quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Brigada do reumático, versão 2018...

"Bem diz o velho ditado que se é “preso por ter cão e preso por não ter….”
Depois do movimento Parque Verde, elementos de vários partidos e alguns populares se terem insurgido contra a intenção da autarquia de abater 16 árvores em frente ao Mercado de Buarcos, no âmbito do projecto de reabilitação da frente marítima, ontem foi a vez de um grupo de moradores de Buarcos solicitarem uma reunião com o presidente da Câmara, para pedirem exactamente o abate de árvores. 
Ao nosso Jornal foi vedada a entrada, mas no final, um dos elementos presentes explicou que «a população está cada vez mais envelhecida, com problemas respiratórios e pode ser devido aos plátanos», disse Rosa Figueira, que assegura que, no local onde trabalha (no Hospital), vê frequentemente entrar pessoas com esses problemas «e essas árvores poderão estar na origem»."
Via Diário de Coimbra
imagem sacada daqui

Nota de rodapé
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 A brigada do reumático.
Em março de 1974, reúnem-se na Presidência do Conselho, em S. Bento, os generais das Forças Armadas. Ali manifestam o apoio incondicional a Marcelo Caetano e à "defesa do Ultramar"
Spínola e Costa Gomes faltaram e foram exonerados no dia seguinte.
O Governo demite os Generais Spínola e Costa Gomes dos cargos de Chefe e Vice-Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, alegando falta de comparência na cerimónia de solidariedade com o regime, levada a cabo pelos três ramos das Forças Armadas. Essa cerimónia de solidariedade será ironicamente baptizada nos meios ligados à oposição ao regime como "Brigada do Reumático" nome pelo qual ainda hoje é muitas vezes referenciada. A demissão dos dois generais virá a ser determinante na aceleração das operações militares contra o regime...
Um mês e pouco depois, a 25 de Abril de 1974, caía o regime. 
Às vezes, nestas cerimónias, conta mais quem não está, do que quem está...

1 comentário:

Unknown disse...

Boa noite a todos,

Relativamente à indignação por parte de algumas pessoas (fracções), ao abate de algumas árvores (cerca de 20) em prol de um projeto que vai criar mais espaços para as pessoas confraternizarem em família e com implantação de mais do dobro das árvores daquelas que vão ser abatidas, acho que estão no seu direito! Mas também deveriam saber que muitas das árvores que não vão ser abatidas ( por exemplo: Plátanos) vão continuar a contribuir para as alergias e problemas respiratórios de idosos e crianças que frequentam todos os dias aquele espaço!