Neste mês de Janeiro tivemos duas demonstrações do que significa a democracia na Figueira: o poder nas mãos de uma minoria incompetente.
No PSD, registaram-se os seguintes resultados na recente corrida para liderança do partido.
No entanto, houve mais de 50% de abstenção.
Dos 406 militantes em condições de votar, apenas 193 exerceram esse direito.
No passado sábado, concluiu-se o processo eleitoral para a Concelhia e para as Secções do Partido Socialista da Figueira da Foz.
A lista A, "Accão e Compromisso", foi eleita com 301 votos a favor (92.91%), 20 votos brancos e 4 votos nulos, com 78,12% de votantes (325 em 416).
Num universo de 1800 militantes, 416 pagaram as quotas e foram votar 325.
Como facilmente se conclui, o PS da Figueira está mais vivo do que nunca e, sobretudo, motivado.
Nem no tempo do Santana, na Figueira!..
A Figueira é pequena.
O que significa que os seus bens e males, as suas gentes, elites ou massas, os politicos e a democracia, tudo é proporcional a essa pequenez.
Portanto, continuem a fingir.
A máscara por vezes é precisa...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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