quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Opinião sábia e informada...

 "... a insistência em realizar esta sessão no Salão Nobre dos Paços do Concelho não pode merecer o mesmo aplauso. Não é mais possível querer fazer uma cerimónia que celebra a democracia local num espaço onde só cabe uma pequena fracção dos interessados. Mesmo o expediente da colocação de écrans no átrio é discutível. Se é para ver e ouvir a cerimónia com mediação electrónica bastaria uma transmissão pela internet. O ambiente do Salão, por muito nobre que seja, torna-se quase irrespirável, apinhado de pessoas, os funcionários autárquicos com compreensíveis dificuldades em gerir a mole humana e dezenas de convidados e munícipes cá fora sem o lugar que a solenidade do momento exigiria. A rever."

Via AS BEIRAS

Este executivo municipal, a oposição e as fitas que estão para vir...

Via AS BEIRAS
Como demos conta em anterior postagem, realizou-se ontem a primeira reunião de câmara do mandato. 
Uma das curiosidades era a distribuição de pelouros e o número de  vereadores que iriam ficar a tempo inteiro e a meio tempo.
João Ataíde, a partir de ontem, passou a contar com quatro vereadores a tempo inteiro – Carlos Monteiro, Ana Carvalho, Mafalda Azenha e Nuno Gonçalves - , mais um do que no mandato anterior (nas eleições, reforçou, na mesma proporção, a maioria absoluta). 
Miguel Pereira, por seu lado, fica a meio tempo. 

Curiosa e, no mínimo intrigante, foi a postura da oposição sobre esta matéria.
Carlos Tenreiro e Ana Oliveira, do PSD, questionaram o presidente sobre a necessidade de juntar mais um vereador a tempo inteiro e um a meio tempo, o que implica mais despesa para o município
João Ataíde respondeu que, “felizmente, em termos financeiros, não causa grandes constrangimentos”
E acrescentou.
“Pesa mais o facto de estar com outras tarefas e não ter tempo para assumir tantos pelouros”

Chegados aí, Carlos Tenreiro pediu a suspensão da reunião (então, o trabalho de casa não é para ser feito?..), para debater o assunto com os restantes vereadores do partido. Cinco minutos depois, ficou claro quem votaria contra.
Ana Oliveira e Carlos Tenreiro votaram contra e o independente Miguel Babo absteve-se, lembrando que uma das críticas feitas ao executivo durante a campanha eleitoral foi, justamente, que “havia pelouros um bocado esquecidos e vereadores com demasiados pelouros”. Por isso, votando “em consciência”, optou pela abstenção. 

Pouco tempo depois, no entanto, o PSD votaria em bloco contra a continuação da primeira reunião de câmara do mês à porta fechada – a pública realiza-se na terceira segunda-feira do mês. 
Foi Carlos Tenreiro quem mais argumentou contra a decisão que João Ataíde tomou no segundo mandato, quando obteve a primeira maioria absoluta.  
O vereador do PSD lembrou que o edil do PS quebrou uma tradição que perdurava desde o 25 de Abril, manifestando um “repúdio veemente” contra a medida. João Ataíde lembrou que a lei apenas obriga a uma reunião pública.

A Figueira continua uma cidade virada para as fitas. 
Alguém disse, um dia, que não há almoços grátis. Neste mundo a tudo é exigida contrapartida, não se dá ponto sem nó. 
Há uns anos andaram pelas salas de cinema filmes com o nome de "Mundo Cão"
Eram situações surreais, caricatas e nojentas que mereceram a atenção do realizador e do público. Hoje seriam trivialidades...
Também por isso, na Figueira, o festival de cinema tem - e certamente vai assim acontecer -  de ser bem apoiado neste mandato... 
Vamos estar atentos às "fitas" que, também, esta oposição nos pode reservar...

Executivo camarário vai ter a tempo inteiro, além do presidente, 4 vereadores... E, ainda, um vereador a meio tempo!

"Por nomeação directa de João Ataíde, presidente da Câmara Municipal (PS), os vereadores Carlos Monteiro (também nomeado como vice-presidente) e Ana Carvalho assumem funções a tempo inteiro.
Na reunião de Câmara de ontem, a primeira deste executivo, o edil propôs ainda, igualmente para a qualidade de vereador a tempo inteiro, Mafalda Azenha e Nuno Gonçalves. Miguel Pereira ficará a meio tempo.
João Ataíde justificou a proposta por encontrar-se “assoberbado com outras tarefas”, vendo-se “obrigado a abrir pelouros extremamente absorventes, caso das Finanças e coadjuvação nos Recursos Humanos e direcção Jurídica”.
Questionado pelo vereador Carlos Tenreiro (PSD) sobre o impacto financeiro da proposta, João Ataíde garantiu que “expandir a actividade pro-activa da Câmara” encontra “razões financeiras sustentáveis e que terão um maior ganho (…). A distribuição de pelouros justifica esta extensão”.
Colocada à votação, a proposta foi aprovada por maioria (PS), com uma abstenção e dois votos contra.
“Acho a medida um exagero, o encargo financeiro é grande e será pago pelos munícipes. Além de remuneração, haverá encargos acrescidos e estamos a falar de alguns milhares de euros”, considerou a vereadora Ana Oliveira (PSD)."
Via Figueira na Hora

Na reunião de Câmara de ontem, a primeira deste mandato, ficou assim decidida a distribuição de pelouros:
João Ataíde - Presidente da Câmara
• Relações Institucionais e Comunicação
• Turismo e Desenvolvimento Económico
• Protecção Civil e Bombeiros
• Cultura
• Administração Geral e Recursos Humanos
• Assuntos Jurídicos e Contencioso

Carlos Monteiro - Vereador e vice-presidente
• Projectos e Obras Municipais
• Ambiente e Espaços Verdes
• Trânsito
• Mercados e Feiras
• Cemitérios

Ana Carvalho – vereadora
• Urbanismo
• Planeamento e Ordenamento do Território
• Coadjuvação nas questões de Desenvolvimento Económico
• Modernização Administrativa
• Serviço das Tecnologias de Informação e Comunicação
• Serviço de Património

Mafalda Azenha – vereadora
• Desporto
• Juventude
• Comissão de Toponímia
• Coadjuvação na área da Administração Geral e Recursos Humanos
• Coadjuvação nos Assuntos Jurídicos e Contencioso

Nuno Gonçalves – vereador
• Finanças
• Sector Empresarial Local
• Acção Social e Saúde
• Educação e Formação Profissional

Miguel Pereira – vereador (a meio tempo)
• Colectividades
• Serviço de Veterinário Municipal
• Gabinete Técnico Florestal

Álvaro, Oleiros



A aldeia de Álvaro estende-se lânguida e serpenteante ao longo do viso de uma encosta sobranceira ao Rio Zêzere, acomodada na albufeira do Cabril. Avistada do alto da magistral paisagem que a circunda, parecia uma alva muralha que guarda a passagem do rio. É uma das “aldeias brancas” da Rede das Aldeias do Xisto. Isto não significa que o material de construção predominante não seja o xisto. Apenas que a esmagadora maioria das fachadas dos edifícios está rebocada e pintada de branco, apresentando, aqui e ali, vãos de cores garridas.
Rica em património religioso, a aldeia foi outrora uma importante povoação para as ordens religiosas, nomeadamente a Ordem de Malta, que deixou inúmeros testemunhos da sua presença. A Igreja da Misericórdia exige uma visita, mas para conhecer bem esta Aldeia há que fazer o circuito das Capelas. Nelas encontrará manifestações importantíssimas de arte sacra, desde pinturas a artefactos singulares, como por exemplo uma imagem do Senhor dos Passos, um Sacrário Renascentista ou ainda um Cristo morto com as Santas Mulheres e S. João Evangelista.
Aos pés da aldeia, estende-se a refrescante albufeira da Barragem do Cabril e as suas infraestruturas fluviais, um lugar para ir a banhos ou simplesmente para se apreciar a paisagem ondulante de montes e serras que se alonga até à Estrela.
Ontem, estive lá e vi Álvaro, transformada numa "aldeia fantasma".
Contudo, apesar da destruição causada pelo fogo, dos momentos de terror e de pânico que viveram,  dão "graças a Deus porque não morreu ninguém".

Mais fotos e videos: aqui, aqui, aqui

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Aí está a renovação autárquica, para a Figueira continuar a definhar...

Carlos Monteiro, na foto, volta a ser vice-presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz. 
Há políticos que sabem sobreviver... 
Viver, porém, é outra coisa: é o risco permanente.
Um dia todos percebem, que também na política, o medo da morte os impediu de viver, não de morrer!


Segundo o jornal AS BEIRAS, edição de hoje, "o número dois da lista de João Ataíde, Carlos Monteiro, deverá ser apresentado hoje como vice-presidente da Câmara da Figueira da Foz." 
Citando a mesma fonte, "foi isso que ficou acordado entre o PS e o presidente."
No mandato anterior, Carlos Monteiro  perdeu aquela posição na hierarquia do executivo camarário para António Tavares.
Carlos Monteiro, aliás,  é o único vereador que acompanha o presidente desde as eleições autárquicas de 2009. 
Os vereadores reúnem-se hoje, pelas 17H00, na primeira sessão de câmara do mandato. 
Segundo AS BEIRAS, "a estreante Mafalda Azenha deverá ter a seu cargo os pelouros do desporto e da juventude e a coadjuvação dos assuntos jurídicos. Por sua vez, Miguel Pereira, que partilhou o anterior mandato com aquela vereadora na assembleia municipal e que, portanto, também se estreia no executivo, poderá ficar com as colectividades e florestas." 
Nuno Gonçalves (a terceira novidade)  deverá ter a seu cargo "os assuntos financeiros, a educação e a acção social." 
Na equipa liderada por João Ataíde, Mafalda Azenha, Nuno Gonçalves e Miguel Pereira (vereador a meio tempo) juntam-se a Carlos Monteiro e a Ana Carvalho, que cumpre o segundo mandato. 
Como sabemos, saíram João Portugal (eleito deputado municipal) e António Tavares (abandonou a actividade autárquica).
A diferença entre entradas e saídas justifica-se com a conquista de mais um vereador pelo PS. 
Por sua vez, o PSD viu reduzida a sua participação na vereação, de quatro para três elementos. A saber,  Carlos Tenreiro, Miguel Babo e Ana Oliveira, todos eles estreantes. 
Nenhum dos quatro autarcas que cumpriram o mandato 2013/2017 (Miguel Almeida, João Armando Gonçalves, Ana Catarina Oliveira e Anabela Tabaçó) integrou a lista dos socialdemocratas, que, no dia 1 deste mês, no concelho da Figueira da Foz, tiveram a maior derrota desde 1982. 

Estado do Concelho

O pior cenário destas eleições confirmou-se:  Ataíde reforçou-se...  Fica um "tenrinho" à frente da oposição...
Para ver e ouvir, clicar aqui.

Pedro Santana Lopes e a arte de ser aplaudido por uma plateia de indivíduos que acaba de fazer de parvos

Foto: Luis Barra@Expresso
"Santana Lopes já foi derrotado internamente vezes demais para se poder dar ao luxo de dispensar apoios, mesmo os mais fanáticos, a apresentação do candidato em Santarém trouxe consigo um detalhe revelador, que nos diz muito sobre o alinhamento com as práticas do regime passista, sobre até onde Santana está disposto a ir e sobre a facilidade com que se manipulam militantes por aquelas bandas. Isto para não falar nos sapos que a horda passista, na fila da frente, está disposta a engolir.
Disse então Santana, sedento por mostrar que vale mais que Rio, que “Quando o partido precisa de mim, regra geral, estou presente. Não estou presente só quando eu preciso do partido”, o que é curioso se considerarmos que ainda recentemente o partido precisou dele para as Autárquicas, em resultado das quais o PSD de Passos se desmoronou, e Santana, que era a primeira escolha para Lisboa, não disse presente. E a desculpa de estar comprometido com o projecto na Santa Casa da Misericórdia, como é óbvio, já não cola. Se tal justificação fosse mais do que uma desculpa esfarrapada de ocasião, Santana não teria agora abandonado as funções de provedor para se lançar na luta pela liderança do seu partido. Portanto foi mais ao contrário: Santana só deu o ar da sua graça agora que precisa do partido para atingir os seus objectivos pessoais, não na hora de maior sufoco, quando o partido precisou de uma candidatura sólida para câmara da capital.
O acima descrito é tão óbvio que só o mais alheado ou paranóico militante não percebe."

Via Aventar

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Maiorca: o legado de Filipe Dias...

Cito Fernando Campos...

"O favorito para encabeçar as listas do PS por Maiorca era Filipe Dias, o presidente da junta cessante, eleito duas vezes consecutivas plo PSD. Segundo o mujimbo que corre pla terra, o bravo Filipe teria mesmo sido pressionado plas altas esferas da cãmbra muncipal e como recusou (Filipe terá achado que parecia mal seilá mudar de casaca - não perguntem porquê pois por vezes, como referiu o grande Chico Buarque, até as putas têm seus caprichos) terá sido veladamente ameaçado com a possível periclitância do empreguinho da esposa na Câmara Municipal e constrangido a contentar-se com um lugarzito não elegível nas listas do PSD, encabeçada agora por aquele que foi durante oito anos, o seu vice, Sérgio Gil. São episódios destes, assim edificantes, que nos fazem devanear na plítica como uma actividade eminentemente nobre...
O seu mandato de oito anos foi desastroso. Além de esbardalhar completamente o legado do seu antecessor, Filipe Dias não fez nada que jeito tenha. Começou logo por dois atentados ambientais: a demolição de um bosque de eucaliptos centenários no Parque do Lago e a poda/serração dos plátanos da Feira Velha (que lhe valeram a caricatura e o post que então lhe dediquei neste blogue) e acabou a permitir outro, este perpetrado pela Câmara Municipal: o arraso do carvalhal (o carvalho, meus senhores, é uma árvore protegida) do campo de Futebol. Entretanto ainda teve tempo de crivar a junta de dívidas em indemnizações e multas por não ter pago as contribuições devidas a dois funcionários e por vender património edificado abaixo do seu valor. A única, a verdadeira prioridade da gestão de Filipe Dias foi a Findagrim. 
A Findagrim, a pretexto de ser uma feira de actividades económicas da freguesia, não passa, na verdade, de um festival anual de música pimba que faz de Maiorca, uma vez por ano e por meia dúzia de dias, uma meca para todos os labregos da região e seus contornos. Um mau negócio que além de despesa e muito trabalho não-remunerado de fregueses tão voluntariosos como ingénuos, não traz nenhuma vantagem à junta, nem proveito ao comércio local, nem prestígio a Maiorca -  mas que deve ser, só pode, um negócio-da-china para a obscura comissão que a organiza e da qual, estranhamente ou talvez não, o novo executivo parece também querer fazer parte. 
O deslindar deste mistério (e também o da súbita paz dos anjos entre o anterior e o actual executivo) depende exclusivamente do desempenho de José Maia Azedo, o eleito da CDU. Com os eleitos do PSD metidos num bolso, é a ele que cabe fazer perguntas, exigir respostas; enfim, ser oposição.
Não fora eu, a caminho da Junta de Freguesia, ter caído e ter ficado estendido ao comprido ao pé do muro do Paço, tendo passado toda a sessão cheio de dores com uma entorse e ter-me-ia divertido com este preâmbulo dos próximos quatro anos. Mas cheira-me que ainda nos vamos divertir quanto baste. Eu e o Maia Azedo. E no que me diz respeito é sempre agradável, duplamente divertido, ter, grátis, tanta matéria-prima para caricatura."

Nota de rodapé.
Esta deliciosa posta do Fernando Campos (Crónica de um mujimbo, dois mistérios e uma entorse) merece ser lida na totalidade. Para o efeito basta clicar aqui.
Mais entorse, menos entorse, vais-te divertir à brava. Tens 4 anos, pelos vistos...
No mais, olha Fernando, azar, mas azar mesmo, é um gajo ser atropelado por um carro funerário!
Resumindo, em duas palavras, o que tenho aprendido sobre a vida: ela continua.
E o divertimento também. Por aí. E por aqui.
Tudo exige esforço... 
Até o prazer! 
Porém, entre o que fazemos, com esforço, e o que fazemos, por puro prazer, há tudo o resto. 
A vida é, geralmente, preenchida de tudo o resto, pelo que há que aproveitar aqueles breves momentos que fazem com que a nossa vida valha a pena.

Isto, sim, é política a sério...

Com toda honestidade, a política seria muito bonita se houvesse honestidade e transparência. Isto, sim, é política...
Via AS BEIRAS.
"A presidente reeleita da Junta de Quiaios está em conversações com a CDU para formar um executivo maioritário. 
As duas reuniões realizadas para a constituição da equipa de Fernanda Lorigo tiveram de ser suspensas por falta de acordo. 
O PSD, adiantou António Marinheiro, que foi cabeça de lista, defende que a junta “deve reflectir os resultados eleitorais”, nos quais socialistas e socialdemocratas empataram 4-4, cabendo, pois, o desempate à coligação liderada pelo PCP, que concorreu com Agostinho Cruz. 
“Estamos a negociar com CDU a constituição do executivo. A CDU propôs algumas condições, que estão a ser analisadas”, adiantou Fernanda Lorigo. 
A presidente, que já tomou posse, governou o mandato anterior com um executivo minoritário e os respectivos constrangimentos. 
Desta vez, porém, pretende alcançar a estabilidade e governabilidade plena daquela freguesia do norte da Figueira da Foz. Não obstante, deixa claro que é ela quem escolhe com quem quer coligar-se. “Ganhei as eleições e a lei dá-me o direito de propor os vogais que quero que trabalhem comigo, e é isso que tenho estado a fazer”, indicou Fernanda Lorigo. 
Por seu lado, Agostinho Cruz adiantou que “as negociações continuam”. A reunião agendada para a próxima sexta-feira deverá ser decisiva. 
Em 2006, recorde-se, houve eleições intercalares em Quiaios, devido a uma situação idêntica, era Augusto Marques presidente. 
Agora, contudo, ao que parece, ninguém quer imaginar-se num cenário daqueles."

Que Estado queremos?.. Temos o estado que os portugueses quiseram: o estado a que isto chegou!..

Para ler melhor clicar, em cima da imagem

Via AS BEIRAS

Vá, pelo menos haja decência! Não peço muito. Ou melhor, porventura, até peço. Preciso que não me incomodem. Necessito que me deixem escutar e escutem este video de forma descansada. Será pouco... Para mim, é muito...

A importância da pesca da sardinha para a Figueira, tem muita importância, tem mesmo demasiada importância...

Foto Pedro Agostinho Cruz
A época da sardinha termina num mar de incertezas.
Um relatório do International Council for the Exploration of the Sea (ICES), organismo das Nações Unidas, que apresenta propostas sobre a exploração do mar, não é animador para a pesca da sardinha na Península Ibérica. 
Um dos cinco cenários contemplados no quadro de opções para a gestão dos stocks propõe a interdição da captura da espécie em 2018. E é esta hipótese que tem sido realçada pelos órgãos de comunicação social dos dois países vizinhos. 
Por sua a vez, a Comissão Europeia não proíbe a pesca da sardinha, mas recomenda às autoridades portuguesas que encarem com seriedade as quebras nos "stocks" da espécie devidas à sobrepesca e ao aumento da poluição.
“O facto é que as práticas de sobrepesca e o aumento da poluição levam a um empobrecimento nas unidades populacionais” («stocks»)”.
Segundo fonte da Comissão Europeia, Bruxelas está consciente da importância socioeconómica e cultural das sardinha em Portugal, razão pela qual “está muito preocupada com o estado potencialmente precário da pesca de sardinha ibérica”, salientando que “as autoridades têm que levar isto muito a sério”.
“Bruxelas não proíbe a pesca de sardinha, aconselha os Estados-membros com base em pareceres científicos independentes do conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES)”.
Portugal e Espanha,  irão tomar decisões sobre as capturas de sardinha nos próximos meses, e o comissário europeu para as Pescas, Karmenu Vella, irá analisar o perecer do ICES e trabalhar com Lisboa e Madrid para se encontrar uma resposta, “nomeadamente através do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas e os 506 milhões de euros do Programa Operacional para Portugal 2014-2020″.
A pesca da sardinha deverá ser proibida em 2018 em Portugal e Espanha, face à redução acentuada do "stock" na última década, refere o parecer divulgado na sexta-feira.
“Deve haver zero capturas em 2018″, recomenda o ICES, entidade científica consultada pela Comissão Europeia para dar parecer sobre as possibilidades de pesca, com base nos seus estudos dos "stocks".
Esta recomendação já foi contestada pelo Governo e pelo sector das pescas.
António Miguel Lé, o maior armador figueirense e presidente da Cooperativa de Produtores de Peixe Centro Litoral, em declarações tornadas públicas na edição de hoje do jornal AS BEIRAS, faz um balanço positivo da safra. 
Acerca da proposta do ICES, mostra-se tranquilo. 
“Não me preocupa absolutamente nada, porque o que está em causa é a falta de informação”, afirmou. “Estou optimista, porque as pessoas, se estiverem esclarecidas, compreendem. Às vezes, penso que tem havido intoxicação da opinião pública”.  
Entretanto, António Miguel Lé rejeita decisões extremas. “No limite, numa opção radical, era proibir a pesca da sardinha em 2018. Se formos para radicalismos, o sector, Portugal e Espanha também podem ser radicais…”, sustentou o armador e dirigente. 
Segundo o que também se pode ler na edição do jornal AS BEIRAS, “a União Europeia não diz que a pesca vai ser zero em 2018”
António Miguel Lé acredita que vai acabar por prevalecer uma solução que tenha em conta a gestão de stocks e a economia que gira à volta da sardinha, da qual dependem milhares de postos de trabalho. 
“Acho que vai prevalecer o interesse nacional, e não são os ambientalistas que vêm dizer-nos que o sector deve parar”.
António Miguel Lé, está optimista e acredita que  negociações entre Lisboa e Bruxelas vão chegar a bom porto. 
Amanhã, começa a paragem biológica da captura da espécie, também na Figueira da Foz,  um dos mais importantes portos de pesca de sardinha do país (esta modalidade de pesca emprega, no nosso concelho, cerca de 400 pescadores). 
Como será, então, o futuro para a para a pesca da sardinha?
Para 2018, António Miguel Lé deposita confiança nos negociadores portugueses. 
“Não tenho dúvidas que o Governo vai negociar o melhor para o sector, de maneira racional e muito responsável, para dignificar o país e honrar os trabalhadores”
António Miguel Lé defende que deve manter-se a modalidade que vigorou em 2017, ou seja, que Bruxelas permita capturar até 18 mil toneladas de sardinha, pois do seu ponto de vista,  com aquele limite, a gestão dos stocks está garantida. 
“Queremos continuar esta caminhada, por mais um ou dois anos”
O regresso à pesca da sardinha poderá acontecer daqui a quatro meses. “Será retomada mediante o calendário a acertar pela tutela e a União Europeia”, lembrou o armador. 
Para já, permanece a incerteza.

Da resiliência

Não sou fruto das circunstâncias.
Também não nasci assim.
Estou cada vez menos fatalista.
À medida que o tempo vai passando, quanto mais tempo vivo, mais aberrante e despropositada me parece a resignação.
Não conheço o meu destino, mas conheço o meu desejo. 
Não acredito no determinismo, no fatalismo e nem em quem põe as cartas! 
Acredito em mim, apesar de saber que todos somos seres condicionados, sei que muito do que farei e serei depende de mim.
Resta-me fazer o que sempre fiz: continuar a percorrer o meu caminho com a determinação possível.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

CDS: moção de censura provoca contestação interna a Cristas

Para Pedro Borges de Lemos, que encabeça uma corrente informal de opinião dentro do partido, o CDS deveria ter optado antes por uma atitude mais “construtiva”, dialogando com os outros partidos no Parlamento para reflexão sobre o tema dos incêndios.  
“Moções de censura não são solução para nada”...
Numa entrevista ao Observador, o dirigente centrista afirma que “sem pactos de regime e sem consensos, da esquerda à direita, será impossível conseguir este desiderato”, sublinhando que a única coisa que o CDS sinaliza com esta moção é que “não oferece condições de diálogo”.

E a vida sorri!..

Imagem sacada daqui
Aí está uma foto tirada em Amesterdão, bem disposta e sorridente.
Os protagonistas, sorriem e fazem sorrir... 
Para alguns, é fácil, contagiante e fá-los sentir-se bem.  
Lembram-se de quando nos ofereciam um brinquedo novo ou um chupa-chupa?.. 
Hummm... 
Por mim, só por pensar nisso já estou melhor.

Que saudades!.. Volta, Santana...

Eu: 30%
Rui Rio: 20%
História contemporânea do PSD e do país: 40%
Obrigado por aqui estarem: 10%
Futuro: 0%

Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito. Só que a quem não deviam...

Aconteceu neste País que se quer de esperança... Vamos construí-lo neste presente esperançoso. Basta querermos.

Há 28 anos um povo lutou contra os eucaliptos. E a terra nunca mais ardeu.
Em 1989 houve uma guerra no vale do Lila, em Valpaços. Centenas de pessoas juntaram-se para destruir 200 hectares de eucaliptal, com medo que as árvores lhes roubassem a água e trouxessem o fogo. 
A polícia carregou sobre a população, mas o povo não se demoveu.
A polícia respondeu com uma carga à população, mas revelou-se incapaz de travar os avanços de 800 populares sobre a propriedade. 
«Naquele dia ninguém sentia medo. Eles atiravam tiros para o ar e parecia que tínhamos uma força qualquer a fazer-nos avançar».
Para continuar a ler, clicar aqui.

Há alturas em que parece que não ouço... Ouvindo!

Via Diário de Coimbra.
"O Tribunal de Coimbra condenou António Matias, presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro, Figueira da Foz, entre Outubro de 2013 e Junho de 2014, a cinco anos de prisão, ao dar como provados dois crimes de peculato, dois de falsificação de documento e um de prevaricação de funcionário. No essencial, tentou beneficiar a filha enquanto presidente da autarquia, só ficando com pena suspensa porque, notou o Tribunal, não tinha antecedentes criminais. Do julgamento resultaria ainda a condenação de dois elementos da Direcção da Junta (tesoureiro e secretário) e da filha do autarca."

Perguntamo-nos, muitas vezes, o que é a Justiça. 
Dela, dizem,  que é cega e que é igual para todos. 
Por vezes, cai-se na tentação de identificar Justiça com Lei.
Temos, teoricamente, uma igualdade do cidadão perante a lei. 
Mas, essa, é só a vertente formal da Justiça.
A lei emana do legislador, que por sua vez defende interesses, os interesses do momento desse legislador.

Vejamos um exemplo,  para não irmos muito longe.
Temos leis diferentes em Portugal e em Espanha...
Poderemos concluir que um dos sistemas é menos justo que outro? 
Seguramente que podemos concluir que prosseguem interesses diferentes. Nada mais.
No entanto,  temos nos dois sistemas a igualdade formal dos cidadãos perante a lei... 
Só que, na realidade, nem todos os cidadãos são iguais, nem todos têm os mesmos interesses, donde o conceito de Justiça não se deve poder sobrepor ao de Lei.
Confundir igualdade do cidadão perante a lei com Justiça, é tomar a nuvem por Juno.

Fica registado: a justiça portuguesa condenou três políticos da Aldeia. 
Agora, só faltam todos os outros. Na Aldeia, no concelho e no país.
Andam por aí a dizer que o problema são as "redes sociais" (o que quer que isso possa querer dizer...), sem escrutínio e sem o selo de garantia do jornalismo...
Na verdade, digo eu, o que interessa é desviar para canto.
Na Figueira, o problema é o escrutínio feito ao jornalismo pelas "redes sociais", que incomoda. 
E muito.
E, isso, não é um assunto menor...

A noite está serena e sossegada. Há tranquilidade e paz. Nem sempre isto sucede... Que a noite prossiga calmamente! Boa semana