sábado, 5 de julho de 2014

Algo, que alguém pode entender como humor um pouco corrosivo, para suscitar o riso. Não a pena...

“Escrevo imbuído de esfusiante alegria pois  pela segunda vez em menos de um mês estou inteiramente de acordo com mais um membro da vereação.
Agora foi o Sr. vice-presidente, em texto neste jornal, quem avisadamente opinou sobre a relação autarquia/sociedade civil na linha do que venho escrevendo há anos.
Considera hoje que “o período  em que a autarquia pensava poder substituir-se à iniciativa da sociedade civil” teve “efeitos negativos que ainda subsistem” (ai subsistem, subsistem!). Acredita hoje “que a organização dos cidadãos, naquilo que extravasa as claras responsabilidades da autarquia… deve ser o motor das iniciativas; neste caso o papel da autarquia deverá ser, quando muito, de motivação e apoio”. Não posso estar mais de acordo. Estou agora seguro (não estava) de que acabou “a subsídio dependência e pedinchice em troca da angariação e da fidelidade política”; acabou a organização autárquica de eventos concorrentes com os de associações e clubes; acabou a contratação dos Cides e Emanueis; acabou o “cavalgar” autárquico de iniciativas da sociedade civil, etc., etc. Estou agora certo (não estava) que a autarquia vai motivar e apoiar as iniciativas da sociedade. Já são dois os srs. vereadores a quem manifesto total concordância,correndo agora o sério risco de vir a ser acusado de propagandista do regime (local).”

Em tempo.
Esta crónica de Joaquim Gil, publicada hoje no jornal AS BEIRAS,  intitulada "Em total sintonia com a vereação", faz-me lembrar um antigo jornalista e actual  cronista, agora aposentado na política,  que tinha um  humor particularmente desarmante, porque tinha a capacidade de se rir de si próprio - o tipo que melhor conhecia e conhece à face da terra... 
Quem não gostaria de chegar aos oitenta assim?
Se para uns é difícil, para outros já é impossível...

Os Rodriguinhos


Na Figueira é sempre carnaval...


... até no verão!..

sexta-feira, 4 de julho de 2014

O importante é a cidade...

foto Figueira na Hora
A bandeira azul foi hasteada, na passada terça-feira, dia 2 do corrente, na Praia do Relógio.
Na cerimónia, participaram representantes das restantes freguesias onde também se ostenta este símbolo de qualidade – Quiaios, Leirosa e S. Pedro –, a quem foi entregue o estandarte, para ser içado nas respectivas praias.

Em tempo.
As praias das freguesias limítrofes são o petróleo do concelho... 
Mas, a bandeira azul só mereceu ser hasteada na cidade com a presença das entidades oficiais!..
Não é novidade, mas é um facto que merece ser destacado neste verão de 2014. 
As entidades oficiais -  em especial a  vereação camarária -  converteram-se aos tempos modernos.
O importante é a cidade.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, e ainda bem que assim é...
Vamos ver como é quando estiverem mais próximas as próximas eleições autárquicas...   

Todos diferentes e todos iguais: quem não é por mim é contra mim

Na Figueira ou em Lisboa, é sempre o mesmo... 
"Ao contrário do que é habitual, o Grammy atribuído ao fadista Carlos do Carmo não mereceu até agora os parabéns públicos de Belém"...

Porque hoje é sexta, numa semana que começou na segunda...

Não costumo parar muito para pensar sobre o passado. Olhar para trás... Esforço-me, imenso, apenas, por nunca cometer o mesmo erro duas vezes. Mas há momentos em que vale a pena, mesmo, parar para pensar.  
Vivemos numa pequena cidade – que é a Figueira da Foz -  cada vez mais individualista e preocupada com o seu umbigo. 
As pessoas, cada vez mais, vivem fechadas em caixas de fósforos - vulgo, «castelos» cada vez mais altos... 
Na maior parte das vezes, nem os vizinhos conhecem, quanto mais os maiores!... 
Cultura, qual cultura?... 
Deve ser a roupa de moda, os assuntos fúteis, as causas chiques, ou populares?.. 
De quando em vez lá aparece algo que nos faz pensar, parar para olhar e reflectir se é este o mundo  que queremos. 
O que é pensar conhecer uma pessoa?.. 
Qual é a fronteira entre a superficialidade e a verdadeira cultura? 
O que é o sucesso? 
E a felicidade? 

Os estratagemas de Dona Banca

“Tresanda a BPN, Parte II. E a pergunta tem pois de ser: o que é que aprendemos com o BPN? Deveríamos ter aprendido duas coisas. Primeira, que um sector bancário liberalizado gera e desenvolve práticas de poder, de promiscuidade e de contorno da lei que lhe dão uma força crescente. Segunda, que uma regulação a sério de um sector tão crucial implica presença do Estado por via accionista, única forma de conter verdadeiramente a deriva de destruição de uma finança sem rei nem roque. 
Quando um destes dias nos vierem com a inevitabilidade de injectar capitais públicos no BES para controlar o risco sistémico, valia a pena lembrar tudo isto.” 
Para ler na íntegra a crónica de José Manuel Pureza, no DN, basta clicar aqui.

Na especulação é que vai estar o prejuízo...

Os empresários hoteleiros figueirenses, provam-no mais uma vez, não percebem nada de turismo, muito menos de economia e ainda muito menos de negócios.
Neste momento, julgam-se os mais espertinhos do planeta e arredores.
Segundo o Diário de Coimbra, "os preços de alojamento durante o RFM SOMNII, a 11 e 12 de Julho, duplicam face aos fins-de-semana anterior e posterior, apesar de a ­autarquia ter querido evitar a especulação".
A gula é um pecado mortal. E figueirense que é figueirense, tal como o português que é português, não consegue resistir à especulação...
Se optassem por praticar o preço justo muitos daqueles que vieram para RFM SOMNII talvez voltassem... E aqueles que voltassem, num ano ou dois, gastariam mais, muito mais, que aquilo que lhes esfolaram numa oportunidade. Todos ficavam a ganhar. 
A esperteza, de inteligente, só tem a aparência. 
O RFM SOMNII, no imediato, vai ser um evento positivo para a economia local, mas terá sido o melhor para o futuro da reputação da Figueira, uma cidade que pretende ter no turismo uma actividade de futuro e com futuro?

Poesia de Joaquim Namorado


Seis poemas ditos por Rui Damasceno

quinta-feira, 3 de julho de 2014

LOL!..

Uma mensagem, mais uma vez, errada... Mas, dizem que «foi um equívoco»!..

Entrevista a Teresa Namorado

Em entrevista à Foz do Mondego Rádio, antes da homenagem a Joaquim Namorado, no âmbito do centenário do seu nascimento, a filha do matemático, escritor e poeta Joaquim Namorado, Teresa Namorado (na foto de António Agostinho, ladeada por António Augusto Menano e pelo vereador António Tavares) explicou à jornalista Andreia Gouveia porque estava a colocar a hipótese de retirar da Figueira da Foz o espólio ali deixado em depósito pelo seu pai na sequência da Homenagem que o jornal barca nova em Janeiro de 1983 prestou ao Poeta da Incomodidade e que, na altura, atingiu dimensão nacional.

A propósito de Sophia...

deve e o haver...

Gostei de ler


"O senhor vereador da cultura da câmara municipal da Figueira da Foz não é um homem sem qualidades. Pelo contrário. Uma delas é que é um homem de ideias fixas.
O vereador António Tavares, ele próprio também escritor (embora não seja nenhum Musil), acha que a literatura é assim uma espécie de concurso de abóboras. Para ele alguns escritores são mais dignos que outros – mais bem comportados; mais belos; mais, sei lá, redondinhos ou simétricos; mais fotogénicos; enfim, mais recomendáveis.
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A Biblioteca Municipal acaba, pelos vistos, de perder o espólio de Joaquim Namorado porque os familiares do poeta se fartaram de ver o nome e o legado deste continuamente enxovalhados pela câmara municipal de uma cidade que ele escolheu para viver e morrer e a quem deu tudo.
O vereador acha, peremptório, que “a opção da autarquia, no que a prémios literários respeita, se esgota no figueirense João Gaspar Simões”
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Eu acho que o escritor e cidadão Tavares está no seu direito de preferir o segundo modernismo ou presencismo ao neo-realismo. Mas também acho que o vereador da cultura não tem o direito de impôr os seus gostos ou desgostos. 
Acrescento que nada tenho contra o prémio literário João Gaspar Simões. Penso todavia que faria sentido a recuperação do prémio Joaquim Namorado (uma coisa não impediria a outra, como referi aqui). Seria um sinal de civilidade, de justiça, de maturidade. de pluralismo, que sei eu, de capacidade de conviver com os seus eus contraditórios.
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Que diabo, esta pequena cidade de província sempre é a cidade natal (e adoptada) de dois dos mais representativos escritores das correntes literárias que, embora antagónicas, foram as dominantes na literatura portuguesa no século vinte. Mas também é a cidade que deu à cultura portuguesa vultos como o filósofo Joaquim de Carvalho, o pintor surrealista Cândido Costa Pinto, o escultor e professor Gustavo Bastos, o escritor e cineasta abjeccionista João César Monteiro, o genial (e hoje um tanto esquecido) maestro e compositor David de Sousa.
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Não, a Figueira da Foz não é uma cidadezinha qualquer, no que à cultura diz respeito. É uma cidade plural, rica em diversidade, contraditória. Devia celebrá-lo. Com orgulho e sem preconceitos; sem pruridos nem psicoses, nem complexos paroquiais.
A cultura na Figueira merecia mais; muito mais. Não devia esgotar-se nas opções ideológicas do seu regedor."

A crise de S. Pedro e o acompanhamento que os partidos políticos dão aos seus eleitos

A direcção do Secretariado da Concelhia do PS, segundo o jornal AS BEIRAS de hoje, reúne-se no próximo domingo, pelas 21 horas, com os elementos que concorreram pelo Partido Socialista à junta de Freguesia de S. Pedro em 2013.
Só depois da reunião do próximo domingo é que a concelhia do PS e o presidente da junta de S. Pedro se voltam a pronunciar sobre o assunto.
Por vezes, penso que devo ser um ser de outro planeta
Desde que este assunto anda a marinar pelos locais do diz-se diz-se da Cova-Gala, até chegar ao jornal AS BEIRAS, por intermédio de uma investigação do j´Alves, que deve ter sido dificílima, e depois ter chegado à Assembleia de Freguesia de S. Pedro, esta foi a primeira medida sensata tomada pelo PS figueirense na gestão desta crise. Espero que, por sua vez, o António Samuel se cale até domingo. 
Se a oposição cumpriu o seu papel, não por ser oposição, mas pela posição que  tomou,  confesso que a posição que o PS ainda não tomou, deixando arrastar o caso, me deixou apreensivo
Tudo o que o António Samuel disse nas 4 entrevistas que li é de bradar aos céus... 
Que um presidente de junta, admita que errou, poderia, no limite,  revelar alguma maturidade política dependendo da amplitude do erro.

Agora, que um presidente de junta diga que se soubesse o que sabe hoje, faria as coisas de forma diferente, ajustando a informação entretanto adquirida à realização dos factos, revela que não tem ideias fixas, nem condições nem discernimento pessoal e político para continuar a ser presidente de junta.
E o PS da  Figueira tinha a obrigação de se ter apercebido disto há mais tempo... 

quarta-feira, 2 de julho de 2014

O fim político de António Samuel - que diariamente agoniza aos nossos olhos - está a ser uma tragédia: o «político» está a morrer no circo mediático figueirense, ao estilo de sacrifício romano... Espero que o homem consiga sobreviver ...


para ler melhor clicar na imagem

A homenagem do vereador Tavares ao Dr. Joaquim Namorado, na Figueira...

Diário de Coimbra de 2 de Julho de 2014, quarta-feira, página 12. Para ler melhor clicar em cima da imagem abaixo.
CULTURA Cerca de 600 livros, entre obras de Joaquim Namorado e primeiras edições, devem deixar a Figueira em breve, com o aval do vereador da cultura
O dia, que era de homenagem, acabou por ficar marcado pelo anúncio da intenção da família de Joaquim Namorado em retirar da Biblioteca Municipal da Figueira da Foz o seu espólio, levando-o para o Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira, onde Joaquim Namorado é um dos nomes grandes.
As vitrinas com material de e sobre Joaquim Namorado - na mostra bibliográfica com que a Divisão de Cultura assinalou, esta segunda-feira, o centenário do nascimento do poeta e escritor - não chegaram para convencer os seus descendentes do interesse em manter na Figueira o espólio em depósito. O fim aparentemente irreversível do Prémio de Conto Joaquim Namorado, instituído quando o poeta ainda era vivo e dado por findo no mandato de Santana Lopes na autarquia figueirense, está na origem da decisão, difícil, que umas das filhas, Teresa, já trazia na bagagem.
«Também havia homenagens ao meu pai, em Coimbra, a que gostaria de ter ido, mas optei por vir à Figueira, para perceber se havia intenção de reeditar o prémio», explicou ao Diário de Coimbra. «O meu pai era um apaixonado pela Serra da Boa Viagem e pela Figueira da Foz, ficou muito emocionado com a homenagem que a Barca Nova lhe fez em 1983 e com a instituição do prémio com o seu nome. Foi por isso que destinou parte do do seu espólio a depósito na biblioteca municipal», recordou. «Na altura os livros ficaram expostos, numa estante com o nome dele e da minha mãe, como ele tinha pedido. Agora estão guardados, são consultáveis mas estão, literalmente, em depósito», lamentou. «Julgo que o meu pai merecia mais e, sem o prémio e sem as obras expostas, não vejo grande interesse em mantê-las cá», disse, reconhecendo, no entanto, que da parte das  pessoas «há ainda um grande carinho na Figueira pelo poeta. Mas, em termos públicos está esquecido», concluiu.
«Está esquecido e  não devia», disse Pedrosa Russo, amigo do poeta falecido em 1986, na conversa que se seguiu à apresentação de Joaquim Namorado por António Augusto Menano.
«Chegou a ser aprovada a atribuição do seu nome a uma praceta, mas hoje o nome que lá está é outro», lamentaram algumas dos presentes, recordando «a figura» que era Joaquim Namorado, «homem são, frontal e generoso», para além de prolixo autor. A concretizar-se a intenção da família, em breve o espólio de Joaquim Namorado poderá ser visto e consultado, de forma integrada, no Museu Neo-Realista, em Vila Franca de Xira.
«Faz sentido», admitiu no final da homenagem, o vereador da Cultura, António Tavares, reafirmando que a opção da autarquia, no que a prémios literários respeita, se esgota «no figueirense João Gaspar Simões».
 

Em tempo.
Não sei se vocês se lembram, mas nos tempos da minha juventude, havia uma secção nalguns jornais, como por exemplo no «Diário Popular», que despertava particularmente a minha curiosidade.
Intitulava-se «Acredite se quiser...» e era um misto de retratos do insólito e de jornal do incrível, onde se relatavam factos extravagantes e acontecimentos inacreditáveis.
Desde então, tenho visto atitudes de responsáveis políticos que, pela sua inverosimilhança ou hipocrisia, me fazem lembrar, inevitavelmente, essa fantástica secção.
Foi o que senti na passada segunda-feira no Museu da Figueira da Foz no pouco que consegui aguentar: foi duro ver um resistente à ditadura de Salazar, ser assim (mal) tratado por esta profunda tristeza democrática em que a Figueira mergulhou...

terça-feira, 1 de julho de 2014

Será que os socialistas são crianças* a vida inteira?..

António Samuel fez três levantamentos com o cartão de crédito de Junta de Freguesia de São Pedro para uso pessoal.
O caso foi revelado na assembleia de freguesia, no final da semana passada, e admitido ontem pelo próprio presidente, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS. 
“Foi uma grande emergência pessoal. Foi uma situação aflitiva e a inexperiência fez-me fazer isso. Podia ter solicitado dinheiro vivo e não utilizar o cartão”, declarou o autarca ao jornal.
Foi a urgência da situação que o levou a não ponderar a alternativa do “dinheiro vivo”, revelou ainda António Samuel. 
Os levantamentos, num total de cerca de 500 euros, foram feitos no início de novembro, dois num dia e o outro no dia seguinte, apurou o DIÁRIO AS BEIRAS. O dinheiro foi levantado para pagar uma multa pessoal, disse o presidente da junta de São Pedro na assembleia de freguesia. Cerca de três meses depois dos levantamentos, António Samuel repôs o dinheiro.”


* Em tempo. 
Foi escrito em 1964. Sophia de Mello Breyner Andresen, umas das maiores escritoras portuguesas, terá conseguido, nesta obra, a sua melhor história para crianças. 
E tantas outras elas escreveu, igualmente a não perder - «A Fada Oriana»«O Rapaz de Bronze»«A Menina do Mar»«A Floresta», contos que Sophia escreveu nas décadas de 50 e 60 e que ficaram marcados como obras incontornáveis no seu riquíssimo percurso literário. 
«O Cavaleiro da Dinamarca» é um livro escrito para as crianças, que todos os adultos deviam ler. Fala de um percurso pessoal, fala de honra, fala de História e cruza, de uma forma magistral, a verdade histórica com a imaginação. Apela à memória, mostra a importância de cumprirmos as nossas promessas e faz-nos ver que, por muitas voltas que a vida dê, precisamos muito, precisaremos sempre, de voltar a estar perto de quem nos quer bem.
Leiam. 
É um livrinho, muito barato, muito acessível, que se lê num fôlego. 
E é muito bonito.

Carlos do Carmo


Lançamento do livro "Joaquim Namorado - No centenário do seu nascimento" de Jaime Ferreira


A editora Lápis de Memórias e o autor Jaime Ferreira, convidam V. Exa(s) para a apresentação pública do livro, “Joaquim Namorado – No centenário do seu nascimento”, a realizar, hoje, dia 1 de Julho, às 18h00, na sala polivalente da Casa Municipal da Cultura (Rua Pedro Monteiro – Coimbra).