A política na Figueira, como se vê sempre que há sessões da Assembleia Municipal, serve cada vez menos para os políticos locais discutirem soluções para o concelho, para se transformar num palco para "jogadas" de pseudos craques políticos caseiros, onde em vez de se abordarem soluções, procura-se, como se viu, mais uma vez, na passada segunda-feira, tentar ser eficaz, mas a rasteirar o adversário político.
O melhor "deputado" municipal não é o que apresenta a melhor proposta para o seu concelho dimanada do seu partido, mas sim o que consegue passar a perna a quem também está na AM, mas é de outra cor política.
Fora da Assembleia, a política figueirinhas é feita para aparecer nos jornais, na rádio e na TV locais...
A política, na Figueira, tal como no País, está reduzida a tiradas previamente encenadas.
Devo ser dos poucos figueirenses que paga para assistir àquele espectáculo degradante que são as Assembleias Muncnipais.
Meus senhores, minhas senhoras, caros e caras "deputados" municipais: começa a ser tempo de discutir os problemas reais dos figueirenses, que não são poucos, e procurar encontrar as soluções que nem sempre são difíceis.
Felizmente, que na Figueira há mais política para além das sessões da Assembleia Municipal.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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