segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

NOTA DE IMPRENSA DOS VEREADORES ELEITOS PELO PSD NA CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ

Problema: erosão costeira.Para ler clicar aqui.

Futebol: uma questão de Justiça

"É cada vez mais rotineiro abrir um jornal e esbarrar com uma notícia de crime no universo do futebol. É assim mesmo, o futebol já deixou de ser uma questão desportiva há muito tempo. Passou a ser uma questão de Justiça. E quanto à política... Nada! O  governo nem tuge nem muge... Deve ser por respeitar a separação de poderes..."

Texto daqui. Imagem daqui.

Conferência de imprensa marcada para hoje por Carlos Tenreiro, traz para a praça pública a descoordenação existente no PSD/Figueira

Imagem SOS Cabedelo
Os vereadores do PSD insistem na necessidade de se realizar um estudo sobre o bypass de areias para a zona do molhe norte, proposta do movimento SOS Cabedelo. 
Carlos Tenreiro, candidato derrotado nas eleições autárquicas do passado dia 1 de Outubro, que lidera a bancada da oposição,  agendou para hoje uma conferência de imprensa sobre o tema, "a erosão costeira e a segurança na barra"
O estudo sobre aquele sistema mecânico de transferência de areia da Praia do Relógio para as praias do sul, recorde-se, foi aprovado pela Assembleia da República, mas o Governo ainda não o mandou fazer. Na semana passada, os deputados do PSD eleitos por Coimbra, questionaram o Executivo de António Costa sobre o assunto
Todavia, segundo o jornal AS BEIRAS, apesar da frente “comum” dos eleitos social democratas em torno da mesma causa, a realização da conferência de imprensa meteu areia na engrenagem da máquina laranja. 
Manuel Domingues, presidente da Concelhia do PSD, disse ao jornal que Carlos Tenreiro não debateu o assunto com aquela estrutura. E acrescentou que o convocou para estar presente na reunião que tinha entre os pontos da agenda a actualidade política local, mas o vereador não pôde comparecer. Não esteve Carlos Tenreiro mas esteve Ricardo Silva, que deverá estar ausente na conferência de imprensa, segundo fonte do partido informou ao DIÁRIO AS BEIRAS
O vereador não quis prestar declarações sobre a sua possível e deliberada ausência naquela iniciativa da vereação a que pertence, prometendo prestar esclarecimentos nos próximos dias. 
A confirmar-se, Carlos Tenreiro terá apenas a seu lado o vereador independente Miguel Babo.
Carlos Tenreiro, por seu lado, afiançou que informou Manuel Domingues, via e-mail, o mesmo que enviara às redacções, dando conta da conferência de imprensa e os respetivos tópicos, considerando que valia o mesmo do que se o tivesse endereçado à estrutura. 
Porém, o líder concelhio do PSD entende que o assunto deveria ter sido previamente debatido com a direcção local do partido, reconhecendo existir falta de articulação política entre a equipa que dirige e a liderança da vereação. Manuel Domingues não respondeu à missiva eletrónica nem indagou Carlos Tenreiro sobre o seu conteúdo. 
O dirigente, porém, justificou que não respondeu porque considerou-se informado sobre a realização da conferência de imprensa, apesar de manter a posição de que o envio do e-mail não substituía o debate prévio e interno, em sede de concelhia.
Para já, no PSD/Figueira, ficou patente a ineixistência de uma coisa essencial na vida política: o exercício de cargos públicos exige uma relação de lealdade entre as pessoas e um mínimo de estabilidade e coordenação.

Andamos uma vida a aprender...

"Aprendi que as pessoas esquecerão o que disser, esquecerão o que fizer, mas não esquecerão jamais como as fizer sentir." - Maya Angelou

domingo, 28 de janeiro de 2018

Temos de nos consciencializar

A poluição está a dar cabo da nossa qualidade de vida. Não podemos continuar a destruir o legado que recebemos.
A crónica que abaixo transcrevo, ontem publicada no jornal AS BEIRAS, com assinatura de João Vaz, merece ser lida com toda a atenção.

"A criança regressa a casa de uma festa da Escola. A cara está cheia de “brilhantes”, chamam-se “purpurinas” ou “glíter”. Os pedaços de plásticos incrustados na pele da criança podem ser uma mistura de copolímeros, folhas de alumínio, oxicloreto de bismuto e outros materiais de cores iridescentes para refletirem a luz. Esta constelação de químicos é perigosa, se acidentalmente ingerida ou em contacto com os olhos. Após a lavagem da cara da criança, as purpurinas “transformam-se em microplásticos” que vão seguir pelo esgoto e acabar no mar. O tamanho minúsculo destes plásticos, menos de 5 milímetros, vai literalmente encher a barriga dos peixes e dos animais aquáticos. O plástico vai “saciar o peixe”, que perde vontade de comer por ter a sensação estômago cheio, e morre de fome. Algumas estimativas apontam o número de 51 trilhões de partículas de microplásticos nos Oceanos. Esta é uma ameaça global, a prevalência de plásticos nas cadeias alimentares com consequências imprevisíveis. Por exemplo, o plástico no mar atrai bactérias de estirpes agressivas que aí se desenvolvem. Determinados tipos de plásticos (PET, PVC) quando se decompõem libertam substâncias cancerígenas, acumulando-se em animais e pessoas. A lista de efeitos secundários do plástico é extensa. No Reino Unido estuda-se a possibilidade de banir as purpurinas, ou optando por alternativas biodegradáveis, para evitar este tipo de poluição." 

"Tudo isto é fado". Bom domingo

O pecado existe apenas em dois corpos: a maçã e a mulher
Porém, nenhum desses corpos amadurece, como fruto, nas mãos de quem o colhe.

sábado, 27 de janeiro de 2018

Morreu Edmundo Pedro

Edmundo Pedro, militante antifascista, fundador e dirigente histórico do PS, morreu este sábado, em Lisboa, aos 99 anos.
Para quem, porventura, não saiba quem foi, fica um resumido «percurso existencial», que pode ser lido clicando aqui, escrito pelo próprio.

Bom sábado

“Uns comem os figos, a outros rebenta-lhes a boca”

Uma crónica de Mário Frota, que recorda que "a Câmara Municipal da Figueira da Foz, em 1999, sob a presidência de Santana Lopes, concedeu a exploração da água a uma empresa privada para o efeito constituída.

Dos últimos resultados das Águas da Figueira, S.A., trazidos a público, assinale-se:

Resultados operacionais
(antes de amortizações)………………………………………………5 725 049 €
Resultados
(antes de impostos)……………………………………………………… 2 737 344 €
Resultado líquido ……………………………………………………………2 076 160 €
Rendas – de 2016 a 2028…………………………… ………………… 343 468 €

Notícias recentes permitem concluir que a factura da água da Câmara Municipal da Figueira da Foz correspondente a 2017 atinge valores interessantes: 650 000€, em números redondos.

Ou seja, cerca do dobro do que a Edilidade ora recebe em rendas pela concessão.

Para proveitos que atingem valores consideráveis: mais de 2 000 000 €.

Eis a razão por que importaria reflectir sobre a privatização da gestão das águas em Portugal em detrimento, afinal, das populações.

Os serviços “atraem” consideráveis proveitos se geridos por privados e causam prejuízos sob gestão pública? Os consumidores estão, ademais, sujeitos a taxas de feridas de ilegalidade a que ninguém ousa pôr cobro.

O preço da unidade de medida da água, como dos demais serviços de interesse geral, deveria em tudo obedecer aos ditames da Lei-Quadro de Defesa do Consumidor, designadamente ao seu artigo 8.º, a saber:

1 – O fornecedor de bens ou prestador de serviços deve, tanto na fase de negociações como na fase de celebração de um contrato, informar o consumidor de forma clara, objectiva e adequada, a não ser que essa informação resulte de forma clara e evidente do contexto, nomeadamente sobre:
a) As características principais dos bens ou serviços, tendo em conta o suporte utilizado para o efeito e considerando os bens ou serviços em causa;
b) …
c) Preço total dos bens ou serviços, incluindo os montantes das taxas e impostos, os encargos suplementares…;

8 – O disposto no n.º 1 aplica-se também aos contratos de fornecimento de água, gás ou electricidade…, aos de aquecimento urbano ou aos de conteúdos digitais não fornecidos em suporte material.

É que preço é o preço global em que se incluem todos os impostos, taxas e encargos, segundo a lei, em homenagem à transparência. Que não o da unidade de medida com os acréscimos (um ror de taxas) que as facturas revelam com requintes de malvadez…

E há concessionários a impor a celebração de contratos de fornecimento de água quando tal viola flagrantemente a lei ou a cobrar saneamento onde saneamento não há, para além de outras vilanias…

É a Lei dos Contratos Fora de Estabelecimento (e das Práticas Proibidas) de 14 de Fevereiro de 2014 que, no seu artigo 28, o prescreve imperativamente:

“1 – É proibida a cobrança de qualquer tipo de pagamento relativo a fornecimento não solicitado de bens, água, gás, electricidade, aquecimento urbano ou conteúdos digitais ou a prestação de serviços não solicitada pelo consumidor…

2 – Para efeitos do disposto no número anterior, a ausência de resposta do consumidor na sequência do fornecimento ou da prestação não solicitados não vale como consentimento.”

Que nisso reflictam os cidadãos e as entidades a que incumbe a tutela dos seus direitos, sempre tão distraídas neste deve/haver desta estranha contabilidade social…

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Dos Frasquilhos não reza a História

"Não há família mais unida do que o Bloco Central. Acho que temos de mandar este caso do Frasquilho para ser julgado em Angola. 

O Estado, através da Parpública, vai propor a recondução de Miguel Frasquilho como "chairman" da TAP, o que vai acontecer já a 31 de Janeiro, durante a próxima assembleia-geral da companhia aérea. Sim, é esse Frasquilho, o que está a ser investigado no Besgate e que, alegadamente, recebeu 100 mil euros do "saco azul" do BES, mas distribuídos em depósitos na conta dos pais e irmão. Tanta personalidade à rasca e a pedir dinheiro emprestado à família e eu não tenho coragem para pedir 100 euros ao meu pai.

Resumindo, o "saco azul" do BES pagou cerca de 98 mil euros a Frasquilho, "chairman" da TAP, e aos pais e irmão. Segundo se sabe, os pagamentos a familiares eram frequentes no GES. O GES parece o meu falecido tio Orlando que, no Natal, metia envelopes com dinheiro no bolso da família toda. Uma vez, pôs um no bolso da minha namorada.

Frasquilho alega que o dinheiro era para pagar dívidas que ele tinha aos familiares. Imagina se o Frasquilho estivesse a dever na padaria, no barbeiro ou na casa de artigos de circo onde compra as gravatas. Já estou a ver o contabilista do BES a ter de dividir estes pagamentos todos. Não admira que o contabilista, na altura Machado da Cruz, tenha fugido durante uns tempos. Como é que ele iria justificar ter de passar um cheque de prémio em nome de uma pessoa que nada tem que ver com a empresa? A não ser que seja por causa de a família o aturar.

Frasquilho justificou tudo isto com "acertos de contas entre familiares". Normalmente, acertos de contas entre familiares é o que vem nos títulos das notícias que envolvem tiros e mortes. Associo "acertos de contas entre familiares" a assassinatos com enxadas e muita berraria, por causa de uma herança. Estes acertos de contas entre familiares são muito silenciosos. Aposto que nunca há discussões na ceia de Natal em casa do Frasquilho.

A verdade é que o governo da suposta transparência vai reconduzir Miguel Frasquilho como "chaiman" da TAP e parece ser, realmente, um acerto de contas de família, porque nem o PSD nem o CDS dizem nada. Não há família mais unida do que o Bloco Central. Acho que temos de mandar este caso do Frasquilho para ser julgado em Angola.

Antigamente, quando havia este tipo de suspeitas e acusações sobre alguém, era logo acautelado o risco de fuga. Neste caso, é o oposto, ele fica na empresa onde mais facilmente pode fugir. Parecendo que não, aquilo ainda tem vários aviões. Eu até já admito que ele fique na TAP, mas não devia poder aproximar-se até menos de 500 metros de um avião, como já aconteceu com o Carrilho em relação à Bárbara Guimarães."

Governo reabre dossier da criação e fusão de freguesias

Enquanto aguarda as propostas que Rui Rio apresentará sobre descentralização, Eduardo Cabrita prepara uma alteração ao quadro das freguesias. Até Junho, haverá critérios.

A mania das grandezas

Cito Fernando Campos:  
"A única, a verdadeira prioridade da gestão de Filipe Dias foi a Findagrim. 
A Findagrim, a pretexto de ser uma feira de actividades económicas da freguesia, não passa, na verdade, de um festival anual de música pimba que faz de Maiorca, uma vez por ano e por meia dúzia de dias, uma meca para todos os labregos da região e seus contornos. Um mau negócio que além de despesa e muito trabalho não-remunerado de fregueses tão voluntariosos como ingénuos, não traz nenhuma vantagem à junta, nem proveito ao comércio local, nem prestígio a Maiorca -  mas que deve ser, só pode, um negócio-da-china para a obscura comissão que a organiza e da qual, estranhamente ou talvez não, o novo executivo parece também querer fazer parte. 
O deslindar deste mistério (e também o da súbita paz dos anjos entre o anterior e o actual executivo) depende exclusivamente do desempenho de José Maia Azedo, o eleito da CDU. Com os eleitos do PSD metidos num bolso, é a ele que cabe fazer perguntas, exigir respostas; enfim, ser oposição."

Que o Filipe Dias teve a mania das grandezas parece estar comprovado.
Mas, todos sabemos que os cofres da Câmara Municipal da Figueira da Foz são financiados  por todos nós.
Porém, tal como foi, na altura, politicamente correcto em relação à passagem de Santana Lopes pela Figueira, também ninguém se vai preocupar excessivamente com este absoluto delírio que tem sido a FINDAGRIM, nos moldes em que tem sido realizada...
Só que, agora, a CDU faz parte do executivo da Junta de Freguesia de Maiorca e está representada na Assembleia de Freguesia...

"HAVERÁ ALGO QUE NOS ESCAPA?", uma crónica de Carlos Tenreiro

Via Figueira na Hora
"Perfeitamente diagnosticada a maleita (necessidade premente de transposição das areias retidas a norte para sul), desde há muito que se vem insistindo na mesma terapia, assente em dragagens, ripagens e aplicação de betão e pedra na linha de costa, sem resultados positivos aparentes, bem pelo contrário.
Grupo de técnicos e cientistas apontam uma saída alternativa através da implementação dum by pass (vide o Relatório do Grupo de Estudo Para o Litoral 2015 - www.apambiente.pt/ajaxpages/destaque.php?id=552-), uma tecnologia já testada e utilizada com sucesso noutros pontos do globo que executa e monitoriza a transposição das areias, controlando mecanicamente aquilo que deveria ser o seu percurso natural.
Ao ser assegurada artificialmente a transferência das areias, tornar-se-ia possível refazer a zona de costa afectada, desassorear a barra, bem como, encurtar a praia. Isto é, duma assentada, eliminava-se o problema ambiental, assegurava-se a segurança/desenvolvimento do porto e restituía-se a tão necessária atractividade turística à emblemática praia.
Contudo, antes do mais, importa realizar o dito estudo, de forma a comprovar a efectiva eficácia do famigerado by pass, que a confirmar-se, operaria, seguramente, uma clara mudança de paradigma, pondo termo a um longo ciclo de milhões de euros “derretidos” em operações de larga escala de dragagens, ripagens e empreitadas de obra de betão e pedra na linha de costa, sem fim à vista.
Por enquanto mantém-se o impasse. O governo central apesar dos relatórios técnicos e da Recomendação aprovada pela Assembleia da Republica continua a fazer orelhas moucas e não avança com o estudo, mantendo orçamentado e projectados os infindáveis milhões de euros do erário público para futuras dragagens, ripagens e empreitadas de obras na costa litoral. Por seu turno, o responsável máximo da autarquia declara publicamente que não se opõe ao estudo mas não toma qualquer iniciativa sobre o mesmo, justificando que não é da competência do município (!?), como se um assunto desta dimensão não tivesse qualquer importância ou impacto em termos locais.
Como curiosidade, refira-se que o valor do estudo do by pass ronda os cem mil euros, o montante aproximado e correspondente à famosa campanha promocional há pouco tempo lançada pela Câmara Municipal onde figuravam uns polémicos out doors…
Quem receia o estudo? Haverá algo que nos escapa?"

Para ler na íntegra, clicar aqui.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

"A comédia dos quiosques", um filme em exibição na Figueira há mais de 2 anos!

Notícia de primeira página do Diário de Coimbra de 18 de outubro de 2016: "na Figueira, novos quiosques são instalados para a semana".
Onde é que já lá vai o prazo de execução da obra (90 dias!)...
Hoje, o jornal AS BEIRAS regista que "a empreitada para a substituição e construção de novos quiosques, num total de 15, contabiliza cerca de dois anos de atraso." 
Para a autarquia figueirense, "os incumprimentos dos prazos justificam-se com alterações técnicas ao projecto, ao pedido de adiamento das obras pelos concessionários e a atrasos por parte do construtor e único concorrente do concurso público lançado pela Câmara da Figueira da Foz". 
Os projectos para os três modelos (simples, duplo e “americano”) foram elaborados por técnicos da autarquia, o que implicou mais tempo para o fabrico das estruturas, uma vez que não existiam modelos pré-fabricados. 
Neste momento, “só” falta instalar dois quiosques. 
Entretanto, um terceiro encontra-se em fase de conclusão. 
Este, situado na praça 8 de Maio, começou a ser instalado no dia 20 de novembro do ano passado. Inicialmente, a autarquia previa que fosse construído um quiosque por semana, mas os prazos foram-se dilatando...
O vereador Carlos Monteiro  em declarações que podem ser lidas na edição de hoje do jornal AS BEIRAS, afirma "que tem havido falta de mão-de-obra especializada, o que também estará na origem dos atrasos." 
Segundo o mesmo jornal, "ao que tudo indica, a empreitada geral, na qual o município investiu cerca de 320 mil euros, deverá ficar concluída no primeiro semestre do corrente ano." 

Neste processo, há ainda a realçar a polémica gerada em torno do modelo “americano”, cuja autoria do projecto original é reivindicada pelo Clube Náutico da Figueira da Foz, que acusa a câmara de plágio
A Figueira é uma comédia...
Porém, não podemos deixar de continuar a acreditar que, na Figueira, apesar de todas as resistências, enganos e mal entendidos, os quiosques são o futuro da nossa cidade.

Ana Oliveira leva o problema da extensão de Saúde de Maiorca à Assembleia da República

Maiorca, a experiência piloto para "o encerramento de todos os Postos médicos a sul e norte, para os incorporar nos Centros de Saúde de Alhadas e de Lavos"?.., já chegou ao Parlamento.
Ontem, Ana Oliveira, deputada do PSD, questionou na Assembleia da República, via pergunta regimental, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, sobre a extensão de saúde de Maiorca, que se encontra sem médico de família.
A deputada figueirense do PSD começa por assinalar que “o novo ano começa visando mais um possível encerramento de uma extensão de saúde no concelho da Figueira da Foz, desta vez na freguesia de Maiorca, numa política totalmente insensível aos prejuízos que irão causar às populações, principalmente às mais envelhecidas e às mais carenciadas”
A deputada da oposição acrescenta que, “mais uma vez, as populações são confrontadas com uns avisos de um dia para o outro que colocam em causa a manutenção de serviços de saúde primários e são privadas de um direito fundamental, que é o acesso à saúde”. 
Ana Oliveira lembra,  que na discussão do Orçamento de Estado, o titular da pasta da Saúde “foi alertado para esta questão que tem colocado parte do concelho da Figueira da Foz em estado permanente de preocupação, pois vários serviços vão sendo suprimidos e fechados, colocando em causa o acesso de várias populações aos cuidados de saúde primários”
Na altura, sublinha Ana Oliveira, o governante “respondeu que não tinha intenções de fechar mais extensões de saúde, alertando, até, para não se criar «alarmismos» em torno deste assunto”.
Registe-se  que a  pergunta regimental,  além de Ana Oliveira,  também foi subscrita pelos deputados Margarida Mano, Maurício Marques e Fátima Ramos, todos do PSD e eleitos por Coimbra.

SOS EROSÃO COSTEIRA

Pedro Rodrigues,  na Figueira na Hora
"... aqui, deste lado da ponte, na margem sul do Mondego, a realidade é assustadora, diria até grotesca, tendo em conta que a erosão costeira é um problema real - permitam-me ser redundante ao longo deste texto.
No quinto molhe, a situação é tão assustadora que as raízes dos pinheiros estão já expostas, como dedos velhos a apontarem directamente para o problema: o avanço do mar, a destruição do cordão dunar.
Não quero poetizar a situação, o que quero é alertar para o facto de não podermos continuar a varrer esta areia para debaixo do tapete.
E falo no plural porque não quero, também, que vejam isto como um atirar de culpas, mas um alerta - mais um.
A desgraça está aí à porta e é uma massa líquida que, depois de transpor a barreira, ou o que resta dela, será difícil de conter.
Haverá famílias com os bens materiais em perigo, com os lares expostos à destruição.
E como é tão tipicamente nosso, a suposta acção será uma reacção. Depois haverá choros, lamentos, discursos maquilhados com lugares comuns “agora temos de ser fortes”, “temos de estar unidos”, “não havia como evitar”, “a prioridade agora são as vítimas”.
A questão aqui é exactamente essa: evitar que haja vítimas: agir, em vez de reagir.
Lia ontem um texto de um amigo meu, que está fora há um ano, e falava numa experiência de abrir horizontes, de aprendizagem.
No texto, apontava que nós, enquanto país, não somos inferiores às grandes potências europeias. O que difere é a nossa mentalidade. A nossa forma de encararmos os acontecimentos sempre da mesma fora, não aprendendo com eles (o que me remete para uma citação de Einstein: “Insanidade é continuar a fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.”). 
Não tenho aspirações políticas e esta é apenas a minha visão deste problema. Não aponto dedos a cores, partidos, pessoas em particular.
Peço apenas a acção e não a reacção. O problema existe, é real, há estudos, propostas de soluções. Não pode haver falta de verbas, quando se fala em concertos (onde são gastos milhares de euros), passadeiras de madeira e mesas de cimento no deserto que é a praia da Figueira (onde foram gastos outros milhares) e por certo poderia continuar.
Esses discursos estão gastos e funcionam como areia para os olhos (areia essa que faz falta no cordão dunar). Quando votamos, não votamos em ideias, em coisas abstractas, votamos em mãos, mãos com unhas encardidas e calos de trabalho.
Tolstoi tem um livro bom sobre esse assunto, posso emprestá-lo, se quiserem.
Enquanto isso, aguardo que os anjos e santos protejam a vila, já que os ouvidos mundanos devem estar ocupados com os sons de outros carnavais."

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Manto de espuma "dantesco" e "assustador" no rio Tejo

Denúncia do Movimento proTEJO, que gravou o fenómeno em vídeo.
Um manto de espuma branca com cerca de meio metro cobriu hoje o rio Tejo na zona de Abrantes, junto à queda de água do açude insuflável, num cenário descrito como "dantesco" pelo proTEJO e como "assustador" pelo município.
"Ando nisto há mais de três anos e este é um cenário dantesco e nunca visto", disse à Lusa Arlindo Marques, dirigente do Movimento pelo Tejo -- proTEJO, que neste período tem registado e denunciado episódios de poluição no rio, partilhando-os na internet.
Para ver o vídeo, clicar aqui.

... não sou adepto do porreirismo, mas sou um gajo porreiro. Acreditem. Mas...

A crónica, para mim, mais demagógica, cínica e absurda, talvez também a mais deprimente e ridícula que li, pelo menos neste ano que leva 24 dias, foi escrita por nada mais nada menos do que por um professor do ensino superior, ex-vereador da Câmara Municipal da Figueira da Foz, e saiu hoje no jornal AS BEIRAS

 ..."I am the king of the world"!
Do alto da serra tudo avisto...
Contudo, quando estou no vale e olho lá para cima, sento-me pequenino.
No entanto, sou a mesma pessoa, a perspectiva é que mudou.
Nada mais.
Nunca me iludi,  nem com a minha pequenez, nem com a minha falsa  grandiosidade. Ambas são adjectivas ao substantivo que somos, apesar das circunstâncias exteriores se modificarem...


Nunca me preocupei com o futuro.
Nunca me senti culpado por continuar a não saber muito bem o que pretendo da vida. 
A maior parte das pessoas interessantes que conheço não tinham, tal como eu, aos 20 anos, nenhuma ideia do que fariam na vida. 
E a pessoa mais interessante que conheço, aos 64, ainda não sabe.

Todos os dias, pelo menos, faço uma coisa que me assusta. 
Canto. 

Não tolero quem trate os meus sentimentos, mais profundos e mais autênticos, de forma irresponsável ou leviana. 
Relaxo.

Gentil, sinto que deveria ser mais com os meus joelhos: vou sentir culpa e a falta que me fazem, quando eles deixarem de funcionar.
Tenho de perder peso.

Nunca me orgulho nem me auto-critico demasiado. 
Todas as minhas escolhas tiveram sempre 50% de hipóteses de dar certo.

Sempre tive cuidado com as pessoas que dão conselhos, mas já fui mais paciente com elas. 
Conselhos são uma forma de nostalgia. 
E eu, por vezes, já sou nostálgico de mais para o meu gosto...

Maiorca, a experiência piloto para "o encerramento de todos os Postos médicos a sul e norte, para os incorporar nos Centros de Saúde de Alhadas e de Lavos"?...

Recordemos o que se passou na freguesia de S. Pedro: o encerramento do Posto Médico da Cova Gala esteve anunciado para 2 de maio de 2016.
Depois dos alertas deste espaço e do combate ao encerramento do Posto Médico da Cova Gala, que teve OUTRA MARGEM, como era sua obrigação na primeira linha, ficámos assim.
O posto médico da Cova e Gala ficou sem as seguintes consultas: Saúde Infantil, Saúde Maternal; e Planeamento Familiar.
Estas consultas passaram a ser feitas em Lavos.
Ficou por cumprir a promessa camarária do transporte a quem não o tiver e for carenciado. 

Em Maiorca está afixado o comunicado que publicamos a seguir.

Hoje, o jornal AS BEIRAS, aborda o assunto com chamada de primeira página.
"A freguesia de Maiorca voltou a ficar sem médico, mas os serviços de enfermagem mantêm-se, três vezes por semana. Os utentes que ficaram sem médico de família estão a ser atendidos nas Alhadas, que em outubro último inaugurou a Unidade de Cuidados de Saúde Partilhados (UCSP) Figueira Norte. Entretanto, para mitigar a situação, a Junta de Maiorca está a servir de intermediário entre os utentes e aquela UCSP, assegurando o pedido de renovação de receitas e a respetiva recolha. 
“A junta tudo fará para tentar reverter a situação”, garantiu o presidente, Rui Ferreira. Contudo, se o equipamento não reabrir, o presidente garante que vai trabalhar no sentido de assegurar transporte aos utentes que não disponham de meios próprios para se deslocarem entre a freguesia e a vizinha Alhadas. 
O executivo da junta, aliás, já solicitou à Câmara da Figueira da Foz uma viatura para o transporte de utentes. No entanto, a Câmara da Figueira da Foz prefere retomar o protocolo com a delegação maiorquense da Cruz Vermelha, que há uns anos já assegurou aquele serviço, quando Maiorca ficou sem médico de família. 
“Desta forma, estamos a assegurar um tipo de transporte dedicado e especializado, em detrimento de outro tipo de soluções de recurso. Queremos garantir qualidade no serviço prestado”, respondeu ao jornal AS BEIRAS o gabinete da presidência, citando o presidente, João Ataíde.
Contactada pelo mesmo jornal, a Administração Regional de Saúde esclareceu que “a extensão de saúde de Maiorca encontra-se a funcionar. Temporariamente, tem estado a funcionar com um enfermeiro, três dias por semana (segundafeira, quarta-feira e sextafeira), estando a ser providenciada a colocação de médico tão breve quanto possível”
Rui Ferreira queixa-se de falta de resposta do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) sobre o futuro do posto médico. “Aquando da nossa tomada de posse, em 23 de outubro de 2017, foi de imediato assumido pelo executivo da Junta de Maiorca a necessidade de percecionar o funcionamento do posto médico. De imediato, consultámos o ACES, que nos referiu, em finais de novembro, não ter nenhuma indicação nesse sentido, nem nos garantiu a vinda de outro médico”, afirmou o autarca. “Para atenuar esta situação”, acrescentou Rui Ferreira, “a junta assumiu o apoio aos utentes de Maiorca, com a recolha de receituários, na sede da junta, e respetivo pedido, sem custos ou encargos para os utentes”
Na freguesia de Maiorca existem 1250 utentes inscritos no médico de família. A extensão de saúde funcionava com um médico, um enfermeiro e um administrativo."

Recordo que a deputada na Assembleia da República do PSD, Ana Oliveira, anda há muito preocupada com o futuro das extensões de saúde do concelho da Figueira da Foz. 
Recentemente na Assembleia da República abordou o tema. 
Conforme se pode verificar pelo vídeo, Ana Oliveira questionou o ministro Adalberto Campos Fernandes sobre o assunto, que lhe garantiu “fazer tudo para que não encerrem serviços”.
A única deputada figueirense na Assembleia da República, na breve passagem como vereadora pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, questionou o presidente da câmara, João Ataíde sobre este assunto na reunião de Câmara realizada a 20 de Novembro do ano passado.
O presidente da câmara, João Ataíde, na oportunidade, referiu que a política de saúde é da competência do respectivo ministério. 
Contudo, referiu ainda, que a autarquia assinou dois protocolos com a Administração Regional de Saúde, através dos quais foi possível construir os centros de saúde de Lavos e Alhadas. João Ataíde garantiutambém  que a câmara está empenhada em continuar a colaborar com a tutela da saúde para melhorar os serviços prestados aos utentes. “Também não regateamos obras que sejam necessárias nas extensões de saúde do Paião, Marinha das ondas e Bom Sucesso”, disse. 
Segundo João Ataíde,  a autarquia acompanha “tudo o que a tutela considere adequado em relação às infraestruturas e as reivindicações das populações”.
O autarca, por outro lado, diz que é pela coesão do mapa dos serviços de saúde do concelho. “Queremos que, a norte e a sul, haja unidades de saúde com a qualidade que há na zona urbana”, destacou. O presidente defendeu ainda “verdadeiros cuidados primários de saúde e medidas preventivas”. 
Ou seja, que passem a estar equipadas com meios de diagnóstico e, assim, deixem de ser reactivos e passem a ser proativos. 
Quanto a eventuais encerramentos de serviços, Ana Oliveira baseou-se nos possíveis reajustamentos na sequência da entrada em funcionamento dos centros de saúde de Lavos e, mais recentemente, das Alhadas. 
Mas, também, devido à crescente falta de médicos. 
A deputada  disse ainda ao jornal AS BEIRAS que o ministro lhe pediu para não alarmar as populações sobre o assunto, por não se perspectivar o fim de serviços de saúde.

Citando Manuel da Costa Cintrão, um velho lutador pela Liberdade que sempre agiu por imperativo de consciência cívica, espírito livre e de missão: como dizia alguém: «A saúde é um estado de espírito que não augura nada de bom». 
É verdade, a doença não tem dia nem hora marcada, poderá surgir a qualquer momento!...
O futuro não se aceita passivamente. Constrói-se!... A luta continua!..

Economia do mar...

"Um desígnio nacional", uma crónica de Isabel Maranha Cardoso, publicada no jornal AS BEIRAS.