segunda-feira, 4 de julho de 2022

Passaram dez anos e voltamos ao mesmo...

"O PSD pode querer lavar a sua cara. Mas atiram-nos areia aos olhos para melhor vender os seus mesmos velhos políticos - agora recauchutados... que voltam a ter o mesmo velho programa privatizador. A Direita que quis reduzir os salários está aí outra vez"...

«Dez anos antes de Luís Montenegro proferir a sua intervenção vencedora no 40º Congresso que o empossou como presidente do PSD, o Governo que o então chefe da bancada parlamentar social-democrata apoiava, foi responsável pela descida salarial nunca vista e que ainda perdura. As notícias de 2012, parecem aliás um déjà vu do que se vive actualmente. 

Pedro Passos Coelho - tão ovacionado pelos delegados ao dito 40º Congresso do PSD - presidiu, com o Paulo Portas do CDS, a um Governo que quis tomar nas suas mãos a revolução (neo)liberal respaldada pela intervenção externa da troica. Hoje, esse ideário é mal assumido por causa do fracasso económico então gerado e do descontentamento geral que atirou o PSD para o deserto e o CDS para o fundo. Hoje, o PSD quer branquear-se, embora sem mudar de programa económico. E nem mudam de caras.

Maria Luís Albuquerque, a arrogante ministra das Finanças, escolhida depois da fuga de Vítor Gaspar para o FMI, é repescada, como se nada lhe tivesse passado pelas mãos. Carlos Moedas - hoje presidente da Câmara Municipal de Lisboa e um dos mais ovacionados oradores no dito Congresso - afirmou na RTP que nunca teve funções de decisão no Governo Passos Coelho, quando na verdade foi secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro encarregue de coordenar a aplicação das medidas do Memorando de Entendimento com a troica de que Passos Coelho disse querer "ir além". Os jornalistas que então apoiaram o Governo de direita como uma autêntica revolução libertadora, defendem agora na televisão que isso de "ir além da troica" é um mito, que Passos Coelho nem ninguém do CDS alguma vez o disseram, quando na verdade... todos o disseram!»

Confirmem aqui.

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