terça-feira, 17 de abril de 2007

Placas informativas?!...


Não sei se existem queixas por causa desta “barrigada” de informação!...
Todavia, coitados dos que nos visitam e não conheçam o terreno!.. A proliferação de placas indicativas - de tudo é mais alguma coisa - é uma confusão completa...
Será possível, circular a 30 ou 40 km, de carro ou de mota, próximo de um entroncamento e, com segurança, ler toda esta "montra de sinais"?...

Fantasma do terceiro...



A luta pelo terceiro lugar está mais acesa do que nunca.
Bola na trave, continua a ser bola mal chutada!...
Vocês, estão bem posicionados para alcançar tão honrosa classificação: vão na frente!

José da Silva Ribeiro: um Homem que dedicou a vida a cultivar o Povo





Homem de Cultura, notabilizou-se no Teatro. O seu nome confunde-se com a Sociedade de Instrução Tavaredense, fundada tinha ele 10 anos. Começou logo aí a sua ligação com a Arte de Talma. Que não a praticou noutro sítio: “Eu sou apenas Tavarede e mais nada”. Textualmente.
Encenador por excelência, também escreveu, adaptou inúmeras obras e, imagine-se, também pisou o palco. Representou na Filarmónica Figueirense e na Filarmónica Dez de Agosto.
Falamos de José da Silva Ribeiro, um humanista, para quem o centro era o Povo, a educação e a instrução das classes populares.
Foi com pesar que recordou o fecho do jornal que dirigiu, “A Voz da Justiça” (a tipografia foi roubada - palavras dele), numa entrevista que me concedeu em 1984, para o “Secção Cultural” da Associação Naval 1º de Maio. Não desarmou, ludibriou a PIDE e o regime, e no ano seguinte, decorria o ano de 1938, apareceu com outra publicação, desta vez com o nome de “Jornal da Figueira”, de que saíram 24 edições.
Considerava Gil Vicente seu padrinho e usava uma sua frase como ex-libris: “E eu ey nome ninguém e busco a consciência”. Tinha o Shakespeare completo em inglês, em francês e em português, além de admirar o Garrett, de achar o “Camões grande, mas é fora do teatro que o considero espantoso”. Pudera, o escriba também é dessa opinião. Entre outros dramaturgos da sua preferência encontra-se o Lorca, a quem ele se referiu assim: “o nosso grande Espanhol Federico Lorca”.Outra paixão do Mestre, que ele considerava genial, era Molière. Não sem razão, pois teve tempo de o ler convenientemente. Foi nos calabouços do anterior regime que Mestre José Ribeiro recebeu uma belíssima prenda: a obra completa daquele dramaturgo, oferecida por um outro figueirense ilustre, que a comprara num leilão - Maurício Pinto.

Alexandre Campos

O CAPITALISMO, COMO UM TIGRE RECICLADO

segunda-feira, 16 de abril de 2007

As contas da Câmara vão ser votadas hoje

Como pode ser lido hoje nas As Beiras, “a dívida de curto prazo da câmara sobe e a de médio/longo prazo desce. A oposição diz que o passivo total ronda os 90 milhões de euros, com as empresas municipais incluídas.”

“Em Dezembro do ano passado, no total, as dívidas directas da câmara rondavam os 62 milhões de euros. Isto sem contar com os cerca de sete milhões da Figueira Grande Turismo e os 22 da Figueira Domus, sublinha a oposição.”


Ao jornal, “apesar das tentativas, não foi possível recolher declarações de Duarte Silva.”

Luta estudantil de 1969


Nesta fotografia vê-se o Joaquim Cerqueira da Rocha, ao meio, numa manifestação estudantil, em Lisboa, nos anos 60 contra a ditadura.
Esta imagem foi digitalizada do Manual de História do 9º. Ano da “Lisboa Editora”.
Como comemoramos Abril, a divulgação de alguns documentos como este, é uma forma de homenagearmos os democratas figueirenses, alguns dos quais já falecidos.

Pedro Biscaia

Jogo sem cor

Campo da Vinha da Rainha
Arbitro: António Rocha
Auxiliares: Gois Cardoso e Mário Simões

Vinha da Rainha: Alan, João Santos, Ricardo Freitas ( Verde aos 75m), Barriga, Romeu, Bruno (cap.) ( Vilão aos 67m), Mário João, Marco, André Magalhães, João Filipe e Rui Gaspar ( Sousa aos 81m)
Suplentes não utilizados: Carlos, Mica, Ricardo Neto e Hugo
Treinador: Nuno Carvalho

Cova-Gala: Dias, Copinho, Lambreta, Hugo, Rato, Pedro Mota ( Dani aos 56m), Pedro Fernandes, Zézé, Tuka ( Ricardo aos 81m), Sérgio e Tó Jó ( Ivo aos 68m)
Suplentes não utilizados: Bolas, Luisito e Rui Camarão
Treinador: Rui Camarão

Resultado ao intervalo: 3 – 0
Resultado final: 4 – 0
Golos: Bruno aos 3m, André Magalhães (g.p) aos 41m, Rui Gaspar aos 43m e Marco aos 81m

Disciplina:
Amarelos: Pedro Mota aos 41m, Ricardo Neto aos 48m e Zézé aos 82m
Vermelhos: nada a registar

domingo, 15 de abril de 2007

AGORA, SIM!

Este é o tempo...

Por este ano, os pescadores da Cova-Gala vão despedir-se da pesca da lampreia.
Hoje, é o dia de encerramento da “época”.
Depois de Abril, por já ter desovado, a lampreia deixa de ter valor.
Agora, é o tempo de remendar, lavar e guardar as “branqueiras”. É o tempo de ver se a “albitana” tem buracos, se a tralha, a cortiça e o chumbo estão em condições para o próximo inverno.
Agora, é o tempo de parar e reflectir.
Esta foi uma “época má”: “pouca pesca e poucos ganhos”.
Este é o tempo de lembrar os dois camaradas que morreram...

sábado, 14 de abril de 2007

“E antes do 25 de Abril, como era?”





Um grupo de figueirenses de vários quadrantes políticos, sensibilidades e diferentes sectores de actividade, organizou-se num movimento que tem como objectivo manter viva a memória e a importância do 25 de Abril.

Este movimento preparou uma série de actividades e eventos dirigidos não só - mas particularmente - às gerações mais novas, sob o tema “E antes do 25 de Abril, como era?”.

Abrangendo mais do que a própria data de celebração, o programa abre no dia 24 de Abril com a queima simbólica do fascismo, e uma exposição no Tubo d'Ensaio, dedicada à vida política, económica e social vigentes no Estado Novo, e prolongar-se-á noutros eventos que incluem projecções de filmes relacionados com o tema, concertos e tertúlias. Estas tertúlias têm como finalidade pôr à conversa pessoas que viveram activamente esse período com os jovens.

Mais do que uma celebração, é um momento de história viva.

X&Q34

Mais uma etapa cumprida rumo ao sonho

Complexo Desportivo do Cabedelo
Arbitro: Alberto Caixeiro

5 ....................3

Cova- Gala: Pedro Duarte, João Carlos, Ruben, Pedro (cap.), João Pedro, Paulito, Carlos Daniel, Zé Pedro, Fredy, Carlitos, André e Rui
Treinadores: João Camarão e Rui Camarão

Naval: Nini, Marcelo C., Paganini, Pedro Nuno , João Paulo, Mota, David, Marcelo, Rodolfo (cap.), Patrick, Nelson e Ruben
Treinador: Alexandre Paredes

Resultado ao intervalo: 3 – 0
Resultado Final: 5 – 3

Golos: Paulito aos 15m, Carlos Daniel aos 23m, Zé Pedro aos 30m, Carlitos aos 42m, Fredy aos 45m, Pedro Nuno aos 53m e 63m e Pedro (p.b) aos 55m

João Cenáculo Vilela, um resistente


“Companheiros, se eu não voltar, é porque deram cabo de mim”.
Foi com esta frase que João Cenáculo Vilela se despediu dos seus camaradas de presídio, numa das vezes em que foi chamado para mais uma sessão de tortura, nos calabouços da PIDE/DGS.
Mas voltou. E a prova que voltou é que está agora connosco para nos contar que foi preso em cinco ocasiões, nas quais somou nove anos de prisão.
Militante do PCP desde 1933, este familiar de António José de Almeida, o ex-presidente da República, e filho de um militar salazarista, operário vidreiro reformado, lembra-se da primeira vez em que foi transformado em preso político: estava num café em S. João da Madeira, “Café Santos”, a festejar o 1º de Maio com outros colegas de trabalho e, bem entendido, de ideologia.
As prisões sucederam-se por vários motivos, entre 1948 e 1960, ora por denúncia de ser comunista, ora por actividade política descoberta pelo “inimigo”. Conheceu as prisões de Coimbra, de onde é natural, Aljube e Caxias. 33 meses de uma vez, 7 meses de outra, 2 anos, e por aí fora, tudo somado dá 9 anos, e sem qualquer julgamento.
Hás muitos anos que reside na Figueira da Foz.
Com 86 anos de idade, João tem ainda a memória em grande forma, e conta-nos que trabalhou um mês de borla, porque não voltou ao trabalho, depois de dois responsáveis da empresa onde estava o terem convidado para integrar a Legião Portuguesa. Decididamente, uma marca que ele não fumava.
Nem no seu olhar, nem em qualquer expressão do seu rosto, deixa que se note qualquer sintoma de ódio ou de revolta. Nele, que foi um revoltado, mas que, em pleno fascismo, explicou a revolta a um chefe de uma empresa vidreira onde trabalhou: “Sou eu que sou revoltado ou são vocês que não cumprem a lei?”.
Pergunta de um combatente da Liberdade, que a pagou com 9 anos nas prisões fascistas, que ficou sem resposta.
João sorri. Tem a consciência tranquila e está bem com a vida. Como qualquer revolucionário.

Alexandre Campos

sexta-feira, 13 de abril de 2007

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Ontem não foi dia de televisão!...


Não tirei bacharelato, mas também ninguém me trata por bacharel...
Não tirei licenciatura nem doutoramento, mas já aqui me trataram por doutor...
Não tirei mestrado, mas já me trataram por mestre...
Como diria o outro é o "Sistema" em Portugal...
Mas, eu, asseguro, que sou contra o “Sistema”...
Será que a culpa é das novelas do Brasil...
Lá, dr., é alguém com poder e que deve ser respeitado por esse poder...
Em Portugal, ser tratado por dr. ou engenheiro, pelos vistos, pode vir a ser caso de vida ou de morte!...
Mas, só assim, se consegue o respeito dos outros...
Senão, era o caos, éramos todos iguais.. Ganhavamos todos o mesmo... Toda a gente trepava como queria...
Havia de ser lindo, havia!...
Já, assim, é o que é... Ninguém respeita ninguém!..
Mestres? Doutores? Engenheiros? Licenciados? Bacharéis? Técnicos e Técnicos Auxiliares?.. Que importa!...
Devíamos é ser respeitados pelas pessoas que somos...
Os que tiveram e os que não tiveram possibilidades para tirar um curso...
Acabem com os títulos...
Senhor Sócrates: trate mas é do que é importante para os Portugueses.
O Paulo Dâmaso e o Pedro Fernandes Martins que tirem o “cavalinho da chuva”: vocês não são únicos e exclusivos - eu também não me preocupei com a entrevista do Sócrates.
Fui jantar fora!... E arejar as ideias...
Ontem, não era dia de televisão!...

Leitão Fernandes, um humanista discreto



Por detrás do solícito funcionário público do Registo Predial, Manuel Leitão Fernandes era um humanista discreto.
Cidadão figueirense empenhado no bem comum, dedicou-se, ao longo da sua curta vida, ao associativismo, ao jornalismo e à sua paixão pelo cinema. Registamos a sua activa passagem pelo Ginásio Figueirense, foi correspondente de vários jornais nacionais (Diário Popular, Capital, Record ou O Diário onde tinha excelentes relações), colaborou anos a fio na "Voz da Figueira" onde assinava uma coluna denominada "Quinta Coluna", pertenceu à entusiástica equipa de colaboradores do "Mar Alto" 1ª série, ainda antes do 25 de Abril e foi um dos iniciais cabouqueiros do semanário "Barca Nova".
Manuel Leitão Fernandes possuía uma diversificada biblioteca pessoal e um enorme acervo de documentação cinematográfica. Deve-se a ele e a Manuel Catarino o lançamento das bases do Círculo Juvenil de Cinema em 1970, que envolveu um punhado de jovens estudantes figueirenses que, no "Caras Direitas", viam e debatiam bom cinema de quinze em quinze dias, à tarde. É nesse contexto que irá surgir a Semana Internacional de Cinema e, depois, o Festival de Cinema da Figueira da Foz do qual, Leitão Fernandes, foi membro da Comissão Executiva durante as primeiras edições.
Manuel Leitão Fernandes foi sempre um democrata convicto e na papelaria/livraria Carvalheiro, ali ao Jardim, que possuía em conjunto com a sua mulher Celina Carvalheiro, se juntavam, depois da hora do fecho, pequenas tertúlias conspirativas e de divulgação cultural. Era também um pedagogo, no sentido largo do termo, pela paciência e interesse com que se relacionava com os jovens proporcionando-lhes formação e estímulo na descoberta de novos mundos da escrita e da imagem. Foi pela sua mão, que alguns de nós nos aventurámos nos jornais e, cá deixou este gosto pelas palavras e pelas histórias contadas. Se ele fosse vivo creio que estaria connosco nalgum blog de intervenção, sempre na outra margem do poder.
Manuel Leitão Fernandes era, enfim, um homem respeitado e afável, para quem a Amizade era um firme compromisso, uma atitude constante, muito para além das meras palavras de retórica.
P.B.

No texto acima, que o sempre Amigo Pedro Biscaia, a meu pedido, escreveu para recordar um Homem importante nas nossas vidas, pode ler-se a dado passo: “se ele fosse vivo creio que estaria connosco nalgum blog de intervenção, sempre na outra margem do poder”.
Concordo plenamente contigo Pedro. Leitão Fernandes, era receptivo ao novo. Já agora, recordo que era também um excelente fotógrafo.
Foi com Manuel Leitão Fernandes, aí pelo final do ano de 1977, que eu dei os primeiros passos no jornalismo, fazendo uma parceria com ele, numa altura em que se encontrava já doente, como correspondentes do jornal “O Diário” na Figueira da Foz.
Lembro-me, como se fosse hoje, o primeiro trabalho que fizemos em equipa: a cobertura da grande cheia no inverno de 1977, no Baixo Mondego. Foi o meu baptismo no mundo fascinante que é o jornalismo.
Foi ceifado pela morte aos 47 anos, depois de ter lutado estoicamente com uma doença que continua a não perdoar, em Agosto de 1978.
Fica aqui a recordação de um antifascista, um Homem de Cultura e um cavalheiro de uma educação irrepreensível.
A.A
Nota: para ampliar a imagem, basta clicar sobre ela.

Estes, ninguém os cala


Estes quatro amigos da fotografia, não há quem os cale.
Ao invés, os pesados silêncios do tó (da lota) são ensurdecedores.
Curiosamente, além deste, notou-se, em especial, este.
Já agora, que vem a “talhe de foice”: em que dia é a megamanifestação?
È que o pessoal tem de preparar as minis, os coiratos e, claro, os bagaços...
Aos amigos da fotografia é que ninguém os cala!...