"Era uma vez um menino que adormecia cedo.
Tão cedo adormecia que só no dia seguinte enquanto dormia dizia bom dia.
O menino era apaixonado pelo sonho da felicidade.
Andava e corria.
Sorria e escrevia com o coração sem idade.
O menino tinha uns lindos olhos esverdeados da cor do mar.
Do mar onde renascia a sua alma que adormecia num terno cansaço que o envolvia."
Por norma, as noites são musicais!
No silêncio, mesmo que não haja música, ela está presente e sente-se.
A noite, é a parte do dia que melhor se liga à música.
Há noites tão perfeitas, que até dispensam a música. A pouca luz permite a elevação da alma e permite que pairemos com os sentidos alerta.
É o sonho antes do sonho! Ouçam estes acordes.
Hoje, estou assim: apetece-me música...
Muita música! Bater os dedos a marcar os compassos. Trautear baixinho a letra que emociona!
Todos fazemos nossas as canções que nos tocam!
A música faz parte das nossas vidas.
Ela alegra-nos, relaxa-nos, traz-nos memórias, distrai-nos, faz-nos companhia ou proporciona uma atmosfera acolhedora.
Não imagino a minha vida sem música.
Estou tão habituado à música, que se ela me faltar algum dia, nesse dia vou conhecer a sensação de sentir o que é ser incompleto.
Gosto de música, mas não de qualquer música. Gosto daquela música de fundo, que não fere os ouvidos e permite que a conversa seja por ela embalada.
Que nos permita divagar. Pairar!
É o início do dia. O trabalho está feito. A música está no ar. A temperatura está óptima. O momento é de reler aquele livro que tanto disse. Um cafezinho na comodidade do sofá.
Tudo com música em fundo e uma vista agradável que está a ficar cada vez mais agradável...
Sei que não será o Paraíso, pois ele não existe, mas deve andar lá muito perto!
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Tás cá um musico!!!!!!!!!!
Qual será a figura que te inspira? Deixa-me adivinhar.
Tenho medo de errar, mas o motivo.....................dá-te essa inspiração, que também a transmites. Não a acordes.
Enviar um comentário