Esta imagem do Expresso, recorda Pedro Passos Coelho que, segundo o mesmo jornal, "chorou de rir na estreia de Mário Centeno", ao que julgo saber, esse sim, um fulano bem disposto e com imensa graça.
Um ano e meio após o início das profecias catastróficas feitas pela direita, a Geringonça mantém-se de pé. Devolveram-se rendimentos, aumentou-se o salário mínimo, criaram-se postos de trabalho, reduziu-se a carga fiscal, o crescimento económico é uma realidade (o resultado do primeiro trimestre de 2017, face ao período homólogo, é o melhor em 10 anos) e até o défice está hoje controlado, apesar das projecções da deputada Maria Luís Albuquerque, que considerava “aritmeticamente” impossível que o governo conseguisse cumprir as exigências de Bruxelas. Apesar das sanções que nunca vieram, do resgate que se ficou a vestir e do Diabo que continua em parte incerta.
Entretanto, tomei conhecimento das surpreendentes declarações de Wolfgang Schaüble, o poderoso ministro das Finanças alemão, que ontem afirmou que Mário Centeno é o Cristiano Ronaldo do Ecofin!
Vindo de um político que foi umas das vozes mais críticas do caminho escolhido pelo executivo António Costa, nomeadamente no que toca à devolução de rendimentos e ao aumento do salário mínimo, tem um sabor especial.
Alguém se recorda de um elogio destes, endereçado a qualquer membro do anterior governo presidido pelo actual deputado que "chorou de rir na estreia de Mário Centeno", apesar da vassalagem e do beija-mão?
A coisa está a ficar preta para o Pedrito!..
Quando se chega ao ponto em que é o próprio ministro das Finanças alemão a elogiar o trabalho de Mário Centeno, comparando-o ao astro maior do futebol mundial, creio que estamos perante um caso sério de sucesso, que nem os mais radicais adeptos da austeridade conseguem negar!..
Ri-te agora, Passos, ri-te, que o teu rir tem muita graça.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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