Fotografia do espólio pessoal de António Cruz. Via António Durão. |
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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3 comentários:
A praia da minha adolescência, onde a malta da Praça Velha, da Praça Nova e adjacências se juntava a assistir à azáfama da descarga da sardinha ou,nos períodos de acalmia, nos juntávamos para um mergulho e, com o recurso a uma artefacto de três anzóis e uma linha,se apanhavam lingueirões.
Foi também o local de partida e regresso a nado para a outra margem com paragem na língua de areia da maré vazia.
Só regista memória quem viveu ou então quem pesquisa.
A designação inscrita na local ainda não é definitiva.
A falta de humildade também é reveladora de caráter!
Daniel Santos, obrigado pelas suas palavras.
Dizem os livros que não há vida sem dor!
Ao olhar para a minha vida, que não é muito diferente da dos demais, verifico que isso também se passa.
Terão, pois, razão os eruditos?...
Também eu sou desse tempo em que se davam uns mergulhos na Praia da Sardinha (E não Cais como lhe querem agora chamar). Não sei se o Daniel Santos se lembra de vários episódios passados com o Cabo do Mar (Já não recordo o nome).
Íamos ao banho e quando atravessávamos para o outro lado conforme a corrente o ponto de partida ou eram as escadas (em frente ao Feteira) ou da Rampa (em frente ao Mercado. Certo é que levávamos a roupa e a deixava-mos no ponto de partida mas quantas vezes apareceu o cabo do mar e então ai era agarrar a roupa, e levá-la à cabeça para dentro de agua e então dava-se o jogo do gato e do rato com o senhor Cabo do Mar.
Ainda te lembras Daniel?
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