No próximo dia 19 é Dia do Pai.
Hoje, dia 17, recebi da MEO, a seguinte mensagem: "DIA DO PAI: Ofereça a si e ao seu pai, CHAMADAS, SMS E NET GRÁTIS para falarem com quem quiserem! Ative já, pelos 2, na sua Área de Cliente, em no.meo.pt/pai19."
O meu Pai, José Pereira Agostinho, faleceu há quase 43 anos!..
Nascido a 17 de Abril de 1927 morreu a 6 de Junho de 1974.
Gosto pouco, ou mesmo nada de falar disso.
Apenas digo que foi - e continua a ser - uma dor imensa.
Em 1942, apenas com 15 anos de idade, o meu Pai já tinha realizado uma viagem à pesca do bacalhau a bordo do navio Júlia IV.
Foi mais um “Homem que nunca foi menino”.
Lembro-o, sobretudo, como o CRIADOR, juntamente com a minha MÃE, de um ser LIVRE.
Criar é educar.
Educar, é alimentar uma criança – “física, mental, social, cultural, espiritual e religiosamente.”
Criar, é ajudar a despontar, à luz da consciência, a mais bela obra da natureza - um ser humano único e irrepetível.
Apesar de ter morrido cedo, enquanto viveu, cumpriu o seu dever: “investiu na sua obra mais importante - os filhos.”
E vieram hoje estes sacanas da MEO, dois dias antes, mexer numa ferida que sangra quase há 43 anos...
Desculpem lá leitores.
Isto é próprio de indivíduos sem carácter. Canalhas. Malandros. Sacanas. Cabrões.
Confesso que estou mais perdido, que estes estes gajos que vivem à custa destes interesses filhos da puta, em dia que deveria ser do Pai!
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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