Janeiro de 2018 não foi um mês fácil para Pedro Santana Lopes.
O social-democrata acabou o primeiro mês deste ano sem PSD, sem Santa Casa da Misericórdia e sem coluna de opinião no Correio da Manhã, à qual foi convidado a pôr termo, sobrando-lhe o escritório de advocacia e o congresso do próximo fim-de-semana.
O telefone, sabe o SOL, ainda não tocou. A possibilidade de repetir Paulo Rangel - convidado para encabeçar uma lista ao Conselho Nacional e depois ao Parlamento Europeu após perder contra Passos em 2010 - é real.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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