A SIC decidiu não renovar o contrato com Mário Crespo, informou a estação de Carnaxide em comunicado.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sexta-feira, 21 de março de 2014
Dia da Árvore
Numa actividade conjunta com a Junta de Freguesia de São Pedro e a Figueira Domus, os alunos, professores e auxiliares da EB1 de Gala foram plantar, no Bairro Social da Cova Gala, um conjunto de árvores para comemorar desta forma do Dia da Árvore, que hoje se celebra.
daqui
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Em dia dessa cena marada, chamada de poesia...
Neste país em pousio,
onde reina “o salve-se quem puder”,
em dia dessa cena marada
chamada de poesia,
deparo com cada barretada!..
Tem mais força o pentelho de uma mulher,
por exemplo, da ministra da economia,
do que um cabo para amarra de um navio...
Zé Penicheiro
“Hoje, 17 de Março, foi a enterrar na Figueira da Foz, com
92 anos, o Zé Penicheiro. A sua obra, o modo como se desenvolve traduz um
diálogo com a matéria. O artista vai às suas raízes, à vida vivida ao corpo e
ao espaço do olhar, para os interpretar. Assim nasceram os seus trabalhos,
sínteses de um tempo. Daí uma primeira fase, “caricatura em volume” rapidamente
ultrapassada pelo realismo, pela memória “neo-realista”. Depois, ergueu os seus
“cenários”, novas construções dotadas de uma dimensão funcional cubista, revivendo
o real. Foi um memorialista, um moralista comprometido. Recorda, faz-nos
recordar arquétipos, actividades esquecidas, lugares perdidos no tempo.
Numa pureza estética patente, marca da sua obra. Compromete-se.
Está do lado dos mais fracos, do povo. Retrata-os, mostra-os, como se de uma
“missão” se tratasse. Obrigação de retorno às origens, uma forma talvez de
pintar a saudade.
A arte do Zé não esquece os lugares: a infância, as praias, as
planícies, os estaleiros, a serra, o mar, as cidades da sua vida. É um diálogo constante
na sua obra, “O Pátio das galinhas”, “Buarcos, a boneca na praia”, “Margens do
Mondego”, “Feira numa manhã fria”,“Bouquinistes de Paris”,”A Casa dos Bicos”, e
tantos outros, trabalhos identificadores da essência do seu mundo. Um grande
abraço de até sempre, velho amigo.”
Crónica de António Augusto Menano, escritor, no jornal AS
BEIRAS.
“PS admite que não será possível repor salários e pensões de 2011”
Eu não vi, nem ouvi, mas sei, porque li, que o presidente Cavaco
falou recentemente aos portugueses a propósito das eleições para o Parlamento
Europeu. Disse-lhes para se portarem bem. Nada de “troca de acusações e
ataques“. Nada de “crispação“. Porque essas porcarias podem estragar os
“entendimentos” futuros...
quinta-feira, 20 de março de 2014
Para já 74 portugueses + 74 estrangeiros = 148!.. E agora?
"São 74 economistas estrangeiros que agora se vêm juntar às 74 personalidades portuguesas que, na semana passada, publicaram um manifesto a defender a reestruturação da dívida pública nacional. São economistas, muitos com cargos de relevo em instituições internacionais como o FMI, editores de revistas científicas de economia e autores de livros e ensaios de referência na área.
Estes economistas assinam um documento – com um conteúdo muito semelhante ao manifesto promovido por João Cravinho – intitulado “Reestruturar a dívida insustentável e promover o crescimento, recusando a austeridade”, no qual manifestam total concordância com o documento subscrito por vários políticos portugueses (de Manuela Ferreira Leite a Francisco Louçã), empresários, sindicalistas, académicos e constitucionalistas", segundo o Público!
Em tempo.
Texto e signatários aqui.
Estes economistas assinam um documento – com um conteúdo muito semelhante ao manifesto promovido por João Cravinho – intitulado “Reestruturar a dívida insustentável e promover o crescimento, recusando a austeridade”, no qual manifestam total concordância com o documento subscrito por vários políticos portugueses (de Manuela Ferreira Leite a Francisco Louçã), empresários, sindicalistas, académicos e constitucionalistas", segundo o Público!
Em tempo.
Texto e signatários aqui.
"Vamos chamar-lhe poema, só para facilitar"!.. (II)
“A lua não é do luar”, é o título da crónica de opinião no jornal AS
Beiras de Rui Curado da Silva, investigador, de que transcrevemos um excerto:
“Este ano, Portugal contribui generosamente para engrossar o
pelotão das foleiradas, com uma canção interpretada por uma natural da Figueira
e composta por esse grande e subtil poeta nacional: o Emanuel do Pimba.
Quem tem estado atento a festividades locais e aos carnavais,
não pode deixar de constatar o apurado gosto pela foleirada dos nossos autarcas
na escolha dos artistas convidados. Por exemplo, no carnaval da Bahia desfilam artistas
que representam o melhor da música brasileira, como Gilberto Gil.
Convidar um Sérgio Godinho para uma festa popular é algo que
não passa pelos neurónios de boa parte dos nossos autarcas.
Aos autarcas de esquerda,
diria que a promoção da foleirada não cumpre aquele tal D de Desenvolver que
nos foi legado em abril de 74. Por isso, seja a intérprete da Figueira ou da
Cochinchina, aquela canção é uma foleirada que não me representa.”
Em tempo.
Tenho vergonha que uma canção destas vá
representar Portugal.
Desta vez, a coisa correu um bocado pior que o habitual!
Para além disso, custa suportar aquela insustentável amoralidade e leveza - a de que os fins, e os resultados, justificam
todos e quaisquer meios...
Não é isso definitivamente que eu quero para a minha cidade e o meu País...
Por isso, considero, tal como o Rui Curado da Silva, seja a intérprete da Figueira ou da Cochinchina,
aquela canção é uma foleirada que, também, não me representa.
Eu só te quero fazer rir...
As mulheres costumam dizer que gostam de homens com sentido
de humor, homens que as façam rir.
Ter sentido de humor, porém, não é o mesmo que fazer rir.
Para fazer rir, fazem-se cócegas.
Mas, são raras as
mulheres que gostam ou aceitam que um homem lhes faça cócegas.
Digo-o por experiência própria. De vez em quando, por aqui, acontecem equívocos e reacções algo intempestivas.
Eu só te quero fazer rir!..
Não gostas que te façam rir?..
Foi assinado ontem um Protocolo de colaboração entre a CEMAR e a USFF
Ontem, dia 19.03.2014, na Aula do ABCD-Arquivo Biblioteca
e Centro de Documentação foi assinado um protocolo de colaboração entre o
Centro de Estudos do Mar-CEMAR e a Universidade Sénior da Figueira da Foz -
Associação Viver em Alegria (representados, respectivamente, por Alfredo
Pinheiro Marques e Luís Ferreira, presidentes das direcções respectivas).
Antes, Alfredo
Pinheiro Marques fez uma intervenção sobre o tema do Património Marítimo da Foz
do Mondego (desde a Idade Média e o tempo do Infante Dom Pedro até à Época
Contemporânea e ao tempo do Com. A.A. Baldaque da Silva, o autor do malogrado
projecto do porto oceânico de águas profundas do Cabo Mondego [1913], o porto
que, infelizmente, nunca veio a ser construído e que, se o tivesse sido,
poderia ter mudado toda a feição da economia e da sociedade portuguesa em
geral, e da Beira Litoral em particular).
A Associação Viver em Alegria é uma Instituição Particular
de Solidariedade Social dedicada a actividades sócio–culturais, recreativas e
outras, com grupos sócio–etários da infância, juventude e terceira idade, de
forma a beneficiar os mais desfavorecidos, minimizando as dificuldades sentidas
ao nível de integração na vida activa, saúde pública e nos aspectos culturais,
artísticos, técnicos, profissionais, de entretenimento e recreativo. A
Universidade Sénior é uma das suas pricipais vertentes de acção local.
O Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de
Albuquerque - CEMAR é uma associação científica privada, sem fins lucrativos,
dotada de estatuto de utilidade pública, que foi criada na Figueira da Foz há
dezanove anos atrás [1995] e que se define como um centro de documentação e de
acção cultural, apontado quer para a investigação científica quer para a divulgação
cultural qualificada, e dedicado a "o Mar e o que, através dele, fizeram e
fazem os Portugueses".
Nos termos deste protocolo as duas entidades comprometem-se
a colaborar na organização de acções formativas futuras e de índole cultural.
Na ocasião, foi feito
o oferecimento de colecções de livros editados pelo CEMAR ao longo das últimas
duas décadas, para a biblioteca da Universidade Sénior da Figueira da Foz.
quarta-feira, 19 de março de 2014
GINÁSIO CLUBE FIGUEIRENSE CONTRA NOVO REGULAMENTO DO COMPLEXO DESPORTIVO MUNICIPAL
O Ginásio Clube Figueirense alega (entre outros pontos) que a proposta de regulamento - cuja discussão e votação esteve agendada para segunda-feira, na reunião do executivo entretanto adiada para dia 25 - "concede um privilégio a uma única entidade partindo de um pressuposto totalmente falso: o de que a formação desportiva jovem em matéria de futebol é uma função apenas desempenhada pela Associação Naval 1.º de Maio", contrapondo que quatro clubes do concelho possuem idênticas atribuições.
Via Foz Do Mondego Rádio
Via Foz Do Mondego Rádio
Um estória figueirense
Avenida 12 de Julho, Gala. Foto de António Agostinho |
Na actual conjuntura só os proprietários abastados conseguem
fazê-lo. Grande parte dos edifícios encontrasse desocupada, sendo difícil o seu
arrendamento ou venda.
Fazer as obras constitui encargo de fraca contrapartida, com
reduzido benefício decorrente do estatuto dos benefícios fiscais,
correspondendo ao IMI de dois anos, actualmente sujeito à chamada cláusula de salvaguarda.
Constitui obrigação legal dos proprietários a manutenção do
edificado e, portanto, a Câmara mais não faz do que fazer cumprir a lei.
Porém, muitos deles não terão a possibilidade de fazer o
investimento que lhe é imposto. Legalmente, poderá a Câmara exercer a figura da
posse administrativa, ficando ela própria obrigada a proceder à respectiva
recuperação após expropriação por valores calculados nos termos da lei, de
acordo com o valor tributário, o qual se encontra, por definição, ajustado ao mercado.
Acrescem duas questões que deverão ser devidamente ponderadas:
- Reabilitar sem revitalizar, mantendo os interiores degradados
e disfuncionais mais não é do que aplicar uma simples maquilhagem. Mais importante
do que reabilitar será revitalizar os edifícios e a própria cidade. Isso só se
faz com pessoas e estas só surgirão se o estado da economia o permitir, isto é,
se houver emprego.
- Além disso, compete à Câmara dar o exemplo e reabilitar os
seus próprios edifícios, sem o que não poderá alardear autoridade junto dos munícipes.”
Em tempo.
Dia do PAI
Sou filho de um “Homem que nunca foi menino”.
Esta fotografia, é do meu PAI.
CRIADOR, juntamente com a minha MÃE, de um ser LIVRE.
Criar é educar.
Educar, é alimentar uma criança – “física, mental, social,
cultural, espiritual e religiosamente.”
Criar, é ajudar a despontar, à luz da consciência, a mais
bela obra da natureza - um ser humano único e irrepetível.
O meu PAI nasceu a 17 de Abril de 1927 e faleceu em 6 de Junho de 1974.
Porém, apesar de ter morrido cedo, enquanto viveu, cumpriu o
seu dever: “investiu na sua obra mais importante - os filhos.”
Ainda hoje é o meu melhor e maior AMIGO, com quem continuo a
partilhar o que é verdadeiramente importante para mim.
Obrigado PAI, pela herança que me deixaste: “o valor da
disciplina, da autoridade, da consciência dos limites... Da coragem para os
sacrifícios!...”
Obrigado PAI. Hoje, é só mais um DIA, o dia de S. José, o
pai de Jesus.
Na minha memória, José, MEU PAI , o TEU DIA acontece todos
os dias.
Eu sei que não precisava de ter escrito este texto para que soubesses que continuo a gostar muito de ti e que continuas a fazer-me muita falta.
Deixo-te com uma boa notícia: PAI, o nosso SPORTING ganhou no passado fim de semana, outra vez, ao Porto!...
Também ficaste surpreendido?..
Eu sei que não precisava de ter escrito este texto para que soubesses que continuo a gostar muito de ti e que continuas a fazer-me muita falta.
Deixo-te com uma boa notícia: PAI, o nosso SPORTING ganhou no passado fim de semana, outra vez, ao Porto!...
"Vamos chamar-lhe poema, só para facilitar"!..
“Estamos particularmente satisfeitos com a vitória da Suzy”, disse João Ataíde depois da vitória no Festival RTP da canção do Rei e da Rainha do Carnaval Figueira/Buarcos de 2014.
"O triunfo é a prova de reconhecimento do empenho e trabalho da dupla Suzy/Emanuel”, acrescentou o autarca, afirmando que este é o momento da Figueira da Foz “correr o mundo”.
João Ataíde tem toda a razão para o optimismo, pois, isto, pelos vistos, ainda vai melhorar mais...
Emanuel, o compositor e produtor do tema "Quero Ser
Tua", vai tentar que a canção sofra algumas alterações de forma a
torná-la mais apelativa ao voto europeu e não apenas aos emigrantes portugueses
que é habitual votarem. Caso a RTP permita Emanuel diz que poderá colocar algumas frases em inglês ou em espanhol.Desta vez é que vai ser.
Ô ô ô ô Aurora!
Não se enervem...
"Impacto pleno das políticas de austeridade apenas se sente anos mais tarde, alerta OCDE"...
Portanto, como país temos futuro...
Será assim a nossa sociedade: filho único; os pais ganham mal; trabalham os dois até tarde; o puto está sempre sozinho = vai ser psicopata.
Portanto, como país temos futuro...
Será assim a nossa sociedade: filho único; os pais ganham mal; trabalham os dois até tarde; o puto está sempre sozinho = vai ser psicopata.
Um abraço
Sábado passado uma mulher tentou suicidar-se na Ponte 25 de Abril. Parou o carro, pôs os 4 piscas, deixou um papel a despedir-se dentro do carro e saiu para ir saltar da ponte abaixo. Depois de muitos, de muitos carros não pararem, alguém parou, e quase depois disso também um segundo carro, com um GNR lá dentro, que conseguiu impedir o salto enquanto uma pessoa do primeiro carro que parou pedia à mulher suicida que lhe desse um abraço.
Mas nas notícias nem pevas, nem desta história nem de todas as outras que têm vindo a acontecer diariamente – gente a perder o amor à vida, naquela que ficará para a memória recente da sociedade portuguesa como um dos períodos mais absurdamente difíceis de sempre. Mas nas notícias nada, jornalismo nenhum que mostre o que está verdadeiramente a acontecer, que diga que há corpos de pessoas que todos os dias dão à costa nas margens do Tejo, que diga que há muitas pessoas que se matam porque não conseguem viver sem trabalho, com dívidas, e sem esperança alguma de que algo mude no tempo útil das suas vidas breves – enquanto Pedro Passos Coelho e Paulo Portas constroem (pela destruição das vidas da maioria esmagadora dos vivos, incluída uma classe média patrimonial tão recente em Portugal) um país para pessoas que ainda não nasceram.
terça-feira, 18 de março de 2014
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