«Nunca na minha imaginação me via a escrever um livro». As palavras são de Dília Brandão Fernandes ao Diário de Coimbra, mas desengane-se quem as levar à letra. Verdade é que a antiga modista e bordadeira, natural de Montemor e há 40 anos radicada na Figueira da Foz, escreveu mesmo um livro, que sábado tem “direito” a sessão de autógrafos, integrada na Feira do Livro de Montemor-o-Velho.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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