...então, foi uma bela de uma tentativa eleitoral!..
Agora, via Diário de Coimbra, ficámos a saber, que "com a presença de dois vereadores (Miguel Pereira – também sócio da associação – e Carlos Monteiro), a assembleia – geral da Vela Pravida realizou-se com mais de três dezenas de associados, tendo na ordem de trabalhos, entre outros, o plano de actividades e orçamento para 2018 e as diligências efectuadas no que se refere aos incêndios de 15 de Outubro, que, recorde-se, dizimaram por completo toda a envolvente da Lagoa da Vela. O presidente da direcção, que, no dia seguinte à assembleia-geral, pediu a demissão «imediata» do cargo, invocando problemas de ordem pessoal e de saúde, mas também «divergências» no seio da direcção, disse, sem querer avançar mais pormenores, entregou já ao conselho fiscal «o espólio» que tinha em seu poder (documentos, correspondência e outros), e diz esperar ser substituído «por procedimento legal e estatutário/regimental e não por arranjos com roupagem ilegal»."
Noutros locais do País, já começaram trabalhos de limpeza e recuperação da zona que ardeu.
Por aqui, resta perguntar onde ficaram as promessas do vereador das florestas?..
O que é compreensível, pois, como se nota, anda absorvido com outras tarefas...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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