"INCOMODO? POIS, TEM QUE SER!.. É UM DEVER DE CIDADANIA!..
Não sou eu que crio os berbicachos, são os políticos que temos à frente dos destinos da nossa Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Andam besuntados com eventos de menor importância mas que servem para a fotografia.
Assim afastam os erros de gestão e iludem o pagode com vista às próximas eleições autárquicas. Há que ter o povo adormecido, com coisas menores: foguetórios, sambas, bródios, regalórios, plantação de árvores que depois desaparecem porque não são acompanhadas de devido tratamento - esquecidas a seguir ao evento de fachada, Anselmo Ralph, música pimba, carnavais e outras coisas mais numa produção em cadeia da “venda” da banha-da-cobra e assim iludir os papalvos.
As ruas, algumas, são alcatroadas à pressa, porque se aproximam a eleições autárquicas, com repavimentação de qualidade duvidosa ao que parece, dizem (faço ressalva por não ser perito no assunto). Continua o regabofe do costume!...
Vem isto a propósito das ruas de Gigante, Marinha das Ondas, que ficaram por alcatroar.
Ouso perguntar, porque patêgo não sou, aos ilustres responsáveis pela Câmara Municipal da Figueira da Foz para quando o alcatroamento das ditas ruas evitando que habitantes de Gigante sejam considerados, uns cidadãos de primeira e outros de segunda.
Cá vos espero durante as próximas eleições autárquicas para vos desancar, com palavras, e para tentar vislumbrar alguma vergonha nas vossas caras que, parece, é coisa que não existe!...
Entretanto, irei zurzindo contra este estado de coisas e outras mais que muito irritam as nossas gentes…"
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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