terça-feira, 20 de maio de 2025
Portugal, um país que nunca deixou de ser velho e ancilosado
Em seis anos, Chega sobe de 1,3% para 23% e empata com PS
“Estamos quase, quase, quase lá”, disse André Ventura. “Não vou parar até ser primeiro-ministro de Portugal.”
O partido de André Ventura é o sonho molhado dos grandes grupos económicos e financeiros. Poder, finalmente, ajustar contas, de forma aberta e sem pudor, com as conquistas sociais da revolução de Abril é o desígnio do Chega.
Na RTP, João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal, e Pedro Frazão, do Chega, admitiam juntos que querem mudar a Constituição da República Portuguesa para acabar com o seu preâmbulo e alterar a parte que define a organização económica do país porque, e cito, atribui ao Estado “a obrigação de ser ele o prestador dos serviços públicos” (ao fundo ouve-se Pedro Frazão a gritar “exatamente!”).
segunda-feira, 19 de maio de 2025
Portugal, esse projecto falhado de país…
... prepara-se para enriquecer (mais) uma minoria, cortar no estado social e empobrecer (mais) uma boa parte da população.
Quem tiver resistência, força, motivação e paciência, para lutar devia merecer reconhecimento, mas isso não vai acontecer.
Entretanto, António Costa está bem e recomendasse - e em Bruxelas.
"A imigração pode ter sido o gatilho mas, no essencial, as pessoas fartaram-se dos moderados e querem alguém que parta pernas (mesmo que sejam as próprias)."
Ventura já o disse: é hora do "grande ajuste de contas".
Quem tiver resistência, força, motivação e paciência, para lutar devia merecer reconhecimento, mas isso não vai acontecer.
Entretanto, António Costa está bem e recomendasse - e em Bruxelas.
"A imigração pode ter sido o gatilho mas, no essencial, as pessoas fartaram-se dos moderados e querem alguém que parta pernas (mesmo que sejam as próprias)."
Ventura já o disse: é hora do "grande ajuste de contas".
domingo, 18 de maio de 2025
Sporting, olé: o último bi-campeonato tinha sido no ano em que nasci
Primeira página do jornal A BOLA de hoje
A última vez que o Sporting Clube de Portugal tinha conseguido dois títulos consecutivos de campeão foi nas temporadas 1952/1953 e 1953/1954.
1954, foi o ano em que nasci. Há 71 anos que não repetíamos esta proeza. Nem eu me recordo. Aliás, creio haver poucos, entre os vivos.
Justifica-se, pois, o entusiasmo dos adeptos de todas as idades e nas mais diversas parcelas do mundo, não apenas em Portugal.
Viva o Sporting Clube de Portugal.
sábado, 17 de maio de 2025
sexta-feira, 16 de maio de 2025
Pressão na Figueira da Foz. 24 trabalhadores da Navigator empurrados para a saída
Foto: daqui
Texto: daqui
"A União dos Sindicatos de Setúbal da CGTP-IN acusa a Navigator de exercer pressão para a saída de 54 trabalhadores, dos quais 39 já assinaram a rescisão por mútuo acordo.
Em declarações à Lusa, Luís Leitão, dirigente sindical, defendeu que os trabalhadores “foram pressionados a sair”, tendo a empresa dado poucos dias para aceitarem os termos propostos pela gestão da produtora de pasta e papel.
Além disso, considera que “a questão que está em cima da mesa, e está subjacente, é o facto de a maioria deles reivindicar, isto é, não se calar e pedirem aumentos salariais, por exemplo. E quem fez greve teve avaliação negativa”, denunciou.
“Do ponto de vista democrático isto não é aceitável”, acrescentou.
No entendimento do sindicato, estão “perante uma administração do tempo da outra Sra. em que a democracia não existia e quem falava era penalizado”.
“A União dos Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN não concorda com este tipo de intimidação e rejeita tais atitudes, afirmando desde já toda a nossa solidariedade para com estes trabalhadores, e perante uma empresa que é dada como exemplo dos lucros, entendemos que devia ser também uma empresa que fosse dada como exemplo do exercício democrático onde o direito à reunião e reivindicação fosse exercido por todos sem ser pressionado”, reforçou.
Luís Leitão detalhou ainda que do total dos trabalhadores em causa, 30 são funcionários da fábrica da Navigator em Setúbal e os restantes 24 da unidade na Figueira da Foz. E, até ao momento, 39 já terão assinado os acordos para a rescisão do contrato.
A Lusa contactou a Navigator, estando ainda a aguardar resposta.
A Navigator fechou 2024 com lucros de 287 milhões de euros, um aumento de 4% face a 2023."
Em declarações à Lusa, Luís Leitão, dirigente sindical, defendeu que os trabalhadores “foram pressionados a sair”, tendo a empresa dado poucos dias para aceitarem os termos propostos pela gestão da produtora de pasta e papel.
Além disso, considera que “a questão que está em cima da mesa, e está subjacente, é o facto de a maioria deles reivindicar, isto é, não se calar e pedirem aumentos salariais, por exemplo. E quem fez greve teve avaliação negativa”, denunciou.
“Do ponto de vista democrático isto não é aceitável”, acrescentou.
No entendimento do sindicato, estão “perante uma administração do tempo da outra Sra. em que a democracia não existia e quem falava era penalizado”.
“A União dos Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN não concorda com este tipo de intimidação e rejeita tais atitudes, afirmando desde já toda a nossa solidariedade para com estes trabalhadores, e perante uma empresa que é dada como exemplo dos lucros, entendemos que devia ser também uma empresa que fosse dada como exemplo do exercício democrático onde o direito à reunião e reivindicação fosse exercido por todos sem ser pressionado”, reforçou.
Luís Leitão detalhou ainda que do total dos trabalhadores em causa, 30 são funcionários da fábrica da Navigator em Setúbal e os restantes 24 da unidade na Figueira da Foz. E, até ao momento, 39 já terão assinado os acordos para a rescisão do contrato.
A Lusa contactou a Navigator, estando ainda a aguardar resposta.
A Navigator fechou 2024 com lucros de 287 milhões de euros, um aumento de 4% face a 2023."
«Maio é Museu!»
O Museu Municipal Santos Rocha promove este sábado, pelas 21H30, uma iniciativa cultural à volta da exposição “Diálogos sobre cultura e conflitos”. A mostra integra a programação do evento Maio é Museu!, que assinala o 131.º aniversário do espaço museológico e a Noite Europeia dos Museus. Por sua vez, Noémia Malva Novais apresenta o seu livro “Até as guerras têm regras - 50 crónicas para mentes curiosas”. Segue-se um momento musical pela comunidade ucraniana residente na Figueira da Foz.
quinta-feira, 15 de maio de 2025
quarta-feira, 14 de maio de 2025
José “Pepe” Mujica morreu ontem aos 89 anos
“Dediquei-me a mudar o mundo e não mudei absolutamente nada, mas diverti-me e dei sentido à minha vida. Vou morrer feliz. Passei o meu tempo a sonhar, a lutar, a batalhar. Espancaram-me e tudo mais. Não importa, não tenho contas para pagar”, disse numa entrevista ao El País em outubro passado.
Podem tentar retirar a Spninuviva da campanha eleitoral, mas Montenegro não consegue retirar a Spninuviva da su vida...
A sede da empresa Spinumviva continua a ser em casa do primeiro-ministro, em Espinho. Luís Montenegro tinha prometido, há três meses, que a sede seria alterada, mas isso ainda não aconteceu.
A notícia foi avançada esta quarta-feira pelo Correio da Manhã e a RTP já a confirmou, consultando o registo na Conservatória.
A notícia foi avançada esta quarta-feira pelo Correio da Manhã e a RTP já a confirmou, consultando o registo na Conservatória.

Erosão costeira na Figueira da Foz: “O mar trabalha todos os dias e nunca se cansa”
Numa nota de imprensa divulgada ontem (certamente por mero acaso quando estamos a 5 dias de umas eleições) pelo presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz nas redes sociais, «a APA anunciou que a intervenção de 21,1 milhões de euros vai permitir a transferência de 3,3 milhões de metros cúbicos (m3) de areia para combater a erosão costeira ao longo de 120 dias de execução.
De acordo com o comunicado, trata-se da “maior intervenção de alimentação artificial de praia alguma vez realizada em território nacional”.
A obra em questão passa por efetuar a dragagem de sedimentos numa zona a norte do molhe Norte do porto da Figueira da Foz e depositá-los nas praias a sul, gravemente afetadas por fenómenos de erosão.
A APA especificou que “os sedimentos serão dragados ao largo da praia da Claridade, sendo depois colocados nas zonas emersa e imersa a sul do esporão 3 da Cova-Gala”.
“Esta operação visa repor a linha de costa nos níveis de 2011, antes dos impactos erosivos associados ao prolongamento do molhe norte do porto“.
Segundo aquele organismo, a empreitada tem financiamento assegurado pelo Programa Temático para a Ação Climática e Sustentabilidade e uma pequena comparticipação do Porto da Figueira da Foz e da Câmara Municipal.»
De acordo com o comunicado, trata-se da “maior intervenção de alimentação artificial de praia alguma vez realizada em território nacional”.
A obra em questão passa por efetuar a dragagem de sedimentos numa zona a norte do molhe Norte do porto da Figueira da Foz e depositá-los nas praias a sul, gravemente afetadas por fenómenos de erosão.
A APA especificou que “os sedimentos serão dragados ao largo da praia da Claridade, sendo depois colocados nas zonas emersa e imersa a sul do esporão 3 da Cova-Gala”.
“Esta operação visa repor a linha de costa nos níveis de 2011, antes dos impactos erosivos associados ao prolongamento do molhe norte do porto“.
Segundo aquele organismo, a empreitada tem financiamento assegurado pelo Programa Temático para a Ação Climática e Sustentabilidade e uma pequena comparticipação do Porto da Figueira da Foz e da Câmara Municipal.»
Maio de 2021. De acordo com Carlos Monteiro, na altura presidente da câmara, que citou informação que lhe foi transmitida pela APA, o concurso para elaboração do projecto e estudo de impacte ambiental “ainda está para adjudicação”. Tendo um prazo de 12 meses para ser elaborado, só estará concluído em meados de 2022, a que acrescem os procedimentos de eventual aprovação, lançamento do concurso da obra propriamente dita e adjudicação dos trabalhos, que, se tudo correr bem, só deverão começar em 2023.
«Não será isso que vai acontecer. Em resposta escrita ao PÚBLICO, a APA explica que quando foi conhecido o resultado do estudo que apontou para o bypass como a melhor solução, já estavam em curso os procedimentos burocráticos para a operação de alimentação artificial do troço Cova-Gala/Costa de Lavos, a sul do porto marítimo, com 3,3 milhões de m3 de areia. “Só após a concretização dessa intervenção e a sua monitorização (fundamental para se avaliar a sua evolução, comportamento e eficácia) será possível avançar com a eventual solução de bypass fixo”, refere a APA.
E para que a “eventual” obra do bypass avance, terá ainda de ser precedida do seu próprio processo burocrático, acrescenta. Ou seja, concursos públicos, estudo de impacte ambiental, candidatura a financiamento...
A APA olha para o bypass — uma obra com validade mínima de 30 anos e custos de construção e operação para esse período estimados em 53 milhões de euros — como uma operação de “mitigação da erosão costeira” de “longo prazo”. Até lá, há a colocação de areia com recurso a dragagem das areias do porto (solução de “curto prazo”) e a “alimentação artificial de elevada magnitude”, dos tais 3,3 milhões de m3, com um custo de 25 milhões de euros, e que é olhada como uma intervenção de “médio prazo”.
Fica por entender por que não se avança para o bypass. Nem porque querem monitorizar uma intervenção de colocação de areias que, acreditam, acabará por não ter sucesso, por não ser um processo contínuo. “Uma solução pontual não faz sentido. O mar trabalha todos os dias e nunca se cansa” - palavras de Miguel Figueira. “Então está tudo a arder e querem monitorizar a desgraça?” - palavras de Eurico Gonçalves.
Olhando o mar revolto da Figueira da Foz.
“Toda a gente já concordou com o bypass. É o que está inscrito na política do Governo, nos estudos da universidade, é o que defende a cidadania. Mas depois dizem-nos que isto é só para para 2030. Isto é absolutamente insensato” - palavras de Miguel Figueira.
O PÚBLICO questionou o MAAC, que remeteu quaisquer esclarecimentos para a APA. O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, em resposta escrita, refere: "Nunca foi admitido nem faz sentido dizer que uma acção, importante mas conjuntural, como a da transposição de 3 milhões de metros cúbicos possa pôr em causa a intervenção estrutural do bypass. E os calendários foram estipulados e ditos. A nosso ver, demasiado longos mas, de qualquer modo, assumidos."
Continuamos a “correr atrás do prejuízo”, quando já gastámos ingloriamente milhões e tivemos mais do que tempo para passar a correr atrás da solução.
Sabendo-se qual é a solução, porque é que metem pés ao caminho.
«Não será isso que vai acontecer. Em resposta escrita ao PÚBLICO, a APA explica que quando foi conhecido o resultado do estudo que apontou para o bypass como a melhor solução, já estavam em curso os procedimentos burocráticos para a operação de alimentação artificial do troço Cova-Gala/Costa de Lavos, a sul do porto marítimo, com 3,3 milhões de m3 de areia. “Só após a concretização dessa intervenção e a sua monitorização (fundamental para se avaliar a sua evolução, comportamento e eficácia) será possível avançar com a eventual solução de bypass fixo”, refere a APA.
E para que a “eventual” obra do bypass avance, terá ainda de ser precedida do seu próprio processo burocrático, acrescenta. Ou seja, concursos públicos, estudo de impacte ambiental, candidatura a financiamento...
A APA olha para o bypass — uma obra com validade mínima de 30 anos e custos de construção e operação para esse período estimados em 53 milhões de euros — como uma operação de “mitigação da erosão costeira” de “longo prazo”. Até lá, há a colocação de areia com recurso a dragagem das areias do porto (solução de “curto prazo”) e a “alimentação artificial de elevada magnitude”, dos tais 3,3 milhões de m3, com um custo de 25 milhões de euros, e que é olhada como uma intervenção de “médio prazo”.
Fica por entender por que não se avança para o bypass. Nem porque querem monitorizar uma intervenção de colocação de areias que, acreditam, acabará por não ter sucesso, por não ser um processo contínuo. “Uma solução pontual não faz sentido. O mar trabalha todos os dias e nunca se cansa” - palavras de Miguel Figueira. “Então está tudo a arder e querem monitorizar a desgraça?” - palavras de Eurico Gonçalves.
Olhando o mar revolto da Figueira da Foz.
“Toda a gente já concordou com o bypass. É o que está inscrito na política do Governo, nos estudos da universidade, é o que defende a cidadania. Mas depois dizem-nos que isto é só para para 2030. Isto é absolutamente insensato” - palavras de Miguel Figueira.
O PÚBLICO questionou o MAAC, que remeteu quaisquer esclarecimentos para a APA. O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, em resposta escrita, refere: "Nunca foi admitido nem faz sentido dizer que uma acção, importante mas conjuntural, como a da transposição de 3 milhões de metros cúbicos possa pôr em causa a intervenção estrutural do bypass. E os calendários foram estipulados e ditos. A nosso ver, demasiado longos mas, de qualquer modo, assumidos."
Continuamos a “correr atrás do prejuízo”, quando já gastámos ingloriamente milhões e tivemos mais do que tempo para passar a correr atrás da solução.
Sabendo-se qual é a solução, porque é que metem pés ao caminho.
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