terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Faleceu Francisco Beja, figura histórica da Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo

Foto sacada daqui
António Durães, alertou-me esta manhã para o falecimento, ocorrido a 2 do presente mês, de Francisco Beja, uma personalidade incontornável do universo figueirense (da Leirosa, mais precisamente, ainda que vivendo quase desde sempre no Porto) pelo trabalho desenvolvido no âmbito do teatro e da educação artística.
A cerimónia fúnebre teve lugar no passado domingo, 4 de fevereiro, pelas 10h, na Igreja de Paranhos, Porto.

Normalmente, continuava a  passar o mês de Agosto na Praia da Leirosa.
Quem o conhecia, sabe que continuava a guardar da Figueira o amor imenso pelo mar e pela pesca.
Ao longo da vida tentou sempre manter alguma ligação à terra,  através do grupo de teatro O TEATRÃO, de Coimbra, e, também, através do CITEC do Deolindo Pessoa, em Montemor-o-Velho.

"Figura indissociável da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE) e das artes de palco, Francisco Beja nasceu em 1952, no Porto. Formado na Escola Superior de Teatro do Conservatório Nacional e mestre em Estudos Teatrais pela Leeds University, Francisco Beja foi ator e encenador, docente e designer de luz, começando o seu percurso, em 1971, no Teatro Universitário do Porto. Enquanto diretor técnico e luminotécnico trabalhou com diversos encenadores e artistas, entre os quais João Mota, Carlos Pessoa, Júlia Correia, José Mário Branco, João Lóio ou José Carretas. Iniciou o seu percurso na docência em 1978 nos cursos do Magistério Primário, lecionando a disciplina de Movimento e Drama. Em 1985 foi nomeado assistente de Expressão Dramática pela Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto, sendo responsável pela criação e dinamização de um grupo de teatro nessa mesma escola. Coordenou a área de Movimento, Música e Drama e elaborou, juntamente com Manuela Bronze e Acácio Carvalho, a proposta de currículo dos Cursos de Teatro a criar pelo Politécnico do Porto, no âmbito da ainda designada Escola Superior de Música (ESM). A partir de 1993 foi professor adjunto de nomeação definitiva da ESMAE, colaborando na organização e arranque do curso de teatro e coordenando os cursos de Luz, Som e Direção de Cena. Em 1994 realizou, enquanto consultor técnico, o projeto de construção de um teatro na ESMAE — o Teatro Helena Sá e Costa. Elemento do Conselho Científico da ESMAE, da sua Comissão Permanente e da Comissão Científica do Curso de Teatro, foi nomeado em 1996 elemento do Conselho Geral do Politécnico do Porto, cargo que manteve até 2012. Diretor do Teatro Helena Sá e Costa, foi eleito presidente da ESMAE em 2002. Em 2009 foi nomeado pelo Conselho Geral, num breve período de transição, presidente interino do Politécnico do Porto. Foi ainda vice-presidente da CULTURPORTO (em representação do Politécnico do Porto), associação cultural responsável pela gestão do Teatro Rivoli e por diversos programas de animação cultural da cidade. Pelo seu contributo na área artística e institucional, como figura essencial para o fortalecimento das valências da Música, Teatro ou Artes da Imagem foi atribuído, em 2015, o nome Francisco Beja ao café-concerto da ESMAE."

À família enlutada,  sentidas condolências pelo infausto acontecimento.

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