sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Prometo não criar mais Cristos, pois "sem dar por ela", estaria a sacrificar árvores que seriam precisas para construir mais cruzes...

"...tal como é exigido pela comunidade junto do politico (tradicional), também o activista deve ser firme e coerente no seu discurso e acompanhá-lo até ao fim, sofrendo as consequências caso se mostre necessário!
Seja na política tradicional, seja no movimento activista, o descrédito resulta, precisamente, na contradição do discurso ou na falsa promessa.
Assim como é reprovável que um político eleito não assuma aquilo que defendeu no programa eleitoral, também não se afigura aceitável que um activista anuncie uma greve de fome e depois não a cumpra, ou prometa amarrar-se a uma árvore para evitar o seu abate e depois a deixe morrer sozinha, ou identifique-se como autor dum blog dito independente quando o mesmo serve de caixa-de-ressonância duma estrutura político-partidária.
Nada me move contra os movimentos activistas, bem pelo contrário, sempre me mostrei sensível a causas e, se já no longínquo ano de 1997 não pensei duas vezes em subscrever o abaixo-assinado do movimento que defendia a manutenção do Horto e a permanência do corredor verde da cidade, continuo até hoje solidário com muitos outros, entre eles, o mais recente movimento activista do nosso concelho, contrário à instalação duma estação de tratamento de resíduos a sul do Município, o qual, pela garra e empenho que vem sendo evidenciado pelos seus membros, acredito que não se fiquem por falsas promessas e não hesitarão em despejar uns camiões cheios de “esterco” à porta dos Paços do Concelho, conforme anunciaram publicamente, caso não sejam atendidas as suas reivindicações."
Carlos Tenreiro

Liberdade!.. Fraternidade!.. Na Figueira e em S. Pedro tem dias...



16 de novembro 2018... As obras no quinto no molhe estão no ponto que o vídeo mostra...
No entanto, DIZEM, a 31 de dezembro de 2018 estarão prontas!..

Na Figueira, tal como em S. Pedro, há muito que não se cultiva o diálogo.
Quem manda, só sabe lidar com o silêncio dos outros.
Velhos hábitos são difíceis de cortar.
A liberdade tem dias e a fraternidade é o seguidismo e o porreirissmo. 
A Figueira está longe de ser uma cidade liberal e civilizada, em que as diferentes ideologias coexistem num saudável conflito, franco e aberto, sem preconceitos, sem amputações provocadas por velhos ódios recalcados, escondidos, latentes, perversos. 
Temos, nomeadamente, no poder autárquico, a mediocridade que merecemos.
A superficialidade raramente é reconfortante, excepto para a mediocridade. 
A realidade é bem mais ampla do que aquilo que nos apresentam... 
E a verdade também!..

Finalmente, temos política na Figueira?..

Pela leitura da edição de hoje do DIÁRIO AS BEIRAS, verifico que Ricardo Silva, presidente da concelhia do PSD/FIGUEIRA, está a assumir uma posição de liderança "ao defender que a falta de sintonia na vereação pode pôr em causa a estratégia política para 2021".
Quem anda atento, há muito que deu conta que "Carlos Tenreiro e Miguel Babo poderão estar por um fio na vereação do PSD. Se persistirem em navegar numa rota autónoma, correm o risco de terem de abandonar o barco, isto é, a Concelhia poderá retirar-lhes a confiança política."
Para, Ricardo Silva, presidente da concelhia do PSD e também vereador, “quem define a estratégia do partido é a direcção local”. 
Segundo Ricardo Silva, os vereadores participam na preparação das reuniões de câmara. 
A próxima poderá ser decisiva, uma vez que a Concelhia não estará disposta a continuar a assistir à falta de sintonia política no seio da vereação, que se tem evidenciado nas votações e apresentação de propostas do partido da oposição.
“O PSD vai ter de explicar, uma vez mais, aos vereadores [Carlos Tenreiro e Miguel Babo] que é o PSD que define a estratégia política para conseguir alcançar a vitória em 2021”.
Para Ricardo Silva, as coisas são claras como a água cristalina: “Quando alguém se candidata por um partido, sabe que existem regras e estatutos que têm de ser respeitados”
Portanto, mais claro que isto não se pode ser: “quem manda na vereação é a Concelhia” e, portanto, “não há líder da vereação”
Contactados pelo DIÁRIO AS BEIRAS, Miguel Babo e Carlos Tenreiro optaram, por enquanto, por não prestar declarações. 

Ricardo Silva está a assumir-se como um político fora do normal na Figueira.
Ao renegar a proverbial prática política figueirinhas de contornar os problemas sem os tentar resolver, encarando-os de frente, e ao colocar política na política local, acabará inevitavelmente por ter de solucionar esses problemas.
Ricardo Silva, ao tentar trilhar caminho a direito, está a mostrar coragem e audácia pessoal e política, encarando de frente os aborrecimentos partidários, para tentar arrumar a casa, o mais breve possível, para as autárquicas de 2021. 
Ricardo Silva tem dois grandes desafios pessoais e políticos pela frente nos próximos 3 anos: primeiro, arrumar o apartamento do rés-do-chão (PSD/FIGUEIRA), para depois tentar chegar ao cimo do prédio (a câmara da Figueira).
Mas, enfim, como sabemos que estamos na Figueira, onde o povo do PSD também é sereno, veremos, até lá, se isto não será só fumaça... 

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

A ministra da Cultura que engula elefantes...

João Ataíde o autarca genial ao Dez & 10: já...

Nove anos depois de ter iniciado funções, na Figueira, ninguém sabe bem - presumo que nem o presidente da câmara - o que João Ataíde pensa sobre o concelho que dirige.
Contudo, não é por isso que João Ataíde deixa de ser um político e autarca genial.
Aliás, a genialidade  de João Ataíde é fácil de explicar: tem um percurso político de 9 anos como presidente da edilidade figueirense apostando tudo na imagem e nada no conteúdo.
Porém, para quem estiver minimamente atento, verifica que João Ataíde, por detrás do cativante e bonacheiro sorriso, que é a sua imagem de marca, deixa passar uma imagem que não diz o essencial sobre ele e só lhe tem trazido vantagens.

João Ataíde, o autarca, foi escrutinado três vezes. Melhorou sempre os resultados eleitorais: da maioria relativa de 2009, passou à maior ia absoluta em 2013 e chegou à maioria absolutíssima em 2017.
João Ataide, como presidente de câmara, tem feito o que lhe apetece, não fazendo nada.
E isto é o sonho de qualquer político.
Ataíde  só tem de sorrir e de aguentar a pressão. Ataíde, o autarca, sabe que pode deitar tudo a perder se abrir muito a boca.
Daí, a genial gestão dos silêncios que tem feito nas decisões mais polémicas.

Depois, Ataíde tem a sorte de ser autarca na Figueira onde ninguém chateia ninguém.
É tudo malta porreira: os mais velhos, os mais novos, os jornalistas, os comentadores, os políticos e, sobretudo, o povo.
A imagem de Ataíde chega. E, por outro lado, o tempo cá pela Figueira é escasso para gastá-lo a falar de política, de economia e de coisas chatas. 


Ataíde é um político genial: cedo percebeu que tinha de apostar muito no embrulho e pouco no conteúdo.
Por isso, a falta de informação e o segredo com que têm sido divulgados os projectos que tem lavado a cabo.
E as coisas - os resultados eleitorais falam por si- têm corrido bem.

Contudo,  uma coisa, é as coisas correrem bem. Outra coisa, é poder mostrar que a gestão autárquica tem sido boa.

Neste momento tenho uma curiosidade: gostava de saber quando é que João Ataíde vai ao Dez & 10.
É que este formato do programa das quartas-feiras do jornalista do DIÁRIO AS BEIRAS Jot´Alves, pode levar a que os convidados cometam o erro de dizer o que pensam.
No caso de João Ataíde penso que isso seria fatal, pois correria o risco de desbaratar o único activo que tem: a imagem.

Os blogues são feitos por pessoas...

... e, tal como os blogues, o  Dez & 10 também vive das pessoas.
Na edição desta semana o convidado "foram dois em um".
O formal e o politicamente correcto António José Pedrosa nas respostas foi o menos interessante. O Dez & 10 ganhou dimensão e esteve ao seu nível, quando  o irreverente e politicamente ambicioso "Tó Jó" admitiu que pensa muito na política, mas ainda tem umas  largas voltas de moto para dar...
Mas, o melhor mesmo é ver o Dez & 10 com muito de António Jorge Pedrosa e algo de "Tó Jó...

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Ana Oliveira, deputada do PSD pelo círculo eleitoral de Coimbra, questiona Ministro do Ambiente e da Transição Energética sobre o problema da erosão costeira na Figueira da Foz

Na Figueira, há mais uma qualificação a juntar à definição de fake news: "fabricated news"...

A desonestidade intelectual consiste na propositada deturpação de argumentos com o objectivo de se fazer valer um ponto de vista.
Chamar-lhe fake news não seria exacto, pois em causa não está uma notícia, apesar de esta expressão já ter evoluído para adjectivar tudo o que não se aprecie no mundo jornalístico. Esta forma de manipulação consiste em ignorar outros lados do tema, descontextualizar ou fabricar dados, ou não aplicar o mesmo padrão a situações comparáveis.

Atente-se, por exemplo, nesta notícia hoje publicada no jornal Diário de Coimbra.
"Numa altura em que tanto se fala na adaptação às alterações climáticas, a Câmara (da Figueira da Foz) diz ter tomado algumas medidas que podem contribuir para atenuar consequências, particularmente nas localidades à beira-mar, em que as dunas têm gradualmente desaparecido e o mar “ameaçado” diversas habitações. Ou seja, «tentar minimizar os problemas», explica a vereadora do planeamento e ordenamento do território.
Ana Carvalho realça que este foi «um dos municípios pioneiros» a aderir à rede se municípios para a adaptação às alterações climáticas e «o primeiro» a colocar o POC (Programa para a Orla Costeira) no PDM (Plano Director Municipal), mesmo antes desse programa ser publicado, «porque as medidas de prevenção deveriam ser aí vertidas. Mas fomos mais além, consideramos e incluímos proibição de construção em zonas de cheia – na orla marítima e interior – e também em espaços de risco de incêndio»."

Quem duvidar que esta não é uma fabricated news, faz-me o favor de se deslocar ao parque de estacionamento da Praia da Cova e olhar para sul.
Ali mesmo, onde a protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem há muitos anos...
Ali mesmo, onde o processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...
Este, já não é o tempo de divisões estéreis.
Figueirenses: há que olhar o essencial e preservarmos o que há de interesse comum.
O território do nosso concelho.

Memória - Álvaro Cunhal

"Se fosse vivo, Álvaro Cunhal, teria feito no sábado passado, 10 de novembro, 105 anos.
O histórico líder do PCP marcou o século XX português, tendo sido um dos políticos mais carismáticos da história deste país.
Por todas as razões históricas, políticas e simbólicas custa-me ver que Portugal, tal como tantos outros países, à boleia do Mundo efémero em que vivemos, rapidamente esquece os Homens que ajudaram a construir algo de bom.
No dia da morte de Cunhal, a 13 de junho de 2005, Mário Soares escreveu: "Cunhal morreu igual a si próprio. Ainda bem que assim foi. Apesar de tudo, não posso impedir-me de sentir uma enorme tristeza. Era um homem de aço, de antes quebrar que torcer. Valente, de convicções inabaláveis, pessoalmente desinteressado até ao sacrifício, fiel aos seus ideais de sempre, que nunca quis compreender o célebre verso de Camões «Mudam-se os tempos mudam-se as vontades/o mundo é feito de mudança». Ele nunca mudou".
Ainda hoje me emociono com esta homenagem profunda de Soares a Cunhal, em vida, dois “inimigos” e ao mesmo tempo estando do mesmo lado da barricada na luta pela democracia.
É por isso que continuo sem entender a ausência de evocação da memória de Cunhal. Se há personalidade da História portuguesa recente que o merece é ele.
Onde quer que esteja, continuará a dizer a todos os seus “Até Amanhã, Camaradas” como escreveu Manuel Tiago, o nome que escolheu para dar a cara pela obra literária tão rica que criou.
Álvaro Cunhal merecia mais. Em cada ano que marca não só a data da sua morte mas também a do seu nascimento. É pena que a espuma dos dias não o recorde como ele merece."


Ana Clara

Ainda há notícias que nos surpreendam?..

"A MORTE", próximo tema dos Diálogos ComSentidos

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Figueira da Foz. Um mês depois da tempestade Leslie

Figueira da Foz recebe Seminário Anual de Adaptação Local às Alterações Climáticas

A Rede de Municípios para a Adaptação Local às Alterações Climáticas realiza o seu Seminário Anual no próximo dia 16 de novembro, sexta-feira, pelas 9h00, no Centro de Artes e Espectáculos, na Figueira da Foz.
A apresentação da programação decorreu esta manhã, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, presidida pela Vereadora Ana Carvalho e contou com a presença de Frédéric da Cruz em representação do Leirena Teatro e, também, de Sérgio Barroso da Rede de Municípios para a Adaptação Local às Alterações Climáticas.
No Seminário, que terá inicio pelas 9h30, estará presente o Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, João Ataíde, o Presidente da Rede de Municípios para a Adaptação Local às Alterações Climáticas, Vítor Aleixo e o Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.
Contando com a presença de vários especialistas nacionais e internacionais, e com a partilha de experiências inspiradoras que serão trazidas por estes, será também palco de apresentação de trabalhos e projetos em curso nos vários concelhos do País.
No âmbito do seminário, decorrerão, também, o espectáculo de teatro infantil “OINK”, no dia 14 de novembro, pelas 14h30, no Grande Auditório do Centro de Artes e Espectáculos, que irá abordar a temática das alterações climáticas através da reinterpretação de um conto infantil e, ainda, a exposição de fotografia “Alerta Costeiro”, da autoria do fotojornalista figueirense Pedro Cruz, que tem na erosão costeira a base do projecto e que estará patente a partir de 12 de novembro, na Sala de exposições do CAE.

As inscrições poderão ser formalizadas até ao dia 13 de novembro, através do preenchimento do formulário disponível no linkhttp://www.adapt-local.pt/seminario-anual/edicao-anual.

Via Município da Figueira da Foz

Preocupante para quem gostava de viver num País com uma imprensa livre e independente...

Circulação da imprensa em Portugal está em queda. O que é preocupante.

Os figueirenses que não têm tido sorte com os políticos que tem escolhido, nem se conseguem aperceber do azar que têm...

Reprivatizar, uma crónica de Isabel Maranha Cardoso, publicada no DIÁRIO AS BEIRAS.


"A opção pela diminuição do peso da intervenção pública em diversos sectores da economia, privatizando serviços, preferindo confiar nas forças da sociedade e da economia, justifiando-a com “ineficiências do Estado” e achando normal serem os privados a executar tarefas que pertenciam ao Estado, a troco de “generosas” contrapartidas financeiras, nem sempre se justificaram nem viabilizaram o proporcional interesse público salvaguardado. Vem isto a propósito da notícia da intenção de venda dos 70% da participação do município no capital da Figueira Parques. Porque se fez uma sociedade (?) nunca entendi… Pois a gestão dos espaços públicos, como o próprio nome indica, deve ser pública. Se a solução não foi boa, parece-me agora não vir a ser melhor esta decisão. Apesar da receita extraordinária que o município pode encaixar momentaneamente com a venda da sua participação, deixa nas mãos de privados a regulação e a taxação do estacionamento, instrumento indispensável ao ordenamento comercial, de serviços e lúdico da cidade, desistindo desse dever e do controlo desta actividade, enquanto sócio maioritário que era, assim como às receitas do estacionamento. Por outro lado, a validade da concessão, por ainda mais oito anos, obrigará o privado a maximizar os resultados e tornar mais rentável a exploração, só assim tendo interesse em permanecer… 
A Figueira não tem tido sorte com as concessões, aliás os Figueirenses sabem que pagam sempre mais caro o serviço… Clarinho como a água!"

ALERTA COSTEIRO: "devagar se vai ao longe", mas está a demorar um tempão!....

Ecoturismo* na Lagoa da Vela?..

O presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde, anunciou ontem que há um promotor privado interessado em investir no ecoturismo na zona do lago natural.
Contudo, "o campo de golfe, a unidade hoteleira e as habitações na Lagoa da Vela são para esquecer", pode ler-se na edição de hoje do DIÁRIO AS BEIRAS.
“Continuamos na senda de arranjarmos um projeto compatível. Há um projeto em curso de um privado”, disse ainda João Ataíde.

Nota de rodapé.

* Ecoturismo é um segmento turístico que utiliza de forma sustentável, o património natural e cultural, incentivando a sua conservação tendo em vista o desenvolvimento de uma consciência ambiental, promovendo dessa forma um equilíbrio entre homem e natureza e por conseguinte o bem estar das populações.

João Ataíde: “Houve um mal-entendido”. “Contra a lei não há argumentos”. “Na altura, não me ocorreu que aquele espaço fosse da Rede Natura”.

No DIÁRIO AS BEIRAS, edição de hoje, pode ler-se. Passo a citar.
«João Ataíde reiterou que os 32 mil pinheiros oferecidos por um município francês e cujas verbas para a sua aquisição foram angariadas por uma associação de emigrantes portugueses em França serão plantados em zonas florestais não-protegidas.
Por sua vez, o Instituto da Conservação do Ambientes e das Florestas (ICNF) plantará outras tantas árvores na zona da Lagoa da Vela, para onde estava prevista a plantação dos referidos pinheiros, que aquele instituto proibiu, porque a lei só permite espécies autóctones na Rede Natura. O presidente da câmara defendeu que “contra a lei não há argumentos”.
Assim sendo, a que se deveu tanta celeuma?
“Na altura, não me ocorreu que aquele espaço fosse da Rede Natura”, reconheceu João Ataíde, acrescentando que “houve um mal-entendido” e que o “ICNF deu nota [da proibição] numa fase adiantada do processo”.
Fica a pergunta, já colocada em 3 de novembro, neste espaço.
Terá o anfitrião feito "o trabalho de casa"?..

Contributo para a campanha de promoção e divulgação em curso da "nova" Rua dos Pescadores...

Requalificação da Rua dos Pescadores

"Já estão em curso as obras de requalificação da Rua dos Pescadores, uma das artérias mais emblemáticas da Vila de Buarcos.
Orçada em 130.000€, e com prazo de execução de 120 dias, a intervenção vai beneficiar a pavimentação, ordenar o estacionamento, qualificar espaços públicos e de usufruto público, como esplanadas, e privilegiar o uso pedestre e a mobilidade suave, mantendo no entanto o seu perfil misto, com acesso para peões e veículos automóveis."

Noutros tempos, dizia-se boato, desinformação ou mentira, conforme o emissor ou o emissário.
Agora,  parece que é fake news.
Querem assim: seja.


Nota de rodapé.
"Onde vai circular o peão se os passeios vão ter mesas e cadeiras ? Na estrada em harmonia com os carros?" 

- Luís Fidalgo.

Na Figueira falta tudo: até começa a escassear o tempo...

"Nas eleições autárquicas de 2017, na Figueira, a abstenção foi de 50%, dos que foram votar 50% escolheu manter a aposta, mas o número de desencantados não para de crescer.
Pode ser impressão minha, mas para que não vingue uma solução populista, têm os Partidos de construir projectos galvanizadores, ancorados numa abordagem estratégica honesta mas visionária, sendo capazes de atrair pessoas que acrescentem valor, e com uma capacidade e meios de comunicação eficazes.
E já só faltam 3 anos!
.."

Esta citação de parte de uma crónica de Teotónio Cavaco, "Populismo, esquerda e direita", que pode ser lida na íntegra no DIÁRIO AS BEIRAS, trouxe-me a lembrança da quantidade de malta bem remunerada que trabalha ou presta serviços à Câmara Municipal da Figueira da Foz.
A tradição remonta ao império romano, em que os candidatos políticos se distinguiam (e se faziam eleger) pela qualidade e sobretudo quantidade da sua clientela, que orbitava à volta da sua carreira e respectivo sucesso.
Nos grandes centros esta evidência até pode ser disfarçada.
Qualquer olhar, minimamente diligente, atento e perspicaz, a pequenos e médios municípios como a Figueira,  verifica com facilidade a percentagem da respectiva população a soldo da câmara.
Repercutindo as "cabeças dos funcionários" em famílias, facilmente se constata como se perpetuam no poder certos e determinados autarcas.