quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Se eu pudesse fechava isto e atirava a chave ao mar na ponta do molhe sul...


Falhas de luz na ETAR de Maiorca permitem a passagem de lamas para a linha de água, mas as Águas da Figueira desmentem qualquer tipo de contaminação. Os Verdes e o PSD já questionaram a situação.




Voz da Figueira

O nó que está a sufocar a Figueira

Um texto de Pedro Agostinho Cruz, fotojornalista, que me fez reflectir sobre o nó que está a atrofiar a Figueira há vários anos. Passo a citar.

"Esta reportagem da RTP, Linha da Frente RTP "O Furacão" é só um bocadinho daquilo que infelizmente vi, e é bastante reveladora de tudo aquilo que os figueirenses teimosamente parecem não querer ver (...)
No dia 13 de Outubro estava a trabalhar em Ançã, Portunhos. Recebi alguns telefonemas e sms´s a informar-me que a situação na Figueira estava bastante grave. Saí de Ançã perto das 00h, e demorei mais de uma hora a chegar à Figueira. Depois de passar por um labirinto de árvores na A14 não queria acreditar no que estava a ver. A Figueira estava um caos. Passei a ponte, a Cova-Gala estava ainda pior. Na freguesia de São Pedro vi pessoas na rua aos gritos, desesperadas... um rasto de destruição incrível. Nessa noite cheguei de casa de madrugada. Provavelmente as primeiras fotografias dos efeitos do Leslie a circularem na comunidade virtual fui eu que as publiquei.
7 da manhã, o telefone toca (...) minutos depois estava no Parque de Campismo do Cabedelo e no Porto de Pesca. As pessoas ficaram impressionadas com aquilo que publiquei nessa manhã. De Lisboa veio o Observador e fez a reportagem que se exigia. Um trabalho de proximidade, coisa que os jornais locais não tiverem a capacidade de fazer.
Quem conseguir, comente o discurso e postura do presidente da CMFF.
Quem conseguir, comente a preocupação do presidente da Junta da Freguesia de S.Pedro sobre o "problema" dos barcos/monumentos que decoram as rotundas da freguesia, estarem destruídos (...)
Sim é tempo de meter mãos à obra. Concordo a mil por cento! Mas, também é tempo de reflectir, e muito. Muito, mesmo!.."


Em tempo.
Nó, é uma palavra ambivalente.
Tanto pode significar a existência de um problema, como reflectir a ideia de necessidade de ajuda.
Neste mome
nto, na Figueira, o fundamental era podermos criar as condições para enveredarmos por dar um novo sentido da vida do nosso concelho.
Como sempre aconteceu desde o 25 de Abril de 1974, grande parte dessa escolha reside em nós.

Dias maus para o presidente Ataíde?.. Não foram dias maus, foram dias diferentes e mais exigentes!..

"Acontece a todos: há alturas em que circunstâncias menos boas convergem nos nossos dias e fazem deles maus dias. Nessas alturas, a pressão que sentimos pode fazer-nos ter reações invulgares ou dizer coisas que não queremos. Quero acreditar que foi isso que aconteceu ao Sr Presidente da Câmara da Figueira quando foi entrevistado para este jornal, uma semana depois dos terríveis acontecimentos associados à tempestade Leslie. Responder à menção de que o Presidente é o responsável máximo da Proteção Civil com “Essa é uma coisa vaga” dá ideia de um desconhecimento que por certo não é real: a lei 65/2007 (que regula os Serviços Municipais de Proteção Civil) é clara quando diz “O presidente da câmara municipal é a autoridade municipal de proteção civil.” E diz ainda que ele “… é competente para declarar a situação de alerta de âmbito municipal”. Resumir os estragos a “uns telhados” e apresentar isso como justificação para ser preferível ficar no gabinete a contactar as autoridades em vez de visitar as pessoas e locais afetados, parece duma insensibilidade que não é comum ou desejável em quem desempenha cargos públicos. Dizer que o Presidente da República (que vai a todo o lado) não veio à Figueira porque “não tinha conhecimento dos danos causados” é surpreendente e faz-me perguntar “Quem o devia ter informado?” 
Tamanho desprendimento só pode ter sido dos dias maus. Oxalá passe depressa." 

Dias maus, uma crónica de João Armando Gonçalves, professor do ensino superior, publicada no DIÁRIO AS BEIRAS.

..."aplicação de multas por várias infracções financeiras por negligência respeitante a actos praticados naquela instituição entre 2012 e 2014"...

Em directo da zona industrial


Leslie... Ainda continua o rasto na zona industrial.

Antes do Leslie o que foi feito por esta árvore?... E não foi por falta de alertas...

Via AS BEIRAS
Em tempo.
Em finais de janeiro de 2017, a delegada regional da Cultura esteve de visita à Igreja de Santo António e ouviu as «preocupações» do provedor da Misericórdia-Obra da Figueira, que tutela o monumento classificado como de interesse público. Joaquim de Sousa salientou na altura que da igreja têm «tomado conta», mantendo a sua preservação, até porque integra «uma das fachadas mais históricas da Figueira». Mas o “cerne da questão” está na zona envolvente: «o muro a cair», escadas que «são um perigo», o freixo (a mais antiga árvore da cidade com 200 anos) «esquecido, com uma pernada que se cai é um perigo» e a «sujidade».
Para a requalificação do espaço, segundo o que disse aos jornalistas, Celeste Amaro, a diretora regional de Cultura do Centro, durante a visita à instituição, «têm de ser compatibilizadas todas as vontades», ou seja, a vontade da instituição, da autarquia e daquela direção regional. Uma coisa é certa, concluiu: «como está, não pode continuar».
Joaquim de Sousa, provedor da Misericórdia Obra da Figueira, na oportunidade, revelou ainda que, em março de 2016, apresentou à vereadora Ana Carvalho um esboço das obras que defende que deviam ser feitas na zona protegida da igreja da Misericórdia, que abrange um raio de 50 metros, para corrigir a «asneira» da década de 1940, época em que foi reabilitado o espaço com uma solução arquitetónica desenquadrada do conjunto histórico. «Tal como está, não pode continuar», afirmou ainda o Provedor, que sublinhou a disponibilidade da Misericórdia para apoiar financeiramente a requalificação do espaço, como já fizera, aliás, no mandato autárquico do falecido presidente Duarte Silva, quando construiu um muro na rua do Hospital e cedeu uma área de terreno à câmara. A colaboração com a autarquia para a manutenção do largo, no entanto, durou até João Ataíde tomar posse, em 2009. «A primeira coisa que esta câmara fez foi meter uma placa de madeira para assinalar o que já estava assinalado, que entretanto já apodreceu, e duas mesas de madeira», afirmou Joaquim de Sousa aos jornalistas. 
«Perante isto», acrescentou: «retirámos o mobiliário que lá tínhamos e entregámos o largo aos intelectuais baratos».

Cavaco, O Ressabiado

"Parece que alguém que ainda não engoliu o sapo das últimas legislativas verteu o ressabiamento em forma de livro. É o retrato do sujeito que condicionou quase 3 décadas da vida dos portugueses, tendo conseguido, com esta lápide de papel impresso, resumir-se ao intriguista que nunca deixou de ser
Por falar em livros e em intrigas, é de recordar outro, o do seu assessor, onde se relata, inadvertidamente, a inventona de Belém.
Seria bem mais interessante ouvir uma explicação do próprio sobre este tema e, já agora, se não fosse maçada, da sua relação com o gangue do BPN. Afinal de contas, andamos todos a pagar o desfalque gigante feito pelos seus companheiros de partido.
Mas, para esse exemplo de honestidade, à qual não se chega nem morrendo duas vezes, importante mesmo é a pequena vingança em forma de adjectivação barata.
Ainda bem que escreveu estas coisas. Assim a História não se enganará no retrato que dele fizer."
Via Aventar

Sexta-feira, 26 do corrente


"É INACEITÁVEL o comportamento do executivo!"...

AFIRMA O PSD/FIGUEIRA:
"Temos vindo a assistir, ao longo dos últimos anos, à pouca atenção dada por esta Câmara Municipal ao tecido empresarial do concelho da Figueira da Foz, bem como também relativamente a algumas coletividades e associações.
Na Figueira da Foz, a grande maioria das empresas é de tipologia microempresa, sendo sobretudo negócios familiares impulsionados pelos seus empresários, os quais, a muito custo, enfrentam diariamente as vicissitudes do mercado, mas continuando, ainda assim, a laborar, criando riqueza.
Os danos provocados pela tempestade Leslie em muitas instituições, empresas, particulares e coletividades aumentaram consideravelmente o sofrimento de muitos destes empresários e respetivos funcionários, situação agravada pelo facto de, alguns deles, não terem seguros ou os que têm não cobrirem esta adversidade.
Infelizmente, em vez de assistirmos à ajuda imediata à população por parte de todos os serviços da Câmara Municipal, o que temos verificado são repetidas manifestações e ações que configuram manias e caprichos pessoais do Sr. Presidente da Câmara e dos respetivos vereadores.
Infelizmente, a prioridade máxima foi aproveitar a tragédia para “eliminar” árvores saudáveis que estavam situadas em Buarcos, num local onde alguém entendeu que estavam a mais!
Não bastou a calamidade natural, vêm aproveitar a mesma para acentuar o desânimo dos sinistrados do parque de campismo do Cabedelo ameaçando com o fecho do mesmo, revelando falta de respeito para dezenas de famílias que muito têm dado à Figueira da Foz ao longo de tantos anos.
Assim, perante esta calamidade que atravessou de Norte a Sul o nosso Concelho, o PSD da Figueira da Foz entende que a Câmara Municipal da Figueira da Foz deve ter, finalmente, um papel pró-ativo, não podendo continuar expectante e a ficar somente à espera que o Governo tente resolver os problemas.
Infelizmente, o Sr. Presidente da Câmara Municipal, tem apontado as seguradoras e o governo como as soluções para os sinistrados!
Esta posição é lamentável e irresponsável dada a calamidade que se abateu sobre o tecido social e empresarial!
Muitos são os que nem seguros têm, muitos não têm posses para esperar pela morosidade das seguradoras e do Estado!
Até lá perder-se-ão haveres, vontades de retomar atividade e seguramente postos de trabalho!
Noutros concelhos afetados nota-se a posição pro ativa para ajudar e incentivar aqueles que têm de recomeçar de novo!
É INACEITÁVEL o comportamento do executivo!
Exige-se uma atuação rápida!
- Exigimos que a Câmara Municipal articule com o Governo respostas rápidas, porque, como é do conhecimento público, os seguros demoram tempo a ressarcir as pessoas pelos seus danos, sendo necessário, portanto, assegurar linhas de crédito para fazer face aos danos.
- Exigimos que a Câmara Municipal crie um Gabinete de apoio permanente, com horário e funcionamento pós-laboral, com vista a dar o apoio necessário à população, empresas, instituições e coletividades de todo o concelho."

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Impressionante

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Porquê?

"Interrompo a reflexão sobre questões mais metafísicas, depois de, na semana passada, não ter sido publicado o texto preparado, pela necessidade do espaço para contemplar a informação sobre a tragédia que nos assolou.

E é sobre esse assunto que coloco algumas questões, a partir da correção de três erros que vão fazendo, infelizmente, o seu percurso:

1.º A tempestade Leslie (a mais poderosa que atingiu Portugal desde 1842) foi corretamente esperada e os meios utilizados para prevenir as suas consequências foram os mais adequados (cada dia que passa mostra o contrário);

2.º Não convém neste momento avaliar o que não foi bem feito, sendo mais importante trabalhar para repor o mais rapidamente possível a normalidade (como se uma coisa anule necessariamente a outra);

3.º É considerado “aproveitamento partidário” manifestar qualquer opinião que não seja a “oficial” (neste como em todos os casos).

Ora, em profunda e sentida solidariedade relativamente a quem se viu, num doloroso instante, privado do labor do seu trabalho de anos, formulo algumas questões de âmbito concelhio:

– Que tipo de alerta existia no sábado? Por que não foram recebidas sms de alerta, como noutros locais?

– Porque não foram previamente cancelados o concerto no CAE e outros espetáculos?

– Porque é que funcionários da CMFF (ex. Divisão do Ambiente) não foram colocados em alerta?

– Conforme a Lei de Bases da Proteção Civil, porque não foi declarado o estado de calamidade pública, pelo Governo?

– Porque não foi ativado um Fundo de Emergência Municipal?

Tem a palavra quem de direito."

Teotónio Cavaco, ontem no DIÁRIO AS BEIRAS

Figueira da Foz, Cova-Gala, Praia da Leirosa, em grande reportagem no programa da RTP1, Linha da Frente: O Furacão, hoje, às 21 horas, logo após o Telejornal.


Parque Verde, depois da reunião na Câmara: "não saímos convencidos..."

Ana Mesquita, deputada do PCP, esteve ontem nas instalações do Grupo Desportivo Cova-Gala

Foto António Agostinho
A deputada do Grupo Parlamentar do Partido Comunista, na Assembleia da República, Ana Mesquita, esteve ontem nas instalações do Grupo Desportivo Cova-Gala, onde lhe foram mostrados os elevados danos e os problemas de funcionamento, que a tempestade Leslie provocou no dia a dia da  freguesia de S. Pedro.
André Mora, o presidente da Direcção do Cova-Gala, mostrou apreensão pelo futuro do clube (os prejuízos rondam os 140 mil euros), ao mesmo tempo que explicou à deputada Ana Mesquita o papel do Cova-Gala junto da juventude de uma freguesia com tantos problemas sociais e humanos como São Pedro.
A deputada do PCP, embora realçando as limitações do PCP, pois tem poucos deputados, mostrou-se sensível ao assunto e prometeu levar este caso ao conhecimento da Assembleia da República. 
Registe-se que, neste momento, o Grupo Desportivo Cova-Gala, devido à falta de condições de segurança, está impedido de realizar jogos no campo de futebol 11, o que pode custar uma penalização monetária de 400 euros por fim de semana, devido às multas aplicadas pela AFC.
A hipótese do clube da margem sul da cidade da Figueira da Foz utilizar outras infraestruturas do concelho está fora de questão, uma vez que, esclareceu André Mora, o Clube não dispõem de meios de transporte próprio. 
Recorde-se que a tempestade Leslie destruiu a vedação e a iluminação do campo do Grupo Desportivo Cova-Gala, tendo ainda atingido outras zonas e estruturas do recinto desportivo. 

Por cá,é muita parra e pouca uva. E todos sabemos porquê...

"O movimento cívico SOS Sado entregou ontem segunda-feira no Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada (TAF) uma providência cautelar, sob a forma de acção popular, para suspender as dragagens previstas para o estuário do Sado.  
O SOS SADO considera que “a empreitada, promovida pela administração do porto de Setúbal e apoiada pelo Governo, irá causar danos irreversíveis no ecossistema setubalense” e alega que as “repercussões nefastas” das dragagens não foram devidamente identificadas e aprofundadas em sede de Estudo de Impacte Ambiental."

Via Observador

Ainda a noite de 13 de outubro de 2018...

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Porta fechada...

REUNIÃO CMFF 19/10/2018, via Carlos Tenreiro
Lamentavelmente, pouco haverá a dizer acerca da ultima reunião da CMFF que teve lugar na ultima sexta feira e decorreu, inexplicavelmente (atento aos últimos acontecimentos), à porta fechada.
1.assunto do temporal: ficou-se com a ideia firme (pelas explicações dadas pelo Sr.Presidente) que nada ou muito pouco foi feito ou coordenado para prevenir ou atenuar os efeitos da intempérie - a esse propósito recomenda-se vivamente a entrevista dada no sábado no Diário das Beiras pelo Presidente da CMFF, um verdadeiro hino à demagogia e populismo. Felizmente que não houve perdas humanas. Resta-nos agora concentrar na forma como a CMFF vai procurar obter os apoios públicos junto do Governo para que esta disponibilize os dinheiros necessários à indemnização dos milhões de prejuízos sofridos no concelho.
2.assunto das árvores cortadas em Buarcos: pedimos atempadamente que identificassem os espécimes a abater, entregassem os relatórios de saúde referentes às arvores alegadamente doentes e anunciassem a data do seu abate, apenas nos foi respondida a primeira questão. Não foi entregue relatório algum de saúde, assim como não houve informação do dia do abate.
Um verdadeiro Atropelo à Democracia e um autêntico Desrespeito para com Autarcas legitimamente eleitos. Não deixámos de registar a nossa profunda indignação.

"Serra da Boa Viagem destruída pela tempestade Leslie"

Foto António Agostinho
A notícia pode ser lida no jornal Público...

É preciso um esforço sério por parte das autoridades para resolver os problemas das pessoas...