António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Joaquim Benite
Em Almada ergueu
um projecto sólido num teatro azul. Teve de enfrentar governantes cuja
ignorância fustigava. Foi feito cavaleiro das artes e das letras pelo governo
francês mas, quando lhe lembravam isso, dizia que ainda estava à espera do cavalo.
Agora é tarde.
Esta manhã as notícias falaram dele e de coisas que ele
pensava e dizia: que «os encenadores nunca ficam na história, quem fica na história são os escritores como o Shakespeare».
Como ele também disse um dia “vale
a pena viver para nos divertirmos. Lutar por coisas, para cumprir missões, não.”
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Um vídeo esclarecedor sobre o ensino privado em Portugal...
“Aquilo que muita gente já sabia e que já tinha sido objecto de muitas denúncias que o ministério continua a ignorar. Isto é um escândalo, não há outra forma de classificar isto. Mas tudo o que se diz sobre a empresa GPS não se fica por aqui, há atividades e práticas bem mais graves do que é aqui descrito e que têm vindo a ser denunciadas por aqueles que conhecem melhor a empresa.”
Via Klepsýdra
Isabel Jonet, em discurso directo...
para ler clicar na imagem |
Não é espantoso que a santa padroeira da caridade não perceba isto? não, não é. É que na sua classe social acredito piedosamente que muitos pais não tenham tempo para dar o pequeno-almoço aos filhos. Não vejo é grande drama nisso: chegam ao colégio e passam pelo bar. O pior que acontece é chegarem atrasados à aula."
Via Aventar
Nem de propósito: “assentava que nem ginjas”!..
imagem sacada daqui |
Depois da rábula da sugestão de Passos Coelho da aplicação de propinas ao secundário, o mínimo que se pode dizer da “coincidência”, é que vinha mesmo a calhar...
Nem de propósito: “assentava que nem ginjas”!..
Vivemos uma época de loucura e insanidade?..
Barcos, comboios e metropolitanos de Lisboa e Porto
transportaram menos 12,9 milhões de passageiros no terceiro trimestre de 2012,
uma quebra que os especialistas justificam com a crise, o desemprego, a subida
das tarifas e o fim dos descontos para estudantes.
A sério, estou a ficar preocupado…
Na história - e o Portugal contemporâneo é o exemplo vivo
disso mesmo - há muita paciência para a miséria, mas será que não existe limite mais curto para a estupidez?..
30 000 euros...
foto sacada daqui |
"Duplicar o record de mini foguetes", ou seja, chegar aos 2.000 participantes"...
A medida, vista e comentada pelos santanistas:
“A Figueira perdeu”…
A medida, vista e comentada pelos que apoiam e
compreendem a necessidade da contenção:
“A Figueira aprendeu”…
Ainda a mesma medida, vista e comentada pelos
figueirenses em geral:
“A Figueira é uma merda”…
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Idiossincrasias figueirenses...
Mereceu a minha melhor atenção o comentário do eng. João Vaz
ao post de Rui Curado Silva (na imagem ao lado e aqui).
Escreveu o senhor eng..
“O Executivo está preocupado com o que possa acontecer ao Casino e já tomou algumas medidas. Mas, a Câmara não tem competências para impedir despedimentos nem o fecho de determinadas áreas de negócio. Só se estás a propor a"nacionalização" do Casino ! :) Ou o que sugeres que a Câmara possa fazer ?”.
Escreveu o senhor eng..
“O Executivo está preocupado com o que possa acontecer ao Casino e já tomou algumas medidas. Mas, a Câmara não tem competências para impedir despedimentos nem o fecho de determinadas áreas de negócio. Só se estás a propor a"nacionalização" do Casino ! :) Ou o que sugeres que a Câmara possa fazer ?”.
Eu já o sabia, desde que este executivo tomou posse, mas a
partir deste momento, tornou-se público aquilo que era do meu conhecimento pessoal.
Para o senhor eng., aqui na Figueira, o comum dos mortais não pode opinar sobre, pelo menos, duas ou três coisas: o desempenho do actual Executivo da Câmara Municipal da Figueira da Foz, o preço da água na nossa cidade e o Casino.
Para o senhor eng., aqui na Figueira, o comum dos mortais não pode opinar sobre, pelo menos, duas ou três coisas: o desempenho do actual Executivo da Câmara Municipal da Figueira da Foz, o preço da água na nossa cidade e o Casino.
Pronto… Fica o meu conselho aos blogueiros figueirense e aos
que têm colunas de opinião nos jornais…
Neste momento, só devem escrever sobre baboseiras, de preferência
desportivas...Sobre outras realidades locais, abordem o défice herdado
pelo actual Executivo….
Em tempo.
- Não poderia concordar mais com Rui Curado da Silva, na resposta ao comentário do eng. : "o Casino tem um contrato de concessão. O contrato não
permite tudo à entidade que explora o casino. Se há condições que não são
respeitadas o contrato pode cessar. Além disso o Casino tem uma série de
responsabilidades sociais que fazem parte do seu contrato de concessão, não é
uma empresa qualquer. Quando uma empresa que tem este tipo de responsabilidades
com a comunidade e simultaneamente despede quando dá lucro, julgo que os
eleitos (câmara, assembleias, deputados, etc.) têm a obrigação de pedir uma
justificação aceitável da parte da instituição. Isso foi feito em 2009? Não.
Entretanto a situação agravou-se. Há organismos de fiscalização da atividade
económica que poderiam ser ativados pela câmara ou por outros eleitos para se
perceber o que se está a passar. Até agora ainda não consegui perceber o que
tem feito a Câmara. Mas tenho registado a participação regular de membros do
executivo em atividades diversas do Casino quando deveria haver alguma
contenção e distanciamento."
Haverá elogios grátis entre esta gente?..
Antigamente, era
preciso ter coragem para dizer mal do governo.
Presentemente, é
preciso ter cada vez "coragem" para conseguir dizer bem.
domingo, 2 de dezembro de 2012
Portugal é de quem o reinventa?..
Na passada quarta-feira, questionado pela jornalista Judite
Sousa sobre se poderemos vir a “pagar pelas escolas públicas” à semelhança do
que já acontece em alguns serviços do Serviço Nacional de Saúde, Passos Coelho
respondeu apenas...
“Temos uma Constituição que trata o esforço do lado da Educação de uma forma diferente do esforço do lado da Saúde. Na área da Educação, temos alguma margem de liberdade para poder ter um sistema de financiamento mais repartido entre os cidadãos e a parte fiscal directa que é assumida pelo Estado.”
“Temos uma Constituição que trata o esforço do lado da Educação de uma forma diferente do esforço do lado da Saúde. Na área da Educação, temos alguma margem de liberdade para poder ter um sistema de financiamento mais repartido entre os cidadãos e a parte fiscal directa que é assumida pelo Estado.”
Hoje, segundo o mesmo Passos
Coelho, não faz sentido perguntar se vai ser criada mais uma taxa no ensino
secundário...
"O ensino secundário praticamente desapareceu, na medida em que o ensino obrigatório foi estendido até ao 12.º ano. Uma vez estendido até ao 12.º ano, significa que as regras serão as mesmas em todos os níveis do ensino obrigatório".
"O ensino secundário praticamente desapareceu, na medida em que o ensino obrigatório foi estendido até ao 12.º ano. Uma vez estendido até ao 12.º ano, significa que as regras serão as mesmas em todos os níveis do ensino obrigatório".
Jornalista sofre!..
"Há quase 20 anos, por questões profissionais, que tenho assistido a sessões solenes que marcam este ou aquele aniversário nesta ou naquela coletividade, nesta ou naquela instituição.
Com raríssimas excepções, o modelo é precisamente o mesmo! Começa-se sempre tarde, canta-se o hino, lê-se o expediente e lá se entra no extenso caminho dos discursos.
Muitos discursos! Fala toda a gente, em representação de tudo o que é instituição.
Uma seca!"
Com raríssimas excepções, o modelo é precisamente o mesmo! Começa-se sempre tarde, canta-se o hino, lê-se o expediente e lá se entra no extenso caminho dos discursos.
Muitos discursos! Fala toda a gente, em representação de tudo o que é instituição.
Uma seca!"
O dr. Gil pode ficar descansado: não falhou, comentar a actualidade figueirense é um acto falhado, porque a actualidade figueirense é, ela própria, um acto falhado...
Dr. Joaquim Gil, Director de O Figueirense |
“Quero
também aqui expressar gratidão àqueles que, por aí, me foram interpelando, uns
cumprimentando-me pelo jornal e pelos editoriais, outros cumprimentando-me
pelos “editoriais muito bem escritos”, que é como quem dizia não gostar assim
tanto do conteúdo deles.
Não
posso esquecer aquele grupo de leitores fieis que perscrutavam, sempre nos meus
escritos, uma agenda secreta, fantasmas vários de sentido oposicionista, eu sei
lá… mas, curiosamente, um a um, sempre sozinhos e afastados do grupo, vinham
ter comigo sugerindo “Oh, Gil, escreva sobre isto ou sobre aquilo!”.
Como
imaginam os leitores eu também retirei algum gozo – é este o termo certo,
certíssimo! – do exercício da direção de O Figueirense.
Por
fim, uma nota de especial carinho para aqueles que tenho como os meus mais
fieis leitores, pois que nos últimos três anos não passou uma sexta feira sem
que logo pelas nove da manhã não estivessem a devorar ferozmente “o quadradito”
que encima a pág. 2 de O Figueirense. Para, de seguida, percorrerem os gabinetes
do edifício público que transitoriamente ocupam, fazendo a interpretação
autêntica das maléficas intenções subjacentes aos meus editoriais.
Tenho
pena, pois agora têm, pelo menos, onze longos e penosos meses de ociosas manhãs
de sexta feira.
Termino
declarando ter a noção perfeita de que gente há que não gostou dos meus
escritos.
Esses
terão que ter a paciência por mais um mês, depois do que suspirarão de alívio:
Vêem-se livres de mim!”
sábado, 1 de dezembro de 2012
À atenção do Miguel Almeida e restantes incondicionais de Santana na Figueira…
Segundo o Expresso, na edição de hoje, Santana, o actual provedor da Misericórdia de Lisboa, “está mais recatado,
não quer saber das eleições autárquicas e há mais de um ano que não o vêem nos
jogos do Sporting. Resistir a analisar a
actualidade política é a sua forma de ser solidário com o Governo.”
Abreviando…
Miguel Almeida e todos os incondicionais de Santana na Figueira tenham calma...
Aproxima-se um jantar de homenagem, o que é sempre um excelente momento para as devidas reposições…
Achados&Caricaturas - “obrigado Fernando Campos pela dádiva que partilhas connosco”
Como estava previsto, ontem, plas 18.30h, no Tubo d’Ensaio d’Artes, Figueira da Foz, foi inaugurada a exposição Achados & Caricaturas, do Fernando
Campos.
Estiveram presentes dezenas
de admiradores, que puderam apreciar 50
caricaturas, retratos políticos sucintos,
sintéticos, de alguns rostos da classe dirigente e de alguns amigos, 7 Achados,
7, composições com objects trouvés, vagamente escultóricas porque
tridimensionais e ainda dois quase-ready-made, cúmulo artístico das recentes elucubrações do Artista no domínio do
pensamento mais puramente conceptual, que são outros tantos “comentários à
contemporaneidade”.
Como escreveu Osvaldo
Macedo de Sousa, investigador, produtor cultural e grande divulgador e
dignificador do humor gráfico, “Fernando Campos é um homem de poucas palavras e
de poucos traços. Não é por timidez mas porque é um artista de essências, de
contenção. Dissecando fisionomias, abstratizando vivências, sintetizando
cumplicidades, Fernando viaja no campo da irreverência caricatural como um dos
mais ousados artistas nacionais.
Infelizmente, o campo onde
Fernando semeia a sua criatividade caricatural não tem sido a imprensa clássica
mas a Web, na sua página ttp://ositiodosdesenhos.blogspot.pt/”.
Sobre a exposição hoje
inaugurada e que pode ser vista no decorrer do presente mês de dezembro no Tubo d’Ensaio d’Artes , na Rua do Pinhal, 1A na Figueira da Foz, pode ver
clicando aqui um vídeo da autoria do fotojornalista Pedro Agostinho Cruz.
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