José Gomes Ferreira é uma personagem patusca.
Confesso que me diverte.
O homem, ao que sei, tem uma licenciatura em comunicação social.
Porém, anda por aí armado em economista.
Até já escreveu livros a ensinar como salvar o país...
De matemática, ao que consta, pouco mais estudou do que a tabuada. Contudo, quem o ouve opinar sobre política económica é bem capaz de pensar que o pobre diabo é doutourado em Harvard.
Normalmente fala sozinho ou entrevista amigos, convencido de que é uma autoridade em economia.
Considerou que podia entrevistar António Costa, conseguindo o que nem o PSD, nem o CDS conseguiram: "lixar" o primeiro-ministro no domínio da economia.
Desenhou dois ou três gráficos, alinhavou umas frases banais inspiradas no discurso da direita e pensou que poderia meter o Costa na linha.
Deu-se mal...
O espetáculo, ridículo, do pobre funcionário de Balsemão pode ser visto, clicando aqui.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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