terça-feira, 15 de agosto de 2017

1+1, nem sempre é = 2!..

Nem queria acreditar, mas é verdade. Na política portuguesa, há sempre algo para nos surpreender!
"Pulo Miranda é o candidato à Câmara Municipal de Campo Maior pela coligação "Povo Unido Com Campo Maior" entre PSD-CDS-PPM.
O Cabeça de Lista à Câmara, proposto pelo PPM, nas listas que deram entrada no dia 7 de Agosto, no Tribunal de Elvas, é também o cabeça de lista da mesma candidatura para a Assembleia Municipal de Campo Maior."
Há quem parta do princípio de que um problema de que não se fala, não existe!
Se silenciarmos a realidade, se fingirmos que não vemos o que está mesmo à frente dos nossos olhos (num exercício de hipocrisia que até faz doer), se negarmos as evidências, por mais fundamentadas que sejam (desprezando a experiência e o conhecimento de quem sabe mais do que nós), a Figueira até pode pular, mas não avançará.
Um dia destes, via José Luís de Sousa, tive conhecimento que "fechadas as listas às eleições autárquicas, descobrem-se coisas curiosas: fica-se a saber que há casais candidatos (até nos maiores partidos), irmãos candidatos, gente que é candidata e tem a mesma morada! Percebe-se, que nos partidos mais pequenos ou nos emergentes movimentos de cidadãos seja necessário repetir nomes, conforme o órgão autárquico a que se quer concorrer (porque não há gente para tudo). Mas, no caso da Figueira da Foz,, quando uma força política que até tem alguma tradição ao nível do poder local - durante mais de uma década esteve representada na vereação e há quatro anos teve quase 2.500 votos e ficou a poucas dezenas de voltar a eleger um vereador - faz o que a foto documenta.... (e acreditem que são os únicos a fazê-lo, assim, à descarada)... não será licito perguntar:  'não há mais ninguém'?' Ou não acreditam que a candidata à Câmara tenha hipóteses de ser eleita e preferem, desde já, 'segurar' o lugar que ocupa actualmente na Assembleia Municipal? Eis uma candidatura "dois em um"! Resta saber se funciona...!"

Ao contrário do que pensava, o assunto passou entre os pingos da chuva. Praticamente, ninguém deu por ele.

Mas, agora, via Isabel Maria Coimbra, o assunto veio de novo à baila.
Passo a citar partes do seu escrito no facebook.
"Estando o país em contagem decrescente para as próximas eleições autárquicas em Outubro de 2017, estranho que a CDU (coligação comunista) candidate sempre as mesmas pessoas num ‘viró disco e toca o mesmo’ e que uma mesma candidata possa concorrer à Presidência da vereação da Câmara Municipal e ser também a nº 2 na lista da AM, sugerindo que quer garantir um lugar, fazendo supor que, provavelmente, tem uma excessiva ânsia pessoal de poder...
No aspecto ético, tendo a CM e a AM poderes distintos - visto que a AM supervisiona e fiscaliza a acção executiva da CM- a atitude é, no mínimo, reprovável. 
No aspecto moral, também não será grande exemplo para os mais novos... 
Atraem gente nova assim? Como? Se quem lá está há décadas quer conservar o poder a todo o custo? 
Ainda que a situação seja legal, sabendo que a CDU é a terceira força política do Concelho e que deve ter muitos (?) militantes e simpatizantes, chamo ‘deficit democrático’ a este tipo de arranjos dentro dos Partidos, com gente a sofrer do mal de ‘carreirismo político’, saltitando de lugar em lugar desde que fique no poder. 
Uma orquestra que toca sempre com o mesmo violino já deve ter grande desafinação no instrumento e, talvez, já não seja capaz de produzir música diferente... 
Assim, como já sabemos o discurso de cor e o que os (mesmos) candidatos podem oferecer ao Concelho, estamos tão anestesiados que acabamos por desligar desta CDU/FF demasiado repetitiva."

Mas, há mais. E, talvez, ainda melhor.

A Fátima Trigo ex-candidata "Somos Figueira" a Tavarede, em 2013, em 2017 vai na lista que concorre à Junta de Tavarede, pelo PS, e também vai na lista à Assembleia Municipal, pelo Partido da Terra, cujo cabeça de Lista à Câmara Municipal é o António Durão!..

Confesso que, a um fulano que se assume de esquerda, como eu me assumo, e sabendo, como sei, que quem alerta para os perigos da esquerda,  é porque se dá bem com a direita, mesmo assim, este assunto não deixa de preocupar.
E atenção: para que tudo seja clarinho, afirmo que não considero esquerda aquela que, em primeiro lugar, gosta de contar dinheiro. Essa, é uma "esquerda" fora do meu baralho, à esquerda.
Fico com uma dúvida, a que só os figueirenses podem dar resposta em 1 de outubro próximo: com uma esquerda local assim, quem precisa da direita?
Mas, a Figueira, seguramente, não me vai dar a resposta.
A Figueira tem um problema, que é de sempre (pelo menos, desde que tenho memória): as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas. As idiotas estão cheias de certezas!..
E, sendo assim, tudo vai ficar como dantes, no quartel de Abrantes!

1 comentário:

Anónimo disse...

Pergunto eu que disto nada sei!
esta Fátima Trigo e a outra que é professora e foi candidata pelos 100% a Tavarede no momento das votações votam como?
será que votam conforme a canção do Marco Paulo (eu tenho dois amores...). Lol