terça-feira, 23 de agosto de 2016

"Empresários à portuguesa", num país onde a falta de vergonha não tem limites...

Algumas empresas estão a exigir aos estagiários que participam em programas de estágio do IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional) que devolvam parte dos seus rendimentos, escreve esta segunda-feira o Jornal de Notícias
Dos 691 euros que um estagiário com licenciatura recebe por mês, entre 20 e 35% é financiado pela empresa em que é feito o estágio, sendo o restante suportado pelo IEFP. É essa percentagem financiada pela empresa que os patrões estarão a exigir de volta. Alguns estagiários estarão também a ser forçados a suportar a taxa social única (TSU), de 23,75% sobre a bolsa de estágio, e que é da responsabilidade do empregador.

A denúncia partiu do presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), Hugo Carvalho. 
Têm chegado ao nosso conhecimento inúmeras denúncias ao longo do tempo, mas não podemos fazer nada. Os jovens não querem avançar com queixas junto das autoridades, porque agem em conluio com as empresas e sabem que eles próprios estão a cometer uma ilegalidade”, disse o responsável ao Jornal de Notícias
Estes casos são mais frequentes na arquitectura, no pequeno comércio, na advocacia e na psicologia, de acordo com o jornal. O presidente do Conselho Nacional da Juventude acrescentou ainda que os jovens “actualmente já nem têm consciência de que o que estão a fazer é errado, porque todos o fazem no final do curso, como forma de ingresso no seu sector profissional”.

Esta notícia terá interessado alguém?..

A notícia que pode ser lida na imagem ao lado, saiu no jornal Diário de Coimbra, de 20 de Agosto de 2016, sábado passado, portanto.

Muitas vezes, como está a acontecer ao Custódio, somos espectadores e decisores únicos da nossa vida.

Tal como está a acontecer ao Custódio, há opções que ninguém pode tomar por nós. 

É a chamada solidão de quem tem de decidir. 

Da parte do Custódio, são sinais que ele tem dado de maturidade, de confiança e, sobretudo, de vontade...

De uma férrea vontade... 

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

AS ROTUNDAS, DINHEIROS PÚBLICOS, OBRAS PÚBLICAS E OS PALHAÇOS QUE AS PAGARAM...

Foto António Agostinho. Para ver melhor, clicar na imagem.
Este assunto é particularmente chato de abordar, porque os palhaços que as pagaram, fomos nós, todos nós, os contribuintes
Há relativamente pouco tempo, por todo o País, os responsáveis políticos brindaram-nos com um manancial de obras desnecessárias e desastrosas.
Obras que bradam aos céus e demonstram à saciedade a falta de critério e a facilidade com que se desbaratam os dinheiros públicos.
Na Cova e Gala também assim aconteceu. Entre outros, é o caso do luxo que a foto mostra: duas rotundas desnecessárias, num espaço de cerca de 150 metros, que nada acrescentam à beleza natural do local junto ao mar
No mínimo, foi uma ideia bizarra e um luxo que mereceria ter sido melhor pensado
O mentor da obra, o fantástico gabinete de engenharia que deve ter projectado aquilo e o empreiteiro que a executou, estão todos de parabéns.
É uma obra ao nível de uma vila que nunca o foi (a Vila de São Pedro, criada em 5 de Junho de 2009, é a “a povoação de São Pedro - uma coisa que não existe!.., no concelho da Figueira da Foz, distrito de Coimbra, elevada à categoria de Vila”. Se duvidam disto, leiam o Diário da República nº. 150, 1ª. Série, Lei nº. 58/2009.), e da extraordinária capacidade dos nossos responsáveis para torrar dinheiro dos contribuintes: eles sabem daquilo a potes! 
A potes de euros - nossos, claro, dos palhaços - que, agora, tanta falta fazem. 

"A vingança serve-se fria"...


Nota de rodapé.
"Coisas silly da season"...
Assuntos omissos na imprensa portuguesa:
1. Paulo Portas, ex-vice-primeiro-ministro, recebeu nas instalações do parlamento português, cedidas pelo CDS-PP no silêncio das férias, 17 quadros da Mota Engil, empresa para a qual passou a trabalhar imediatamente depois de abandonar os cargos públicos.
2. O outro vértice deste poliedro complicado é o Governo Angolano. Na origem destas reuniões esteve a “preparação” do congresso do MPLA, na qual Portas é convidado de honra.
3. Angola é um dos países onde a Mota Engil mais aposta na internacionalização.
4. Paulo Portas é consultor para a área da internacionalização da Mota Engil.
5. No governo, foi coordenador das pastas económicas e, antes disso, Ministro dos Negócios Estrangeiros.
6. Hélder Amaral, representante do CDS-PP no congresso do MPLA afirmou que “agora há muitos mais pontos em comum” entre os dois partidos, defendendo a abertura de relações de amizade que espera que sejam duradouras e recíprocas. Conta com a vinda de representantes angolanos ao próximo congresso do CDS.
7. O MPLA afirma-se um partido de inspiração marxista-leninista e pertence à Internacional Socialista.
8. O CDS-PP afirma-se um partido democrata cristão e liberal.
9. O que têm em comum? Manuel Monteiro responde, na capa do i de um dia da semana passada.

domingo, 21 de agosto de 2016

Cabedelo...

Urgentemente, alguém que cuide mim. 
Continuo um pedaço de mau caminho...

Nota de rodapé.
Fotos de António Agostinho, desta tarde.

Atento aos sinais..

Na Figueira, são tão poucos os assuntos com verdadeiro interesse!..
Portanto, é preciso andar atento...
É preciso ir à procura dos sinais, fazê-los ressaltar e deixar o respectivo registo. 
São estas pequenas "coisas", que fazem com que me sinta bem como cidadão.
A meu ver, estar atento continua a ser sinónimo de inteligência.
"O presidente não anda a pé", ou a "Câmara Municipal da Figueira da Foz pinta meias passadeiras"!..

Ouro do Brasil...

O Comité Olímpico de Portugal (COP) anunciou que a judoca portuguesa Telma Monteiro será a porta-estandarte de Portugal na cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Desta forma, a vencedora da medalha de bronze nos -57 Kg de judo - e única vencedora de uma medalha para Portugal nestes Jogos Olímpicos, até ao momento -, vai carregar a bandeira portuguesa no encerramento dos primeiros Jogos na América do Sul.
A decisão foi justificada pelo COP, pelo facto de Telma ter sido a única atleta lusa a conquistar uma medalha para o seu país.

Nota de rodapé.
Dado que o evento termina hoje, o mais provável, é a delegação portuguesa à edição dos Jogos Olímpicos Rio 2016 regressar sem qualquer ouro do Brasil.
Devemos ter esgotado a nossa quota até 7 de setembro de 1822,  data em que ocorreu o chamado "Grito do Ipiranga"...
Deve ter valido a pena, para alguns portugueses, terem vivido no chamado período colonial - entre os séculos XVI e XIX, em que o território brasileiro era uma colónia do império ultramarino português...
O que a história nos ensina, é que a história não se repete...

A vida é mesmo assim: não se pode ter tudo...

Com o mês de Agosto a aproximar-se do fim, muitos covagalenses estão a regressar aos países para onde emigraram  há muitos anos, à procura de trabalho para escaparem dum Portugal sempre em crise...

Do convívio que tive com alguns deles, deduzi o que sentiria neste momento se fosse emigrante: 

1. Viver no estrangeiro pode ser bom, mas para mim seria uma merda
2. Viver na Cova e Gala pode ser uma merda, mas para mim é muito bom.

sábado, 20 de agosto de 2016

"O presidente da Câmara não anda a pé, as«caminhadas» são para a fotografia"!..

Nota de rodapé.
A frase que titula esta postagem, foi retirada da crónica Erasmus para autarcas e técnicos, hoje publicada pelo eng. João Vaz, no jornal AS BEIRAS.
Nessa crónica pode ler-se ainda.
"Por vezes, pensamos que o presidente da Câmara não vive na Figueira e que os seus técnicos usam projectos de espaço público reciclados dos anos 70, tal é a incúria que observamos.
A solução «utópica» seria importar um autarca do «país Basco» ou de qualquer cidade mais arrumada da Europa por seis meses. Aposto que imediatamente sentiríamos uma outra dinâmica e interesse pelos problemas da terra.
E tenho a certeza que o «autarca figueirense» em Piemonte teria também um melhor desempenho, porque a máquina estará oleada e os «despachos» não são necessários para que os «buracos sejam tapados»  e as «tábuas da esplanada não apareçam uma semana após terem sido consertadas»."

Continuação da série actualmente em exibição na Figueira, uma "cunha" para Miguel Almeida...

Passadeiras da rotunda dos 4 caminhos.
Como demos conta aqui, esperaram agosto,  para pintar as passadeiras, na rotunda dos 4 caminhos!..
Só que alguns pingos de chuva obrigaram a parar o serviço...
Entretanto, antes que chovesse mais  aproveitando a aberta de anteontem, chegámos a pensar que o serviço ficaria completo naquele local... 
Entretanto, hoje de manhã passámos pelo local e verificámos, como a foto demonstra, que o serviço ficou incompleto!..
Abreviando e resumindo: a "Cunha" do Miguel, continua necessária para que o problema fique completo na rotunda dos 4 caminhos...
Vamos a isso Miguel?..

Não me cheira bem...

Custódio Cruz e António Agostinho 
"Estou a sofrer, não escondo, começo a ter vontade de responder instintivamente, mas Deus vai estar comigo, e vai me ajudar a consagrar mais uma vez "a estrela" de uma vitória que sempre me tem acompanhado, e assim me ilumina a consciência.
Outros também assim fossem, que sendo um pouco filósofos, como me tentam ridicularizar no tal documento final, e de certo as suas colunas não "tombariam" a espaços de vida, e muito menos até os seus passos se orientassem sem as suas vontades pessoais.
Se pensam que me vão calar, esperem pelas respostas, e estas serão bem elucidativas e adequadas a quem foi atacado de forma deliberada, cobarde, e com objectivos de aniquilação futura.
Os 800 euros? Para mim é mesmo muito, mas como sou de boas contas, e se tiver que ser, cá estarei para consumar o pagamento.
Até lá...vou provar a mim mesmo que sou muito forte."

Nota de rodapé.
Citei Custódio Cruz, a quem envio um abraço. 
Não me cheira bem, é o título, da minha responsabilidade, desta postagem... 
Até posso estar completamente enganado, mas esta minha primeira impressão é difícil de evitar... 
Na Figueira, para alguns, é complicado existir.
Vamos confiar, tal como confia o Custódio, que "o futuro dará razão a quem a merecer... A justiça será feita com o próprio tempo..."

Notícias que causam um efeito agradável em nós, figueirenses... (VI)

Foto de Pedro Agostinho Cruz, sacada daqui
O Núcleo Museológico do Sal bate recorde de visitas. Segundo o Diário de Coimbra, está "este mês a celebrar o seu 9º aniversário e existem todos os motivos para festejar. É que, se em 2014, visitaram o espaço 6 476 pessoas, em 2015 foram 8 393 e este ano, apesar de ainda se estar em Agosto, já passaram por aquele espaço 6 298 pessoas."

Memória do Cabedelo, de quando a Câmara da Figueira e os patrocinadores fizeram um trabalho incrível, com muita atenção aos detalhes e à imagem profissional que queriam passar...

Foto António Agostinhio
Compensa levantar cedo. 
No Cabedelo, ontem, de manhã, esta neblina, associada às primeiras luzes dia, estava fantástica. 
Começar o dia com uma foto assim, é ganhá-lo! 
Do nada, na neblina da paisagem, está a imagem de marca do Cabedelo: um surfista a correr ao encontro do mar e da onda.
A tal onda do Cabedelo, a mais conhecida da Figueira da Foz, devido ao facto de no final do passado século ali terem decorrido provas do mundial de surf WT.

Recuemos ao ano de 1996. No Cabedelo decorria o primeiro evento do World Championsip Tour a disputar-se no nosso país, o Coca Cola Figueira, 12ª etapa dessa época, disputada entre 1 e 8 de outubro. 
Um dos momentos mais marcantes na história do surf nacional estava agendado para as ondas do Cabedelo, na Figueira da Foz. 
Kelly Slater já somava na altura três títulos mundiais, e chegava a Portugal com o «tetra» na mira - que igualaria o recorde do australiano Mark Richards.
Na luta pelo título dessa época estava também Shane Beschen e a matemática para a etapa portuguesa era simples: para Kelly bastava que Shane não conseguisse chegar à final e sagrar-se-ia campeão do mundo. O seu rival na altura acabou por facilitar a tarefa, ao não comparecer na etapa portuguesa. Slater era, antes sequer de competir, campeão do mundo pela quarta vez.

Quis o destino - e alguns aviões perdidos - que o agora onze vezes campeão nacional não chegasse a tempo de competir na ronda 1, pelo que a passagem pela ronda 2 se tornava obrigatória. À sua espera estava Bruno «Bubas» Charneca, o primeiro campeão nacional português, que se tornaria o primeiro português a eliminar o lendário surfista da Flórida, já tetracampeão do mundo. Ruben Gonzalez, Tiago Pires e Frederico Morais são os outros surfistas lusos que se podem orgulhar do mesmo feito.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Na Figueira, para alguns, é tudo à grande...

"...o carro estacionado ocupa dois lugares reservados à  CM"!..
Entretanto, "a camioneta da COCA COLA, estacionada em 2ª. fila para abastecer os bares da praia , por não haver espaço de cargas e descargas estava a dificultar a circulação. 
A polícia veio e mandou seguir a camioneta e o carro ficou. Enfim ..."!..

Nota de rodapé.
Fotos e comentários daqui.
A malta merece...
Na Figueira, entre um pobre, que é néscio, e um esperto, que tem direito a estacionamento nos lugares reservados à Câmara,  só há uma semelhança - votam ambos no mesmo partido!..

QUEM é QUEM?

Carlos Alberto de Jesus Lima, "um covagalense, nascido por um mero acidente de percurso, em Lisboa".

Nota de rodapé.
No tempo que passa, os jornais têm uma página de leitura obrigatória. 
Não, não é uma questão de cultura. 
É, apenas, uma mera questão de "lana caprina", que diz bem das agruras que um jovem, hoje, se não for filho, por exemplo do Durão Barroso, tem que passar.
Estou a referir-me, como é óbvio, à página onde estão, as ofertas de emprego! 
Nesta realidade, o curriculum vitae é vital.
Este blogue não tem página publicidade, pelo que a chamada de atenção para o curriculum vitae do Carlos Lima, tem apenas como critério a lucidez.

Atriz Madalena Sotto morreu aos 100 anos

Foto Arquivo/global Imagens
Madalena Sotto era o nome artístico de Maria Madalena Pereira Othão, nascida a 21 de julho de 1916, em Carvalhais de Lavos, nos arredores da Figueira da Foz, filha do pintor Othão Luís e da mestra de costura, bordados e tapeçaria Aida Augusta Pereira.

Notícias que causam um efeito agradável em nós, figueirenses... (V)

"O município da Figueira da Foz adquiriu, por 134.500 euros mais IVA, um mini-autocarro que estará ao serviço especialmente da comunidade escolar, mas também das colectividades e instituições do concelho.
Trata-se de uma viatura preparada e dotada para viagens de curta distância, com a lotação de 35 lugares, duas cadeiras de rodas e plataforma elevatória.
Segundo explicou João Ataíde, presidente da autarquia, o novo mini-autocarro vem substituir um outro com perto de 20 anos de utilização." 

Via Figueira na Hora

Notícias que causam um efeito agradável em nós, figueirenses... (IV)

Da série actualmente em exibição na Figueira, uma "cunha" para Miguel Almeida...
Como demos conta aqui, esperaram agosto,  para pintar as passadeiras, na rotunda dos 4 caminhos!..
Só que alguns pingos de chuva obrigaram a parar o serviço...
Entretanto, antes que chovesse mais - o que está a acontecer neste momento - aproveitando a aberta de ontem, o serviço ficou completo naquele local 
Abreviando e resumindo: registe-se a eficácia dos serviços camarários e registe-se a eficácia da "cunha" do Miguel Almeida, um vereador da oposição ao serviço da situação!...
Na rotunda dos 4 caminhos, problema resolvido. 
Assim, até dá gosto postar...

Manuel Luís Pata, um enorme exemplo de perseverança...

Manud Luís Pata nasceu na Gala, actual freguesia de S. Pedro, no dia 22 de Novembro de 1924.
É filho, neto e bisneto de marítimos oriundos de Ílhavo, os primeiros povoadores da Cova, aí pelo ano de 1742.
Fiel às suas raízes, fez-se ao mar, em 1943, como ajudante de motorista no lugre “Ana I”.
Habilitado em 1946 com a carta de motorista, foi trabalhar para a Empresa de Navegação Limpopo, de Lourenço Marques, Moçambique, creio que em 1948.
Entre Moçambique e Portugal continental foi fazendo a sua vida, sempre ligado ao mar, tendo realizado duas campanhas à pesca do bacalhau.
Depois do 25 de Abril de 1974, veio de vez para a sua Terra natal, onde terminou a sua actividade profissional como empresário na área da restauração.
Já na reforma, contra tudo e contra todos, como é “a sua imagem de marca”, dedicou-se à escrita e publica 4 livros. Três sobre “A Figueira da Foz e a Pesca do Bacalhau - Achegas para a sua História - Vol. I, II e III, dados à estampa em 1997, 2000 e 2003. Em 2005, publica a quarta obra : “Memórias de Moçambique”.
Apesar dos quase 92 anos e algumas maleitas físicas, ainda não parou. Conforme me confessou em julho de 2010,  enquanto tomávamos um café numa esplanada da Cova, tinha pronto outro livro. Este, sobre a construção naval na foz do Mondego.
Já tinha contactado algumas entidades para tentar obter ajuda para a sua publicação, mas não estava a ser fácil. Como ele próprio dizia: “santos de casa não fazem milagres”.
Como escrevi, talvez há década e meia, numa crónica para o extinto “linha do oeste”, para mim, Manuel Luís Pata não é, ao contrário do que muitos julgam, até talvez ele próprio, um Homem teimoso. É sim, do meu ponto de vista um dos raros exemplos de verdadeira perseverança que conheço.
E a prova aí está: no próximo dia 26 do corrente, no Desportivo Clube Marítimo da Gala, vai ser apresentado o novo livro de Manuel Luís Pata.