmente desfazado do tempo actual, composto de ambição e ganância, é nesse velho homem do mar, que eu sei e sinto que tenho as minhas raízes. Foi dele que herdei o sistema nervoso equilibrado que tenho e me permite ver tudo o que se passa em meu redor, com grande tranquilidade, alguma bonomia e enormíssima fleuma. A realidade, é a realidade: a forma como os outros olham para nós, é lá com eles.
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2 comentários:
Na adversidade, as nossas convicções são a maior força, mesmo perdendo batalhas, no final seremos os grandes vencedores, não mudámos, nada mudou,será asssim, enquanto o rio da vida correr em nós.
Calculo que alimentar um blog deve dar muito trabalho.
Calculo que produzir um blog de intervenção cívica deve dar dores da cabeça.
Nao só escolher os temas mas construir fundamentações.
Mesmo podendo não comungar de todos os seus pontos de vista políticos,há um lastro de amor à sua terra, gentes e liberdade que nunca o vão fazer desistir.
Eu cá estarei para aborrecer, criticar ou concordar.
Enquanto houver espaço e palavra livre.
Não desista.
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