sexta-feira, 7 de agosto de 2020

A Figueira nas primeiras dos jornais regionais de hoje

"PSP detém três mulheres por furto a ourivesarias"
 "Judiciária apanha autora de tentativa de homicídio"

 
Pode-se argumentar que isto é o reflexo do jornalismo tabloide, que substituíu, no seu desempenho, “interesse público” por “interesse do público”
Em vez da deontologia, que defende o interesse público, está a concorrência, que sacrifica todos os direitos civis ao “interesse do público”. Numa palavra: ao negócio. 

A selvajaria tabloide é semelhante ao que temos na sociedade em geral. Vale tudo: a ética existente é que dá acesso ao poder e ao dinheiro. Não se olha a meios para atingir os fins. 
A Figueira é uma sociedade em crise profunda. Por enquanto, alguns conseguem ver a ponta do icebergue. Outros, porventura a maioria, nem isso. 
A verdade, porém, é que não há um único investimento público realizado (ou em curso) pelos executivos socialistas nos últimos 11 anos no concelho da Figueira da Foz, que o torne mais competitivo em relação aos concelhos vizinhos. 

Onde é que estão as empresas que investiram cá? E porquê? Porque, ao contrário do que este executivo camarário quer fazer passar, infelizmente para os figueirenses, o concelho não é atraente para investir. 
Além de estar a comprometer o presente, este executivo está a comprometer o futuro. 
Na Figueira, nos últimos 11 anos, não houve, não há e nem vai haver, uma política para a juventude. Onde está o emprego para a juventude se fixar na Figueira? 

Gastam-se rios de de dinheiro em agitação e propaganda. Contudo, o problema não é financeiro, é mais profundo. Este executivo, independentemente de, porventura, poder ter entre os seus membros alguém com valor, no colectivo reflecte quem o dirige: não tem dimensão, visão nem capacidade para pensar o futuro. 
Sobretudo, não tem coragem para promover e dignificar uma sociedade onde a juventude se sinta livre de gente que anda sempre no beija-mão ao poder. 
Não é com gente assim, incluindo juventude, que depende da subsidiodependência dos dinheiros camarários, que vamos lá. 

 Nos últimos anos, como quase todos sabemos, a Figueira tem-se limitado a sobreviver. Enquanto concelho perdemos peso. Quase todos temos visto os nossos vizinhos a ultrapassarem-nos. Por muito bem que a máquina de agitação e propaganda continue a funcionar não vai conseguir esconder o óbvio: estamos a empobrecer. 

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