António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Governo anula concurso do TGV entre Lisboa e Poceirão
Apesar das dificuldades, cada vez maiores, pelo que me rodeia, verifico que continua a abundar entre os portugueses um optimismo desbragado.
Isso está a fazer-me mal... Está a conduzir-me a um pessimismo cada vez mais profundo.
Vejam lá: não é que eu considero que só um povo profundamente optimista pode julgar que não vai pagar muito caro um défice público superior a 10%, baixá-lo para 7,3%, e para menos de 5% no próximo ano.
O que nos vale, é que existe a possibilidade de vir aí o Mourinho!..
Que alívio!...
Humoristas (41)
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Situação do país "é grave mas tem saída"...
Humoristas (40)
Assim, impõe-se uma mudança de paradigma, a evolução para um novo sistema, em que todos tenham uma reforma condigna e de igual valor. Pois se é verdade que um administrador de uma sociedade deve ganhar mais do que um operário - uma vez que tem maiores responsabilidades - já não faz qualquer sentido que, uma vez reformados, para custearem as suas necessidades, gestor e operário tenham pensões diferenciadas.”
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Mundial de Surf
Ivo Cação acabou de ser eliminado da prova.
Para acompanhar a prova em directo clique aqui.
Humoristas (39)
“Parque Desportivo de Buarcos vai ser passado a pente fino”.
“Recorde-se que o referido equipamento é uma promessa eleitoral do PSD, feita quando Duarte Silva se candidatou ao primeiro mandato. Porém, nove anos depois, o projeto ainda não saiu do papel...”
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Querem ver que vai sobrar para o Sporting!..
Rogério Alves, presidente da Assembleia Geral da SAD do Sporting.
Assembleia Municipal da Figueira da Foz reúne-se antes da apresentação do orçamento para 2011
Publicidade, ao gosto dos contribuintes...
“O caso em estudo, (foto acima, tirada daqui) - trata-se mesmo de um case-study, como se diz emportuguês académico - refere-se a um evento que ocorreu no passado fim-de-semana, em Maiorca, freguesia da Figueira da Foz. O acontecimento, de evidente cariz popular, foi organizado pela Junta de Freguesia local com o alto patrocínio e apoio logístico da Câmara Municipal e da empresa municipal Figueira-Grande-Turismo.
Devo dizer que, ao contrário de municípios como Alijó (com a sua Bienal Internacional de Gravura), Sernancelhe (com o seu Festival Internacional de Guitarra Clássica), ou Montemor-o-Velho, o município da Figueira da Foz não dissipa o dinheiro dos contribuintes em iniciativas elitistas. Pelo contrário. Tratando-se pois de um meeting de cariz cultural (teve striptease e cantorias), desportivo,social (teve também o alto-patrocínio de uma conhecida marca de bejecas e muito cumbíbio) e benemérito (a receita apurada terá sido, dizem, para benefício do núcleo local da Cruz Vermelha), e visto que contava apenas com o apoio logístico das entidades oficiais, a organização teve que recorrer ao contributo generoso do tecido empresarial da freguesia.
E é disso mesmo que trata a publicidade.”
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Humoristas (38)
Desde logo, não será, certamente, tarefa fácil, arranjar a individualidade certa para ocupar tal lugar.
A consensualidade, a imparcialidade e o apartidarismo que terão de predominar entre as características de tal figura, só por si, reduzirão em muito o leque das opções (veja-se, noutro âmbito, a “trapalhada” que rodeou a escolha do recente Provedor de Justiça…).
Depois, há que ter a consciência que os poderes do Provedor Municipal terão, necessariamente, de ser bastante limitados.
O Provedor não resolve, apenas recomenda. E mesmo as suas, decerto, oportunas advertências ou conselhos, não terão qualquer força vinculativa perante os autarcas eleitos.
Apenas uma conduta de bom senso e de ética por parte de quem governa, e decide, poderão contrariar tal facto, valorizando, assim, o exercício da provedoria quer perante os autarcas quer, principalmente, perante os principais beneficiários da sua existência, os munícipes.
A nível nacional, a figura do Provedor Municipal (ou Provedor do Munícipe) não deixa de ser controversa. Desde o Município de Cascais, onde a sua existência é inquestionável, e valorizada, até ao paradoxal caso de Abrantes, possivelmente a única cidade da Europa onde o Provedor é escolhido, e destituído, pelo próprio Presidente da Câmara!
Não pode, também, deixar de ser preponderante, principalmente para um Município com as manifestas adversidades financeiras do nosso, a existência de capacidade efectiva para remunerar condignamente tal cargo e, simultaneamente, custear uma estrutura organizacional própria (no bom exemplo de Cascais, o Provedor Municipal – em exclusividade -aufere um ordenado equivalente a um vereador a tempo inteiro…).
Há, pois, que equacionar outras soluções, talvez mais favoráveis e pragmáticas (seguramente menos onerosas), que possam assegurar, de forma eficaz, a defesa dos direitos dos munícipes face ao poder autárquico."
Nuno Melo Biscaia
Nota breve: Este blogue, no passado dia 4 de Julho, abordou a questão com este post:
domingo, 12 de setembro de 2010
Há mais desporto em Portugal
Como escreve o Rogério no Marcha do Vapor, é “tempo de reflectir”.