domingo, 1 de fevereiro de 2015

A propósito da Grécia: Portugal não tem eleitores nem políticos com coragem...

Um dia destes, ouvi em directo num canal alternativo de TV (minuto 19), que Portugal ainda tem mais uma etapa eleitoral para queimar...
O PS, que nos últimos 20 anos, foi o partido que mais anos governou em Portugal, se as sondagens estiverem correctas, vai juntar mais uns à conta.
Olhando para a realidade, tenho alguma dificuldade em perceber como é que alguém pode continuar a acreditar na capacidade do PS e do PSD em governar o país.
Na primeira fase socialista, o dialogante Eng.º Guterres arranjou maneira de desperdiçar condições conjunturais únicas para fazer reformas. Na segunda fase, o Eng.º Sócrates arranjou maneira de fazer o mesmo, desta vez esbanjando condições políticas únicas. O primeiro demitiu-se quando o cenário deixou de ser do seu agrado. O segundo foi obrigado a demitir-se.
Depois, veio mais uma vez, o PSD – desta vez de Passos Coelho – e o problema do défice  continuou. As desigualdades sociais acentuaram-se: deveremos andar a competir lugares com a Letónia!..
Ainda acham que não é tempo de experimentar algo de novo?.. 
 

A realidade em Portugal em 2015: dois milhões de pobres...

Padre Lino Maia, Presidente da CNIS 

diz que pior não passou e risco de pobreza mantém-se

Primeiro-ministro disse “que dados do INE sobre risco de pobreza não reflectem situação actual”, mas o que o primeiro-ministro deveria ter dito é que “dados do INE sobre risco de pobreza não reflectem (a sua visão da) situação actual”. 
Portugal voltou aos níveis de pobreza e exclusão social de há dez anos. O país tem hoje dois milhões de pessoas com o triste estatuto de pobre, sendo que um em cada cinco portugueses é pobre. 
Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e percorrem os anos de 2013 e 2014. 
Uma das grandes desigualdades revela-se ao nível da distribuição de rendimentos. Este é um cenário dramático e para quem, como o primeiro-ministro, diz que estamos melhores que há três anos, certamente que a privação e as dificuldades não lhe devem ter  batido à porta.
A realidade, é que o "pior não passou e risco de pobreza mantém-se"...  

Depois da Grécia


O poder instalado é parecido em todo o lado: na Aldeia, no País e até na Espanha.
Esta gente nem se apercebe do que lhes está a acontecer.
Estilhaçada que está a falácia de que os partidos de protesto nunca chegariam a partidos de governo, com a vitória do Syriza na Grécia, estão agora a defender que a chegada ao governo moderaria o extremismo desses partidos, confrontados com a dura realidade de não haver alternativa ao actual estado de coisas.
Essa tese demonstra uma grave ignorância histórica: os partidos extremistas têm uma ideologia marcada, que querem a todo o custo aplicar quando chegam ao governo, sob pena de perderem a sua razão de existir. Foi assim com a revolução francesa, com a revolução russa, com todas as revoluções comunistas subsequentes e ainda com a ascensão dos regimes fascistas dos anos 30. Nesse aspecto, o velho slogan do Maio de 1968 "sejamos realistas: exijamos o impossível" é uma clara demonstração de que nem a mais dura realidade se consegue impor a uma ideologia forte.

sábado, 31 de janeiro de 2015

"QUE SEGREDO É QUE CAVACO TEM PARA GUARDAR?"

Ler aqui.

"Sobre a engenharia política do desemprego"...

Ler aqui.

A ganância ainda vai acabar por dar cabo disto tudo!.. (VI)

"O meu amigo António Agostinho tem vindo - ao longo de vários posts, no seu blogue "Outra Margem” - a denunciar a  pulhice, a incompetência, a ganância e a má gestão que se consubstanciam, ano após ano, na erosão do litoral costeiro. Ele é particularmente sensível a este fenómeno porque é natural e habita na Cova-Gala, uma terra bastante vulnerável à avidez da ganância e aos avanços do mar.
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Eu, que habito em Maiorca, uma freguesia interior, também podia testemunhar esse mesmo triunfo da estupidez e da ganância com provas documentadas: do empreendedorismo públicóprivado que levou ao actual estado de abandono, decadência e eminente derrocada do Paço de Maiorca, por exemplo. É o que farei aliás, em breve.
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Fazemos ambos no entanto o papel do fedelho, da estória de Andersen, que diz que o rei vai nú. O problema é que, entre nós, toda a gente o sabe e ninguém se importa. A prova disto é o facto, não dispiciendo, de o senhor cavaco ainda ser presidente. Toda a gente sabe que o estupor é um escroque, vai nú (e é medonho) mas ninguém se ri nem sequer se importa.
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Ao contrário porém de Agostinho, que parece acreditar  numa putativa regeneração cívica  - e daí na utilidade da denúncia pública - eu só o faço mesmo para memória futura. E, confesso, por pura derisão, e escárnio.
Perante o cinismo colectivo desta cidadania de merda (a consciência alargada de que “caladinho é que se vai longe”) é apenas do que sou capaz."

A ganância ainda vai acabar por dar cabo disto tudo!.. (V)

As voltas que a crise dá a certas cabeças...

Na edição de hoje do jornal I, António Barreto diz que «gostaria de ver alguns ex-governantes e banqueiros presos»...
Na noite de 9 de novembro de 2012, na Casa da Música, no Porto, numa conferência subordinada ao tema "Os novos comportamentos sociais e individuais", António Barreto não referiu a crise e os seus efeitos.
Na altura, justificou a sua omissão afirmando tê-lo feito propositadamente por, e cito-o, «ainda não sabermos se estamos perante algo gravíssimo ou apenas perante um epifenómeno»!..  

Chove copiosamente e está uma ventania de derrubar tudo o que parece solidamente estabilizado...


sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Em honra de Manuel Moreira Carapito (Neco Pompeu), criador de Escultura popular de Cabeço de Mira, que morreu ontem aos noventa anos de idade

foto sacada daqui
Sobre Manuel Moreira Carapito (Neco Pompeu) escreveu Alfredo Pinheiro Marques, Director do Centro de Estudos do Mar (CEMAR), em mail que hoje nos enviou: "guarda florestal por profissão, e criador de Escultura (popular, policromada, à navalha), por paixão. O homem cuja ambição não era pequena, e (como bom gandarês…) conseguiu mesmo realizá-la: criou, sozinho, com as suas próprias mãos, uma "Imagem do Mundo"… O seu próprio mundo… O mundo que conhecia: a gândara e os gandareses, a terra e o homem, os trabalhos e os dias, a floresta e o mar. A gente, os bichos, os costumes, as profissões, os instrumentos, as cerimónias, as casas, os barcos e os moinhos. Os pássaros e as árvores (e as plantas, e os insectos, e as folhas), em milhares de peças, únicas e irrepetíveis. Minuciosamente esculpidas e coloridas. Carinhosamente construídas, e pintadas, com o amor e experiência de uma vida inteira."
Ver vídeo aqui.

o Mar continua a invadir a freguesia de S. Pedro

foto António Agostinho
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê, pelo menos até dia 31 de janeiro de 2015, períodos de chuva, por vezes forte e vento forte com rajadas da ordem dos 70 km/h no litoral e de 90 km/h nas terras altas. 
"O distrito de Coimbra está em aviso laranja devido ao estado do mar. Estão previstas ondas de noroeste com 5 a 5,5 metros".
Os blogues são mesmo assim: vai-se fotografando e escrevendo e o que se escreveu e fotografou vai ficando lá para baixo - esquecido.
Claro que grande parte das postagens é o que merece. Contudo, há outras que deviam estar sempre à vista. Uma das que eu gostava que ficasse aqui sempre bem visível para ver se a gente não se esquece delas, são as que focam a erosão costeira a sul do quinto molhe da Praia da Cova.
Não é por nada de especial, mas por uma simples razão: a situação a sul do quinto molhe na orla costeira da freguesia de S. Pedro continua a ser branqueada e mal avaliada por quem de direito...
Mas os blogues são mesmo assim, os textos vão-se sucedendo, as ideias vão-se misturando e, aos poucos, a realidade vai sendo esquecida: o mar está a invadir a freguesia de S. Pedro.
A protecção da Orla Costeira Portuguesa continua a ser uma necessidade de primeira ordem... 
Por isso tem de continuar a olhar-se, ao estado a que chegou a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova. 
Por vezes, como tenho vindo a alertar desde 2006, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, vai-se perdendo a oportunidade de resolver o essencial para a vida quotidiana dos covagalenses...

A ler

Carta Aberta de Alexis Tsipras aos Leitores do Handelsblatt.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A ficção em que vivemos...

O monumental "berro" do BES e da PT, em 2014, foi a mais clara demonstração da economia ficcional em que vivemos.

A Figueira do "fascismo de sacristia" ao "estado a que o concelho chegou"...

Apesar de me dizerem que não acreditam na minha idade (isso acontece-me frequentemente...), os anos passaram pelo corpo e pela alma com uma velocidade alucinante - a barriguinha, fruto do palato cada vez mais guloso, é o que se nota mais...
No que aos sentidos diz respeito, vão-me valendo os ouvidos, cada vez mais apurados e mais requintados - ouvem tudo e, ao mesmo tempo, só mesmo o que lhes apetece...
Todos nós sabemos que as perseguições espirituais são qualquer coisa potencialmente igual às perseguições à séria - normalmente, começam devagarinho, frouxas e tímidas, mas com o passar do tempo tornam-se robustas...
Porém, nunca tive medo do futuro, nomeadamente os medos habituais: por exemplo, o medo de ficar sem emprego...
E, contudo, quase sempre vivi na Figueira, cidade provinciana, sob vários aspectos periférica, nomeadamente em termos culturais - temos um extraordinário porto de mar, mas livrarias, que é delas?..
Eu sempre fiz o que quis da minha vida. 
Quer dizer - na maior parte das vezes, fiz o que pude.
E quem faz o que pode...
Não posso esquecer que quase sempre vivi na Figueira - numa cidade de “fascismo de sacristia”, antes do 25 de Abril, à cidade do “estado a que o concelho chegou”... 

Mercado de S. Pedro reabriu...


CEMAR-CENTRO DE ESTUDOS DO MAR: Continuar por mais 200 anos...

“O dia exacto do aniversário dos VINTE ANOS do Centro de Estudos do Mar ocorreu no passado dia 27 do corrente, mas as celebrações vão estender-se até ao próximo dia 31 de Janeiro (31 de Janeiro… um dia histórico, bem republicano, e bem tripeiro, diga-se de passagem…) e irão encerrar-se com um encontro de Amigos, convidados, antigos e actuais associados, que vai ter lugar ao longo da tarde desse dia (a tarde do próximo Sábado)

Os nossos Amigos Pescadores, Marinheiros e Poetas da Praia de Mira — os Gandareses que, nesse dia, virão à Foz do Mondego… — irão apresentar-nos alguns dos seus poemas, músicas e canções. O mestre de cerimónias vai ser o nosso caro Mestre Alcino Clemente, Mestre do Largo Pescador do Alto, poeta e cantor ("este homem já era pescador antes de nascer"…), um dos associados do CEMAR de mais bravo talento (e que, hoje em dia, parece que está a ser finalmente reconhecido, televisivamente, pelo país e o mundo…).
Infelizmente neste dia de Janeiro de 2015 já não vão estar connosco Associados, Amigos, ou membros do Conselho Consultivo e Científico, como Paulo Rocha, do Furadouro e Tokyo, João Pereira Mano, da Cova-Gala, Salvador Dias Arnaut, de Coimbra e Penela, Eric Axelson, de Cape Town, Charles Ralph Boxer, de Macau e Londres, José Pires de Azevedo, Maria Helena dos Santos Alves, José Vieira Marques, Manuel Romão, da Figueira da Foz, Hélio Osvaldo Alves, de Guimarães, João Osório de Castro, de Lisboa, Octávio Lixa Filgueiras, do Porto, Max Justo Guedes, do Rio de Janeiro, e outros que não esquecemos. E também sentiremos a falta do Senhor Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz em 1995, Eng. Manuel Alfredo Aguiar de Carvalho, que conosco assinou a constituição do Centro de Estudos do Mar em 27.01.1995. De entre os associados iniciais, os fundadores de 1995, o nosso caro Amigo Carlos Matoso Filipe está longe, no coração da Europa, mas o nosso caro Amigo Victor Camarneiro está aqui perto, em Montemor-o-Velho, no coração do Baixo Mondego, e certamente vai estar connosco nesse dia de festa. Quantos combates, de que nos orgulhamos, pelo Futuro -- pelo Povo, e pela Justiça... --, temos para recordar, em vinte anos, nas terras do Infante Dom Pedro e do Fernão Mendes Pinto…!
É provável que o nosso património, nesse dia 31.01.2015, se enriqueça também com alguns poemas que nos sejam dedicados pelos nossos Amigos, da Praia de Mira, Senhor João Nogueira, Mestre de Vida (e membro da mesa da Assembleia Geral do CEMAR), e Manuel Gabriel, também ele Mestre do Largo Pescador do Alto (e integrante do nosso Conselho Consultivo e Científico).

Hoje mesmo, o património do CEMAR desde já ficou enriquecido também com a oferta, que agora quis fazer - com a sua extraordinária generosidade de sempre -, o nosso Amigo Arq. Fernando Simões Dias. Ele ofereceu, para o nosso acervo museológico, um belíssimo modelo, à escala 1/40, feito por si - um modelos dos seus, à sua maneira, com o seu nível de qualidade e rigor…! --, de uma "Caravela do Século XV", da "Época dos Descobrimentos"…! Esta é uma peça especial, e que ficará para sempre num lugar de destaque em qualquer instalação museológica que o CEMAR organize, ou em que participe. Guardá-la-emos para sempre na "Casa do Infante Dom Pedro", ou no "Museu do Mar da Foz do Mondego"

Com Amigos assim - que sabem criar obras como estas - como poderíamos não continuar por mais 200 anos…?
Vamos continuar (apesar de todas as dificuldades que nos sejam semeadas no caminho)...

Recebido por mail

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Nada de especial...




Tsipras promete bater-se para "restabelecer a dignidade dos gregos" – jornal Público.
Não acredito em milagres...
Mas, se uma bofetada bem aplicada não doer no momento em que é dada, como bem sabemos, vai doer muito logo a seguir...
O estado em que a política, pelo menos, dos dois últimos governos colocou as nossas vidas, faz-me desejar um “momento Syriza”, que coloque cooperação onde hoje está competição. 
A cooperação aproxima-nos e estabeliza-nos, enquanto País;  a competição, que só tem aumentado as diferenças, afasta-nos, isolados por individualismos e egoísmos. 
Resumindo: a cooperação serve os portugueses; a competição, ao que me parece, hoje, o mais importante em Portugal, como temos verificado, serve os números e os conflitos.

FIFA - o homem certo para "acabar com os escândalos", pois claro, é português!

"É uma lástima que José Sócrates esteja impossibilitado de retribuir aquele célebre pequeno-almoço de campanha pelo qual, dizem as más línguas, “el pesetero” recebeu 750 mil euros pagos com dinheiros públicos em 2009. Não faz mal. Não será por isso que deixará de apoiar Luís Figo na sua candidatura à presidência da FIFA. O desde há pouco candidato está determinadíssimo a devolver a transparência a uma organização que lamenta estar frequentemente associada a escândalos. Tem toda a razão. Escândalos sem croissants nem cafezinho com leite morninho."

daqui

A ganância ainda vai acabar por dar cabo disto tudo!.. (IV)

foto António Agostinho
Nem a passagem do tempo me faz aceitar a inutilidade de certos esforços.
Se as águas do meu mar, quase sempre belo e sereno, conseguem devastar uma duna, porque é que hei-de calar a revolta que tal facto me provoca, principalmente porque isso se deve, em grande parte, ao desleixo e à negligência de muita boa gente, pretensamente grada, que por ai se anda a pavonear.
Eu sei que dificilmente as águas de um rio, mesmo bravas e rebeldes, conseguem arrancar um penedo à margem.
Contudo, apesar do penedo poder estar firmemente incrustado no solo, dando a ideia que dali só sairá havendo fractura no chão onde assenta, por vezes é possível as águas soltarem o penedo. 
Não é fácil, mas acontece. Apesar de nem as águas nem o penedo terem vontade própria.
As águas, desde sempre, correm naturalmente pelos declives dos terrenos, ajustando-se aos caminhos que forem conseguindo abrir.
Os penedos, em princípio, devem permanecer firmes e sem se mexerem.
Todavia, apesar da água, dada a sua natureza, parecer que não pode mexer o penedo, afigurando-se, por conseguinte, improvável que o penedo venha a ser movido da sua zona de conforto, as águas vão passando pelo penedo, acariciam-no, lavam-no, refrescam-no e prosseguem o seu percurso, que é sempre por onde houver aberturas, inclinações e outras condições de caminhar.
Mas, as águas, nunca passam sem levar qualquer coisa daquilo em que tocaram no penedo - nem que seja areia...
Por isso, o penedo, depois da passagem da água, jamais ficará como era antes. Mesmo considerando que é um penedo, a sua resistência é uma ilusão. 
Daí, pensar que vale a pena continuar a acreditar que ainda existe a possibilidade de a ganância não conseguir dar cabo disto tudo!..
Reclamar e exigir segurança para os nossos bens e as nossas vidas, implica um compromisso com a dignidade que queremos para estas e o respeito que preconizamos para todos.

rodrigues dos santos...

“Rodrigues dos Santos é funcionário da televisão pública portuguesa e foi à Grécia. Tem todo o direito de dizer que os gregos são (há milénios) uns tipos que se fazem coxos para receber subsídios, que não pagam impostos das piscinas, que têm um ministro da defesa preso porque os alemães o denunciaram como corrupto num processo de submarinos igual ao do ministro da defesa de Portugal (que está solto e se recomenda) e que nestas eleições há o perigo real de um partido de extrema radical (sic) ganhar as eleições aos partidos que ele chama moderados e que governaram a Grécia desde a IIGM (com uns intervalos de ditaduras militares). Rodrigues dos Santos pode dizer tudo de acordo com a sua cartilha e o seu carácter. Ele é apenas o Rodrigues dos Santos, um senhor em viagem pela Grécia para preparar o romance do próximo subsídio de Natal. Ele é tão livre de dizer os lugares comuns mais falhos de critica que a bela Maitê Proença que disse de nós, os portugueses, o mesmo que o Rodrigues dos Santos disse com o mesmo despropósito dos gregos. Estive sempre à espera de o ver escarrar como fez a actriz brasileira. É evidente que outro galo cantaria se Rodrigues dos Santos fosse jornalista, enviado por uma televisão publica que, queira-se ou não, representa os portugueses. Que fosse um jornalista que tivesse de respeitar um código deontológico e não um senhor de extrema radical que manda uns palpites e uns bitaites sobre um povo que, por acaso, é muito parecido connosco (talvez não tenhamos tantas piscinas cobertas) e que vive a mesma, ou pior situação, em boa parte causada pelos mesmos factores e pelos mesmos actores".  

Em tempo.
Segundo li aqui, o texto acima foi escrito por um militar na reforma. 
Ainda bem que nunca li um livro de Rodrigues dos Santos: o homem nasceu mesmo para pivot televisivo...