quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Centro, apenas mais uma região de um país do faz-de-conta...

«Ao longo de 142 quilómetros, os visitantes atravessam rios, vales, serras, zonas húmidas, campos agrícolas, estuário, praias e áreas protegidas. Tudo isto numa oferta turística sustentável que se distingue por uma diversidade que conflui no Rio Mondego, onde cabem, ainda, o património histórico, arquitetónico e cultural, a gastronomia, a etnografia e actividades de lazer. A Figueira da Foz é uma das duas principais portas de entrada. A outra é Oliveira do Hospital. 
Da serra até à foz, mergulhando nas paisagens dos municípios de Oliveira do Hospital, Tábua, Penacova, Coimbra, Montemor-o-Velho e Figueira da Foz, a Grande Rota do Mondego faz ligação com outras grandes e pequenas rotas da Região Centro, num total de 700 quilómetros. 
Entretanto, como o DIÁRIO AS BEIRAS avançou na semana passada, nos próximos tempos, serão construídas diversas ciclovias e ecopistas, acrescentando valor à grande travessia turística vizinha do Mondego. 
Com o rio ao pé da porta e o mar a ver-se pela janela, a apresentação da Grande Rota do Mondego realizou-se, ontem, no salão nobre dos paços do concelho da cidade da Praia da Claridade. Seguiu-se a inauguração simbólica, com um percurso pedestre entre os dois painéis alusivos à nova oferta turística instalados na Baixa figueirense. A cerimónia foi presidida pela secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, que vaticinou que, depois da crise, “vamos ter mais e, sobretudo, melhor turismo”. O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, por seu turno, definiu a Grande Rota do Mondego como “mais um passo para afirmar a região como destino turístico de excelência”. Uma região, defendeu, que deve ser um território “coeso e mais sustentável”.» 
Via Diário as Beiras

Continuamos a perder tempo demais com notícias estéreis sobre matérias desfocadas, inexistentes ou que não permitem chegar a nenhuma acção correctora dos problemas estruturais da economia há muito identificados. 
O que temos é: muita parra e pouca uva. 
Assim não teremos futuro. Continuamos a persistir no modelo económico que vimos seguindo há décadas.
O modelo tem de ser outro. O crescimento deve ser intensivo: primeiro a produtividade e o emprego... 
Na Região Centro têm que se operar mudanças substanciais no seu modelo de negócio, na sua especialização produtiva, no ordenamento do território, pois só assim será possível alterar, para melhor, a qualidade de vida das pessoas. Se continuarmos o caminho trilhado nas últimas décadas vamos continuar a viver tempos difíceis, instáveis e de crescimento reduzido. 
A Região Centro é de todos. Não pode continuar a ser governada ao sabor dos desejos de uma oligarquia do bloco central de interesses. 
O pequeno grupo desse bloco central de interesses que nos governa, à vez, e tem provocado a estagnação da Região Centro. 
Faz o que é o seu desígnio e a sua missão. Nós é que somos os culpados: andamos há décadas a votar sempre nos mesmos.

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