Repetidamente desmentido pela realidade, Pedro Passos Coelho acaba de adoptar a tática dos cobardes: "se não os podes vencer, junta-te a eles".
Ao reconhecer algum mérito do actual governo na melhoria económica do país, embora logo de seguida o reivindique também para a sua governação, o líder do PSD não faz uma apreciação justa e nem sequer se aproxima da generosidade que quer demonstrar.
De facto, a melhoria do país vai muito para lá da economia que, sendo importante, não esgota o sentimento de bem estar que se vive no país.
Se na oposição Passos Coelho nada fez por isso, enquanto governou fez recuar a economia mais de dez anos e, pior ainda, provocou fracturas sociais entre gerações e classes sociais que só não tiveram consequências graves porque o bom senso dos portugueses acabou por prevalecer.
Compete aos militantes do PSD fazer o resto.
Via A Forma e o Conteúdo
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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