quinta-feira, 31 de agosto de 2017

O problema da rádio na Figueira, continua a ser o mesmo de sempre: o pecado original, isto é o controle remoto...

... "o proprietário-mecenas", Dr. Fernando Cardoso.
Na edição de hoje do jornal AS Beiras, Sansão Coelho, conhecido homem da comunicação social, exorta as “forças vivas” do concelho e os figueirenses em geral a contribuírem para a revitalização da Foz do Mondego Rádio, no “ar” há três décadas. 
Numa carta aberta, que o jornal publica, o radialista advoga uma “mudança sólida e com raízes no futuro”. E adverte: “se essa mudança e adaptação aos novos tempos, aos novos públicos e aos novos interesses dos públicos não for feita, morreremos um dia destes, o sinal apagar-se-á: fim de emissão”
Sansão Coelho, antigo profissional da RDP, actualmente  aposentado,  integra um grupo de colaboradores da rádio da Figueira da Foz (entre outros: António Félix, João Bóia e Olímpio Fernandes) preocupados com o seu futuro.
Na carta hoje publicada, Sansão Coelho escreve também: "falou-se com o proprietário-mecenas (Dr. Fernando Cardoso) e ficámos com a possibilidade de desenvolver, até ao final do ano em curso, e em conjunto (ou seja com todos os que colaboram ou se interessam pela rádio direta ou indiretamente) um somatório de ações, reflexões e propostas para tentarmos viabilizar económica, produtivamente e ao nível informativo a Foz do Mondego Rádio em 99.1. Disse-nos o Dr. Fernando Cardoso que não estava nos seus planos “meter” mais dinheiro na rádio, mas demonstrou desejar continuar a apoiar a nossa Foz do Mondego Rádio, com mais de trinta anos de atividade, mantendo-a independente e vocacionada para a nossa cidade e região. Parece-nos correto este ponto de vista, porque temos de ser nós (os que desejam que a Figueira tenha uma rádio e uma rádio com identidade figueirense) a viabilizar a sua existência." 
No tempo que passa,  é necessária imensa distracção e enorme imaginação para não perceber, que além das "dificuldades tremendas e conhecidas que as rádios locais estão a ter, o que é generalizado aos meios de comunicação tradicionais/ convencionais, provavelmente pelo advento da massificação/democratização da internet, proliferação de ofertas de conteúdos (de facto, oferta, porque são gratuitos) e fragmentação de públicos. Só por descuido podemos pensar em rádio local (ou fazer rádio) nos dias de hoje como se pensava (ou como se fazia rádio) há cinco, dez ou vinte anos. Tudo está diferente. A paisagem mediática, e em concreto a paisagem audiovisual, estão a anos-luz de distância e até da cabal compreensão deste fenómeno."
Então porque é que se insiste em continuar a cometer o pecado original que esteve na fundação de uma estação de rádio na Figueira?
Fernando Cardoso, "o mecenas", homem de "vistas largas e grande sabedoria" sempre percebeu o óbvio, que aliás todos fazemos nas nossas casas: é quando a pilha está fraca, que é necessário apertar como mais mais força o controle remoto...

4 comentários:

Anónimo disse...

Pena é que tenha que vir alguem de fora completamente desconhecedor da historia da rádio da Figueira para fazer tal apelo.
De qualquer das formas ainda bem que alguem se interessa por isso.

Anónimo disse...

Rádio da Figueira?
Algumas (poucas) vezes que sintonizei fiquei com a nítida sensação que era uma rádio do concelho de MONTEMOR-O-VELHO.
Porque foi?

Anónimo disse...

Então mas o Sr.Olimpio Fernandes não tinha saído da rádio para ingressar num grande projecto da Figueira tv?

Anónimo disse...

Caro senhor das 21.53 eu respondo-lhe foi porque os interesses da vaidade pessoal algumas vezes se sobrepuseram aos interesses da radio e do concelho.