sábado, 24 de junho de 2017

Estamos num País onde se continua a brincar com o fogo! Só que ele não sabe brincar...

Foto sacada daqui
"A cena passou-se no Saltadouro, zona arborizada de Tavarede, durante o último grande incêndio florestal no concelho da Figueira, foi em 2005. As chamas aproximavam se de uma casa cercada de mato e pinheiros. À volta da casa, uma infinidade de materiais combustíveis (plásticos, veículos) e botijas de gás. Os habitantes da casa estavam de “cabeça perdida”, sem saber o que fazer. Felizmente, os bombeiros chegaram a tempo de apagar as chamas que se aproximavam. 
Nessa altura, apercebi-me que as pessoas que moram nesta situação, rodeadas de floresta, não estão informadas nem preparadas para uma situação de incêndio. Nunca ninguém lhes ensinou o que fazer em caso de incêndio, não têm um plano básico de emergência. Será que hoje estamos mais bem preparados e as populações mais vulneráveis tiveram formação? Ou continua tudo na mesma? 
O professor Xavier Viegas (Universidade de Coimbra) faz investigação sobre incêndios florestais. Escreveu o livro “Cercados pelo fogo”, que conta a trágica “história” das pessoas, entre bombeiros e populares, que sucumbiram durante incêndios florestais. 
Impressiona a quantidade de gente que morreu por não saber o que fazer em caso de incêndio. “Permanecer dentro de casa é sempre a melhor opção. Janelas e portas fechadas.” 
Termino com uma nota positiva: “As alterações propostas pelos munícipes para as zonas abrangidas pela Carta de Incêndios foram todas rejeitadas”, na revisão do PDM. Haja bom senso!"
Cercados pelo fogo, uma crónica de João Vaz, consultor de sustentabilidade, publicada no jornal AS BEIRAS.

Nota de rodapé.
Repito um pedido, ao mesmo tempo um grito de impotência e de revolta, feito aqui.
Não brinquem com fogo...
E a razão é simples: ele não sabe brincar!

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