segunda-feira, 14 de maio de 2018

PRAIA DO NORTE ENTREVISTA PEDRO AGOSTINHO CRUZ

O que significa fazer parte de um novo recorde do mundo?
É uma questão difícil de responder. Mas, estou super feliz pelo feito do Rodrigo Koxa, por mais uma vez a Nazaré e a Praia do Norte serem protagonistas por este mundo fora. Eu apenas fiz a fotografia como tantos outros que estavam presentes naquele dia. Tive o privilégio de ser a fotografia.
Como descreve a sensação que sentiu ao ver e registar aquela onda?
Bem, na altura senti que onda do Rodrigo Koxa tinha sido enorme. Faz parte do mediático “super set” da “The Big Wednesday”. Senti que tinha acontecido algo especial naquele momento, mas longe de mim pensar que podíamos estar a falar de um novo record do mundo. Porém, quando publiquei a fotografia na minha página de facebook o feedback das pessoas levava a crer que podíamos estar a falar das maiores ondas de sempre surfadas na Praia da Norte. Afinal, sabemos hoje que é a maior do mundo.
O que o levou, como fotógrafo, a procurar registar as ondas da Praia do Norte?
Fotografo as ondas da PN antes deste mediatismo todo das Big Waves. A Praia do Norte já era um lugar que frequentava regulamente, acompanhava os meus amigos nas surfadas, e fazia o registo fotográfico das mesmas, nomeadamente, o Luís “Porkito” Pereira, o Jaime Jesus, o Fábio “Marreta” Laureano, o João “Panhó” Conceição, entre outros.
As ondas grandes surgem de uma forma natural, tenho alguns amigos na Nazaré entre eles o Dino Casimiro, o responsável por este rebuliço todo, e que me apresentou este fenómeno das ondas grandes e o projecto que hoje é tudo isto que sabemos. Tenho fotografias da primeira vez que o Garrett surfou na Praia do Norte, em 2009/2010, por exemplo.
Já imaginou estar do outro lado da fotografia? Em cima da prancha?
Não! Nem quero imaginar! Credo!…
Vai continuar a fotografar os dias de ondas gigantes na Nazaré? Depois de fazer parte do novo recorde do mundo, há algum objetivo que procure atingir neste tema?
A Nazaré e a Praia do Norte são lugares muito especiais para mim, como tal, fazem parte do meu caminho.
O meu objectivo é simples: não quero ser mais um fotógrafo a registar este fenómeno. Hoje, infelizmente existe uma banalização da imagem da Praia do Norte, das ondas gigantes. Este local merece um esforço acrescido dos profissionais da imagem na tentativa de fazerem a melhor imagem possível. A Praia do Norte merece isso!

Nota:
A entrevista foi sacada DAQUI.

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