terça-feira, 21 de novembro de 2017

Reunião de Câmara de 20.11.2017 (II)

Cabaz do carnaval figueirense...
SUBSÍDIO DADO PELA CÂMARA MUNICIPAL À ASSOCIAÇÃO DE CARNAVAL DE BUARCOS/FIGUEIRA DA FOZ, NO ÂMBITO DA ORGANIZAÇÃO DAS FESTIVIDADES DE CARNAVAL DO ANO DE 2018: 57 MIL E 500 €!
HÁ AINDA A CONSIDERAR O APOIO LOGÍSTICO, CUJO VALOR  APESAR DE TER SIDO PEDIDO PELO VEREADOR DA OPOSIÇÃO RICARDO SILVA, NINGUÉM DO EXECUTIVO CAMARÁRIO ESTAVA EM CONDIÇÕES DE FORNECER POIS, TAMBÉM PARA ELES, É DESCONHECIDO.

Nota de rodapé.
Mas uma vez, face à invasão esperada no dia de Carnaval, é de crer, embora isso não tivesse sido focado na reunião camarária de ontem, que a Figueira Parques não se irá esquecer de oferecer estacionamento gratuito nesse dia. E, presume-se, que quem já só conseguir estacionar apenas em segunda fila, deverá vir a ser contemplado com um bónus surpresa para ajudar a animar a festa... Por exemplo, um bagacinho caseiro, para o povo, e um champagne, para os outros!
Todos percebemos, com facilidade, que a isto se chama uma gestão rigorosa (que é o contrário de gestão facilitista...), pois insere-se, com toda a naturalidade, na campanha do cabaz do carnaval figueirense...
No meio de tudo isto, resta-me apenas uma dúvida: porque é que os figueirenses se limitam a vestir de forma ridícula e a pregar partidas apenas 3 dias no ano, quando vivem numa cidade onde quem manda, vai pregando partidas o ano inteiro?..
Na Figueira, é sempre carnaval...
Portanto, se o samba veio para ficar no carnaval de Buarcos, porque não alteram o dia de entrudo para meados de Agosto, quando a temperatura atinge os valores do Carnaval do Rio? 
Além do mais, evitava que a Câmara tenha de conceder tolerância de ponto. 
Em Agosto, a Figueira está de férias.  

Por vontade de sua excelência o senhor presidente da câmara municipal da Figueira da Foz, vai ser assim e não pode ser de outra maneira

Imagem sacada do jornal AS Beiras. Edição de 21.11.2017
Ao tempo que eu sabia que teria de ser assim e porquê...
Longe dos olhares, no silêncio dos gabinetes, o Cabedelo estava a ser alvo de um atentado ambiental desde há muito tempo. 
Os interesses dominantes são vastos. Mas, sobre isso, o futuro falará... Cá estaremos, atentos...
Se nada mais conseguirmos, até ao final deste ano, nunca poderemos esquecer o julgamento e fazer cair definitivamente a máscara dos mandantes...

Como penso que toda a gente que vem até este meu canto sabe, tenho um fraquinho muito grande e especial pelo Cabedelo.
Desde que me recordo,  olho para o Cabedelo de uma forma cúmplice e agradeço a força e o sorriso que traz, todos os dias, à minha vida.
Como sabemos, a vida custa a todos... Mas, a alguns em especial!
Como acontece em tudo na vida, é preciso estar-se no sítio certo no momento certo. O trabalho e o esforço são determinantes, mas um pouco de sorte ajuda muito. 
E ter a sorte de poder, sempre que o queira, encontrar-me com um local como o Cabedelo, mais do que sorte, na minha vida tem sido uma benção. 

No inverno, tem aquela luz ténue e límpida, própria desta estação do ano. Em dias frios, tenho a sensação que o frio purifica a luminosidade, o que é uma mais valia, em especial, para os fotógrafos. 
A luz de inverno, no Cabedelo, é calma e fugaz. Os dias são curtos e transmitem a necessidade de não desperdiçar um momento que seja, pois os dias de inverno no Cabedelo são lindos, mas têm algo que faz lembrar o efémero. 
A partir da primavera tudo é diferente. A sensação de êxtase dura mais - quase parece permanente. 
Tirando o mês de Agosto, o Cabedelo rodeia-nos de uma atmosfera muito especial. Somos nós e o sol - isto, é a natureza.

A situação, por vontade de sua excelência o senhor presidente da câmara da Figueira da Foz, que determinou que "aquela é uma zona demasiado nobre para ser ocupada por campistas", é preocupante. 
Recordo ao senhor presidente que não há os portugueses campistas e os outros... Somos todos portugueses. Na Europa, onde estamos inseridos, a igualdade formal foi uma conquista da Revolução Francesa... 
Quem pensa e fala assim não percebe o essencial. Quer saber o que é essencial numa cidade como a Figueira da Foz, senhor presidente?
Tenho todo o gosto em explicar-lhe.
Uma cidade é sempre, pelo menos, dual. Tem uma zona cosmopolita e tem, por assim dizer, outras mais característica a que se costuma designar como típicas. 
O tipicismo é a profunda genuinidade... É onde reside a alma de uma cidade como a Figueira, a sua verdade que se tem que manter, sob pena dela se descaracterizar.
É isto que o Cabedelo é: genuíno, assim como está, com o Parque de Campismo, que foi, já lá vão quase 30 anos, que deu vida e alma ao Cabedelo, como todas as suas valências, incluindo a onda de surf, apesar de pessoas como o senhor  a terem liquidado.
Segundo o SOS Cabedelo, em 2009 “a primeira baixa provocada pelas obras de prolongamento do molhe norte da Figueira da Foz estava encontrada: trata-se de uma onda que tinha o nome de “maluca”, uma esquerda que quebrava na praia do Cabedelo, vulgo Cabedelinho, e partia junto ao molhe sul dentro da barra da Figueira da Foz.” 

Resta-nos lutar - e quem for crente, rezar... -  para que não cometam um atentando paisagístico e transformem o Cabedelo em mais um mártir ambiental no nosso concelho.
Senhores "quens" de direito, será pedir muito, enquanto ainda estão a tempo, que façam a escolha da solução certa para o Cabedelo? 
Será que vamos permitir, passivamente,  que nos acabem com a alegria que nos proporciona aquele bem estar saudável que nos permite sonhar e sorrir à vida! 
Para muita boa gente, eu incluído, é  disto que se trata, quando falamos do Cabedelo.
Aconteça o que acontecer uma coisa lhe garanto senhor presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz:  no Cabedelo ninguém me vai roubar o "MOMENTO ATÉ O SOL SE PÔR".
Ver o pôr-do-sol, no "meu" Cabedelo,  é continuar com a capacidade de viver com paixão todos os dias. 
É impossível alguém alhear-se de tanta beleza. Apetece declarar-lhe o nosso amor e dizer-lhe como é raro, único, superior...

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Reunião de Câmara de 20.11.2017...

A propósito das reuniões à porta fechada, questionado na reunião que está a decorrer, neste momento, pelo vereador Ricardo Silva, da oposição, o presidente a determinada altura do debate disse: "não me interessa a tradição"...
E não é que o senhor presidente tem mais razão do que julga?.. 
Na Figueira a tradição democrática já não é o que era!

E aos costumes disseram nada... Alteraram-se?



No dia 13 do corrente, o Gabinete anti-fraude da Comissão Europeia (OLAF), deu a conhecer o resultado final das suas investigações aos Fundos Europeus atribuídos à empresa Tecnoforma (ver aquie, contrariamente ao que apurou o Ministério Público em Portugal, que arquivou o processo (ver aqui), concluiu pela existência de fraude. E mais, e em conformidade, reclama a Comissão Europeia ser ressarcida na módica quantia de 6.747.462 euros que terão sido atribuídos abusivamente.

Ora tal, a ser verdade, reveste-se de uma gravidade maior. Falha do Estado na utilização dos dinheiros públicos, falha da Justiça na investigação à atribuição e utilização dos dinheiros públicos, falhas tanto mais severas e a merecerem redobrada atenção da opinião pública e publicada por envolverem responsáveis de altos cargos políticos, nomeadamente um ex-primeiro ministro.

O único programa televisivo – que eu tenha dado conta -, onde o caso foi discutido, foi o Sem Moderação, no CanalQ, por iniciativa do Daniel Oliveira, que faz parte do painel. Delicioso foi ver o incómodo com que os comentadores da direita, Francisco Mendes da Silva, CDS, e José Eduardo Martins, PSD, tentaram driblar o assunto. Podem ver o vídeo aqui e retirar as ilações devidas e questionar porque só um canal televisivo de reduzida audiência trouxe o assunto à baila.

Finalmente, a coroar o manto de silêncio, temos a ausência da sábia palavra do rei do comentário, sua Majestade, D. Marcelo I.
Marcelo, sempre acompanhado pelas televisões e pelos repórteres dos jornais, nunca é confrontado com perguntas incómodas. A comunicação social ajoelhada que temos não cumpre o seu papel. Os populistas só encenam para o público os guiões onde se saem bem. Ainda nenhum jornalista lhe perguntou pela Tecnoforma (ou será que sim e o momento foi censurado por o assunto não agradar ao Presidente-Majestade?), mas Marcelo não deveria esperar pela pergunta.
Se Marcelo tivesse o estilo fradesco e macambúzio de Cavaco, ninguém estranharia que não se pronunciasse. Não o tendo, e estando mesmo nos antípodas do mumificado estilo, o silêncio de Marcelo é um silêncio ensurdecedor. Porque é a prova de de que a espontaneidade de Marcelo não é genuína, porque é a revelação de que as preocupações de Marcelo, com as pessoas e com o povo, não são uma materialização de princípios mas actos instrumentais que ele maneja na prossecução das suas maquinações políticas do momento.
E quando tal se tornar visível para o povo que ele beija e abraça em profusão, o ídolo irá cair do trono, porque todos os ídolos tem pés de barro. Eu, por mim, enquanto Marcelo não cai do pedestal, vou continuar à espera de saber quem vai pagar os  6.747.462 euros que a Comissão Europeia exige.
Seria uma vergonha nacional ser o erário público a pagar mais essa factura, serem os contribuintes a pagar as dívidas das fraudes de Passos, Relvas e quejandos. Coitados dos contribuintes que já pagaram o Banif, o BPN de Oliveira e Costa e o BES de Ricardo Salgado. Curiosamente, todos esses, os que tivemos que resgatar e os que estão na calha, são todos amigos de Marcelo.

Erosão costeira: quem foi avisando ao longo dos anos, não era "velho do restelo", é amigo...

Foto Márcia Cruz
A erosão costeira a sul, logo a seguir ao quinto molhe (sim, esse famoso e desprezado quinto molhe da Figueira, dos cartazes do "primo"!..), fala por si...
Manuel Luís Pata avisou, em devido tempo, mas ninguém o ouviu...
Entre os muitos atempados e avisados avisos que foi deixando ao longo do tempo, foi este Senhor que no dia 26 de Março de 2007, no “Diário de Coimbra”, pág. 8, na secção Fala o Leitor, escreveu. 
"Foram estes «Molhes» que provocaram a erosão das praias a sul da Figueira, e foi o “Molhe Norte” que originou a sepultura da saudosa “ Praia da Claridade”, a mais bela do país. Embora seja de conhecimento geral, quão nefasto foi a construção de tais molhes teimam em querer acrescentar o “Molhe Norte”, como obra milagrosa… 
Santo Deus! Tanta ingenuidade e tanta teimosia!... Quem defende tal obra, de certo sofre de oftalmia ou tem interesse no negócio das areias!... 
É urgente contratar técnicos credenciados, de preferência Holandeses, para analisarem o precioso projecto elaborado pelo distinto Engenheiro Baldaque da Silva em 1913, do qual consta um Paredão a partir do cabo Mondego em direcção a Sul, a fim de construir um Porto Oceânico junto ao Cabo Mondego e Buarcos. Este Paredão, sim, será a única obra credível, não já para o tal Porto Oceânico mas sim para evitar que as areias vindas do Norte, se depositem na enseada, que depois a sucessiva ondulação arrasta-as e deposita-as na praia da Figueira, barra e rio."
Ah, pois é: ninguém o ouviu e agora temos as consequências...
Enquanto não se tomam tomam medidas de fundo, resta continuar a  ir avivando a memória de quem de direito, sobre o tema mais estruturante do concelho da Figueira da Foz, a nível da gestão territorial:  a erosão costeira.

Durante anos e anos, sobre este assunto, o que mais me tem preocupado, não foi a voz dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos interesseiros e sem carácter, dos sem ética, mas sim o silêncio dos bons!..

Nota de rodapé.
A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...

(OUTRA MARGEM, segunda-feira, 11 de dezembro de 2006.)

Assumo que dou importância ao sentimento...



«“Os meninos à volta da fogueira / Vão aprender coisas de sonho e de verdade / Vão aprender como se ganha uma bandeira / Vão saber o que custou a liberdade”, poema de Manuel Rui Monteiro (autor da letra do hino nacional de Angola) musicado por Rui Mingas, outro homem das artes angolano, mas popularizado nos anos 80 em Portugal por Paulo de Carvalho, procurava anunciar uma Angola livre, justa, solidária, com oportunidades para todos e onde as crianças teriam, finalmente, tudo o que mereciam. Implicitamente, no mesmo texto condenava-se o colonialismo e o neocolonialismo, os colonialistas (neo ou não), opressores, fascistas e supressores das liberdades e do progresso. No infeliz processo de descolonização da terra para onde fui muito novo, onde aprendi a ler, a andar de bicicleta e a gostar de pirão e de muamba, quem sofreu e ainda sofre, antes e depois de 1975, nunca foi verdadeiramente chamado a decidir – ou porque tal não era possível antes de 1974, ou porque, quando já o era, talvez não conviesse aos que quiseram, apressada e desastrosamente, entregá-la a quem a governou depois durante mais anos do que Salazar, sempre em nome do povo, 70% dele condenado a viver, hoje, com menos de 2 dólares por dia, enquanto a até agora família presidencial acumulava uma imensa fortuna, que inclui participações em estratégicas empresas no país e no estrangeiro, também em Portugal. Os recentes desenvolvimentos em Angola são de desfecho incerto, mas parecem indiciar mudanças – espero que não, apenas, de oligarcas…»

Menino do Huambo, um crónica de Teotónio Cavaco, deputado municipal do PSD, publicada no jornal AS BEIRAS.

"HISTÓRIA, MEMÓRIA E EXEMPLO DO PASSADO, PARA LIBERTAÇÃO DO FUTURO"

domingo, 19 de novembro de 2017

É fácil habituarmo-nos ao que é bom...

Um dia destes, durante alguns minutos, sentei-me calma e pachorrentamente nos bancos a sul do desgraçado jardim da Figueira, sem nada de importante ou urgente para fazer, a não ser relembrar um ícone figueirense da minha juventude, que permanece, para quem tem memória,  como referência de uma dada época e de uma certa forma de viver: a PRAIA DA SARDINHA, que a fotografia mostra.
Como tinha tempo, disponibilidade e gosto de olhar (simplesmente olhar, apenas olhar...) fui, ao mesmo tempo, notando que iam passando pessoas.
Presumo que devem ter empregos importantes, pois caminhavam cheias de pressa, enquanto iam falando, sem parar, ao telemóvel.
É aqui que está o segredo da minha qualidade de vida.
Estou só aqui sentado a vê-los passar e a pensar na sorte que tenho de não ter um emprego importante.
Melhor ainda: de nem sequer ter emprego...

Que arremedo de País...

Os patrões não têm disponibilidade para aceitar a subida do salário mínimo para 600 euros, já em janeiro de 2018.
O aviso foi dado hoje pelo presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, em entrevista conjunta à Antena1 e ao Jornal de Negócios, onde considera que a proposta de aumento do salário mínimo para 600 euros, defendida pelo PCP, é "uma luta partidária" dos comunistas com o Bloco de Esquerda.
"Não é que o salário mínimo não devesse ser - assim o país tivesse condições e as empresas para o suportarem - dessa dimensão”!..
E eu considero que ele devia ser obrigado a viver com 600 € de ordenado mínimo durante 1 ano!..

No meu modesto entender, a economia não serve para nada se estiver desligada das pessoas. 
Nunca consegui falar com uma empresa. Mas, mas todos os dias falo com trabalhadores! 
Repugnam-me e não  entendo dividendos, quando não existe pão suficiente à mesa de quem trabalha! 
Repugnam-me e não compreendo os lucros, quando o ordenado mínimo não atinge 600 €! 
Repugna-me e não compreendo que se continuem a pedir todos os sacrifícios a quem em nada contribuiu para esta situação!
Eu sei que sou um analfabeto económico, mas deixo uma pergunta...
Porque é que não julgam os ladrões e os corruptos?
AH pois: quando os homens são puros, as leis são desnecessárias!
Quando são corruptos, as leis são inúteis...

Gracias a La Vida, hoje ainda vos posso desejar bom domingo

Centro Escolar de S. Pedro

Na reunião de Câmara de 20 de junho de 2016, foi aprovada, por unanimidade a adjudicação  da empreitada da construção construção do Centro Escolar de S. Pedro, no valor de 777.097,93€ + IVA, à firma Pascoal & Veneza, Lda.
O Centro Escolar de S. Pedro, cujo concurso público foi lançado em abril desse mesmo ano, tinha a  conclusão prevista para antes do início do ano escolar 2017/2018.
Na passada quinta-feira, pela voz do presidente da junta de freguesia, que participou no programa "entre os ventos e as marés", na Foz do Mondego Rádio, ficámos a saber que "as crianças de São Pedro, Cova-Gala mudam para o novo Centro Escolar no Carnaval", pois só nessa altura, ao contrário do que estava previsto, a obra ficará concluída. 
O custo final da  obra  ronda os 900 mil euros.
Registe-se que esta obra é da responsabilidade da Autarquia e comparticipada com fundos europeus.

Segunda-feira há reunião de Câmara...

Para ficar a saber a agenda, clicar aqui.

sábado, 18 de novembro de 2017

Delito de Opinião

O importante é que nos conheçamos, que tenhamos interiorizado aquilo que é verdadeiramente importante para nós

"O corpo não é uma máquina como nos diz a ciência. Nem uma culpa como nos fez crer a religião. O corpo é uma festa."
Eduardo Galeano


Foto sacada daqui
O corpo é um empréstimo que pagamos com a vida. 
Percebi isso muito melhor na passada segunda-feira.
Levantei-me cedo, como todos os dias. Mas, nesse dia havia um compromisso horário a cumprir, o que nesta altura da minha vida é coisa rara: pelas oito horas da manhã tinha de estar no Hospital da Figueira da Foz para um pequeno acto cirúrgico.
Pensava que era ir e voltar...
Contudo, por vezes temos surpresas: apanhei um susto e tive de permanecer no Hospital, onde fui magnificamente tratado, até ontem à tarde.
A Figueira, como é óbvio não tem tudo mal: entre aquilo de que os figueirenses devem ter orgulho, está o seu Hospital. Simplesmente magnífico.

O corpo é um empréstimo que pagamos com a vida. 
O que importa, neste momento,  é esquecer isso. 
O esquecimento reabre a oportunidade de poder continuar sem muitas preocupações. 
As preocupações inibem, complicam e atrasam a vida. 
Para mim, passou o tempo de antropologia. 
Também já não é tempo de ressaca ou porquês. 
A recuperação navega em bom ritmo.

O corpo é um empréstimo que pagamos com a vida. 
Portanto,  o despojamento com que sempre vivi, vai continuar a ser forma única de resistência. 
A Liberdade é uma coisa séria. 
Na Figueira, há muita incompreensão por quem é diferente e gosta de viver marginalmente.
Os que preferem permanecer no cárcere, mimoseiam  quem ousa desobedecer ao politicamente correcto com nomes carinhosos. Por exemplo, bimbos, miseravéis e loucos. 

Como dá para verificar, na Figueira, a Liberdade passou a ter outros nomes.
Continuarei como sempre: "Serei tudo o que disserem/ por inveja ou negação:/ cabeçudo dromedário/ fogueira de exibição/ teorema corolário/ poema de mão em mão/ lãzudo publicitário/ malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!"
No fundo, e isso é o que verdadeiramente me interessa, depois deste percalço, vou continuar a tratar bem o corpo, pois só desta maneira é possível que ele me dure uma vida inteira.

aF293

Via o sítio dos desenhos

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Errar, é dar uma prova de vida...

Cada vez dou mais importância às pequenas coisas!
Sabia que a Figueira tem quase tudo?
Até tem "uns comentadores de lupanar"!..

Nota de rodapé.
Citando Woody Allen.
"É curioso que se chame de sexo oral uma prática que o que menos se pode fazer é falar." 

No País do faz de conta, fazem-se jornais para quem não gosta de ler!..

Há muito tempo que não lia jornais em papel. 
Esta semana, porém, devido a uma hospitalização, para estar informado, li quase todos. 
A saber: Público, Diário de Notícias, Jornal de Notícias e, até, passei os olhos pelo Correio da Manhã.
Via Aventarfiquei a saber que "Marcelo falou na crise dos jornais como se não soubesse o que se passa."
E a explicação bem podem ser esta, que constatei esta semana.
"Mistério? Não. É que, dado o perfil das pessoas que ainda compram jornais, é natural que os compradores-leitores, sejam quais forem as suas opções políticas, tenham critérios de exigência de qualidade que nenhum – rigorosamente nenhum – jornal português minimamente satisfaz. Os poucos colaboradores de qualidade que ainda por eles andam são cada vez mais insuficientes para legitimar/compensar os desmandos. É que a maioria dos jornais, hoje, pretende dirigir-se a leitores que…não lêem. Nem jornais nem outras letras."

Mesmo um anjinho, como eu, percebe que quem governa o concelho é João Ataíde e que a oposição é uma miséria...

Depois de dois mandatos a ignorar a importância que a autarquia poderia ter na promoção do desenvolvimento concelhio, quem gere a câmara figueirense tem agora um desafio para enfrentar.
Seria interessante que o senhor  presidente da autarquia, em vez de andar a cercear o debate político, com reuniões à porta fechada, por exemplo,  explicasse aos cidadãos figueirenses, como encara o futuro da cidade cujo desenvolvimento lhe cabe promover. 
Que ideias tem, com que recursos conta, o que pretende fazer?
Mas é também tempo para a oposição reflectir: como é possível que uma equipa tão incompetente consiga, oito anos depois de nada ter para apresentar de relevante e estrutural, além da bandeira da dívida, cuja história verdadeira, aliás, há-de um dia ser contada, ganhar as eleições  com uma maioria absolutíssima? 
Os abusos, os almoços, os jantares e a manipulação eleitoral da miséria económica e cultural não dá para explicar tudo.
A oposição perdeu,  porque também não foi suficientemente competente e os partidos devem reflectir sobre se escolheram bem os candidatos, se a forma como funcionam internamente é entendida pelos eleitores, se os seus modelos se adequam aos desejos da população. 
É bom e urgente que o façam, sob pena de dentro de quatro anos voltarem a perder...

Recordando Andreas Ding, um Pastor Evangélico que fez muito pela juventude da Cova e Gala

Para ler melhor clicar na imagem
O pastor Andreas Ding, nasceu em Pforzheim (Alemanha), estudou teologia no seu país natal e foi ordenado no ministério pastoral em 1995 pela Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal (IEPP), onde exerceu funções até 2008. 
O Pastor Andreas Ding dirigiu a comunidade da Igreja Evangélica Figueirense durante 12 anos. 
Fez parte da Direcção do Centro Social da Cova e Gala, no princípio do século XXI, onde o conheci e fui seu colega de duas Direcções que tinham o Pastor João Neto como Presidente. 
A partir de 2008, juntou-se à Fliedner Foundation como capelão da escola, mas em agosto de 2009, entrou numa comunidade monástica luterana chamada Christusbrudershaft (Irmandade de Cristo), onde serviu até ao dia da sua morte, que ocorreu em 16 de Agosto de 2014. 
Era um Homem de uma cultura enorme, mas também de acção, como o demonstra este "Projecto Esperança", de que foi o principal obreiro.